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O artigo por Endless

Ver comentários: 8

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Palavras: 945
Acessos: 556   |  Postado em: 24/04/2019

Capítulo único

 

“Preciso falar com vc...”

A terceira mensagem não me assustou como a primeira. Meus olhos cansados observavam as gotas de água chocando-se violentamente contra o vidro da sacada. Sacada que eu sempre chamei de varanda. Afinal, naquele apartamento do segundo andar, era meu canal para o mundo lá fora. Era onde eu me via sair para respirar ar puro e esperar pela chuva, mesmo sem nenhuma proteção. Cocei os olhos com vigor, pois sabia que meus pensamentos já queriam fugir para outra dimensão. Voltei a atenção para a tela do note. Estava trabalhando a seis horas ininterruptas. Não importava o queimor em minha coluna, o sono, a sede, a fome... Precisava encerrar aquele artigo antes que fosse tarde. Antes que eu o abandonasse como fiz com quase tudo na minha vida até agora. Olhei novamente pela janela. O sinal de nova mensagem dessa vez conseguiu me balançar. Mas foi apenas um instante em que meu coração pareceu titubear em continuar batendo, causando um desconforto passageiro. “Vai continuar me ignorando?” Um sorriso frio quis bailar entre meus lábios. Não permiti. O que ela sabe sobre ignorar? Me perguntei apenas como uma desculpa para não pensar no que tudo aquilo significava. Sem querer esbarrei com a mão na caneca de café que acompanhava um pedaço de torta sobre minha mesa. Ao contrário do que pensei, não senti o calor da cerâmica. Era natural que o café estivesse gelado. Como sempre, eu deixava as coisas chegarem a esse ponto.

Dois dias antes...

-- Mas... São só dois dias... -- olhei estupefata para o homem a minha frente.

-- Se vire. Pode sair. -- voltou a olhar pra os papéis em sua mesa sem dar a mínima para minha figura paralisada no meio de sua sala.

Tinha dois dias para apresentar um artigo sobre mulheres e a solidão planejada.

Já fora da sala, encarei o teto por alguns segundos. Talvez caísse de lá alguma ideia. Mas a única ideia que eu tinha no momento era encontrar um novo emprego, porque, certamente, aquela missão era muito impossível. Estava naquela redação há mais de cinco anos e tudo o que escrevia se relacionava com animais. Como iria escrever sobre humanos? Toda essa mudança se devia à crise financeira pela qual a revista passava, pensei por fim.

-- Seu café esfriou.

Não precisava olhá-la para saber de todos os detalhes daquele rosto. Um rosto que, para mim, era como a chuva. Sempre esperada e festejada desde minha tenra infância.

Um barulho ensurdecedor seguido de um clarão momentâneo lembrou-me que até a chuva que eu simplesmente adorava tinha seus momentos baixos. Raios e trovões eram os calos. Os obstáculos. Os percalços. Os defeitos. O lado ruim...

-- Você está bem?

A pergunta foi feita com preocupação, pois apesar de sua abordagem gentil, eu continuei a olhar para cima, talvez tomando coragem para “me molhar” na precipitação que era o par de olhos tão verdes quanto uma imensa floresta inexplorada. E, quando o fiz, não me senti perdida como se estivesse dentro de uma. Apenas sabia de cada atalho, trilha, clareira e veios de água. Estava em casa. Era a primeira vez que a enfrentava e, talvez por não esperar tal ato, ela deixou a caneca trepidar na mão liberando alguns respingos do líquido quente no carpete da sala.

Mais um sinal de mensagem a qual não consegui decodificar. Não importava mais. Voltei para aquele único parágrafo, fruto de todas àquelas horas exaustivas, e quis insanamente destruí-lo. Não ia adiantar nada. Mais um sinal e outro, e outro... Por fim fechei a janela da internet. Solidão... Era o que vinha sentindo desde ontem. Não que não gostasse dela. Não que fosse ela a causa de eu estar me sentindo só. Na verdade nunca me senti só estando sozinha. Deveras contraditório, mas muito filosófico. É que, desde quando tê-la como companhia se tornou um desejo de compartilhar a minha vida, a solidão começou a incomodar. Mas, como diria Antonio Cícero, esqueci que o destino sempre me quis só...

Foi na saída para o estacionamento que minha sina apresentou-se como nunca o fizera desde então. Sabe aquele momento que tudo passa despercebido em sua volta, mas os olhos meio que desatentos enxergam o detalhe, para o seu bem - como no caso de perceber a presença de um escorpião prestes a lhe ferroar - ou para o seu mal. No meu caso, foram as duas coisas. O beijo trocado pelo casal escorado no carro que eu conhecia bem. Senti o ferrão e a dor. O veneno injetado na pele. Infelizmente destravei o alarme do automóvel fazendo com que se separassem rapidamente. Foi inevitável visitar, pela última vez, aquela floresta que chamei de lar. Antes que ela me alcançasse com seus passos largos,entrei, dei partida e acelerei o mais que pude.

Quando me dei conta já tinha escrito duas páginas, encerrando o texto com uma frase de efeito: solidão não se planeja, ela, por si só, já é o plano.

Ao fechar o notebook a escuridão tomou conta do recinto. Outro trovão seguido de um raio que jogou luz por todo lugar permitindo que eu visse o vulto ensopado do lado de fora. Acendi a luz imediatamente e corri para a sacada abrindo-a em seguida.

-- Você está louca?!!

-- Sim... Loucamente apaixonada... Louca para te dizer que você não está só... Louca para entrar antes que peguemos um resfriado... -- e gargalhou, tremendo de frio.

Então percebi que estávamos molhadas da chuva. A floresta escura encharcada de enchentes onde fiquei completamente à deriva até que nossos corpos unidos se transformaram no abrigo onde o amor e a solidão seriam companheiras eternas.

 

 

 

 

Fim do capítulo


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Comentários para 1 - Capítulo único:
Zaha
Zaha

Em: 24/04/2019

Oie Endless,

Nossa, você sempre escreve maravilhosamente bem!! Desta vez se superou, segundo, minha opinião! Parabéns..sempre com um ótimo enredo com um quê de quero mais! Te leio só nos desafios, desculpa!! Mas gosto muito dos seus contos! Cris me avisou do desafio e já sabia que autoras iria ler!

Sem mais delongas e elogios, até as próximaa fotos...elas são darão ótimas estórias! Adoro ficção científica!

Beijos


Resposta do autor:

Ainda bem que lê!! kkkk Também gosto mais de escrever nos desafios. Instiga. E também amo ficção científica! Rsrsrrs. Vou procurar não decepcionar escrevendo. Agradeço a preferência. Boa sorte sempre.

Responder

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Cristiane Schwinden
Cristiane Schwinden

Em: 29/04/2019

É tão prazeroso ler algo bem escrito, aquece o coração <3


Resposta do autor:

Obrigada dona chefa! Sei que já disse, mas torno a repetir: adoro os desafios. Boa sorte!

Responder

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Bia Ramos
Bia Ramos

Em: 25/04/2019

Olá autora!

Típico, nos sentirmos sós quando estamos rodeadas de pessoas... Pessoas que nos amam? Nos querem bem? Nos suportam? rs Vários são os questionamentos. Mas, acredito que ainda que falho, nosso coração sabe o significado de cada presença.

Senti dor, desejo, medo em cada palavra... Estava a personagem falando dela ou de uma terceira pessoa? Porque em partes, me vi sendo descrita... Principalmente no medo de não conseguir ir até o fim em coisas que eu julgava ser importante. Mas, o medo as vezes nos domina!rs

Parabens pelo enredo... E boa sorte moça!

Bia

 


Resposta do autor:

Olá, autora. A mensagem principal que quis passar com este texto é que a solidão nos é inerente. Estar só não deve ser levado como uma opção, mas como uma condição da vida. Somos ou não somos. E acredito sim que a solidão possa ser acompanhada. Ter alguém que nos ame e amamos de mesma forma não nos afasta dela. Mas a completa. Valeu pelo comentário e até o próximo.

Responder

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Jennyfer Hunter
Jennyfer Hunter

Em: 24/04/2019

Quantos sentimentos suportamos? Será que as palavras são finitas para expressá-los ? Ou seriam infinitos os sentimentos, posto que tudo que é tende a fluir ? 

Amei as reflexões e analogias feitas no texto. Totalmente introspectivo, mas ao mesmo tempo... como dizer? Vivo!  Transparente! Certeito !!! 

 

Parabéns !!! Amei demais! 


Resposta do autor:

Çembrei agora de um texto de Cçarice Lispector, o ovo e a galinha... É tudo que é não deixa de ser e nem por isso existe... KKkkkk Isso não foi ela que escreveu, que se registre. Tenho essa mania, ou vício, não sei, de deixar nas entrelinhas quando escrevo. Não é sempre, é quase sempre! Rsrsrsrs. Agradeço sua disposição em ler este texto. Um obrigado carinhoso. E, por favor, bota juízo na cabeça da Bianca, pelo amor... Kkkk. Boa sorte.

Responder

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Tay Bandeirah
Tay Bandeirah

Em: 24/04/2019

Uau... Intenso! 

Adorei as nunces e a explosão de sentimentos. Que venha a continuação, precisamos ver o desenrolar desse casal. 

 

Beijão 


Resposta do autor:

Muito obrigada! Não sei se vai ter continuação. Há a possibilidade, mas não a certeza. Então vamos aguardar. Um abraço e muita sorte.

Responder

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Sem cadastro
Sem cadastro

Em: 24/04/2019

Oie Endless,

Nossa, você sempre escreve maravilhosamente bem!! Desta vez se superou, segundo, minha opinião! Parabéns..sempre com um ótimo enredo com um quê de quero mais! Te leio só nos desafios, desculpa!! Mas gosto muito dos seus contos! Cris me avisou do desafio e já sabia que autoras iria ler!

Sem mais delongas e elogios, até as próximaa fotos...elas são darão ótimas estórias! Adoro ficção científica!

Beijos


Resposta do autor:

Ainda bem que lê!! kkkk Também gosto mais de escrever nos desafios. Instiga. E também amo ficção científica! Rsrsrrs. Vou procurar não decepcionar escrevendo. Agradeço a preferência. Boa sorte sempre.

Responder

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rhina
rhina

Em: 24/04/2019

 

Oie 

Boa tarde.

Estou aqui tentando lembrar como se chama aquilo que os alunos fazem com os animais na aula de Biologia /Ciência para estudar a fundo o interior de cada animal. ....

Pois este conto/história e digna e repleta de informações /sentimentos que deveriam ser explorados.....

Mas tem que mergulhar....deixar ser tomadas e ler não apenas com os olhos cimo também com o coração como disse a @Silvia Moura. 

Rhina


Resposta do autor:

Que bom que compreendeu Rhina! Sabia que a mesagem iria alcançar as leitoras dessa maneira. Dissecar seria a palavra que vc não encontrou. Espero que continue acompanhando este desafio que é quando apareço para vivenciar o prazer que escrever me proporciona. Boa sorte sempre.

Responder

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Silvia Moura
Silvia Moura

Em: 24/04/2019

Uau... quantas nuanças, meio mundo de tom para que vire um romance, o degradé, a estoria dentro da estoria, o segundo tom, isso me instigou, gostei, amei... será que terá continução? Eu vejo muito tutano, risos... autora; agradecida pelo que meus olhos e meu coração leu... abraços...


Resposta do autor:

Gratidão Silvia! O propósito foi esse mesmo. Escrever é instigar, provocar, fazer a imaginação alcançar voos. Agradeço a vc as palavras tão encorajadoras. Vamos ao próximo texto! Conto com seu comentário! Boa sorte sempre.

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