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Blind por Bruna DX

Ver comentários: 8

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Palavras: 3765
Acessos: 1324   |  Postado em: 05/05/2019

Capítulo 49

 

 

 

-- Tentamos de tudo senhorita, mas não há nada mais que possa ser feito...

 

-- Não! – gritei – Não pode ser! Ela não pode ir, ela não pode me deixar. Por favor, por favor...

 

-- Sinto muito.

 

O homem alto e de intangível frieza largou sobre o meu colo a notícia que acabou com o meu pequeno mundo e deixou o quarto me deixando para trás com o coração dilacerado.  No quarto apenas eu, ela, e uma presença sombria, dolorosa. Mirei seu rosto, apertando meus olhos em seguida.

 

O maldito barulho mecânico ainda soava pelo quarto. Meus ouvidos zuniam e eu não sabia ao certo se era pela dor absurda que atingia meu peito em cheio, ou se era apenas o sinal do monitor cardíaco, indicando que...

 

Segurei sua mão, que agora, bem diferente de como eu era tão acostumada a sentir, estava gélida, sem nenhuma sombra daquela temperatura afável e tão incomum. Tudo o que eu queria era sentir mais uma vez aquele calor tão acolhedor que vinha dela, só dela.

 

Deitei sobre o seu corpo e o acolhi entre os meus braços. Meu coração batia arrastado e eu me afundei em seu pescoço em busca de algum resquício de seu cheiro, ou talvez, algum sinal de vida.

 

-- Por favor, não me deixa aqui. Eu te amo Adele, te amo tanto... – solucei em meio ao desespero – Você prometeu que nunca me deixaria. Por favor, volta pra mim meu amor, volta...

 

Assustei com o baque da porta e de vozes que invadiam o quarto. Me apertei ainda mais contra o corpo inerte naquela cama. Senti mãos em meu ombro, mas não me importei e nem ousei me separar dela.

 

-- Senhorita, precisamos leva-la...

 

-- Não!

 

-- Senhorita...

 

-- Não, eu não vou sair! Não vou ficar longe dela...

 

-- Por favor, levem-na daqui... – era a voz de Jack.

 

Senti mãos fortes me agarrarem e me puxarem. Eu gritava, chorava e tentava a todo custo não soltá-la, mas as mãos que me agarravam eram mais fortes do que eu, e aos poucos foram me afastando dela.

 

Me retiraram da sala e praticamente me jogaram contra o chão. Não os culpo, eu estava desesperada, descontrolada. Assim que fiquei de pé, corri para junto daqueles homens, alguns vestidos de branco, e outros, trajando ternos. Esmurrei quem estava a minha frente na tentativa de entrar novamente no quarto, e quando consegui, o cômodo branco e mórbido, estava vazio.

 

Levei as mãos aos cabelos e comecei a chama-la. Minha voz embargava vez ou outra, era cortada por soluços e espasmos involuntários.

 

 

 

Acordei com o meu celular tocando insistentemente na mesinha ao lado da cama. Graças a Deus! Sentei na cama e passei a mão sobre o rosto completamente tomado pelo suor. Prendi o cabelo em um coque frouxo e levei a mão direita a minha nuca, apertando-a levemente.

 

Minha boca estava seca e meu coração completamente descompassado. O celular que tinha parado de tocar e eu nem reparei, voltou a tocar. Estiquei o braço e o pesquei no cômodo ao lado.

 

-- Alô?

 

-- Oi meu amor, te acordei? Me desculpa, não me atentei ao fuso horário. Ai deve ser 4 da manhã, não é mesmo?

 

Ela falava meio atropelado. Era sempre assim quando ela se sentia nervosa ou culpada por algo. Adele odiava me acordar, até mesmo quando levantava durante a noite para ir ao banheiro e eu despertava procurando-a pela cama.

 

A sua voz mesmo atrapalhada entrou por meus ouvidos e teve um efeito gostoso e acolhedor em cada partícula de meu corpo. Eu me inebriava ouvindo-a, mais ainda sentindo-a, mas de todo modo, era sempre gostosa a sensação de pertencimento que me tomava.

 

Digo que foi providencial, não só ser acordada por meu celular justamente durante aquele pesadelo horrível, me arrancando de dentro dele, mas ainda mais, por ter sido acordada por ela. Ela sempre era tudo o que eu precisava, não importava o momento, eu sempre precisava dela.

 

Adele me bastava.

 

-- Oi. – foi tudo o que eu consegui dizer sentindo uma enorme saudade explodir em meu peito – Como você está? Chegou bem?

 

-- Agora que eu estou ouvindo a sua voz, estou bem. – falou mais calma -  Acabei de desembarcar no aeroporto. Queria te avisar para que você não ficasse preocupada.

 

-- Obrigada. – suspirei ainda incomodada pelo pesadelo – Faz poucas horas que você saiu daqui e eu já estou cheia de saudades.

 

-- Nem me fala amor. Não sabe a saudade que eu estou de você. – um suspiro inconformado preencheu a ligação e nesse instante eu soube que ela bagunçava sem perceber seus cabelos enquanto mordia o canto dos lábios.  – Mas isso não é errado, é?

 

-- Não. – respondi sorrindo – Isso não é errado, e se for, não há problemas, estaremos as duas erradas então.

 

-- Eu amo tanto você, Ana Beatriz.

 

-- Não mais do que eu te amo, Adele!

 

Ela sorriu do outro lado da linha e meu coração inflou, repleto da mais pura e singela felicidade. Fechei os olhos e tentei imaginá-la, parada no meio do saguão, agarrada à sua mochila e vestida muito provavelmente com o casaco preto de botões que eu havia lhe dado. Os cabelos estariam levemente bagunçados, mas nada que lhe tirasse o charme. E seus olhos, ah, seus olhos... estariam pequeninos devido ao sono e o cansaço, mas ainda assim, brilhantes e hipnotizantes.

 

Não haveria nenhum espaço no tempo em que fosse possível eu não me encantar por aquela mulher. Nenhuma vida passada ou futura que fosse capaz de distorcer o amor que eu sentia por aquele ser cheio de manias e métodos só seus, mas que me ganhava de uma maneira tão profunda e irreversível.

 

Nos pertencíamos, e hoje eu tinha certeza disso!

 

-- Na próxima, você vem comigo. Ok? Nunca foi tão difícil deixar o Brasil quanto agora. Londres nem parece ter tanta graça assim, só consigo sentir frio, e nada mais...

 

Sorri diante do tom tristonho que ela usava.

 

-- Prometo que na próxima vez que tiver que ir à Londres eu irei com você.

 

-- Cobrarei isso.

 

-- Sabe que eu me sentiria frustrada se não o fizesse. Agora, será que dá pra você resolver bem rapinho o que tem que resolver aí e voltar logo pra casa?

 

-- Farei o impossível. – outro suspiro – Preciso ir amor. Aviso assim que chegar ao hotel.

 

-- Tudo bem. Se cuide! E volte logo.

 

-- Estarei em casa logo logo. Amo você.

 

-- Também amo você.

 

Encerramos a ligação e eu ainda permaneci com o celular em mãos. Rememorando trechos e detalhes da conversa que nem bem acabou, enquanto encarava o sorriso largo e charmoso da loira na tela de meu celular.

 

Suspirei e resolvi levantar. Não que eu não estivesse com sono, mas eu não queria ter outro pesadelo como o que eu acabara de ter, e sendo assim, era melhor não dar brechas e possibilidades para que isso acontecesse.

 

Tomei um banho para despertar de uma vez e deixei o quarto com o celular em mãos para me certificar de que eu não perderia nenhuma ligação de Adele, e nem mesmo demoraria para responder alguma mensagem que ela por acaso enviasse.

 

Passei pela sala e encontrei Sherlock dormindo completamente esparramado sobre o sofá. Sorri com a cena. Ele só faz isso porque sabe que Adele não está em casa. O motivo da loira não deixar Sherlock subir no sofá era simples: ele sempre acabava abrindo um buraco bem no meio do estofado. Por quê? Não sabemos, e pelo visto, nem o adestrador que contratamos sabia.

 

Preparei o café da manhã sem muita empolgação. Eu era o tipo de pessoa que odiava comer sozinha, e quando não tinha alguém para “alimentar”, comia qualquer coisa que encontrasse pela geladeira, de preferência algo que não requeresse muitas habilidades culinárias, algo rápido e prático.

 

Depois do meu café preto com um misto quente, joguei-me no sofá da sala na companhia do livro que comecei a ler esta semana. Normalmente eu já o teria terminado, mas ultimamente eu não conseguir manter a minha mente focada em uma única coisa por muito tempo – coisa que tem me trapalhado um pouco no trabalho.

 

O celular largado na mesa de centro não demora a tocar novamente e eu sento apressadamente no sofá para atender a ligação de Adele. Nos demoramos um pouco naquela ligação, na inútil tentativa de aplacar a saudade que já sentíamos. Podia parecer piegas, eu não julgaria quem pensasse assim porque em outra época seria justamente isso que eu pensaria.

 

Depois da ligação até tentei voltar a minha atenção para as páginas do livro de título famoso cujo autor era tão famoso quanto. Não deu certo, eu estava dispersa e inquieta demais para isso. Foi ai que eu tive a ideia de fazer uma faxina na casa. Existe algo que ocupe mais uma mente do que isso? Eu desconheço.

 

Emparelhei o celular com o sistema de som da sala e coloquei pra tocar a Playlist de uma das bandas de rock favoritas de Adele: Arctic Monkeys. Eu não conhecia bem a banda e suas músicas, mas a lembrança de uma loira cantando as faixas musicais pela casa me animava bastante.

 

Comecei separando e em seguida colocando algumas peças de roupas na máquina de lavar. Limpei o quarto e dei uma organizada na sala onde Adele mantinha os instrumentos musicais. Quando entrei lá, senti a saudade aumentar ainda mais ao ter os pulmões invadidos por seu perfume.

 

Quando terminei tudo, já se passava de 10h da manhã. Nada mau – pensei ao me sentar na cama após um banho relaxante e revigorante. Abri o aplicativo de mensagens para ver uma mensagem que Samanta tinha me mandado, que eu sabia ser mais uma foto do casal em alguma paisagem ou monumento histórico chileno, só para me fazer inveja.

 

“Sua implicante! Vai ver só o que eu vou fazer contigo quando chegar aqui.” – foi o que digitei seguido de alguns emojis ‘desaforados’ em resposta para a foto das duas que pousavam bem no meio da Ilha de Páscoa, com os moais logo atrás.  

 

Logo após a mensagem da minha amiga, abri uma mensagem da minha mãe, que na verdade era um áudio. Quando a reprodução do áudio acabou, eu arregalei os olhos e sai em disparada pelo quarto.

 

 

**********

 

 

-- Onde está a Adele? – ela pergunta olhando logo atrás de mim.

 

Mirei completamente incrédula a minha mãe. Não dava pra acreditar que essa era a primeira pergunta que ela me fazia. Não tinha nem aberto o portão direito, não tinha me cumprimentado e nem falado comigo direito, mas ela queria saber da nora. Tudo bem que não fazia nem uma semana que havíamos nos visto, mas eu sentia saudade dela, oras. Ela não podia sentir de mim?

 

-- Mãe será que eu vou ter que lembrar a senhora, que a sua filha sou eu? Assim, eu fico super feliz de a senhora a minha noiva terem essa relação bacana, mas seria possível a senhora dar um pouquinho de atenção pra mim?

 

-- Ah meu Deus, nunca pensei que você fosse tão ciumenta assim, filha. – ela diz fechando o portão e me abraçando apertado.

 

Me encolhi dentro daquela abraço e aspirei o seu perfume. Na minha humilde opinião, abraço de mãe deveria ser a oitava maravilha do mundo. O laço entre uma mãe e um filho era algo que jamais seria explicado em sua totalidade, e eu, mesmo como filha, sei que só entenderia em absoluto quando eu fosse mãe.

 

-- O almoço está quase pronto. Trouxe o que eu pedi?

 

-- Trouxe. – disse sacudindo a sacola do supermercado que eu carregava.

 

Achei melhor não confessar a minha mãe que por algumas horas eu havia esquecido completamente do nosso acordo de todos os domingos, e por muito pouco eu não deixava de aparecer. Ela me mataria se ao menos sonhasse que eu havia esquecido.

 

Entramos e eu ajudei a minha mãe a terminar o almoço que ela preparava. Eu estava completamente feliz com a vida que eu levava ao lado da minha loira, no entanto, não posso mentir e dizer que as vezes eu não sentia falta de dias e de tarefas como a que estávamos fazendo agora.

 

Quando servimos o almoço e nos sentamos juntas à mesa, minha mãe não tardou em perguntar mais uma vez pela nora.

 

-- Ah mãe, ela teve que viajar. – comentei meio displicente e diante do seu olhar curioso continuei – Ela herdou uma empresa do avô, e ela tem negócios em Londres, na cidade natal dela. Quem administrava tudo era a mãe e o irmão dela, mas, desde o último encontro que ela teve com a mãe, as coisas mudaram um pouco. Ela contratou serviços de uma empresa, mas, diante de um imprevisto, precisaram da presença dela lá.

 

-- Eu não consigo entender como uma pessoa tão boa com a Adele pode ter saído de uma mulher como aquela.

 

-- Nem eu. Mas acho que a criação da Adele a gente deve inteiramente ao Jack. A Marjorie nunca foi presente, e na única vez que tentou intervir na vida da Adele foi para trata-la como uma pessoa que precisava de tratamentos psiquiátricos.

 

-- Quem precisa de tratamentos é essa tal de Marjorie. Se um dia eu visse essa mulher na minha frente, eu ia ensinar a ela como é ser mãe. Diria umas boas verdades.

 

Ri diante da feição enraivecida de dona Estela. Só eu sei o quanto de veracidade tem essa frase dela.

 

Retiramos a mesa e eu fiz questão de dar um jeito na louça suja. Enquanto isso, minha mãe passava um café fresquinho. Não contive o sorriso ao pensar na cara que a inglesa faria ao sentir aquele aroma pela casa. Pensar em Adele era involuntário, quase natural.

 

Mamãe me chamou para o seu quarto e assim que nos sentamos à cama, procurei o seu colo.  Seus dedos ágeis começaram a fazer um carinho suave em meus cabelos e eu quase me entreguei ao sono, digo quase porque um suspiro profundo que escapou de sua boca me chamou bastante a atenção.

 

“Ai tem coisa” – pensei.

 

-- Filha, eu queria que a Adele estivesse aqui presente...

 

-- Eu também. – suspirei saudosa.

 

-- Tenho uma coisa pra conversar com você, na verdade, era com vocês, mas ela não está aqui hoje, e sinceramente, não consigo mais esperar.

 

Prontamente eu me levantei e me acomodei melhor diante dela. Dona Estela tinha um sorriso contido nos lábios, diria até que era um sorriso travesso. Ela não conseguia sustentar o seu olhar, e isso era mais um indício de que o que ela queria conversar era no mínimo algo que ela pensa que eu não gostaria.

 

-- O que houve dona Estela?

 

Ela fechou os olhos e puxou o ar. Quando voltou a abrir os olhos, eles estavam repletos de um brilho intenso.

 

-- Primeiro, quero começar dizendo que não foi nada planejado, e eu, na minha idade nem pensava mais em algo assim. – ela fez uma pausa e sorriu largo – Estou apaixonada!

 

Abri a boca e continuei encarando-a. Me fugiu completamente a capacidade da fala. Sim, essa informação me pegou de surpresa. Em um primeiro momento eu não sabia que reação eu deveria ter, até que minha mente processou a informação.

 

-- Não acredito! – comemorei ainda surpresa. – Quem é ele?

 

Mais uma vez minha mãe voltou a fugir do meu olhar.

 

-- Quem é, mãe?

 

-- Jack! E nós estamos namorando. – ela soltou de uma vez.

 

Wow! Essa sim é uma bela informação. Bem que eu em alguns momentos fantasiei um provável romance entre minha mãe e meu sogro, no entanto, não imaginei que tal fantasia tivesse mesmo alguma possibilidade de acontecer.

 

-- Você não vai dizer nada? – perguntou meio incerta.

 

-- Mãe! Desde quando? Como isso aconteceu?

 

-- Ah minha filha, ele chamou a minha atenção desde a primeira vez que eu coloquei os olhos nele. – suspirou apaixonada e eu achei aquilo a coisa mais fofa do mundo – Ele me chamou pra sair depois que voltamos do seu aniversário. Nós saímos para jantar e nessa mesma noite, aconteceu um beijo.

 

-- Não acredito dona Estela! A senhora é uma beijoqueira hein? – disse em tom jocoso.

 

-- Me respeite que eu sou sua mãe. – ela diz envergonhada.

 

Passamos o restante da tarde e parte da noite conversando sobre o namoro da minha mãe. Gente do céu! Eu estava muito feliz por minha mãe. Ela merecia viver algo assim, e sem sombra de dúvidas ela merecia um cara legal como o Jack!

 

A Adele ia pirar quando soubesse disso.

 

 

**********

 

Adele chegava hoje de Londres. Na verdade, o vôo dela deve ter pousado há algum tempo. Eu me remexia na cadeira. Estava completamente inquieta e louca para sair dessa bendita reunião de última hora. Estava me odiando por não conseguir cumprir com o que a loira e eu combinamos ontem à noite.

 

Eu devia espera-la no aeroporto e de lá seguiríamos para o nosso apartamento. No nosso acordo, eu estaria livre da hora do almoço em diante, e juntas aproveitaríamos esse tempo em casa, matando a saudade.

 

Fiz reserva no nosso restaurante favorito e preparei uma surpresa pra ela em nosso apartamento. Havia planejado uma forma toda especial para recebe-la em casa, e meus planos foram estragados. Inclusive deixei uma torta gelada que ela adorava, no congelador, prontinha, só esperando-a.

 

Mas nada saiu como o planejado, pelo contrário. Surgiu uma bendita reunião de emergência com um patrocinador quase na hora do almoço, e Jack não estava presente na revista. Sendo assim, eu não consegui fugir disso. Não tinha saída.

 

E o melhor de tudo isso, é que a reunião não dava indício algum de que estava perto de acabar. O homem falava e falava, aumentando a vontade que eu tinha de jogá-lo pela janela.

 

Não me julguem, mas eu não conseguia prestar atenção em nenhuma palavra que era dita ali. Simplesmente encarava todos em volta da mesa sem conseguir evitar o enorme desejo de não estar nesta sala. Sei que esse era o meu trabalho, mas eu não conseguia evitar.

 

Quando finalmente o martírio acabou, digo, a reunião, sai praticamente correndo na direção da minha sala. Cléo além de minha assistente, era realmente um anjo da guarda, porque percebendo a minha falta de atenção, havia tomado nota de forma minuciosa de tudo o que precisava saber.

 

Olhei o relógio em meu pulso e este marcava 13:45h. Rolei os olhos inconformada com o quanto essa bendita reunião demorou. Peguei o celular que eu havia largado sobre a mesa de minha sala e abri o aplicativo de mensagens.

 

Adele [11:43]: Amor eu já cheguei no aeroporto. Estou indo direto pra casa, tá? Não se preocupe, te espero para o jantar.

 

Adele [12:09]: Mudança de planos amor! Me ligaram do canteiro de obras, vou ter que ir até lá. Parece que a fiscalização está lá e eu não estou afim de ser multada mais uma vez por falta de compromisso dos outros. Mais tarde eu te explico.

 

Adele [12:10]: Ah, ia esquecendo...

 

Adele [12:10]: Eu estou morrendo de saudade de você, minha princesa.

 

Adele [12:11]: E eu te amo mais que tudo nessa vida. E sim, eu amo mais do que você, muito mais! Beijos princesa.

 

Sorri quando li a última mensagem. Entendi quando ela disse que era mais do que eu. Costumava dizer que eu a amava mais do que ela me amava. Óbvio que era por pura implicância, até porque não existia isso de medir quem amava mais na nossa relação. Nos amávamos e pronto!

 

Pensei em mandar mensagens como resposta, mas estava com saudade da sua voz e por isso mesmo liguei para o seu celular. Liguei três vezes, e nas três tentativas a ligação acabou caindo na caixa de mensagens. Dei um tempo e resolvi ligar mais uma vez.

 

Quando desliguei o celular na quarta tentativa de falar com ela, me joguei sobre a cadeira atrás de mim sentindo uma forte vertigem. Fechei os olhos e levei as mãos à cabeça. E foi só nesse instante que eu percebi o quanto elas estavam trêmulas. Um forte aperto no peito me fez mais uma vez apertar os olhos.

 

Abri os lábios em busca de ar e meus pulmões pareciam não funcionar. O aperto no peito crescia e algo parecia me sufocar. Peguei o celular mais uma vez e mesmo com as mãos trêmulas, fiz outra tentativa de falar com ela.

 

Um certo tempo já havia se passado e eu continuava insistindo. Ligava para o seu celular sem parar.

 

-- Atende amor... atende...

 

-- Bia! Ai meu Deus! – Cléo entra afoita e completamente pálida em minha sala.

 

-- O que foi? – perguntei sentindo meu corpo estremecer.

 

-- Você precisa ver isso!

 

Ela corre até a televisão que fica no canto esquerdo da minha sala, e com certa dificuldade, depois de derrubar o controle pelo menos duas vezes, ela liga o aparelho. A tela mostra uma entrada ao vivo, uma reportagem, mas eu não consigo compreender muita coisa do que a mulher fala. O celular ainda está em meu ouvido, e quando eu consigo identificar a imagem na tela da televisão, o deixo cair.

 

Tudo ao meu redor para por alguns milésimos de segundos. Meu coração parece parar juntamente com esses milésimos. Meus olhos ardem e meus pulmões definitivamente esqueceram da tarefa e função natural que lhes foi dada. Minha visão fica turva e eu não consigo enxergar mais nada a minha frente, mas mesmo assim, saio correndo de minha sala, sem saber ao certo o que eu devia fazer.

 

Eu só precisava vê-la.

 

 

 

Continua...

 

 

 

Fim do capítulo

Notas finais:

Oi meninas! Tudo bem?

 

Mais um capítulo saindo!
P.S.: Dessa vez eu só vou observar a reação de vocês. 

 

Beijos e até o próximo!

 

 


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Comentários para 49 - Capítulo 49:
Laylla
Laylla

Em: 09/05/2019

Fã desse romabce! Vc é show autora!


Resposta do autor:

Ownt *-------*

E ai a autora se derrete inteira! Você que é show amore! Obrigada pelo carinho.

Beijos e até o próximo!

Responder

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Renata Cassia
Renata Cassia

Em: 06/05/2019

Nossa quanta maldade terminar o capítulo assim autora;(. Q suspense . Volta logo porfavorzinho. Bjs


Resposta do autor:

Desculpa pelça aflição Renata, é que as vezes um suspense aqui e outro acolá deixa a história mais interessante. Mas calma, não há necessidade de agredir a autora, ta? Não pensou nisso? Melhor ainda! Ufa.

Calma e não me odeie.

 

Beijos amore, até o próximo!

Responder

[Faça o login para poder comentar]

LeticiaFed
LeticiaFed

Em: 06/05/2019

Oiiii! Comentando logo porque senão deixo pra depois e esqueço. Só não vou vou esquecer de xingar muuuuito a autora se fizer qualquer coisa de ruim com nossa Adele. Humpf! 

Mas sério, essa premonição da Bia está me deixando nervosa desde o capítulo passado. Agora imaginando se foi algum acidente de carro ou na obra. E se tem mão daquela criatura maligna nisso. Também não sei se a presença ou ausência dos guarda-costas dela fariam diferença mas não pre-ci-sa-va dispensar todos os dela!

E o momento fofinho do capítulo foi Jack e a mae da Bia namorando...óinnn ;)

Otima semana, beijo!


Resposta do autor:

Oii Leticia! Pois é, também sofro de esquecimento nessa de "depois eu faço", eu nunca lembro. kkkkkk mas pode admitir que já veio um palavrão beeem grandão quando terminou de ler esse capítulo. Não foi? Autora malvada! Mas mantenhamos a calma, porque a nossa Adele, é a nossa Adele, e essa mulher é de outro mundo...

 Oh, eu particularmente acredito muito nessa coisa de sonho, e eu também ficaria nervosa. O que aconteceu, descobriremos já já, mas se tem ou ão a mão do criatura maligna, ai já não precisamos pensar tanto assim. Adele focou em Ana Beatriz e virou um alvo fácil, não precisava mesmo dispensar todos os guarda-costas.

Dona Estela e Jack vão dar o que falar, anote aí!

 

Um bom final de semana pra você amore. Beijos e até o próximo!

Responder

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Silvanna
Silvanna

Em: 06/05/2019

Como se já não bastasse o pesadelo da guria, você termina o capítulo assim!!!!!!

E para nos matar!kkkkkkkk

Abr


Resposta do autor:

Opa! Culpada!

Mas mantenhamos a calma que as coisas vão se acertar da melhor maneira. E oh, não quero matar ninguém não, viu? Quero todas vocês vivinhas da Silva. As vezes um tiquinho de suspense dá um gostinho melhor a história, então não me odeie por isso. Tá?

Beijos amore, até o próximo!

Responder

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Socorro
Socorro

Em: 06/05/2019

Sem comentários.... 

pq fui ler esse capítulo.. afff


Resposta do autor:

Ehhhh eu também fiquei sem saber o que dizer =/

Sei que ninguém esperava um capítulo assim, ou pelo menos a gente torce do fundo do coração para que um não surja no meio da história. Mas espero que tenha mais um pouquinho de paciência para continuar a lendo a história...

 

Beijos e até o próximo!

Responder

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preguicella
preguicella

Em: 05/05/2019

Caraca, desnecessário esse final hein! Maldade fazer a gente esperar pelo próximo capítulo pra saber o que aconteceu com Adele. Provavelmente alguma obra do espírito de porco do Edson!
#chateada
Resposta do autor:

Oh, desculpa pela aflição, mas não é porque sou uma pessoa má, foi pra agitar um pouco as coisas, e porque as vezes é necessário. Se entregar as coisas tudo de uma vez, ai perde um pouco a graça. Mas, tenhamos calma. Pois é, tudo nos faz pensar que isso não foi obra do destino, e sim do Edson mesmo. Mas não me odeie, certo?

 

Beijos amore, até o próximo!

Responder

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prarmada
prarmada

Em: 05/05/2019

não não não....


Resposta do autor:

Que aflição hein prarmada? E essa autora que gosta de deixar o finalzinho em suspenso hein? Oh, juro que não é por maldade, é porque as vezes é necessário. Mas já me adiando e peço: não me odeie.

 

Beijos amore!

Responder

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cris05
cris05

Em: 05/05/2019

Nãooooooooo. Volta aqui autora, pelo amor de Deus!!

Como você nos deixa nessa aflição?

Amo essa história! Não demora, please.


Resposta do autor:

Eita! Não me odeie ainda Cris, calma que as coisas vão se acertar da melhor maneira. Desculpa pela pequena aflição, mas foi necessária...

Juro que não demoro!

Beijos e até o próximo!

Responder

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