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AMOR ANIMAL por Rose SaintClair e Sylvie

Ver comentários: 12

Ver lista de capítulos

Palavras: 3512
Acessos: 13254   |  Postado em: 16/04/2019

A pata da ocinha

 

Patrícia

 

— Vem, Paty, bate... Mais força... Uhm... Bate... Isso... assimmm... – Socava as mãos enluvadas da Beta, a minha aliança reluzindo no meu colar. Por incrível que pareça eu estava adorando aquela aula e a academia. Tanto que me matriculei no Fitdance para acompanhar a minha noiva e o Júnior. Nunca na minha vida eu ri tanto quanto nessas aulas. Os dois palhaços juntos não prestavam e o coitado do professor sofria. — Muito bom! Cansada?

 

— Nossa, Beta, hoje tô sim! O trabalho na clínica tá gigantesco e já tentei duas secretárias e não rolou! Uma não sabia falar ao telefone e a outra ficava o tempo todo no face! – A professora me levou para alongar junto com os outros alunos.

 

— Mão de obra qualificada tá em falta mesmo, Paty... – Sentei no chão e iniciei o alongamento. Sempre fui muito flexível devido aos anos de dança e não precisava da ajuda de ninguém. Tanto que eu conseguia alongar colocando as mãos no chão dobrando a coluna sem mexer os joelhos. Sem falar na minha abertura de pernas que eu fazia facilmente um espacate.

 

Estava realizando este exercício deitada no chão e com as pernas em um ângulo de 180 graus, quando escuto um burburinho e vozes alteradas, mas não consegui compreender o que falavam.

 

— Vem, Paty... Terminou, né? – Lô estava vermelha como um pimentão. “Puta merd*, o que será que houve?”

 

— Oi, Lô... Sim, esse era o último. – Ela me ajudou a levantar com cuidado.

 

— Vamos pra casa.

 

— Lô, eu preciso tomar uma ducha. Eu tô fedida. – Andei até o vestiário acompanhada por uma Lorenza séria. — Amor, o que houve?

 

— Sério que você não viu?

 

— O que?

 

— Patrícia, a homarada parou para ver você! Todo mundo estava olhando a sua bunda e seus seios que estão pulando nesse top!

 

— Lô, desde o primeiro dia sempre tem gente assistindo as aulas. Isso é neura da sua cabeça, amor!

 

— Paty, eu conheço cada um daqueles ali... Você acha que iam ficar assistindo as aulas por quê? – Lô se segurava de tanta raiva. Nós duas estávamos sozinhas no vestiário.

 

— Coração... – Sorri para ela que, mesmo não querendo, me deu um meio sorriso. — Qualquer um pode ver... – Tirei meu top deixando meus seios caírem livres...

 

— Paty!!! – Ela olhou para os lados me puxando para um reservado e fechando a porta. — A Roberta daqui a pouco... – Coloquei meu indicador nos seus lábios a silenciando.

 

— Qualquer um pode ver... – Levei suas mãos até os Montes Everests, como ela gostava de chamar. — Mas só quem pode agarrar... Lamber... Ch*par... É você. – Me aproximei e mordi sua orelha, ela apertava meus mamilos entre seus dedos, extasiada.

 

— Tudo meu...

 

— Tudo seu... Só seu... – Tirei o tênis, a legging e a calcinha, ficando nua. Virei de costas e empinei a bunda, olhando na sua direção apenas para ver a sua reação. – Era para ser uma surpresa. Fiz hoje de manhã... Júnior foi comigo.

 

— Oncinha... – Minha mulher estava sem palavras para a tatuagem que eu fiz na minha nádega direita, perto do quadril... Era uma pata de onça estilizada com Lô escrito... Ficou de bom gosto porque o tatuador era além de tudo desenhista.

 

— Só você está marcada no meu corpo, Lô... – Ela acariciava com cuidado a pele sensível — Só você.

 

Lorenza colou seu corpo nas minhas costas, me prendendo contra parede, mordendo meu pescoço... Ela disse em meu ouvido o quanto estava com vontade de me lamber todinha... Me deixando toda molhada... Suas mãos passeando por todo meu corpo. Outras garotas entraram no vestiário e Lorenza cobriu minha boca com a mão, no mesmo instante em que ligava o chuveiro para disfarçar meus gemidos...

 

 

 

No outro dia eu estava almoçando com a Mônica quando o Júnior apareceu com a Amanda. Sim! A chiranhuda que ficou me zoando e falando mal.

 

— Patrícia eu queria falar com você. – A putiane me dirigiu a palavra.

 

— Eu não tenho nada a trata com você, garota. Puta merd*, Júnior!

 

— Paty, escuta o que a Amanda tem a dizer!

 

— Eu já vou indo que preciso abrir a clínica, fica aí Paty, que seu próximo paciente é daqui à uma hora. – Mônica saiu, aquela menina era um anjo.

 

— Vou indo. Comportem-se.

 

— Paty. – Amanda me tirou do meu devaneio. — Eu queria pedir desculpas pelo modo como eu te tratei. – Ué, isso é novo. Madalena arrependida?

 

— Ok. Desculpas aceitas. Tchau.

 

— Espera! Me deixa explicar... Não vou ser hipócrita e dizer que eu não sonhava em estar no seu lugar. Acho que quase toda mulher da cidade gostaria... Eu... Eu sempre fui da pá virada. Sempre! Me relacionei com as piores pessoas. Lorenza sempre me tirava das roubadas, ia me buscar nas baladas quando eu me metia em confusão... Ela sempre foi uma grande amiga. Paty... Eu nunca transei com a Lô por dinheiro e acho que ninguém fez isso por interesse, nunca...

 

— Tá, informação demais... Tô indo... – O ciúme já havia me cegado e lembrei da orgia que presenciei.

 

— Espera, preciso terminar... Eu me envolvi com drogas e fui para o fundo do poço. Comecei a me prostituir por quaisquer dez reais... Lorenza me buscava. Até me internou... Mas eu fugi. Quando, em uma boca, me disseram que eu poderia fazer uma boa grana no Paraguai...

 

Amanda tinha o olhar fixo para as mãos como se a lembrança fosse algo extremamente penoso a ela.

 

— E foi aí que o inferno começou... – Cobriu o rosto com as mãos. — Éramos dez meninas, tratadas como bichos, mal nutridas, dormíamos em um mesmo quarto com vários colchões. Possuíamos um banheirinho e uma cozinha pequena. Sem janelas, não sabíamos se era dia ou noite. As que iam trabalhar eram levadas para um banho, maquiadas, vestidas e enviadas para festinhas particulares onde fomos obrigadas a fazer sex* com vários homens de todas as formas possíveis. E se nos negássemos éramos espancadas e estupradas. Aos poucos esse número diminuiu, éramos dez... Depois 9, 8... Até que restaram três de nós. As outras morreram de inanição, doenças, espancamento ou suicídio mesmo. Fiquei seis meses, que pareceram uma vida inteira.

 

Amanda falava baixo deixando as lágrimas caírem livremente e percebi que eu também estava chorando. Segurei a sua mão entre as minhas apertando como se desse um pouco de força a ela.

 

— Confesso a você que a possibilidade de tirar a minha vida... cheguei bem perto... Mas no dia que ia fazer isso, descobri que estava grávida. – A olhei espantada, nunca soube que ela possuía um filho. — Então eu queria viver... Precisava! Tenho certeza que foi Deus que colocou o Lorenzo na minha vida para que eu não fizesse uma besteira, porque se eu tivesse me suicidado ali... Naquele dia... – PUTA MERDA! Olha o nome do garoto! — Eu teria feito a pior burrada da minha vida! Paty... A Lô tinha me achado. Esses meses todos ela me procurava. Quando me encontrou viu que não podia entrar porta adentro e me pegar a força. Então, naquela semana ela estava negociando com o meu “dono” a minha “compra”.

 

Ficamos em silêncio por alguns minutos. Amanda bebeu um pouco de água para se acalmar. Nossa meu! A minha Lô! Puta merd*, cara! Ela é maravilhosa!

 

— Quando eu a vi... Eu não acreditei, Paty... Mesmo morrendo de vergonha pelo estado em que eu me encontrava, me atirei nos seus braços e chorei. Lô não quis saber e fretou um jatinho nos levando direto para Campo Grande. Alugou um apartamento e me instalou. Durante um ano ela ia uma vez por semana ver como eu estava. Quando não era ela, Júnior me visitava. Graças a Deus, eu não tinha nenhuma doença venérea grave! Lorenzo nasceu forte e é afilhado da Lô e do Júnior. Quando voltamos para a cidade, a Lô inventou uma história que eu havia casado e ficado viúva. Paty, ela me conseguiu até uma casinha e um dinheiro para começar a vida.

 

— Que idade tem o seu filho, Amanda?

 

— O Enzo vai fazer cinco anos. Você tem que conhecer! – Sorriu ao lembrar da criança, o que me deu vontade de ter o meu próprio filhotinho. Já imaginei um ser loirinho como a Lô e sorri também. — Paty, por isso me desculpe. Nunca vi Lorenza tão feliz. Eu tinha esperanças... Lógico... Ainda mais você tem que ver o jeito que ela trata o Enzo... Nossa!

 

— Amanda, vou ser sincera com você. Tudo o que vocês falaram aquele dia me magoou muito. NAQUELE DIA. Hoje é diferente, e a Lorenza me tornou diferente. Eu não dou mais bola. – Recebi uma mensagem da Mônica. — Nossa chegou uma emergência e eu tenho que ir.

 

— Vou com você porque a minha casa é para aquelas bandas.

 

Acabei dando carona para a mulher e fomos batendo um papo agradável. Por incrível que pareça tínhamos muito em comum! A Amanda também era fã da AnaLu e enlouqueceu em saber que nós a conhecíamos.

 

Chegando na clínica, ela entrou comigo para usar o banheiro e fui atender a emergência. Um pobre gatinho havia sido atropelado. O sedei e o deixei com a dona. Precisava de ajuda e fui chamar a Mônica.

 

— Vamos ter que fechar. Não consigo operar sozinha. – Disse a ela.

 

— Mas o próximo paciente vai vir daqui a pouco e...

 

— Tá, me explica aqui o que precisa fazer que eu faço e fico aqui até você voltar... – Amanda disse já sentando na cadeira vaga. Nesse momento o telefone tocou. — CliniVet, boa tarde! Não a Dra. Patrícia está em cirurgia. Sim, pode deixar que eu dou o recado.

 

 

 

Lorenza

 

Será que existe neste mundão de Deus alguém mais feliz que eu? Olha... Acredito que não! Eu estava noiva de uma linda e gostosa ninfa... Ô, senhor... Paty tem se revelado uma insaciável de mão cheia. Ela ainda tem medo de se aventurar quando estamos em lugares que podemos ser pegas, e pra piorar, Júnior um dia nos flagrou no Rancho do Riachão, quer dizer... Minha pequena inventou de querer me algemar novamente e quando ouviu o barulho da camionete de Júnior saiu correndo nua casa adentro, me deixando completamente pelada e algemada no pergolado do jardim. Eu e Júnior riamos tanto que dava até dor na barriga. E eu presa sem Paty aparecer com as chaves da algema. E deste dia em diante, toda vez que Júnior a via, ele gritava:

 

— Abandonar o naviiiio!!!

 

 

 

Eu já tinha ouvido dizer que quando se usa aliança, parece que se passou mel no corpo... A mulherada se insinuava ainda mais. Na academia, então, era raro um dia que Paty não ficava bicuda. Mas eu a agarrava, a enchendo de beijinhos, e ela desfazia a tromba. Ela sabe que a só tenho olhos para ela. Às vezes a pego viajando em seus pensamentos enquanto olha para a aliança, sempre com um sorrisinho no rosto.

 

 

 

— Bom dia, Chefinha. Pedro já está no trailer e está tudo pronto.

 

— Bom dia, Aninha. Que ótimo! Mas realmente vou deixar o trailer lá na faculdade e voar lá pra Coxim. Preciso fechar a compra dessas novilhas, já estou praticamente sem matrizes vazias.

 

— Se precisar, eu posso ajudar Pedro hoje à tarde, assim que eu encerrar por aqui.

 

— Nossa, valeu mesmo, Aninha. Eu te agradeço!

 

— Bom dia, Aninha! – Disse minha Oncinha entrando no escritório.

 

— Bom dia, Paty. – Retribuiu Aninha, com um sorriso. — Antes que eu esqueça, eu trouxe a receita que você pediu, a de bolo de laranja com coco da mamãe, já deixei com a Bá.

 

Agora era assim, as duas viraram amigas e era troca de receitas de comida, e umas gororobas que elas faziam para passar no rosto e nos cabelos... Dicas de maquiagem... Empréstimos de vidros de esmaltes...

 

— Ai, que delícia, Aninha. Eu amei aquele bolo. Obrigada!  Lolô, vamos, estamos atrasadas... Já tenho uma cirurgia às 9h.

 

— Vamos, vou só engatar o trailer...

 

 

 

Deixei minha pequena na clínica e rumei para a faculdade onde mais uma vez o trailer ficaria em exposição. Estava conversando com alguns professores quando recebi uma ligação de Zefa, me pedindo ajuda para comprar um cavalo de um fazendeiro em Rio Verde. Como era caminho para Coxim, combinamos de irmos juntas, e que eu a esperaria na casa de Júnior.

 

Foi uma tarde bem proveitosa. Comprei as novilhas, Zefa fechou negócio no cavalo e um potro e Júnior, bom, este conseguiu trocar uns amassos com a filha do fazendeiro que eu fechei negócio.

 

E ir a Coxim e não passar no Alambique Diamante pra comprar uma cachaça Preferida é impossível, ainda mais estando com a Zefa e Júnior. O proprietário da fazenda era sempre a simpatia em pessoa. Ele nos mostrou todo o passo a passo da produção, degustamos os produtos, quer dizer, eu degustei. Zefa e Júnior beberam mesmo.

 

Por volta das 19h já estávamos em São Gabriel. Passamos para pegar o trailer, deixei Júnior em casa e Zefa pegou sua camionete e seguiu para casa. E eu fui buscar minha pequena. Já quase na porta da clínica, vi Paty atravessando a rua. Abri a janela e assoviei.

 

         — Uauuu... Que delícia de doutorinha!!! Quer dar uma voltinha comigo?

 

— Não posso não, sou moça direita e noiva. – Disse abrindo um sorriso lindo.

 

— E que imprestável é esse teu noivo, que deixa uma princesa andar assim sozinha? Que vacilão!!! Vem, que eu cuido muito bem de você. – A olhei de cima a baixo com cara de safada.

 

— Me respeite, que eu não sou da sua laia. – Fez cara de brava.

 

— Posso te fazer mudar de ideia em dois minutos, vem, você vai adorar o banco de traz da lindinha, é muito confortável.

 

— Nossa, como você é cafajeste! Dá em cima de todas as mulheres assim? – Cruzou os braços, ergueu uma das sobrancelhas. Sorri descendo e já a abraçando.

 

— Só das doutorinhas, gostosas, chiliquentas e paulistinhas. – Ela enlaçou meu pescoço. — Ah, e que tenham olhos azuis assim, lindos como os seus.

 

— Acho bom, sua safada! – Ficou na pontinha dos pés beijando meus lábios.

 

— Vamos pra casa, coração? – Cheirei seu pescoço. — Humm, que cheirosa!!! Tô precisando de um banho de banheira pra relaxar... – Ch*pei a pontinha da sua orelha. Ela ronronou baixinho.

 

— Vamos, vou só pegar minha bolsa e ligar o alarme.

 

Quando Paty entrou, resolvi comprar uma revista na conveniência do outro lado da rua, e só não fui atropelada por um carro que estava com os faróis apagados porque duas senhoras que estavam sentadas em um banco de frente a uma casa gritaram a tempo. Pulei para trás ao mesmo tempo em que o carro tirou um fino de mim, partindo em alta velocidade.

 

— Seu animal, olha o farol!!! – Gritei para o carro que já ia longe. Que susto eu tomei! Agradeci as senhoras e fui comprar a revista.

 

         Resolvemos comer uma pizza, pois minha pequena estava varada de fome. Eu nunca acreditei muito nestas coisas de signos, mas Patrícia sem dúvidas é uma típica taurina. Dá gosto vê-la comendo.

 

Assim que sai com a camionete, meu telefone tocou, pedi a minha pequena para atender, enquanto eu manobrava. Senti a mão fria de Paty no meu braço.

 

— Para esse carro, Lorenza! – Ela disse jogando o telefone em cima do painel. Assustei e parei imediatamente.

 

— O que foi, coração? Quem era?

 

         Ela estava pálida e não respondeu, abriu a porta saindo apressada. Desliguei o motor e sai atrás dela. Meu Deus, pensei um monte de besteiras... Será que aconteceu algo com suas avós?  Só consegui alcança-la dentro do meu quarto no trailer.

 

Patrícia revirava toda cama... Puxou o edredom... Jogou os travesseiros de um lado pro outro... E afastou o colchão sentando em seguida com as mãos no rosto.

 

— Pelo amor de Deus, amor, fala comigo... O que tá acontecendo? Quem era no telefone? O que disseram pra te deixar assim? – Eu disse já me sentando ao seu lado... Paty chorava descontrolada...

 

— COMO FUI BURRA! BURRA! INGÊNUA EM ACREDITAR EM VOCÊ, LORENZA, VOCÊ NÃO VALE NADA! – Ela gritava a plenos pulmões, e eu mais perdida que cego em tiroteio. — AI, QUE ÓDIO! Você... Você não podia ter feito isso comigo... Eu confiei em você... – Disse me olhando com as lágrimas escorrendo pelo rosto. Toquei seu ombro.

 

— Coração, o que eu fi... – Não deu tempo de terminar por conta do tapa que levei em cheio no meio da cara. Juro que fiquei atordoada, nunca esperava isso de Patrícia... Nunca tinha levado um tapa na cara de alguém sem ser em uma cama. Meu rosto parecia uma brasa de tão quente.

 

— Nunca mais me toque!  Não se atreva a encostar em mim! – Ela tremia de raiva.

 

— Paty, o que eu fiz? – Perguntei cobrindo o com a mão o lugar que ela tinha me acertado.

 

— Para de se fazer de sonsa, Lorenza... Você é muito cara de pau! – Ela apontou para minúscula peça de renda vermelha que estava no cantinho entre o colchão e a parede. — Não tem como negar! Até a calcinha aquela chiranhuda de merd* esqueceu aqui... Como fui burra em acreditar que você mudaria... Ainda mais por alguém como eu... – Disse passando por mim como um furacão, a segurei e ela começou a me estapear. — PUTA MERDA, LORENZA, ME SOLTA, MANO!

 

— Coração, para. Me escuta, eu não fiz nada... Eu não sei de quem é isso!

 

— ME SOLTA, CARALHO! Já disse pra você não encostar mais em mim. – A soltei porque ela ia acabar se machucando. Assim que ela desceu, desci atrás, ela estava parada na porta, de costas para mim limpando o rosto. Ela se virou, soluçando com as lágrimas correndo, retirou a aliança e jogou em mim. — Nunca mais me procure! Não quero nunca mais olhar pra sua cara! – E saiu porta a fora... Fui atrás! Ela já pegava a bolsa quando parei a seu lado sem a tocar.

 

— Onde você vai? Para, por favor! Vamos conversar, Patrícia... Eu não fiz nada, amor. – Ela nem me olhou e saiu andando para o ponto de taxi mais à frente. Que dor estranha eu estava sentindo, a palavra que me definia naquele momento era desespero. Sem saber o que estava acontecendo e sendo acusada de algo que eu não fiz. O pior de tudo é que o que eu mais queria era aperta-la no meu abraço forte até ela parar de chorar. Entrei na sua frente e ela simplesmente desviou.

 

— Dá licença...

 

— Amor, fala comigo! Eu não to entendendo nada... Não sei de quem é aquela calcinha! Eu te amo, coração, jamais faria algo pra te machucar. – A segurei pelo braço, e ela parou. — Olha pra mim amor, vamos conversar! Vamos pra casa. Aqui não é lugar pra isso.

 

Assim que ela me olhou, juro que senti frio. Patrícia estava visivelmente transtornada e nos seus olhos eu notei uma tristeza profunda como se ela tivesse sido quebrada em mil pedaços.

 

— Lorenza, me deixa em paz... – Ela disse quase num sussurro. — Você já teve o que quis, já brincou de casinha... – A cada palavra eu ficava mais agoniada. — Volta para a sua vida e para as suas mulheres... Só me deixa em paz.

 

— Coração, pelo amor de Deus, eu não fiz nada. – Passei as mãos pelos cabelos em um ato de desespero. Ela fez sinal para o motorista que veio e abriu a porta para ela. — Paty, por favor, não faz isso! – Ela simplesmente puxou a porta deixando eu e o motorista nos olhando. Ele me olhava sem saber o que fazer, e eu fiz sinal afirmativo com a cabeça o autorizando a leva-la.

 

Nossos olhares se cruzaram e eu vi o azul brilhante que eu tanto amava se transformar em algo sem vida... Opaco... Me sentei no meio fio e fiz a única coisa que consegui... Chorei!

 

 

Fim do capítulo

Notas finais:

Gatas deliciosas do meu core, estamos adiantando o capítulo de amanhã!

E ai... Quem será que ligou? Será que rolou armação? Lorenza traiu? Que merda foi essa minha gente?

Não esqueçam de fav.  as autoras para receber todas as atualizações na hora que for postado.  

Facebook da Sylvie de Paula  e meu Rose SaintClair - add lá pra trocar uma ideia

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 Beijusssssssssss saslinda! <3


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Comentários para 38 - A pata da ocinha:
rhina
rhina

Em: 20/08/2019

 

Sério mesmo que depois que Lorenza vez em atos .....palavras......e atuação. .....Patrícia ache que ela só estava brincando de casinha?????

Bola fora Paty. 

Rhina

Responder

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NandaSulivan
NandaSulivan

Em: 19/04/2019

 Tudo estava maravilhoso no paraíso ,com direito a tatuagem, e muito mais...

Mas tinha que aparecer um estraga prazer, para atrapalhar a vida das nossas amadas... Mas tem muito amor envolvido , vou torcer para a Lolo tirar o couro dessa criatura que inventou tudo isso...

Responder

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Kelle Souza
Kelle Souza

Em: 18/04/2019

Isso tem dedo de uma certa médica despeitada e incomoda.Não me espantaria se a mãe da Paty e o ex também estiverem envolvidos. 

Muito boa ,estória!

Nao demore a atualizar!!

bjuss..

Responder

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Val Maria
Val Maria

Em: 18/04/2019

Olá autoras!

Quem foi que fez essa safadeza com a Lo? Porque ela jamais trairia a sua onça.

Alguém plantou ali a semente da maldade,e o passado da mulher a condena.

Não tiro a razão da Paty,mas custa ouvi a Lo mulher!!!

Então so nos resta esperar o próximo capítulo para saber o que de fato aconteceu.

 

Bom feriado autoras.

 

Val Castro

Responder

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Palas F
Palas F

Em: 17/04/2019

Fiquei perdida agora .. e ansiosa !!

Que a Lô não traiu, isso é fato.

Responder

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Bee20
Bee20

Em: 17/04/2019

Cooomo assim???

Responder

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SPINDOLA
SPINDOLA

Em: 16/04/2019

Meninas, tudo bem.

Que tiro foi este garotas, kkkkkkkk

Estava meio sumida nos comentários e me senti OBRIGADA A COMENTAR esta tremenda sacanagem que aprontaram com a minha Lolo. Isto não se faz.

Eu sei que nem tudo são flores, mas até o próximo capítulo estou COMPLETAMENTE DE MAL DE VOCÊS, e vai depender se volto a ficar de bem, ou seja, arrumem está presepada que aprontaram. 

Coitada da Lo, a Paty não é uma oncinha não ela é uma anta paraguaia, kkkk, a Lo tem um passado mega safado, mas merecia o benefício da dúvida. 

A Paty merece sofrer um pouco pra ter de volta a "minha peoa delicia", afinal não deixou a coitada se explicar, devolveu a aliança e bateu na bichinha, oncinha do mal, kkkkk.

Até maquiavélicas

Responder

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Lili
Lili

Em: 16/04/2019

Quem não tem nada melhor para fazer, vai fazer maldade com as pessoas.

Responder

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lilo
lilo

Em: 16/04/2019

Nussaaaaaa

 

Tô aqui e morta com este cap. 

Aperto no coracao por conta da lo agora ... Que do !!!

 

 

Aiiiiiii, . Não demora com o próximo não, por favorzinho..

 

 

Responder

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preguicella
preguicella

Em: 16/04/2019

Armação, fato. Tentativa de assassinato tudo a ver com o mauricinho e a mãe bruxa. Quem está ajudando, não sei, espero que não seja Amanda.

Enfim, vamos esperar o desenrolar pra descobrir.

Bjão

Responder

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Keilaspm
Keilaspm

Em: 16/04/2019

Pqp mano que cap foi esse lógico que é armação pra fofa da lolo Paty não poderia parar pra ouvir a coitada lógico que o passado da outra condena ela mas ela mudou quem será que ligou pra ela  

Será que Paty já conseguiu uma assistente qualificada pra vaga Amanda parece que manda bem adorei a conversa das duas 

Ansiosa pela proxpró cap beijos meninas estão d parabéns a cada cap e uma nova sensação de emoções 

Responder

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Isabella Nunes
Isabella Nunes

Em: 16/04/2019

Eita diacho! rsrs

Quem ligou? o.O

Começo da capítulo me deu uma boa "trolada", obvio que não achei que era uma aula de Fitdance (rsrsrs) e a Paty não deu nem o benefício da dúvida ora, não pode explodir assim não.

Responder

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