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Desejo e Loucura por Lily Porto

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Palavras: 3956
Acessos: 1450   |  Postado em: 16/04/2019

Capítulo 29 - Clara / Carolina: Tensão no ar

Clara

– Que bom que veio, amor! Você estava tão atarefada que fiquei com vergonha de pedir para dormir aq... – desisti de concluir a frase ao ver que quem estava ali não era a minha namorada, e sim minha amiga em prantos. A abracei puxando-a para dentro: – O que houve Liu?

– Ela tá, ela... – chorava e tentava falar ao mesmo tempo.

– Calma, senta aqui, – apontei para o sofá onde estive antes de ir atendê-la – respira, fala mais devagar, assim não consigo te entender.

Entreguei-lhe um pacote de lenços que encontrei em minha bolsa, sentei ao seu lado acariciando sua mão enquanto ela enxugava os olhos, tentando encontrar folego para falar. Depois de um tempo ela me olhou com uma tristeza nunca antes vista por mim em seu olhar, dizendo sentida:

– Ela está me traindo, não temos nem um mês de casadas, e ela está me traindo, Clarinha!

Ao abrir a porta e encontra-la naquele estado imaginei que se tratasse de algo sério, mas não de algo tão sério assim.

– Liu, – fiz carinho em seus ombros – calma. Você deve estar enganada.

– Antes fosse, mas não é engano. Eu vi, eu vi, não foi ninguém que me disse.

– Você pegou a Kiara com outra? – perguntei espantada.

Me olhou apertando os olhos, respondendo nervosa: – Não é para tanto. Se isso tivesse acontecido com certeza não estaria aqui chorando. No mínimo estaria na delegacia sendo pressa.

– Diz isso com essa calma?

– Só sei ser assim! Acha mesmo que se encontrasse ela na cama com outra não mataria uma das duas? É cada uma que eu acho.

– Lívia, vira essa boca pra lá. Para de loucura, me conta o que realmente aconteceu vai.

Respirou fundo se jogando em meu colo e começou a narrar: – Cheguei cedo do trabalho e estava conversando com ela sobre a visita que faremos aos meus pais no final de semana. O celular dela tocou, como eu estava no sofá, e ela em pé, enchendo a minha sala de tinta com aquela tela que ela cismou de pintar ali no meio da casa, – me olhou intrigada, e voltou a falar: – melhor ir ao ponto que realmente importa.

– Obrigada, fico muito feliz em poder contar com a sua compreensão.

– Continuando, não me interrompa, por favor! Bom, o celular dela tocou e tal e eu resolvi olhar o que era. Para a minha sorte ou azar, não sei ainda. Eram fotos de uma modelo que ela namorou e que deu uma certa dor de cabeça a gente em nossa lua de mel. Mas eu deixei passar, banquei a esposa madura e segui em frente. Só que hoje a lambisgoia mandou um book de fotos usando só lingerie para ela, bem na hora em que ela me dizia que precisava ir a Europa em breve para resolver algumas pendências da galeria. Não aguentei e fiz um show.

– Por isso veio parar na minha casa com essa cara horrível?

– Claro, você é minha amiga, para onde queria que eu fosse? Para a igreja confessar os meus pecados, quando a traída fui eu?

– Para de doideira!

– Não vai defender a Kiara, você é minha amiga, a Ag eu até tolero que tome partido dela, mas você, nem em sonho.

– Me deixa falar! Tá aí parecendo uma lunática com essa maquiagem toda borrada, chorando mais que criança quando se machuca, mas mesmo assim não deixa a birra de lado.

– Parou a sessão ofensa? – passou um lenço na região dos olhos tentando amenizar o estrago feito pelas lágrimas.

Segurei sua mão dizendo sorrindo: – Não vai adiantar, vai precisar fazer um serviço completo aí. Agora me escuta, – ela me olhou e logo sentou de frente para mim enquanto eu falava: – quando sentou aqui, vi uma tristeza nos olhos que nunca tinha visto antes, claro que achei inconsequência a forma como casaram, mas dá para ver que vocês se amam e que se dão muito bem. Estava aí toda boba falando da sujeira que ela estava fazendo no meio da sua sala a pouco, para e pensa, vale mesmo a pena terminar algo tão bonito que acabou de começar, por um mal entendido? Sim, ela pode ter te traído, como também pode não ter traído e você só viu uma sucessão de coisas incomuns que aconteceram ao mesmo tempo lhe dando base para criar uma fantasia.

– Essa é a sua forma de me chamar de louca?

– Não, quando quero chamar, sabe que o faço logo, não gosto de rodeios.

– Sua gentileza me comove. Dá para prestar atenção em mim e largar esse celular por um instante – sacudiu minha mão que segurava o aparelho.

– Que carência, coisa feia! Bom, fomos convidadas para jantar. Dependo de ti para dar a resposta final.

– Quem foi que convidou?

– A senhorita Bartolli. Sua esposa também estará presente, vamos, vai ser bom acabar logo com isso.

– Clara, e se ela realmente me traiu, não sei se quero essa conversa agora. Não estou preparada para ser a outra.

– Mulher, você não é a outra. Nesse caso, a tal modelo é que seria. Vocês estão casadas, lembra?

– Hum, é mesmo, – sorriu – tinha esquecido.

– Não sei como esquece disso com esse bambolê gigante no dedo.

– Para, – me abraçou sorrindo – confessa que tá louca por um bambolê desse também.

– Querer, eu até quero. Mas não sei se a minha namorada quer também!

– Como é isso?

– Pelo o que pude perceber, ela tem uma certa aversão a casamentos ou algo do tipo! Por isso, não vou forçar nada. As vezes acho que ela tá comigo só por conta da minha gravidez.

Sorri fraco e a pergunta da minha amiga veio em seguida:

– Porque diz isso?

– Não que seja a coisa mais importante para mim, mas até hoje nunca fizemos amor!

– Mentira! – disse incrédula seguido de um acesso de risos.

– Não deveria ter contado. Afff! Achei que não fosse me zuar. – levantei com um certa irritação.

– Relaxa, senta aí, vai!

– O que quer?

– Muda essa cara, parece até que ch*pou limão. Imagino que a Ag esteja com receio de fazer alguma coisa que você não queira, não me recordo dela ser tão lenta assim para ir pra cama.

– Serei mesmo obrigada a escutar as intimidades que você já teve com a minha namorada, é isso mesmo?

– Desculpa, – levou as mãos aos lábios na intenção de abafar os risos – não foi essa a minha intenção. O que quis dizer é que ela pode estar com medo, afinal, você tinha um relacionamento hetero antes dela. Não acho que ela ficaria contigo só por conta da gravidez, se quisesse apenas te ajudar com a bebê poderia muito bem fazer isso sem estar namorando contigo.

– Faz sentido! Deve ser só coisa da minha cabeça mesmo. Sei lá, as vezes tudo é tão confuso, tenho medo de estar atrapalhando a vida dela de alguma forma.

– Para de tolice! Vamos fazer uma coisa, topa?

– Primeiro diz do que se trata.

– Vamos jantar com elas, eu converso com a Ki, – se derreteu toda ao falar o nome da esposa – e você conversa com a Ag. Pode ser?

– Não necessariamente no meio do jantar acontecerá a conversa, não é? 

– Fica a seu critério! Vai que você está com desejo de fazer amor com a sua namorada na mesa do restaurante. – dei um tapa em seu ombro levantando – Isso doeu, se fizer novamente esqueço que está carregando a minha afilhada e desconto.

– Engraçadinha! Agora vai arrumar essa maquiagem, a maquiagem do Bozo tá perdendo pra sua.

– Palhaça é a mãe.

– Vou contar a dona Cássia. – deu para ouvir ela gargalhar do banheiro. Mandei mensagem para Ag avisando que estávamos indo, e fui me trocar. Quando saí do quarto encontrei uma Lívia impaciente.

– Nossa, que demora, achei que estava se arrumando para casar. Podemos ir?

– Claro, senhora Fiore.

– Vai brincando, futura senhora Bartolli.

Enquanto a Liu dirigia, eu ia pensando em tudo o que conversamos, será que seria mesmo necessário conversar com a Agnes sobre fazermos amor? Sei lá, mas e se soar como cobrança, ou até mesmo passar a impressão de que sou uma tarada... Sinceramente, não faço ideia de como abordar esse assunto.

 Menos de meia hora depois que chegamos Kiara e Lívia já estavam no maior love. Tentei puxar assunto com Agnes sobre casamento fazendo uma brincadeira, mas não deu muito certo. Pelo contrário, ela tá bem distante, quase não fala mais e não para de olhar para o celular que está sobre a mesa.

– Ei casal, – me olharam curiosas – parem de dar bandeira, a essa altura a cidade inteira já está ciente de que vocês são recém casadas.

– Dá um tempo, Clara! Tá achando que é fácil fazer a sua amiga escutar, não é não. Então deixa eu curtir a minha esposa e curte a sua namorada aí, vai.

– O que a Clara quis dizer, é que vocês estão em um local público, caso não tenham percebido, e que com esses beijos todos aí, vão acabar sendo presas por atentado ao pudor ou algo parecido – Agnes sorriu bebendo da sua taça.

– Ah, é isso. – minha amiga disse passando a mão no cabelo – Não se preocupem, a gente sabe bem a hora de parar, não é amor?

Piscou para a esposa que respondeu sorrindo: – Claro! Mas sim, já que estamos as quatro aqui, quero esclarecer algumas coisinhas. – segurou a mão da esposa enquanto prosseguia falando: – Amor, convidei a Ag, que claro, convidará a Clara, para ir conosco no final de semana, tem algum problema?

– Não vejo nenhum! Pelo contrário, vou adorar ter a companhia de vocês. Sem falar, que meu pai está empolgadíssimo com a ideia de ser “avô” da bebê da Clarinha, já falei ao tio Heitor para ter cuidado com ele, ou então vai perder a vaga. – Segurou o rosto da esposa – Ele não vai prestar muita atenção em você, ponto a seu favor!

– Estão querendo a minha presença para tirar o foco da loucura que fizeram, é isso mesmo?

– Foi uma loucura consciente! Para de jogar na nossa cara assim – minha amiga respondeu arrancando risos de todas.

Ficamos planejando o final de semana e acabei deixando a “frieza” da minha namorada de lado, no mínimo ela ainda estava chateada pela nomeação do avô. Embora ao meu ver algo não estava muito certo, ela não parava de olhar para aquele celular e volta e meia saía da mesa com ele nas mãos voltando minutos depois.

Dessa última vez ela demorou, tem bem uns quinze minutos que saiu e ainda não retornou. Olhei ao redor e não a encontrei por ali, será que tá tudo bem? Buscava uma resposta para minha pergunta quando a vi vindo em nossa direção séria. Realmente algo não estava bem, quando parou ao meu lado que ia perguntar o que estava acontecendo, ouvi alguém dizer:

 – Gostou dos presentes, Ag? Lembro que sua preferida é a vermelha, mas queria que tivesse uma de cada. Inclusive, foi por esse motivo que mandei a primeira natural, para que lembrasse de tudo antes de ver as outras. – as palavras foram seguidas por um riso sarcástico. Olhei para trás e encontrei a primeira dama da cidade sorrindo com uma taça na mão.

Que loucura era aquela? Olhei para Agnes e essa parecia um papel de tão pálida que estava, Kiara falava alguma coisa no ouvido de Lívia que em um sussurro me pediu:

– Calma, lembra que você está grávida.

 

Carolina

Vida de volta ao normal, e aqui estou eu em mais um evento beneficente. Não entendo porque as pessoas gostam tanto de crianças, abrem suas carteiras sem dó nem piedade para doar dinheiro para elas. Um bando de órfãozinhos zuadentos que só servem para atrair boas doações para campanhas políticas ao meu ver.

– Primeira dama, estão esperando a senhora para a foto oficial.

– Não precisa, – disse disfarçando o nojo de me juntar a tantas crianças de uma só vez – as estrelas da festa são essas fofurinhas, podem tirar a foto sem mim.

– De forma alguma, dona Carolina. A senhora é nossa madrinha, além de tudo, é a primeira dama da cidade. Não pode ficar fora dessa foto. – Leila, chata e diretora do lar adotivo me disse sorrindo. Não suporto essa mulher, a alegria dela me embrulha o estomago, toda vez que a vejo tenho vontade de lhe dar uns bons tapas para ver se para de sorrir tanto. Não é normal um ser humano ser tão sorridente assim o tempo todo, ainda mais trabalhando com crianças.

– Tudo bem, Leila, você me convenceu. – Sorri disfarçando meu descontentamento enquanto me juntava a ela e as crianças barulhentas, que correram para me abraçar assim que me juntei a elas no palco. – Calma, crianças, não tenho mais a idade de vocês, se me machucar demora para sarar.

– Crianças, cuidado com a tia Carolina. – Leila disse me olhando.

Se pudesse empurraria ela desse palco, sorte a dela que está distante de mim, infeliz! Tirei a maldita foto e corri dali. Precisa me afastar, não sabia por quanto tempo duraria a minha cordialidade.

– Não sabia que gostava tanto assim de crianças!

Será possível que nem longe daquele salão eu consigo ficar sozinha! Olhei para o lado e lá estava Cassandra sorrindo para mim.

– Pois é! Criei meu enteado, lembra?

– É mesmo, as vezes esqueço que você tem um filho. Pensa em ter outros?

– Devido a vida pública do meu marido, infelizmente não podemos ter outros filhos. Por mim teria a casa cheia já, – nem eu diria que estava mentindo falando com tanta simpatia assim – mas o Antenor não quis, disse que ia focar na sua carreira política e não seria justo deixar os filhos sem a companhia diária do pai.

– É um pensamento bem sensato da parte dele. Vemos tantas crianças sofrerem por falta dos pais, não é justo colocar mais uma no mundo com esse propósito.

– Exatamente, que bom que nos entende. A maioria dos nossos amigos acha a nossa atitude horripilante, mas pesamos bem os prós e os contras antes de tomar a decisão final. – meu celular tocou, e sorri dizendo: – Licença, mas preciso atender, é a minha mãe.

– Foi um prazer te encontrar aqui. Até mais – beijou meu resto se afastando em seguida.

– O que foi mãe?

– Onde está?

– Em um evento beneficente.

– Venha para cá, seu irmão está aqui preparando o café da tarde para nós.

– Não quero brigar hoje, vejo você outro dia, o Cadu anda muito irritadinho para o meu gosto.

– Filha, ele prometeu ficar na dele se você não provoca-lo. Vem, vai ser bom. Seu pai também não tá em casa, não se preocupa. Vem.

– Se é assim, eu vou. Chegarei aí em alguns minutos, tchau.

Me despedi de algumas autoridades que ali estavam e da sonsa da Leila. Meu motorista já estava indo me chamar quando apareci na portaria, avisei a ele que se passasse mais de duas horas lá dentro que era para ele entrar e alegar que alguma coisa urgente tinha acontecido para que eu pudesse sair de lá sem levantar perguntas e suspeitas do real motivo que estava me fazendo ir embora.

– Pronto mamãe, aqui estou eu! – joguei a bolsa no sofá e fui ao seu encontro na cozinha, lhe dei um abraço dizendo: – Que cheiro bom, cadê o irritadinho?

– Não fala assim do seu irmão, ele está no jardim, aquela sapat... – olhei para ela séria e ela mudou a palavra – neta do Giovani está com ele no telefone.

– Bom! É sempre bom ter bons amigos, – meus olhos brilharam quando vi meu irmão largar displicentemente o celular sobre a mesa de jantar e correr para a cozinha – mãe, pega um copo com água para mim por favor.

Ela se afastou e apenas conferi o corredor para ver se o Cadu não estava voltando, tinha que agir rápido, ou então perderia aquela bela chance, em passos largos cheguei a mesa e para minha sorte o celular dele estava desbloqueado. Compartilhei o contato que queria no Whats e apaguei a conversa, colocando o aparelho da mesma forma que estava antes.

– Aqui filha! Como foi o tal evento?

– Muito bom, você sabe como adoro crianças.

– Mentira mais deslavada essa sua, deveria ter vergonha de dizer isso. – meu adorável irmão se juntou a nós e só então percebeu que seu celular estava sobre a mesa, vi quando ele passou a mão no bolso na tentativa de conferir se aquele aparelho era mesmo o seu, quando o pegou sobre a mesa me dirigiu um olhar desconfiado. Dei de ombros e sentei na cadeira ao lado de minha mãe, me servindo do bolo que ele tinha acabado de trazer.

– Estou muito feliz hoje, pode falar o que quiser. E só para você saber, – disse com a boca cheia – seu bolo está uma delícia.

 – Obrigado!

Ficamos ali conversando amenidades, minha mãe tentava a todo custo mediar uma conversa que não terminasse em indiretas minhas ou dele em algum momento, não deu muito certo. E quando meu pai chegou com aquela exaltação na voz percebi logo que estava bêbado e resolvi ir embora. Me despedi de todos e fui para casa radiante.

A noite estava fria e aconchegante, o Antenor não estava na cidade e isso para mim era uma verdadeira maravilha. Olhei para o embrulho que meu motorista havia acabado de me entregar e sorri, me servi de uma dose de whisky pensando no que fazer. Mordi os lábios e abri o pacote sorridente, nele tinham dois chips pré-pagos e um aparelho celular. Olhei para o relógio, já passavam das 23h, melhor fazer isso amanhã.

Não resisti, peguei o celular e iniciei a minha sessão fotográfica, afinal, já tinha separado as lingeries. Tirei fotos com umas dez, e por último uma foto do jeito que vim ao mundo. Me servi de mais uma dose de whisky e fui para a varanda do meu quarto admirar a paisagem.

O dia amanheceu agradável, como a minha primeira tentativa de afastar a sonsa da Clara da Agnes não deu certo, também, estava na cara que aquela foto dela beijando o Alex não era tão recente assim, mesmo porque ela já estava ficando mais cheinha devido a gravidez. Escolhi um horário que tinha certeza que elas estariam juntas e coloquei meu plano em prática.

Como assim ela bloqueou o número, que ousadia! Sorri intimamente, era bem típico da Ag fazer isso, no mínimo a sonsa nem viu. Ela bloqueou muito rápido. Não vou mandar outra foto agora, ou então ela bloqueará esse número também. Vou dar uma volta na cidade, preciso comprar algumas coisas, mais tarde mando outra foto para ela.

Que sorte a minha vê-las saindo do restaurante com o paspalho do meu irmão. Vamos ver para onde a senhora Agnes vai! Já que a sonsa seguiu com meu irmão e a namorada no carro dele. Deixei ela tomar uma certa distância de onde estava e coloquei o carro em movimento, a melhor coisa que o Antenor fez foi trocar o meu carro, assim posso fazer muitas coisas sem que as pessoas saibam que sou eu!

Agnes na vinícola, a sonsa longe, não vou poder continuar o meu plano, nem vou passar a tarde inteira plantada aqui. Liguei para o meu motorista e fiz ele vir me substituir.

– Já sabe, não deixe ninguém te ver. Não saia do carro em hipótese alguma, onde ela for – apontei para a foto no celular – você vai, e vai me avisando e mandando fotos.

– Pode deixar, senhora!

Voltei para casa alegre, vai ser hoje que vou acabar com aquele romancezinho de uma vez por todas. Estava me preparando para jantar quando recebi uma foto da Agnes com a tal amiga insossa estrangeira. Chegou a hora de agir. Saí de casa sorrindo, encostei o carro na frente do bistrô e entrei, sorte a minha que estava cheio, assim poderia acompanhar os passos da Agnes sem que ela me visse, embora estivesse usando um casaco com gorro, para evitar assim que ela me reconhecesse antes do momento certo.

Primeira mensagem enviada e ela não bloqueou o número, bom sinal, mas vou fazer um joguinho com ela. Vamos começar:

Não gostou da primeira foto? Escolhi com tanto gosto, rsrs, nem pense em bloquear esse número, se o fizer, mandarei as fotos para a sua namoradinha com o print da sua visualização da primeira foto que enviei, e tenho certeza que você não mostrou a ela, afinal, me bloqueou muito rápido.

Olhei em sua direção e lá estava ela com o celular nas mãos.

Está maluca, para de me mandar essas fotos. De você só quero distância, Carolina.

Para, quem muito desdenha quer comprar. Sei muito bem que você sente saudade de mim. – Enviei a mensagem acompanhada de outra foto.

Droga, ela parou de me responder, só visualiza as mensagens. Já sei:

Não se finja de morta, ou será pior para você. Sei que está com a sua namoradinha, acredito que não quer que ela saiba que você olha fotos minhas seminua enquanto conversa com ela e suas amigas, kkk, cuidado.

Vi o momento em que ela levantou com o celular nas mãos, segundos depois sua mensagem chegou.

Pare de infantilidade, não tenho nada com você, a Clara confia em mim, e sabe que tivemos um relacionamento no passado. Ela não vai acreditar nas suas loucuras.

Então ela já tinha contado a sonsa sobre nós. Precisava mudar minha estratégia.

Que bom que já contou a ela que você é minha. É melhor se despedir logo dela e vir comigo.

Nem sob tortura sairia daqui contigo, Carolina, pare de me mandar essas fotos. O que quer para me deixar em paz de uma vez por todas?

Enfim ela chegou ao ponto que eu queria.

Quero você, passa a noite comigo e sua namoradinha não saberá de nada disso.

Me esqueça.

Foi a última mensagem que ela me enviou antes de bloquear o número novamente. Que ousadia, esperei ela voltar à mesa e fui até lá.

Claro que ela ficou pálida ao me ver, Lívia e a outra lá que nunca lembro o nome me encararam com desdém. A Clara parece não ter entendido muito bem o que eu disse, também, não dava para dizer abertamente que tinha enviado fotos de lingerie e nua para a Agnes, o que as pessoas que estavam ali iam pensar de mim!

A sonsa me encarou inquieta e me aproximei dela dizendo em seu ouvido:

– Dá uma olhadinha no celular da sua namoradinha, e vai saber o tipo de presente do qual estou falando. – sorri – Ag, foi um prazer te rever. – acenei para um eleitor do meu marido que sorriu ao me ver – Infelizmente não posso ficar, mas você já sabe como me encontrar, com licença.

Me afastei da mesa onde estavam deixando todas com cara de interrogação, inclusive a sonsa da Clara, que por muito pouco não voo em mim, tamanha a fúria que estava contida em seus olhos. Agora a Agnes vai pensar duas vezes antes de me esnobar novamente.

Fim do capítulo

Notas finais:

Olá, moças! 

Então, como decidimos juntas na última atualização, as postagens serão feitas de 15 em 15 dias, nos encontramos por aqui novamente no dia 30/04. 

Muito obrigada pela ajuda nessa decisão dificil, pela compreensão e pelo carinho ao longo desse mais de um ano aí que já dura DL.

Vocês leitoras comentando ou apenas lendo na "moita", como costumamos dizer, são sensacionais, são um combustivel maravilhoso para que essa pessoa que vos fala continue a escrever. E claro, saber a opinião de vocês quanto ao que escrevo é uma troca muito boa.

Até mais meninas, beijos.

 

P.S.: Em breve responderei TODOS os comentários atrasados, prometo.


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Comentários para 29 - Capítulo 29 - Clara / Carolina: Tensão no ar:
mtereza
mtereza

Em: 17/04/2019

Eita sabe que essas eternas duvidas da Clara me tiram a paciência isso se reflete nessa passividade dela frente as maldades e loucuras da Carolina que podem acabar em uma tragédia.

Responder

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Lili
Lili

Em: 17/04/2019

Essa Carolina e um monstro que não tem limites.

Ela nao é feliz e não deixa Ag e Clara serem felizes.

 

 

Vou ganhar nossa aposta. Kkkkkkk....

Responder

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Baiana
Baiana

Em: 16/04/2019

Rapaz,essa Agnes é sonsa demais,ela tinha que ter mostrado para a Clara a presepada da outra. Só espero que ela siga o conselho que deu para a Lívia,quando ou se ver as fotos da Carolina no celular da namorada

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