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Destinos Entrelaçados por Merida

Ver comentários: 4

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Palavras: 4283
Acessos: 2780   |  Postado em: 22/04/2019

Notas iniciais:

Oi galerinha! estou postando sem correção! abraços.

Capítulo 16

 

Pietra

Paramos em frente sede da vinícola e fomos ao encontro de um grupo que nos esperava.

Senhor Matteo cumprimentou a todos e se dirigiu a mim falando:

- Pietro, o grupo de hoje seria composto de cinco casais convidados - Matteo olhando sério para filha - Agora com você e a Bianca, serão seis! Vou deixar as instruções do passeio com Enrico.

Um moreno alto sorriu em minha direção e dirigiu-se dando boas vindas e orientações a todos.

- Buonguiorno! – cumprimentou o grupo - Meu nome é Enrico, sou um dos enólogos da vinícola Montanari. Este senhor ao meu lado é o dono da vinícola, senhor Matteo Montanari.

Aqui também está a enóloga e também engenheira agrônoma Bianca Montanari e ao seu lado o senhor Pietro De Santis. A visitação começa com uma breve explicação sobre maturação e colheita da uva. A responsável hoje vai ser a signorina Bianca. Cada participante vai receber uma tesoura de poda, um avental especial e um cesto. Vou acompanhar vocês na colheita e na pisa.

 

Nos foram entregues o material e vestimos o avental. Sr. Matteo, pegou seu material gracejando que seu avental era GG para caber seu abdome avantajado.

 

Bianca deu um passo à frente e nos convidando a segui-la em direção as parreiras, começou explicações sucintas e esclarecedoras sobre maturação.

 

- Bem pessoal – a voz suave da italianinha soou – A uva usada para a fabricação do vinho dos vinho que é o Barolo e o não menos nobre, Barbaresco... é a uva Nebbiolo. E de onde vem esse nome? – Bianca perguntou dando uma pausa e olhando para cada um do grupo. - É uma referência ao nevoeiro que se instala nas vinhas das colinas aqui do Piemonte, durante o período da colheita. Nebbia, em italiano, quer dizer névoa, ou nevoeiro. Os vinhedos da Nebbiolo estão entre os primeiros a brotar, mas a uva é uma das últimas a amadurecer. Além disso, as vinhas são bastante exigentes em relação ao solo, precisando de boa drenagem, e também em relação ao Sol, precisando de muita exposição. A Nebbiolo é uma cepa de pele escura. A colheita é efetuada, preferencialmente, em dias secos e nublados ou ao raiar do dia, pois nesse momento a uva encontra-se fresca. Além disso, esse é o momento de menor incidência de insetos no vinhedo, como abelhas, marimbondos e vespas.

 

- Afffff!!! Por isso que acordamos de madrugada hoje? – falou uma jovem sorrindo.

- Sim, signorina! – Bianca sorrindo – com certeza!

Paramos um pouco e a italianinha com a tesoura retirou um cacho de uvas. Olhou para mim sorridente.

 

- O Pietro é também agrônomo e possui uma vinícola! –chamou-me para seu lado – Poderia falar brevemente da colheita e seus cuidados?

 

Fiquei surpresa com o convite, mas alegre por ver que ela confiava em mim para trabalhar ao seu lado passando conhecimento. Fui ao seu lado cumprimentando a todos com um sorriso franco. E comecei a discorrer sobre o assunto de forma breve:

 

- A colheita deve ser preferencialmente manual, de modo a evitar ou diminuir ao máximo o número de grãos rachados ou danificados. – informei enquanto tomava o cacho de uvas recém cortado das mãos de Bianca - O acondicionamento deve ser em caixas plásticas de no máximo 20Kg, tendo o cuidado de não as encher demasiadamente, evitando assim o esmagamento da uva pela compressão de um recipiente sobre o outro, com escorrimento de mosto e consequente avinagramento. O uso de caixas plásticas tem ainda a vantagem de facilitar a lavagem e higienização das mesmas, bem como facilitar o transporte até a unidade processadora. Lotes de diferentes origens devem ser separados a fim de permitir o processamento adequado à qualidade da uva. A uva é uma fruta que resiste pouco ao transporte a longas distâncias, de modo que o mesmo deve ser evitado. Ela também resiste muito pouco ao armazenamento. Assim, ao chegar à indústria, deve ser imediatamente processada. Se chegar muito quente, uma passagem rápida (entre uma e duas horas) por câmara fria tira o calor de campo e melhora sensivelmente a qualidade do produto processado. 

Tirei algumas uvas do cacho e depositei-as entre os lábios da Bianca que, segurando meu olhar recebeu a oferta. Na última uva, a ponta de meu dedo foi levemente mordido.

 

- Ui – soltei divertida, pois vi que foi proposital – ingrata!

 

Todos riram e nos demos conta que a plateia acompanhou nossa brincadeira. O rosto de Bianca ficou rubro de vergonha. Ela se recuperou logo, retomando a palavra.

 

- Antigamente não era industrializado a feitura do vinho. Assim, depois da colheita, as uvas eram depositadas em uma espécie de tanque chamado lagares, e pisoteadas! Ao final da nossa colheita simularemos essa pisa! No caso de vocês, a dupla vai entrar em tinas e vai colocar o pé na uva! – rindo Bianca concluiu me olhando - desta vez, eu e Pietro também vamos participar desse processo.

 

- Agora à colheita, Andiamo!  - falou com empolgação senhor Matteo.

Enrico assumiu seu posto e começou a orientar e organizar os grupos para a colheita.

Fomos em direção às parreiras e começamos a colher os cachos de uva Nebbiolo, colocando nas cestas com cuidado; ali funcionários separavam as uvas distribuindo-as depois nos veículos que transportava para a parte industrializada da vinícola e até o lagar onde faríamos a pisa ao final da colheita.

 

Foi um dia de muito trabalho e de inúmeras diversões.

Ao final da colheita, foi realizado um piquenique. Teve banho de rio! Eu, Bianca e a Gabriela, que preguiçosamente só chegava na metade do dia de trabalho, criamos um vínculo de camaradagem!

 

Eu inventei que estava meio resfriado para evitar entrar no rio e ter minha faixa dos seios evidenciada por baixo da camiseta. Bianca e Gabriela nadaram juntando-se aos convidados; Matteo ficou ao meu lado sentado.

 

- Nós ficamos com o melhor, filho – ele de boca cheia – com a comida, eles nadam e nós nos afogamos nestas gostosuras e no vinho!

 

Ri “divertida”; Eu descobri que gostava daquele italiano; observei durante o dia a interação entre pai e filha. Fiquei feliz com o reconhecimento profissional com o qual o Sr. Montanari tratava sua filha.

 

Uma das moças integrante do enoturismo, claramente se encantou por mim! Eu respeitosamente me desvencilhava dos seus avanços, mas ela estava cada vez mais impetuosa.

 

- Pietro – falou Ursula com malícia– Pena estar resfriado, eu gostaria de “nadar” com você.

 

Sorri e continuei olhando Bianca que saiu do rio com um mini short que lhe deixava o corpo perfeito e com leves sinais de uma gravidez expostos, atraindo olhares chatos de alguns dos rapazes. Franzi o cenho da descompostura de um dos moços que continuou seguindo o balançar dos quadris da italiana após ela passar e ao agachar-se pegando uma toalha pra enxugar-se.

 

-... o que acha? – ouvi a voz melosa e um esticar na manga de minha camisa me forçando a desviar os olhos da situação do chato com Bianca.

 

- Acho o quê?!- perguntei perdida, pois a muito tinha parado de escutar o que Ursula falava – perdoe, me distraí!

 

- Perguntei o que acha de sairmos hoje à noite? – piscou insinuante – Poderíamos ir jantar e tomar um bom vinho numa cantina.

 

Olhei para mulher insistente! Ela era linda, certamente encantaria qualquer um... Só que eu não era homem para cair na sua conversa...

 

- Nem tudo que parece é minha cara Ursula – pensei divertindo-me de ver que eu fazia sucesso como um ragazzo.

 

- Er – falei suave para não a ofender – Eu já marquei com a Bianca um passeio ao luar; mas obrigada pelo convite.

 

- Ahhhhhh – decepcionada mais não vencida a linda mulher colocou a mão em minha coxa – Tenho uma rival... Mas, ainda tenho chance?

 

- Pietro – Bianca me chamou de cenho fechado – Fiz teu prato, vem comer.

 

- Com licença – desculpei-me – vou comer.

 

- Inveja destes alimentos objetos dos seus desejos... – Ursula sorrindo – Amanhã talvez, né?

 

Sai rápido daquele lugar sem nada responder. Quando tomei o prato das mãos de Bianca, ela sentou-se contrariada ao meu lado.

 

- Interrompi algo? – falou atacando uma pera – Porque a dinamarquesa parecia muito focada na conversa e em apertar suas coxas.

 

Olhei surpresa com o tom irônico e levemente incomodado que ela usara para se referir aos avanços da mulher.

 

- Ela é muito amigável, falávamos amenidades – expliquei.

 

- Amenidades? – Gabriela se jogando ao nosso lado e roubando o meu prato – Você é muito gentil, ela estava quase te comendo vivo e na frente de todos!

 

Bianca se mexeu visivelmente irritada.

 

- Olha minha amiga – Gabriela instigando-a – Eu se fosse você mostrava que esse homem aqui já tem dona... Aquela lá tá disposta a rolar com seu pretendente no parreiral de madrugada como uma cadela no cio.

 

Engasguei-me com o pedaço de bolo que comia, Bianca aproveitou e bateu em minhas costas com tanta força que em vez de ajuda parecia estar me espancando com gosto.

Gabriela gargalhando com o que via, encheu um copo com vinho e me passou; melhorando meu mal-estar.

 

- Eu não preciso defender o Pietro – Bianca me olhando irritada – certamente ela saberá se defender de mordidas de cadelas... Mesmo que no cio! Não é Pietro?

 

- Hunrum... – enfiei maçã na boca evitando falar.

 

Ursula passou e mandou um beijinho em minha direção. Eu de boca aberta olhava a atitude ousada da moça... Quando retornei o olhar, fui fuzilada com o olhar da Bianca que ficou monossilábica pelo resto do piquenique.

 

Enrico chegou chamando todos para o momento mais esperado: a pisa da uva. Havia um grupo musical que tocava tornando o momento uma verdadeira festa. Todos os participantes passaram pela higienização dos pés... Os cinco casais entraram e ao som festivo começaram a pisa enquanto batiam palmas se alegrando. Eu e Bianca terminamos de higienizar os pés,  segurei-lhe a cintura lhe ajudando a entrar no lagar e em seguida entrei.

 

Os homens ficaram a esquerda e as mulheres a direita; enquanto pisávamos divertíamo-nos bailando; era inevitável os escorregões tão logo a pisa avançava. Todos então deram as mãos para equilibrarem-se criando um grande círculo.

 

Iniciou-se uma dança com os ritmos que embalaram a pisa da uva nos remotos tempos, cada casal tinha a sua vez de ir ao centro da roda humana feita, para dançar juntos. Chegou minha vez com Bianca! Eu desajeitada, resisti entrar com receio de escorregar; Bianca dançava feliz, sorrindo convidou-me com os dedinhos, um dos rapazes me empurrou para o centro. Eu sem jeito fiquei parada rindo, enquanto a italianinha esbanjava equilíbrio e graça dançando ao meu redor. A participação do casal encerrava-se quando o homem conseguisse abraçar a dama que tinha que esquivar-se dificultando-lhe a vida.

 

Resolvi entrar na brincadeira, desequilibrada parti pra enlaçar-lhe a cintura; a diabinha continuou parada e quando estiquei os braços, ela desviou me deixando abraçar o vento e precisei ser amparada pelas mulheres que me empurraram para o meio.

Bianca gargalhou! Eu apertei os olhos pela provocação... Com ímpeto, fiz que me lançaria a sua direita e quando ela prevendo a manobra lançou-se a esquerda; girei o corpo recebendo-a de frente em meus braços. Ela tombou em mim, equilibrei-me colando nossos corpos... Estávamos ofegantes; tirei os cabelos dela do seu rosto e os prendi atrás de suas orelhas. A música mudou pra um ritmo romântico.

 

Os casais formaram par e começaram a bailar; eu puxei a italiana pra meu corpo um pouco mais e começamos a dançar... O momento era intrigante, eu não queria parar; gostei da alegria compartilhada com ela. Sorri fechando os olhos e continuamos ao som que embalava o momento até que ele se findou...

 

Todos estouraram em palmas; Bianca afastou-se sorrindo e o clima estranho se perdeu.

Saímos contentes do lagar... Eu me sentia leve.

 

A noite, passei com ela no jardim. Gabriela nos encontrou lá.

 

- Aháaaaaaaaa – falou surgindo do nada em nossa frente barrando nossa caminhada – Estavam se agarrando entre as flores né?

 

- Gabrielaaaaaaaaaaaa!!! - Bianca vermelha tirando a mão de meu braço – Pelo amor de Deus...

 

Eu gargalhei.

 

- Estávamos conversando – esclareci pegando sua mão e colocando em meu braço de novo – Estamos noivando, Gabi. Nos conhecendo.

 

- Olha – a moça rindo – e nesse “conhecer” já rolou reconhecimento de saliva e troca de calor corporal em forma de corpos coladinhos?!

 

- Ainda não – sorri sentindo o constrangimento da italianinha – Não temos pressa... Tudo tem seu momento certo para acontecer...

 

- Santo dio! – Gabi revirando os olhinhos – estamos no século XXI  e não Idade Média... sabem o que é beijo de língua e namoro quente?! Digam que sim... Se não souberem não se envergonhem, podem me pedir ajuda que ensino aos dois!

 

Piscou marota...

 

- Pego os dois – falou Gabi que nesta hora teve que desviar dos tapas da Bianca – Eu não tenho problemas com esse negócio de gênero! Gosto de pessoas; então homem... Mulher... Pego todos!

 

Uma pedra passou perto da canela da Gabriela que disparou correndo nos deixando sozinhas.

 

- Er...- Bianca olhando-me constrangida – Biela sempre foi moleca.

 

- Ela gota de garotas? – perguntei curiosa – Desculpa, fui intrometido agora.

 

- Ela já ficou com meninas na época da faculdade – Bianca – Mas sempre namorou homens! Você tem preconceitos?

 

- Não, jamais – falei sorrindo – Minha melhor amiga também gosta mulher - percebi o erro que cometi e tentei consertá-lo – Melhor dizendo, a sócia de Pietra e nossa amiga... desde que me entendo por gente, só se relaciona com mulheres.

 

- Mesmo? – Bianca pensativa – Eu nunca curti meninas; não conseguiria achar outra mulher desejável sexualmente.

 

- Hum – engoli seco – Tem preconceito?

 

- Não – Bianca ponderando seus sentimentos para os por em palavras – Apenas não sinto atração, acho que não seria compatível sexualmente!

 

- Então acha que outra mulher não lhe daria prazer? – perguntei um tanto curiosa – Andréia, nossa amiga, disse para Pietra que no dia que ela ficar com uma mulher... Nunca mais vai querer saber de outra coisa! – falei sorrindo

 

Bianca sorriu sem jeito e eu deixei o assunto morrer. Continuamos a passear até sentarmos num banco.

 

- Isso te incomoda? – De repente Bianca falou quebrando o silencio.

 

Voltei-me pra ela sem entender do que falava já que estávamos caladas e nada falávamos.

 

- Isso o quê? – encarei-a confusa.

 

- O que Biela mencionou... – visivelmente constrangida me olhou de esguelha – a falta de contato físico entre nós.

 

Meu coração disparou de pânico.

 

- De maneira nenhuma – apressada afirmei – Eu não me incomodo, de maneira nenhuma.

 

Outro silencio pesado pairou entre nós.

 

- Por quê? – Bianca me encarou – Porque você não se incomoda, não me acha... Não me acha atraente?

 

Meu coração batia em meus ouvidos... Tudo o que eu não queria era essa situação entre nós estremecendo a ponte de entendimento e confiança que havia se forjado nestes dias desde minha chegada. Pisava em ovos agora... Entendi que precisava ser sábia na resposta e convincente na atitude.

 

Virei-me para ela, nossos olhos mergulhados...

 

- Você é uma mulher atraente! – afirmei o obvio.

 

- Sì? – ela suspirou atenta a mim – Então por que nunca tentou um abraço sequer? Desculpa, mais estou curiosa... Biela apenas levantou um assunto que nunca teria coragem de puxar; mas tenho esta curiosidade. Se sente atraído por tipos físicos exuberantes como o da Ursula?

 

Nossa mãe! Agora danou-se... Ela estava se sentindo preterida... Mulheres!!! Como somos difíceis de entender! Situações extremas requer medidas também extremas!

 

Segurei-lhe o queixo aproximando nossos rostos até nossas respirações se misturarem!

 

- Não me sinto atraído nem um pouco pela Ursula – inspirei buscando coragem – se colocar vocês juntas, sempre escolherei você como meu tipo preferido de mulher!

 

- Beijo é beijo, independente se é lábios femininos ou masculinos – pensei inclinando-me na direção de Bianca, senti o calor de sua respiração acelerada... A minha estava do mesmo jeito, fechei os olhos e rocei meus lábios nos dela num singelo selinho.

Fiquei um tempo acariciando seu rosto, mas não ultrapassei a barreira do encostar de lábios; Bianca quebrou o contato.

 

Ela olhou para frente e não falou nada... Fiquei sem saber como reagir.

 

- Eu me precipitei? – perguntei ansiosa – Desculpa...

 

A italiana se pôs de pé!

 

- Não se precipitou – ela me olhou – Na verdade, eu te impeli a fazer o que não tinha vontade. Perdonami! Fui altamente inconveniente. Você, na verdade já havia deixado a sua falta de interesse físico em minha pessoa quando propôs nosso casamento apenas de aparência!  Eu acabei sendo influenciada pelas loucuras da Biela.

 

- Você entendeu mal, a minha proposta... – Tentei esclarecer – Eu quis lhe colocar a vontade, sem ser forçada a intimidade comigo.

 

- E se eu quiser sex*, após nos casarmos? – Bianca olhando pra noite.

 

- Então teremos sex* – falei cheia de pavor – Sem problemas! Existe química? Você me acha atraente?

 

- Vamos dormir – Bianca escapuliu – Temos mais hum dia árduo e corrido de colheita  amanhã e também é o jantar... Vamos senhor Pietro.

 

Levantei-me buscando sua mão, coloquei-a em meu braço e voltamos silentes para o castelo.

 

Bianca

 

Acordei às 3h30min da matina, me banhei enquanto pensava em tudo que acontecera no dia anterior.

 

Repassei como foi bom contar com o Pietro na vindima! Como ele explicou sobre os procedimentos da colheita com naturalidade...

 

Analisei minhas ações com ele ao longo do dia. Eu mordi seu dedo ao depositar uvas em meus lábios para fazê-lo sorrir e confesso: para deixar claro para aquela Ursula que tínhamos algo.

 

-  Humpfffff – bufei irritada – Parece que não deu certo, maledizione!!! A mulher só falta pular sobre o Pietro.

 

Comecei a vestir-me, escolhi uma calça jeans que me deixava atraente! Olhei no espelho e vi que uma protuberância já despontava em minha cintura, me forçando a manter o ultimo botão aberto. Fora isso, ninguém notaria minha gravidez sem que eu contasse.

 

A porta abriu-se e uma Biela sonolenta entrou!

 

- Dio! –gemeu deitando-se em minha cama – estou dormindo ainda, D. Antônia me forçou a acordar cedo e trazê-la... Tudo por conta do jantar de hoje.

 

- Bem pouco! – despejei ácida – Você ontem me colocou numa situação de vexame! Acabei questionando Pietro se ele não me achava atraente! Ele acabou se vendo forçado a me beijar...

 

Biela que me olhava entediada até ali, deu um pulo quando mencionei o beijo.

 

- Ele enfim te beijou? – respirou aliviada me puxando pra cama– estava achando que ele era gay! Como foi o beijo? Conta tudo, não me esconde nada!!!!

 

- Biela!!! – repreendi – Como pode achar isso?

 

- Oras – botou cara desconfiada – Homem é mais rápido, essa gentileza toda me deixou de orelha em pé! Mas conta... Como foi o beijo, gostou?

 

Levantei penteando os cabelos e ganhando tempo.

 

- Não foi bem um beijo...

 

- Ah decida-se – Biela furiosa – Foi beijo ou não?

 

- Foi um selinho – falei.

 

- Selinho?! – Biela deitou-se decepcionada – De volta às minhas dúvidas, sobre a virilidade do regazzo...

 

- Não acho que seja gay – confessei deitando ao seu lado – Acho que ele não me acha atraente... Eu estou feia, Biela? Ou será que é porque estou grávida? Tem homens que não sentem desejo por mulheres grávidas... Não que isso me incomode. Nosso casamento será apenas de aparência.

 

- Deixa de bobagem! – Biela abraçando-me – Você é e está linda! Se ele não for gay, pode sim ser falta de tesão por grávidas, mas já o vi te olhando. Ele te acha bonita, vi no rio quando olhou suas pernas e fechou a cara quando um dos turistas fez o mesmo.

 

- Foi? – perguntei curiosa – Não percebi...

 

- Eu percebo tudo – Biela puxando-me – Vamos, seu pai pediu pra te apressar.

 

Notei no carro a ausência do Pietro.

 

- E o Pietro, papà?

 

- Ele disse ontem que chegará na vindima no meio da tarde, pois tem algo a resolver – ligou o carro brincando– Saudades do noivo? Estamos evoluindo... Né Biela?

 

- Verdade – Biela rindo – Não chore Bianca, eu te farei companhia.

 

Mantive-me quieta sem entrar nas provocações dos dois enquanto questionava o que Pietro tinha pra resolver...

 

O dia foi cheio e puxado recebemos um grupo composto de 20 pessoas, terminamos o dia às 17h para que todos pudessem se aprontar para o jantar... Mal vi Pietro durante a tarde quando chegou. Eu fiquei com um grupo no lado sul do parreiral e ele juntou-se ao grupo no lado norte,

 

O espaço do evento já estava pronto! Eu mesma resolvera todos os detalhes finais para que o jantar de confraternização no penúltimo dia da colheita fosse perfeito.

 

Com isso atrasei-me; fui a última a entrar no espaço. Valeu a pena pois o vestido azul colado em meu corpo caira como uma luva e os saltos deram o toque final de elegância à minha pessoa.

 

Papà, Biela, Antônia e Pietro já estavam na mesa principal confraternizando com os convidados.

 

Estava tocando uma musica que Biela gostava:

 

https://www.youtube.com/watch?v=1f0WwI1UhyE

 

Pietro vestido todo de preto, lidava com a todos com simpatia; quando entrei ele voltou-se instintivamente pra porta. Olhou-me e abriu um sorriso que retribui.

 

Quando dei uns passos, ele veio ao meu encontro. Surpreendendo enlaçou minha cintura e começou a conduzir-me ao ritmo da música. As pessoas levantaram e começaram a acompanhar o ritmo com palmas.

 

No final da música, Pietro me apertou em seu peito por um momento longo. Depois afastou-se ajoelhando aos meus pés...

 

Segurei a respiração naquele momento ao entender o que ele estava fazendo...

 

O jovem sorrindo pegou no bolso da jaqueta que usava um anel de compromisso.

Todos fizeram silencio...

 

- Bianca – Pietro começou segurando meu olhar – teu pai faz questão que a aliança de casamento que você usará seja a da sua mãe, mas eu fiz questão de lhe comprar o anel de noivado; um que selasse o nosso compromisso.

 

Ele mostrou um anel.

 

 - Esmeralda e diamantes. Diretamente das jazidas da Bahia, meu estado natal – falou emocionado – Considerada pelos romanos como “a pedra do amor”, a Esmeralda é símbolo de fidelidade e confiabilidade. Por isso que fiz questão que a esmeralda do seu anel fosse em formato de coração. E o diamante, sabemos que é muito usado como simbolo do amor e união. Então, nada melhor que juntar essas duas pedras preciosas neste anel. Diante de seu papà e de todos que representam algo pra você eu queria te pedir algo valioso: que me permita fazer parte da sua vida, como parceiro, amante, amigo não só hoje, mas amanhã no futuro e se assim Deus permitir para sempre! Bianca Montanari, você aceita casar comigo?!

 

Fiquei ali olhando o bonito rapaz que estava aprendendo a respeitar e ter carinho. Olhei pra papà que visivelmente emocionado esperava minha resposta; observei o riso de apoio de Antonia e a força de Biela.

 

Voltei a focar em Pietro que nervoso continuava com o anel esticado em minha direção...

 

- Sì – falei esticando o dedo para que ele o colocasse em mim - Accetto di essere tua moglie.

 

Pietro levantou após colocar em meu dedo o anel de noivado. Entregou-me uma aliança masculina...

 

- Que bom que aceita ser minha mulher, porque... – esticou o dedo para que eu colocasse a aliança em seu dedo e esforçou-se em italiano para dizer: (E eu aceito ser o seu marido).– E accetto di essere tuo marito!

 

- Bravo!!!! – Sr. Matteo vibrou – Agora o beijo dos noivos.

 

Segurei a respiração...

 

Pietro sorriu nervoso... Me puxou contra seu peito e baixou o rosto ao nível do meu por ser alguns centímetros maior.

 

Inclinou o rosto e encaixou os lábios nos meus! Senti a suavidade daquela boca. Uma ponta tímida de língua se fez sentir na entrada de meus lábios; dei passagem...

 

Suavemente senti ele invadir calmamente buscando-me... Desfrutei, fechando os olhos, do nosso primeiro beijo! As línguas se encontraram numa dança de conhecimento! Quando pensei que iria ter mais; o beijo se findou...

 

Abri lentamente os olhos e deparei com os verdes dele me olhando diferente! O que o estava chocando passou rápido, Pietro sorriu e afastou-se sendo abraçado por papà que lhe dava tapinhas nas costas, satisfeito.

 

Todos nos cumprimentaram, não tivemos mais nenhum momento a sós, após a oficialização do noivado.

 

Enquanto o olhava conversando com Biela que lhe deixava timido com alguma brincadeira o fazendo passar a mão nos cabelos como já percebera que fazia sempre que estava sem jeito com algo, pensei:

 

- Está feito... Eu aceitei ser esposa do jovem brasiliano!

 

Que Dio nos ajudasse neste casamento arranjado.

 

Fim do capítulo


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Comentários para 16 - Capítulo 16:
rhina
rhina

Em: 19/10/2019

 

Kkkkkkkk

Não deve escapatória.......

Se fez necessário beijar.......  E porque não dizer que ambos queriam

Rhina

Responder

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Val Maria
Val Maria

Em: 24/04/2019

Ola autora! Tudo bem?
Ja rolou aquele ciumes de ambas as partes, e ate mesmo um beijo,a coisa esta evoluindo.
Pietra fazendo sucesso a italiana,pois a Bianca é que não gostou nado do que viu.
Amei o pedido de  casamento,e essa convivência esta fazendo ambas se gostarem e nem elas estão percebendo.

A Bianca é tão legal, linda e cheias de  hormônios,pois deveria exigir sexo antes do casamento,e ai Pietra?quem está enganando a menina é você.

Saúde e amor em sua vida autora, beijosss.

Val Castro


Resposta do autor:

Oiieee!!

Tudo bem ctgo???

Val...como Pietra vai fazer sexo com Bianca não sei...ela não pode tirar a roupa na frente da italianinha....rsrsrsrsrrs

Muita coisa vai acontecer!

Bianca realmente é tudo de bom....mas Pietra tb! 

Saúde e amor pra vc tb!

bjoooosss

Responder

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Kirina
Kirina

Em: 22/04/2019

Ciao, autore del mio cuore!

Se o tradutor estiver errado, estou pagando mico! Kkkkk

Estou adorando os capítulos mais longos! Interessante essa aula sobre vinhos, deu vontade de provar!

Aos poucos Pietra e Bianca vão se envolvendo, já estão até “cuidadosas” e agora aconteceu o primeiro beijo! O que será que Pietra sentiu? Ansiosa para saber! 

Baci

 


Resposta do autor:

Kir, 

Gostei do seu italiano...até melhor do que o meu japonês! rsrsrsrsrs

ah...Eu fui em uma delicatesse em Salvador e encontrei o vinho de Pietra...o Testardi Syrah! tirei uma foto...rsrsrsrs

Deixo vc provar os vinhos....se quiser...até indico!

Bjoooooos

Responder

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josi08
josi08

Em: 22/04/2019

No Review

Responder

[Faça o login para poder comentar]

NovaAqui
NovaAqui

Em: 22/04/2019

Então Biela gosta de meninos e meninas kkkkk vai legpe o Pietro e a italiana também kkkkk

Agora é casar e quero ver a noite de núpcias rsrs será engraçado

Abraços fraternos procês aí!


Resposta do autor:

Oieeee!

Biela é uma figura!

Pois é....como Pietra vai fazer na noite de nupcias!!!!

Abraços!!!!

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