Cronologia Criminal Dia 4 – Terça-feira, 17/04/2018, 12:22
Honora, ao sair do quarto onde Laura estava, fechou e trancou a porta atrás de si. Às pressas, foi até o seu quarto e pegou a Sig Sauer que estava presa atrás de seu criado mudo. A criminosa havia conseguido esse exemplar da pistola de serviço do Exército dos Estados Unidos com um grande amigo que lhe devia um favor. E ainda bem que ele a devia. A arma era compacta e possuía um carregador de capacidade estendida: tudo o que ela precisava no momento.
A mulher cogitou a possibilidade de pegar Laura, Hans e trancar-se no que chamava de “quarto do pânico” – um cômodo equipado com tudo o que precisaria em caso de emergência, como no filme -, mas não tinha mais tempo. Seu cão latia descontroladamente, percebendo ou vendo alguma ameaça próxima.
Pé ante pé, armada, Andrey foi descendo as escadas, observando cada mínimo espaço da sala para não ser surpreendida e pega desprevenida. Batidas na porta foram ouvidas e a psiquiatra encontrou Hans de pé, encarando-a com a postura ereta, rosnando alto e ameaçadoramente.
– Oi, garotão! Tudo bem. Está tudo bem. – Ela acarinhou os pêlos de sua cabeça – Fique atento, ok? – Honora sussurrou em seu ouvido.
Fosse quem fosse, não poderia ser alguém que estava ali para lhe fazer algum mal imediato, do contrário, se conseguiram invadir a propriedade, teriam entrado na casa. Esse era um fato que não consolava, mas que ao menos dava aquele leve ar de brando na situação.
“Maldita hora que dispensei os funcionários”, pensou.
Ainda com sua pistola em punho, Honora abriu a porta afastando-se em seguida. À sua frente estavam as figuras de quatro homens deveras mal encarados. Os dois da frente pareciam bem jovens, na faixa dos vinte e poucos anos. Os de trás, talvez pela corpulência exagerada, aparentavam mais idade. A bandida os conhecia muito bem, mas não abaixou a guarda, continuando a apontar a arma em suas direções.
– Como vai, Doutora? – Quem a cumprimentou, após dar um passo à frente, foi um dos que estavam na dianteira.
– O que estão fazendo aqui? Como entraram na minha casa? – A mulher indagava, mantendo o semblante sisudo.
– Tá brincando? – O rapaz pareceu verdadeiramente incrédulo – Se esqueceu? – Andrey não respondeu em palavras, apenas franziu o cenho, dando o indicativo de que não fazia ideia do que o outro estava falando – Pode abaixar sua arma?
– Não!
– Acha que somos loucos? Foi o chefe quem mandou a gente aqui. O que podemos fazer com você?
– Não importa! O que eu esqueci? Fala logo e vão embora. Eu estava descansando.
– Percebemos... – Os quatro a encararam com olhares maliciosos, e só então a criminosa se deu conta de que estava vestida apenas com uma camisola e um robe fino – O chefe pediu para a gente ver como você estava e saber se tem alguma coisa disponível porque ele precisa urgente.
– Oh... Ver como eu estava... – O desdém no tom de voz de Honora com certeza não passou despercebido pelos homens – Diz para o Sr. Andrey que ele está velho e demente. Ele não precisa de nada urgente porque tem estoque para... meses! Ou você não contou para o seu chefe que há duas semanas venho te repassando as entregas e elas não estão chegando ao destino? – Imediatamente a postura do rapaz retraiu-se, assim como suas bochechas ruborizaram. Seus colegas constrangeram-se, uma vez que sabiam exatamente do que a tatuada falava - Eu já não tenho responsabilidade nenhuma sobre isso. Se virem. Inventem uma desculpa, no mínimo, engolível para dar para o “chefinho”. Não vou te entregar nada. – Honora movimentou os dedos, como se fosse atirar, fazendo os homens recuarem.
– Por que tanta agressividade, Doutora? Calma. Tudo bem... Não é para o chefe. É para outro amigo.
– Não sou sua puta para ficar dando as coisas para você, meu querido, nem sou a fornecedora da semana. Dê o fora daqui antes que eu me irrite mais e atire bem na cabeça de cada um de vocês.
– Qual é, Honora? Nem no companheirismo? – Um dos que estavam atrás interveio – Acho que você não quer ter problemas, não é? – Sentindo que sua dona estava ansiosa e estressada, Hans avançou alguns centímetros, rosnando raivoso para a porta.
– Está tudo bem, garotão. – A criminosa tentava acalmar seu animal sem desviar os olhos dos intrusos – Eu acho que senti uma ameaça no tom de voz que usou, Lennon, mas eu vou fingir que estou enganada. E vou dar um aviso apenas uma única vez: nunca mais entrem na minha casa desse jeito. Vocês imaginam que, por serem os capangas mais próximos do “chefe”, têm autoridade, autonomia, ou qualquer tipo de poder, mas não se esqueçam de quem eu sou. Eu posso acabar com os quatro antes que atravessem os muros da minha propriedade. Nunca mais me incomodem.
Honora foi avançando, fazendo os homens recuarem, até conseguir fechar a porta.
– Isso vai ter troco, Doutora. – Um deles bradou, obviamente insatisfeito com a negativa.
Sem conseguir se conter, a tatuada abriu a porta novamente, encarando os rapazes com um sorriso sarcástico estampado em seu rosto.
– Por favor, que seja em dólar. – Ela bateu a porta com tanta força que o som ecoou por toda a mansão.
A criminosa foi até seu escritório no andar de baixo, onde tinha alguns monitores que registravam as imagens das câmeras de segurança espalhadas do lado de fora da casa. Assim que se certificou de que tinham ido embora, respirou aliviada, recostando-se na confortável poltrona de couro.
Quando estava prestes a fechar os olhos e relaxar, lembrou-se de Randik presa no quarto e subiu às pressas. Antes da invasão acontecer, a detetive sentia dor, portanto, era obrigação da psiquiatra verificar o seu estado. Na verdade, não era uma obrigação, ela que havia tomado a tarefa com essa conotação para si.
Assim que entrou no cômodo, deparou-se com Laura abaixada buscando por um caco de abajur. Seria bem mais fácil ficar realmente brava se a maldita não fosse tão bonita. Os olhos claros da policial encaravam Andrey, sem nem perceber que Hans também estava no recinto. O moleton e o cabelo desgrenhado a deixavam ainda mais sexy, com um ar despojado, ressaltando sua beleza natural. Seus seios eram de tamanho médio, mas ainda assim estavam aparentes por conta da malha fina. Por um segundo, a bandida lembrou-se do que havia visto quando trocou a roupa da outra: um corpo malhado de dar inveja em qualquer um.
– O que aconteceu? – Randik questionou, receosa, tirando a outra de seus devaneios.
– Eu vou ter mesmo que te colocar em um lugar que não tenha nenhum tipo de objeto? – Honora aproximou-se, fazendo sinal para que a outra saísse de perto.
– Quem são aqueles homens?
– Como sabe dos homens que vieram aqui? – Estranhando a indagação, a tatuada parou de recolher os cacos, passando a encarar a detetive com curiosidade.
– Bom, eu não sou surda. Estavam conversando em um tom bem alto. Além do mais eu olhei pela janela e vi dois ou três vultos. Passaram rápido e o ângulo não era muito favorável, mas sei que eram homens.
– Eles são pessoas que jamais poderão saber que você está aqui, senão te matarão... Nos matarão. – A mulher retornou para a sua tarefa.
– Achei que fosse para eles que você iria me entregar...
– Anjo, não te entregarei para eles e nem para ninguém. – Com sua visão periférica, Andrey pôde ver a policial crispando os olhos por conta do apelido, o que a fez ser obrigada a prender o riso para não deixa-la ainda mais irritada – Pronto! Sem cacos. – Ela levantou-se, tomando cuidado com os pedaços cortantes em suas mãos, levando-os até o banheiro e dispensando na lixeira. Após recolher o saco de lixo, retornou para o quarto - Preciso tirar você daqui o quanto antes. Esses não são os primeiros e nem serão os últimos criminosos a me fazer visitas.
– Mas...
– É... Não tem como você ficar aqui por muito tempo. Foi um disparate meu ter te trazido até a minha casa. Posso dizer que foi a maior insanidade que eu poderia ter cometido, só que... Eu precisava cuidar de você. Mas isso não vai funcionar enquanto eu não falar com o “Todo Poderoso”.
– Todo Poderoso? Quem é? É o chefe da quadrilha? – Laura inquiriu.
– Você falando assim passa uma impressão tão ruim da coisa... – Andrey recostou-se no móvel que ficava em frente a cama.
– E que impressão boa as coisas que você faz tem? – A outra provocava deliberadamente.
– Vai começar? – A criminosa fez menção de sair, mas interrompeu seu intento quando Randik continuou com o “interrogatório”.
– Você é algo importante nesse... grupo de pessoas? Digo, é próxima do chefe?
– Digamos que eu sou o que lhe resta no mundo e, sem mim, ele terá muita dificuldade nos negócios. Eu sou uma boa parte da inteligência da coisa, além de ter um diploma que me permite prescrever algumas drogas de que ele precisa. – Honora mordeu os lábios, como se estivesse incomodada com o que estava em sua mente – Vamos para a cozinha? Vou preparar algo para comermos. Já estamos no período da tarde e não nos alimentamos. – Ela foi saindo do quarto, sendo seguida pela outra – A dor melhorou?
– Está latejando, mas parece que estou aprendendo a conviver com esse incômodo.
– Isso é bom, muito bom. – Assim que adentrou na cozinha, Andrey foi até a geladeira e pegou uma jarra de suco. Serviu duas taças, entregando uma delas para Laura – Às nossas duas vidas!
– Duas vidas? Não entendi! – A detetive tocou na taça da outra, franzindo o cenho com o brinde.
– Estranho que não saiba disso, detetive. – Ela bebeu um gole do suco de uva – Todos nós temos duas vidas. A segunda começa quando percebemos que a primeira é uma frágil... taça de cristal. – A criminosa mostrou o objeto em sua mão, olhando bem dentro dos olhos de Laura. O sorriso que mantinha em seu semblante foi se esvaindo, ao passo em que um rosto foi se aproximando do outro, como em câmera lenta nas cenas românticas de filme. No entanto, o lapso de insanidade não perdurou mais do que aqueles segundos. Antes que um lábio se encostasse no outro, Honora caiu em si e pigarreou – Tem alergia a camarão?
– Não! – A outra respondeu rispidamente, desconsertada com o quase ocorrido.
“O que foi isso, meu Deus?”
Com a respiração desregulada pelo nervosismo repentino que lhe abateu, a policial fechou os olhos por alguns segundos enquanto tateava o banquinho onde se sentaria. Andrey estava de costas, em frente a geladeira, buscando pelos camarões que prepararia. Entretanto, repentinamente, largou o vasilhame ainda dentro do eletrodoméstico e voltou-se de súbito para Randik. Ambas as mãos seguraram o rosto da policial, firmando a sua cabeça quando deu início a um beijo voluptuoso.
À princípio, a Laura tentou recuar, mas devido às suas condições, não tinha como resistir, se debater. E talvez nem quisesse. Não se esforçou em afastar a cabeça, gritar, nem nada do tipo. Apenas entreabriu a boca para que a língua de Honora encontrasse com a sua. Os lábios eram macios, os movimentos precisos e isso, definitivamente, era agradável demais para acabar tão rápido.
Em muitos livros de romances, não apenas nos românticos, as cenas em que os protagonistas se beijam tendem a ser significativas por um motivo ou outro. A cena que se dava ali, bem no centro da cozinha, poderia ser plenamente parte de uma dessas obras fantásticas.
E são nesses momentos, quando pegamos um livro interessante para ler, que percebemos que os melhores beijos são aqueles que têm mais significados do que o próprio ato. Aquele não era um simples ato. Havia muitas implicações por trás. As duas mulheres não estavam se beijando apenas para mostrar afeto, paixão ou simplesmente porque não conseguiam manter a boca fechada. A criminosa, muito mais do que a detetive, queria aquilo; ela precisava saber que sensações teria, precisava matar a sua curiosidade, o seu desejo, o tesão momentâneo que sentiu. E foi exatamente como havia imaginado...
– Te machuquei? – Honora perguntou, afastando-se, quando finalmente precisou de fôlego. Randik, assustada e confusa, abaixou o olhar e meneou a cabeça em negativa, enfim sentando-se no banquinho – Que bom! Sabe que eu não serei hipócrita e não pedirei desculpas pelo o que aconteceu agora, não é mesmo? – A policial nada disse, simplesmente continuou olhando para um ponto qualquer na bancada – Ok. Vou fazer nosso almoço.
A bandida pôs-se, então, a cozinhar um de seus pratos preferidos: camarão gratinado. Sua destreza na cozinha era impressionante e não passou despercebida pelos olhos atentos de Laura. Mas esta não deixou a outra perceber que a observava. Toda vez que seus olhos estavam prestes a se encontrar, a detetive virava a sua cabeça para uma direção oposta.
Cozinhar naquele momento não foi divertido, como sempre era para Andrey. Depois do beijo, não trocaram mais nenhuma palavra, e o clima pesado que havia se instalado naquele cômodo era quase palpável.
Como sempre, enquanto esperava o almoço ficar pronto, a psiquiatra optou por se distrair com o celular, sentando-se de frente para a policial. Isso deixou a outra sem ter muito que fazer e mais nervosa do que já estava. O silêncio algoz perdurou por mais alguns minutos, até que a Randik decidiu quebrá-lo.
– O que fez com minhas roupas, minhas armas e o resto? – Ela indagou.
– Coloquei fogo. – Respondeu a bandida, sem erguer o olhar – Uma de suas armas ficou na estrada, a outra está descarregada na gaveta do móvel do quarto em que está dormindo juntamente com os seus afins.
– Você... Você queimou a minha roupa? Por que fez isso? – A indignação era clara no seu tom de voz.
– Deve ser porque eram roupas de uma policial, não? Ou você supôs que eu fosse dobrá-las e guarda-las como um souvenir da sua breve visita à minha humilde residência? – Após um bufar raivoso, a bandida finalmente encarou a detetive – Veja bem... Você não quer estar aqui, eu não quero mais você aqui. Não confunda o que aconteceu com um convite para ficar. Assim que nos alimentarmos, eu vou dar um jeito de te mandar de volta para... para onde quiser ir. Tudo o que as pessoas fazem para você nunca parece ser o suficiente e eu não estou afim de lidar com isso.
– Que ótimo! Não estou suportando mais permanecer nesse ninho de ratos mesmo. – Laura praticamente cuspiu as palavras.
– Oh, então quer dizer que prefere ir para o ninho de cobras que é seu Departamento? – A bandida debochou.
– Cobras? Que eu saiba ninguém lá acaba com a vida das outras pessoas.
– Isso é o que você realmente acha ou está tentando medir forças comigo através das palavras, como criança em jardim de infância? – A psiquiatra soltou uma risada alta – Tem muito mais podridão dentro daquele lugar do que em qualquer outro. Nenhum de vocês, só porque ostenta um distintivo, é puro. Nenhum de vocês, só porque passou alguns anos na academia de polícia, recebendo um “título de honra”, está eximido de fazer parte da escória humana. Você não é santa, Laura Randik. Você não é melhor do que eu, não é melhor do que ninguém. Eu faço coisas os quais muitos condenam, mas eu mereço estar aqui como você, eu mereço o mesmo respeito que qualquer outro cidadão.
– Você é só mais uma estúpida que teima em dizer que bandidos são resultados de uma construção social. Isso é tão ridículo!
– Você é patética, sabia? Eu não penso que os criminosos sejam fruto de uma construção social, mas nem toda escolha que se faz na vida é feita de modo a te tornar feliz. Às vezes, você é forçado a fazer uma escolha que não quer, sabia disso? Por acaso conhece o significado da palavra circunstância? – Honora estava claramente exaltada - Você sequer me conhece, você sequer conhece a minha história, a trajetória da minha vida. Por que acha que estou aqui? Por que acha que uma mulher de trinta e dois anos, formada em uma das melhores faculdades do mundo, está enfiada no mundo do crime até o pescoço?
– E o que isso me importa? Eu não quero saber da sua história, da sua triste e deprimente trajetória de vida. Isso para mim é balela pura! Eu sou uma policial! Eu vivo para fazer a lei ser cumprida! O meu trabalho é odiar pessoas que estão do outro lado. A única coisa que interessa aqui, não são seus motivos, mas sim, que você é uma traficante, uma ladra, uma assassina da pior espécie.
Todos os limites de paciência que Honora poderia ter foram ultrapassados por Laura. A mulher tatuada, ao ouvir aquilo, reagiu instintivamente, debruçando-se sobre a bancada, agarrando a gola da blusa que a outra usava, mirando-a tão de perto como quando se beijaram. Os olhos da policial estavam arregalados pelo espanto da ação repentina de Andrey. O semblante da outra havia se transformado de tal forma que amedrontou Randik, coisa que raramente acontecia. Mas, lá no fundo, sentia uma profunda satisfação, como se já soubesse que isso ia acontecer. Afinal, a provocação funcionara perfeitamente.
Bruscamente, Honora soltou a roupa da detetive, fazendo-a sentir um leve ardor no ferimento por conta do movimento agressivo. A criminosa, sem tirar os olhos de Laura, tateou a parte de baixo da ilha, retirando de lá uma 9 mm. Com o peito arfando em um misto de sentimentos ruins, a mulher encostou o cano da arma engatilhada no centro da testa da outra.
– Você está dentro da minha casa, livre para ir embora quando quiser, recebendo medicação, cuidados, alimentação da melhor qualidade e ainda assim se acha no direito de me ofender. O que quer com sua atitude? Provar que eu estava errada em fugir daquela estrada levando você comigo para que não morresse? Quer provar para mim que eu sou uma idiota em arriscar a minha própria vida para salvar a sua? É isso? Pois então, magnânima Laura, me dê um motivo, apenas um motivo para eu não terminar o que aqueles homens tentaram fazer na estrada. Me dê um motivo para eu não jogar o seu corpo em uma cova rasa e queimar, como queimei a sua roupa.
Randik continuou calada, mas a satisfação esvaiu-se por completo de sua fisionomia, sendo substituída por um genuíno temor. Seu corpo inteiro tremia, seus olhos estavam marejados e a sensação de desmaio ia e vinha forte. Aquela fala de Andrey remeteu-a ao pior dia de sua existência, ao dia em que morreu em vida.
– Eu... – A voz trêmula denotava o quão apavorada a policial estava.
A bandida afastou-se, colocando o revólver na frente da outra, próximo da sua mão boa.
– Vá! Faça o que tem que fazer. Faça o que você tem vontade de fazer com todos os que são como eu, o enxurro da sociedade. Vai, Laura! Pegue essa arma e me mate. Afinal, eu a sequestrei, me distraí, você conseguiu pegar o meu revólver e atirou para se defender. A Corregedoria vai fazer vista grossa e você ainda será condecorada pela corporação diante de toda a sociedade por pegar uma das criminosas mais procuradas desse país. Acaba logo com isso!
A detetive não conseguia se mover, não conseguia reagir. Por mais que quisesse, nem secar as lágrimas que escorriam pelo seu rosto ela pôde, tamanho o horror que sentia. Honora, infestada de ódio, não disse mais nada. Apenas pegou a arma e subiu, trancafiando-se em seu quarto.
Fim do capítulo
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Brescia
Em: 21/04/2019
Boa noite Olivia.
Esse capítulo foi dinâmico, com suspense e surpresas que estão escondidas no íntimo das duas . A atração que sentem uma pela outra já estava mais que estampada nós gestos e o beijo seria inevitável .
Vc está se saindo uma escritora com muitos artifícios para apimentar e nos levar a várias teorias. Eu já fico imagininando o que possa vir no próximo capítulo.
Baci piccola.
Resposta do autor:
Bom dia, Brescia!
Como vai? Espero que bem.
Daqui para a frente a história foi tomar mesmo esse dinamismo. Vamos ver mais da personalidade das duas. Com a convivência, elas vão ser obrigadas a se abrir e, com isso, descobriremos suas "faces ocultas".
Agora, esse beijo... Será que veio na hora certa? Sabemos que acendeu o fogo, né? Vamos torcer para não incendiar tudo (se for da forma boa pode rs)
Ler seu comentário me deixou muito feliz porque deixar os leitores com o "gosto de quero mais" significa que estou no caminho certo. Saber que te tenho como leitora é gratificante! Obrigada!
Bacione!
Donaria
Em: 21/04/2019
Olá autora ...a Laura tá me saindo uma carne de pescoço, o bichinha dificil, tudo bem que a bandida é bandida....srsrsrsr....mas poderia ser pelo menos um pouco agradecida. Prevejo problemas para nossa heroina, esse beijo na nossa bandida sexy mexeu com seus nervos....certeza que elas teram muitos embates. Será que a Tessa resolveu acordar para o sentimento, e ai o que vai acontecer ...Laura vai ficar dividida igual uma laranja?
Resposta do autor:
A D. Laura é muito inflexível, não é? E te digo que domar essa fera não vai ser tão fácil, mas quem sabe a Honora não esteja disposta a tentar? Confesso que torço um pouco por isso rs
O beijo só veio para confundir mais a cabeça dela e a nossa. Essa aversão toda a bandidos vai ser quebrada ou vai piorar. A certeza que tem desses embates aí é certa mesmo rs. Teremos vários ainda pela frente. Isso é bom, de certa forma, "apimenta" as coisas.
Agora a Tessa... aquela é um caso sério! Talvez estava precisando mesmo de uma sacudida assim para ela despertar para o sentimento. Como autora, te digo que não sei para quem torcer...
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EriOli
Em: 21/04/2019
Quantos mistérios rondam Honora, personagem forte, inteligente e instigante, adorei a construção que fizeste. Randik, uma detetive que leva a profissão a sério, até demais, porém ela guarda um grande trauma. Mais um ótimo capítulo, só te posso tecer elogios!
Amo um romance policial carregado de mistérios.
Continuaaaaaa hahaha
Há braços!
Resposta do autor:
Honora é uma personagem que tem muita carga de vida pesada, cargas negativas que a deixaram assim, forte, armada contra tudo e todos, mas que no fundo espera ser diferente. Randik também é fruto do que viveu no passado. Ambas são mulheres poderosas e enfrentam seus problemas com as ferramentas que têm. O destino tinha mesmo que juntar as duas. De serta forma vai ser bom uma aprender com a outra.
Estou tão feliz com a sua "presença" aqui. Sempre me incentiva saber que minha história te faz bem. Não tem nada melhor que ler seus elogios. Te agradeço muito por isso.
Um grande abraço e ótimo feriado!
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