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AMOR ANIMAL por Rose SaintClair e Sylvie

Ver comentários: 10

Ver lista de capítulos

Palavras: 3341
Acessos: 14089   |  Postado em: 24/04/2019

Largada ás Traças

ATENÇÃO: NESSE CAPÍTULO TEREMOS INSINUAÇÃO DE AUTOMUTILAÇÃO O OBJETIVO É MOSTRAR QUE A AJUDA PROFISSIONAL NESSES CASOS DEVA ESTAR PRESENTE. CASO SEJA SENSÍVEL AO TEMA NÃO LEIA.

Júnior

 

         Já passava das quatro da manhã quando meu celular começou a tocar. Dormi feito uma pedra depois da cachaça que tomei com a Zefa e, mais tarde, com papai depois do jantar. Assim que olhei o visor achei estranho, o que a Maria Ruiva queria comigo àquela hora?

 

— Maria?

 

— Oi, Junin, tava dormindo?

 

— Acho que estava no décimo quinto sono. – Me sentei na cama acendi a luz. — Aconteceu alguma coisa? Tudo bem com as meninas?

 

— Tudo bem sim, Lindão. A Lorenza está aqui, mais bêbada que uma cabaça. Já tá indo para a segunda garrafa de whisky. E eu te juro que se ela colocar mais uma vez a música “Jogado às Traças”, eu mesma vou quebrar a Jukebox – Disse brincando. — Ela não tá legal não, Júnior. Sabe se alguma coisa de ruim aconteceu?

 

— Oxi, que estranho... Sei não, Ruiva, mas já já chego aí! - Me vesti às pressas e em menos de 20 minutos já estava chegando na casa das primas. Antes de Paty entrar na vida da minha amiga, eu e Lorenza sempre íamos lá, para beber e ver as meninas dançando. Assim que entrei a dona veio me recepcionar.

 

— Cadê ela, Ruiva?

 

— Lá no canto do balcão... – Apontou — Tô realmente preocupada com ela... E nervosa porque ela comprou mais fichas e programou essa bendita música mais 10 vezes, os outros clientes já estão reclamando. – Ela disse sorrindo. — Vai lá porque eu não consegui arrancar nada dela.

 

Assim que me aproximei não sabia se ria ou se me preocupava mais. Minha irmã estava literalmente abraçada em uma garrafa e cantando para o copo. Nós já bebemos muito, mas jamais sozinhos. Nunca vi Lorenza desse jeito. Ouvi ela cantando:

 

 (N/A: Ouça Zé Neto e Cristiano – Largado ás Traças https://www.youtube.com/watch?v=WcTRQXtXJPs)

 

 

 

♫Meu orgulho caiu
Quando subiu o álcool
Ai deu ruim pra mim
E pra piorar
Tá tocando um modão de arrastar
O chifre no asfalto

Tô tentando te esquecer
Mas meu coração não entende
De novo eu fechando esse bar
Afogando a saudade
Num querosene

Vou beijando esse copo
Abraçando as garrafas
Solidão é companheira
Nesse risca faca

Enquanto "cê" não volta
Eu tô largado as traças
Maldito sentimento
Que nunca se acaba ♫

 

 

 

— Canta comigo, brother!!!

 

Ela gritou quando me viu, tentou levantar, mas desequilibrou e só não caiu porque eu a segurei a tempo. Mas continuou cantando e rindo...

 



♫Vou beijando esse copo
Abraçando as garrafas
Solidão é companheira
Nesse risca faca

Enquanto "cê" não volta
Eu tô largado as traças
Maldito sentimento
Que nunca se acaba

Oooo oooo
A falta de você
Bebida não ameniza
Oooo oooo
Tô tentando apagar
Fogo com gasolina♫

 

 

 

A coisa estava muito mais séria do que eu imaginei. Peguei o celular e liguei para minha cunhadinha, ela atendeu ao segundo toque. Notei que a sua voz estava rouca como se estivesse chorando.

 

— Oi, Júnior.

 

— Oi, cunha. Desculpa a hora, mas você sabe o que tá acontecendo com Lorenza? Nunca a vi assim! Se ela beber mais, vai entrar em coma alcoólico! – O telefone ficou mudo e eu ouvi um suspiro profundo. “Caralh*, o que aconteceu?”.

 

— Eu não tenho mais nada a ver com a sua amiga, Júnior... melhor você procurar a chiranhuda que ela passou o dia comendo...

 

— Cunha, que conversa é essa? – Lorenza continuava cantando a plenos pulmões e tentava enfiar o copo na minha boca. — Tem algo errado nessa história, Paty. – Tentei me desvencilhar da minha amiga. — Para, Bro! Ponho minha mão no fogo! Tenho certeza que a Lorenza não fez nada.

 

— Júnior... – Mais um suspiro. — Leva ela pra casa da Natália... Tenho certeza que ela deve estar esperando de braços e pernas abertas... Desculpe, eu preciso dormir... Beijo – Ela desligou e eu fiquei sem entender porr* nenhuma.

 

Agora Lorenza estava com a testa encostada na garrafa e chorava chamando pela Paty. Confesso que meus olhos se encheram de lágrimas. Lorenza sempre foi tão forte, e vê-la assim, cortava meu coração.

 

         Com muito custo e, com a ajuda de outro cara, consegui colocar Lorenza dentro da Lindinha, achei melhor irmos nela por conta do trailer. Depois buscaria meu carro.

 

         Assim que entrei em casa, mamãe veio correndo para saber o que estava acontecendo. Dona Ana, percebendo o estado da minha amiga, correu pra cozinha antes de me encontrar no banheiro, onde eu já tirava as roupas de Lorenza. Mamãe havia ralado um bom pedaço de rapadura e enfiou na boca da Lô, que engoliu aos poucos. Coloquei-a debaixo da água gelada e ela reclamou, se debatendo... Chamou por Paty... Chorou muito e eu não sabia se cuidava dela ou da mamãe que chorava ao ver Lorenza tão triste. Ela ainda balbuciava coisas que eu não entendia quando a coloquei na minha cama. Fiquei ali cuidando da minha irmã até que ela finalmente dormiu.

 

 

 

Patrícia

 

 

 

Nem a pior surra que levei chegou perto de me fazer sentir como eu estava nesse momento. Lorenza conseguiu em poucos minutos fazer o que o Maurício levou anos... Me quebrar completamente.

 

Deitei a cabeça na porcelana branca da banheira do quarto de hotel que eu estava. Depois da minha briga eu vim para cá pois não poderia ir para casa. Não queria falar com as minhas avós e dar explicações. Precisava ficar só.

 

Suspirando, peguei a lâmina do bisturi entre os dedos... Minha velha amiga. A dor era tanta... A angustia... Meu peito iria explodir se eu não colocasse para fora... Cheguei a procurar meu telefone, pensando em ligar para minha terapeuta... Mas o aço brilhante era tão convidativo... Aproximei a ponta afiada da parte de dentro da minha coxa direita...

 

O primeiro corte... A dor aguda intensa... As gotas de sangue vermelho caindo na porcelana branca... A sensação de quase alívio... Não... Não foi suficiente... Mais um... Fecho os olhos sentindo a dor... Só preciso de algo que me faça esquecer... Só preciso de algo que me faça lembrar quem eu era... Que eu não era nada... Que eu não SOU nada.

 

 

 

Lorenza

 

 

 

Acordei em um quarto escuro, completamente desorientada... Onde eu estou, pelo amor de Deus? Por uma fração de segundo tive a esperança de tudo ter sido um sonho... Mas quando olhei para o lado e vi Júnior dormindo todo vestido e de botas, tive certeza que o pesadelo era real. Tentei levantar, mas uma bigorna parecia estar sobre a minha cabeça!

 

— Puta que pariu... – Coloquei as mãos no rosto e comecei a chorar baixinho para não acordar meu amigo. Foi inútil. A dor dentro de mim era inexplicável... Desesperadora! Horrenda! Eu estava vazia e cheia de algo que eu nunca tinha sentido... Angústia e vazio...

 

— Ei, Bro, como você está? – Disse quase pulando da cama. — Tá com dor? Quer alguma coisa? Remédio para dor? Água?

 

— Ai, Júnior, fala baixo e para de tanta pergunta... – Consegui me levantar e me encostar na cabeceira. — Desculpa, tá doendo tudo... – Enchi os olhos de lágrimas... — Me fala que é tudo um pesadelo, Brother, que a Paty não terminou comigo... – Comecei a chorar soluçando e Júnior me abraçou.

 

— Calma, bro! Me deixa entender o que tá acontecendo... Tudo vai se resolver... A Patrícia te ama, cara, e não é pouco. Mas você vai ter que dizer o que tá acontecendo, pois tô mais perdido que tudo aqui.

 

Chorei por um tempo que não sei mais contar, pois para mim parecia parado. Até respirar doía... Acho que dormi, pois quando dei por mim era dona Ana que fazia carinho nos meus cabelos.

 

— Oi, minha filha, acha que consegue comer algo? – Tentei sorrir para ela, mas só consegui voltar a chorar... — Não consigo não... Eu queria era um remédio pra tirar essa dor de dentro de mim... Dormir e não acordar mais...

 

— Nunca mais repete isso, minha filha, isso vai passar! A doutorinha te ama e é muito. Deixa os ânimos se acalmarem.

 

— Ela jogou a aliança em mim. Disse que nunca mais quer me ver e eu não sei nem o motivo. Ai, tá doendo, dona Ana, tá doendo demais... – Me encolhi na cama tentando arrumar uma posição que o meu peito doesse menos, mas foi em vão.

 

— Vem cá, minha filha, deita aqui no meu colo... Mas tenta se acalmar porque essa não é a Lorenza que conheço: a que vai atrás do que quer, e consegue tudo o que deseja. Você é forte! Vai ficar bem, e tudo isso vai ser resolvido.

 

Eu me deitei nas suas pernas e me abracei. Eu não estava me reconhecendo. Sempre achei esse papo de sofrer por amor uma grande besteira, coisa de adolescentes, mas, meu Deus do céu, isso é ruim demais.

 

 

 

— Eu sinto como se a minha vida tivesse acabado...

 

— Para de bestagem, menina! Tenho certeza que a Patrícia vai se acalmar e vocês vão conversar direito. A menina tem um bom coração! — Eu não conseguia entender como a Paty em tão pouco tempo tinha conquistado o coração de tanta gente.

 

— O que eu faço?

 

— Você durma... Descansa. Só o tempo cura as feridas e nos traz a serenidade.

 

— Como a senhora sabe? Já passou por...?

 

— Oxi, filha... Já vivi muito. Não é hora, mas vou te contar... Eu sempre quis uma menina, uma irmãzinha pro meu Juninho e Mario... Mas depois de alguns anos eu vi que Deus não me daria essa graça. Meu casamento não ia bem, e eu descobri que Túlio havia me traído e o pior que a biscate havia ficado grávida...

 

— Dona Ana, eita diacho! Seu Túlio com aquele jeitinho lerdo... Como a Senhora soube?

 

— A própria piranha veio aqui me falar, e disse que não iria ter um filho de um xucro, que estava noiva de um rapaz da capital, de uma família dessas que tem nome chique. Não aceitaria ter um filho de um pé rapado... De uma aventura de fim de semana. Ela veio aqui dentro da minha casa dizer que só queria dinheiro para ficar calada e para tirar a criança. E é claro que nós não demos. – Ela enxugou uma lágrima e continuou. — Túlio ficou desesperado ao saber que ela tinha ficado grávida e que queria fazer um aborto... Você vê como ele ama nossos filhos e nossos netos. E eu também, mesmo sendo traída, não admitiria que um irmão dos meus filhos fosse morto. – Suspirou já chorando.

 

— A senhora quer uma água?

 

— Não filha, deixa eu terminar de te contar. Já são muitos anos sem falar nisso... – Limpou os olhos com um lenço e continuou — Então eu pedi para ela me dar a criança, que não tinha culpa de nada, mas ela só deu uma risada e disse que não iria estragar o corpo dela e nem perder o bom partido que tinha arrumado... E do jeito que chegou em nossa casa, ela se foi. 

 

— Vish, mas a senhora contou pros meninos?

 

— Não, filha, foram anos difíceis! Por favor, não me julgue. Entrei em depressão e fiquei vários meses naquela clínica. Há algum tempo tive notícias que ela havia se casado e tinha ficado grávida novamente. E pra finalizar essa novela, há pouco tempo eu topei com ela e com a filha, eu quase desmaiei ao ver a menina. O jeito de falar, os trejeitos... é a mesma coisa de estar vendo o Túlio. A filha que eu tanto quis ter foi dada a outra que nem a queria.

 

Arregalei os olhos.

 

— A senhora acha que ela teve o bebê?

 

— Certeza absoluta, só com o exame, mas meu coração de mãe sabe.

 

— Minha nossa, qual foi à reação do seu Túlio? – Ela sorriu.

 

 Nenhuma, filha, ele nem desconfiou.

 

Então o que eu queria te dizer é que isso me assombra às vezes, a lembrança do que aconteceu. Foram anos achando que ela tinha matado aquela criança, e agora sei que, com a Graça de Deus, ela está viva e bem. Vai chegar a hora que vou contar pro Túlio, e ele vai sair como um touro bravo atrás da cria. – Passou a mão nos meus cabelos. — O que eu queria te dizer com isso tudo, é que o amor supera tudo. No meu caso ouve a traição, no seu, não, filha. Deixa só passar esse primeiro momento, que tenho certeza que a doutorinha vai perceber que errou.

 

 

 

Fiquei no colo dela pensando em tudo que ouvi, pensando na minha pequena, até que Júnior voltou da rua. Segundo ele, foi falar com Paty, mas Mônica disse que ela desmarcou todas as consultas do dia e não atendia o celular.

 

Não consegui comer, nem beber e nem me levantar para tomar um banho. Júnior que ligou para Aninha e ajeitou tudo em relação aos trabalhos e também avisou a Bá que eu estava na casa dele. Minha velha não levou nem uma hora para aparecer feito uma louca no quarto de Júnior.

 

Contei e recontei várias vezes o que tinha acontecido. Quando todos saíram do quarto eu comecei a ligar para minha pequena. Liguei dezenas de vezes, deixei recados, mandei mensagens, mas ela não atendia... Visualizava e não respondia, o que foi me deixando mais angustiada. Como alguém podia ser levada do paraíso ao inferno em questão de segundos? Eu dormia e não descansava. Eu ficava delirando e acordava assustada.

 

E neste dia só consegui dormir quando dona Ana me deu um dos comprimidos que ela às vezes usava para dormir. Assim foram os três dias seguintes, neste ciclo desesperador de telefonemas não atendidos, sem notícias da minha pequena. As crises de choro foram ficando mais espaçadas e eu me sentia seca.

 

Quando ouvi a voz de mamãe e papai entrando em meu sonho tive certeza que a coisa estava séria. Abri os olhos, totalmente desperta, e vi meus velhos... Eu sabia que precisava reagir. Dona Violetta e Seu Herbert estavam ali parados a minha frente com os semblantes preocupados.

 

Me levantei e me joguei no colo deles, que me beijaram e me mimaram muito.

 

— Minha piccolina, que saudades... – Depois de um tempo até consegui sentar a mesa com eles e comer uma sopa que dona Ana fez só para mim. Era nítido o quanto estavam felizes pela minha pequena reação, conversando animadamente entre eles. Mamãe se sentou ao meu lado e segurou o meu rosto. — Cadê a minha filha? Minha teimosa e poderosa filha? A que vai atrás do que quer. Que passa por cima de todos os obstáculos como um trator? – Beijou minha testa e sorriu para mim. — Vamos pra casa? – Sorri e balancei a cabeça em sinal positivo.

 

 

 

Como era bom estar em casa... Charlotte parecia sentir minha carência e não saiu do meu lado em momento algum. Até no banho ela ficava deitada no tapete do box.

 

O silêncio de Paty permanecia, nem com Júnior ela havia falado. Meu Bro se tornou minha sombra e tentava a todo custo me animar, contando das suas conversas com Helena. Que ela, Heloisa e toda família viriam para a comemoração das bodas de vinho de seus avós. Ele tentava aparentar pouco caso, mas eu sabia que ele estava ansioso pelo reencontro com a sua primeira mulher. Me perdi recordando da primeira vez ouvi Júnior dizendo que estava apaixonado por uma das gêmeas, filhas do prefeito. Era comum que nossos pais fizessem jantares, e quando elas estavam de férias na cidade sempre compareciam também. Eu e Júnior as achávamos lindas, mas eram intocáveis para nós... Nós, moleques, estudantes no ensino médio. Elas, viajadas, lindas e fazendo mestrado em Brasília.

 

Em um desses jantares, de tanto ver a cara de bobo de Júnior, empacado, sem coragem de chegar em uma das loiras, eu tomei a atitude. Fiquei as observando de longe e quando elas saíram de casa rumo à fogueira, cutuquei Júnior e lhe entreguei duas taças de vinho e peguei mais duas. Lembro perfeitamente dos olhos do meu amigo arregalados ao falar o que eu iria fazer. Sem dar chance de ele desistir, fui na frente e parei ao lado de Heloisa que, conversava com a irmã, e lhe entreguei uma das taças. Depois de ela perguntar se eu tinha permissão para beber, e de eu ter arrancado boas risadas delas, eu e Junior fomos passear de carro com elas. E o mais incrível foi que finalizamos a noite em dois quartos do único motelzinho que tinha na cidade. Sorri ao me lembrar do nome do Motel ‘CÊ Q SABE’. E foi assim perdemos nossa virgindade. Mas diferente de Júnior, eu só queria sex*, aprender a satisfazer uma mulher mais experiente.

 

Fazia dois meses que ele e Helena estavam namorando escondido, e eu e Heloisa nos pegando, quando os pais delas nos flagraram em um amasso gostoso dentro da camionete de papai.

 

E cidade pequena sabe como é, a fofoca correu como rastilho de pólvora. Helena disse que estava apaixonada, que se os pais de Júnior não fossem contra, ela queria continuar namorando com ele... Mas Dona Ana e seu Túlio foram firmes e não permitiram que aquilo fosse adiante. E então elas, praticamente obrigadas pelos seus pais, foram embora e nunca mais as vimos. Sua família também se mudou para Brasília após seu pai se tornar deputado.

 

 

 

— Elas chegaram ontem à noite, marquei de sairmos com elas Hoje no fim do dia para tomarmos um chope. E nem adianta dizer não, que você vai comigo nem que seja amarrada.

 

— Eita diacho, e tu me governa desde quando? – Falei azeda.

 

— Ah, para Bro, tu sabe que vou ficar muito perdido se eu for sozinho, e a Heloisa vai estar junto, não tem vontade de vê-la novamente? Matar saudades da sua primeira mulher? – Disse piscando e cutucando minhas costelas.

 

— E você acha mesmo que eu tenho cabeça pra isso? Só penso na minha pequena... Não sei mais o que fazer. Ela não me bloqueou, mas não responde nada. E não atende nem por reza... Acho que perdi minha oncinha mesmo, brother. Se eu pelo menos soubesse quem ligou, e o que disseram... Mas nada! Como me defender de algo que não fiz? Aquela calcinha apareceu feito mágica e eu nem sabia de quem era!

 

— Não é antiga, Bro?...

 

— Porr*, Júnior, tá me chamando de relaxada? O trailer é limpinho e outra... É armação, Bro... Alguém ligou e a Paty saiu como uma onça sabendo o que procurar... E tenho pensado muito em uma coisa... Eu nunca dei motivos para Patrícia duvidar do que eu sinto por ela, da minha fidelidade a ela... Poxa, eu me abri inteira pra ela e ela não me deu nem o benefício da dúvida. – Limpei os olhos na manga da camisa.

 

— Ei, para! Ela voltou a trabalhar só hoje, o carro dela estava lá na garagem da Clínica.

 

— Eu vou falar com ela! – Falei já pegando as chaves, mas parei na porta – Acha que eu devo ir lá?

 

— Você não seria a Lorenza que eu conheço se não tentasse...

Fim do capítulo

Notas finais:

Como é triste quando duas pessoas se amam e por um mal entendido, armação e por não conversar ficam longe né?

Mas a Lorenza não vai deixar assim, ela vai virar esse jogo.

Comentem saslindas...

Postei ONE nova no Wattpad, da AnaLu e Luiza confiram lá https://www.wattpad.com/708398130-ones-coletâneas-de-contos-eróticos-lésbicos-choc

Não esqueçam de fav.  as autoras para receber todas as atualizações na hora que for postado.  

 

Facebook da Sylvie de Paula  e meu Rose SaintClair - add lá pra trocar uma ideia

 

Meu Wattpad onde to colocando  Amor Animal com GIFS e ONES (contos únicos) inéditas https://www.wattpad.com/user/RoseSaintClair

 

Beijinhos! <3


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Comentários para 39 - Largada ás Traças:
Adriana Lemos
Adriana Lemos

Em: 09/10/2020

Amo essa música Largado Traças...tudo haver com OM momento da Lolo kkkk

Responder

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rhina
rhina

Em: 20/08/2019

 

Nuvem negra pairou sobre elas.......

Discórdia bem plantada. ...

Insegurança com raízes profundas e mazeladas .....

Rhina

Responder

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VdoV
VdoV

Em: 25/04/2019

Esperar uma semana pelo prox. cap é de lascaaaar! :/

Responder

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Lili
Lili

Em: 25/04/2019

Vai nessa Lorenza, vai a luta mesmo.

E esse nome do motel é igual ao que tem aqui perto da minha casa.

Alguém veio em Fortaleza e passou numa avenida que esse motel fica localizado.

Responder

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NandaSulivan
NandaSulivan

Em: 25/04/2019

Esse foi pesado, coração apertou pelas duas...

Junior é lento, nem falou para Lorenza que a Oncinha falou da Natália ????‍??... Já estou ansiosa para ver o desenrolar. 

Como sempre Parabéns, hoooooo conto gostoso.

Responder

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Val Maria
Val Maria

Em: 25/04/2019

Olá autoras! 

Caramba! Que armação foi esta? Olha que tem dedo daquela médica por trás disso,e a Lo tem que descobrir e dá umas boas tapas nela.

 

A dor da separação é a pior de todas,acho que nunca sentir nada pior,mas passa,e se a Paty não ter cuidados via perder seu amor.

 

Beijos autoras.

 

Val Castro

Responder

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lis
lis

Em: 24/04/2019

É realmente por mais que a Lorenza era galinha no passado a Paty deveria ter conversado com ela e exposto o ocorrido,afinal ela estava o dia todo com o Junior e com a vó da Paty era facil ter descoberto a vdd, mais ai vem tb a insegurança dela a forma como ela era tratada pelo marido e como ela se sentia um nada por causa dela e por isso pensou que a Lorenza não  a respete e amo de vdd é complicado, ta certo que ela errou mais penso que a Lo deva relevar pelos traumas que a Paty tem e que infelizmente não são poucos prova disso foi ela se cortar para poder não pensar na traição que ela acha que a Lo fez com ela, e olha que a avó dela sempre falou para ela não acreditar se alguém falasse algo né, mais acredito que elam vão conseguir passar por essa crise mais a Paty tem que aprender a confiar e acreditar na Lo

Responder

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Palas F
Palas F

Em: 24/04/2019

AAA Paty !! Pelamô !!

Larga de ser teimosa !!!

Escuta a Lorenza!!!!

 

Mas tô sentindo que esse encontro a 4 vai dar merda.. tomara que não !

Responder

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josi08
josi08

Em: 24/04/2019

No Review

Responder

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Keilaspm
Keilaspm

Em: 24/04/2019

Eu nem sei como eu tô depois dessa cap tadinha da lolo pqp Paty a lolo merecia o benefício da dúvida né AFF  tão ruim ver nosso casal fofura brigados 

Espero que lolo de um jeito nesse trem assim não pode ficar 

Ótimo cap mas triste quero a lolo sendo fofa e safada ao mesmo tempo como antes não só chorando 

Responder

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lilo
lilo

Em: 24/04/2019

Sem condições de fazer qualquer comentário agora. 

Estou com meu coração quebradinhin ...

 

Ah gente, que maldade !!!!

 

Responder

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