Júlia

Quando encontrei a minha pequena no banheiro que olhei para ela, vou confessar, deu medo do que pudesse estar pensando de tudo o que havia acontecido, mas acabei deixando isso de lado e fizemos amor maravilhosamente, acredito que por horas, pelo tanto de tempo que ficamos no banheiro. E depois no quarto, ficaríamos mais tempo se minha irmã não tivesse vindo nos chamar.

Enfim, voltamos para a festa e curtimos o que sobrou dela, passava um pouco das duas da madrugada. Alguns amigos vieram se despedir para irem embora quando Eduardo pediu atenção para ele. Eu estava conversando sentada com Layla quando Diego chamou minha atenção para onde ele estava, minha mãe nos chamou e seguimos para lá, quando encostamos abracei minha namorada por trás encostando meu queixo em seu ombro e o Edu começou a dizer:

– Gostaria de pedir alguns minutos da atenção de todos, prometo ser breve. – sorriu pegando a taça que estava em sua mão levantando, sorri e ele continuou: – Queria agradecer pela noite maravilhosa que eu tive hoje, apesar de alguns contra tempos. – deu uma pausa abaixando a cabeça visivelmente envergonhado e Anny deu uma força:

– Você disse que ia ser breve Edu... – balançou a cabeça fingindo impaciência e todos riram e ele continuou:

– Obrigado Anny! – ela piscou e ele continuou: – Sei que o dia é da Júlia por isso quero levantar um brinde a ela. – todos levantaram as taças que estavam em suas mãos me saudando, agradeci e ele continuou: – Feliz aniversário querida, mas vou tomar esse tempo para agradecer outra pessoa.

– A vontade Edu, cansei de ser o centro das atenções, pode fazer outra pessoa passar vergonha agora. – sorri dizendo e Layla me cutucou, mas todos riram e ele deu seguimento:

– Eu não estaria aqui, se não fosse por ela. – puxou minha mãe para seus braços que ficou visivelmente sem jeito e continuou: – Uma mulher maravilhosa, guerreira e que protege sua família com unhas e dentes. Deu um certo trabalho para conquistá-la, mas garanto a todos, faria tudo novamente porque ela vale cada esforço.

– Dá-lhe dona Helena, o homem está apaixonado. – olha lá a minha irmã fazendo graça novamente, rimos e ele continuou:

– Completamente apaixonado eu assumo. – os dois se olharam e vi mais do que cumplicidade naquele olhar. – de repente fiquei séria olhando-os e Layla se virou em minha direção, Eduardo continuou desviando nossa atenção: – E por conta desse amor todo que sinto por ela, hoje estou levantando esse brinde.

– Ele vai fazer o que estou pensando que vai? – Anny se aproximou segurando meu braço, nos olhamos. Ambas entendemos o porquê de tudo aquilo, e não nos enganamos quando ele disse tirando uma caixinha de dentro do bolso e se ajoelhando diante de todos olhando diretamente para ela:

– Helena, sei que muitos vão dizer que é cedo, mas descobri o verdadeiro amor ao seu lado, e não quero mais perder tempo ficando longe de você. – inspirou fundo abrindo a caixinha e a aliança reluziu na noite, sorriu e continuou: – Diante de sua família e amigos, venho pedir humildemente para compartilhar de mais momentos como esse e outros tantos na sua companhia e na dos seus filhos. Quer casar comigo?

Não sei explicar como eu fiquei naquele momento, certamente feliz pela minha mãe. Mas um pouco insegura diante daquela situação toda, Anny e Layla davam gritinhos e pulavam como duas adolescentes ao meu lado, todos aplaudindo e gritando felizes. Meus olhos não desgrudavam daquela cena, digamos que cinematográfica na minha frente. Finalmente esbocei um sorriso quando minha mãe me olhou, e vi alívio nos olhos dela quando olhou para o homem ajoelhado na sua frente e disse:

– Sim, é claro que eu aceito.

– Graças a Deus mulher, achei que fosse dizer não. – ele levantou e a pegou nos braços rodando com ela, ambos rindo felizes.

Quando pararam, ele se afastou um pouco colocando a aliança no dedo dela beijando sua mão em seguida. Alguém gritou ao meu lado que faltava o beijo, balancei a cabeça, claro que fiquei envergonhada, minha mãe néh gente. Mesmo assim eles se aproximaram e trocaram um beijo apaixonado na frente de todos, que gritaram e aplaudiram indo em direção a eles para cumprimentá-los. Layla se voltou em minha direção passando a mão em meu rosto chamando a atenção para ela perguntando:

– Você está bem amor? – sorri enlaçando-a pela cintura e beijando de leve seu rosto concordando com a cabeça dizendo em seguida:

– Vamos lá cumprimentar os noivos?

Seguimos para onde eles estavam, minha cabeça girava. Quando me aproximei minha mãe me olhou, sorri e abaixei para abraçá-la, inspirei fundo e senti seus braços em volta de meu corpo. Quando nos afastamos ela segurou meu rosto me olhando séria, sorri dizendo:

– Estou muito feliz pela senhora mãe. – esboçou um sorriso e nos seus olhos o brilho de uma lágrima que correu livre pelo seu rosto, enxuguei concluindo: – De todas as pessoas desse mundo, a senhora é a que mais merece ser feliz. Parabéns.

E desandou a chorar, a abracei sorrindo emocionada. Anny e Jonas se aproximaram e enlacei eles em meus braços também, fechando nossa mãe entre nós, onde ela permaneceu por algum tempo. Por sobre o ombro de minha irmã, vi minha pequena abraçada com a mãe logo a frente, sorri e ela retribuiu o sorriso.

Depois daquele abraço triplo em nossa mãe, fui de encontro ao Eduardo que estava conversando com meu sogro logo a frente, ele me olhou pedindo licença e veio em minha direção. Estendi a mão para ele que pegou apertando firme, sorri e o puxei para um abraço dizendo:

– Espero que saiba bem o que está fazendo, porque uma vez dentro, não tem como sair mais.

Ele sorriu emocionado, quando se afastou disse segurando minha mão entre as dele:

– Você é uma mulher muito especial Júlia, igualzinha à sua mãe. Confesso que tive medo dela dizer não. – ele olhou para ela que estava ali próxima conversando com Layla e dona Laura e voltou a dizer: – Mas ela aceitou e hoje posso dizer que sou o homem mais feliz desse mundo.

– Você é um cara de sorte, porque a minha mãe é uma mulher mais do que especial. – ela se aproximou e a abracei pelos ombros dizendo: – Ela é a mulher da minha vida, por isso, tenha muito cuidado com ela.

– Júlia! – ela me olhou brava e sustentei o olhar dizendo:

– O que eu fiz? – disse sorrindo e me deu um tapa no meu braço. – Ain mamãe, estava brincando.

Eduardo abraçou ela e ficamos conversando. Meus amigos aos poucos, foram se despedindo, restando apenas Diego e Vanessa que me abraçaram e seguiram para casa. Passava um pouco das tres da manhã, ajudamos minha mãe a dar uma geral por ali. Fomos em busca do Faísca que estava encolhido no sofá da sala dormindo, e nos despedimos prometendo nos encontrarmos no final de semana.

Seguimos para casa, quando entramos me joguei no sofá e nosso filhote foi beber água, fiquei olhando ele se ajeitar em sua caminha e relaxar também. Layla se sentou em meu colo apoiando a cabeça em meu ombro a abracei forte, logo tomou meus lábios mordendo de leve e me envolvendo em um beijo quente e ao mesmo tempo excitante. Tirei sua camiseta e sussurrei entre nosso beijo:

– Vai espalhar bolo em mim agora?

– Não amor! – desceu beijando meu pescoço e gemi baixinho quando ela terminou: – Quero você sem nada nesse corpinho, a única coisa que vou passar nele é minha língua.

– Hummmm... – só o que ela ouviu foi meu gemido quando mordiscou meu ombro.

Levantei com ela em meus braços e seguimos para o quarto, deitamos na cama, logo ela se virou e começou arrancar minha roupa e as delas também. Como prometido me beijou e passou sua língua em toda a extensão de meu corpo, me deliciava a cada segundo com ela me dando prazer.

O ponto alto foi quando sua língua atingiu meu sex* já pulsante por ela, sugou me levando ao delírio, agarrei os lençóis da cama enquanto ela entrava em mim e arrancava o que por direito era dela, meu gozo juntamente com os espasmo de meu corpo e seu nome baixinho e tremido de minha garganta.

Estava com os olhos fechados e ainda com a respiração oscilante quando senti seus lábios tocarem os meus buscando minha língua e deixando ela nos guiar mais uma vez naquela dança. Aquela noite ela poderia fazer o que quisesse comigo, porque estava a sua disposição.

Fim do capítulo