Capítulo 14 Veneno
Marina tamborilava os dedos no marco da porta olhando a morena, tentava não transparecer seu nervosismo, até que aqueles segundos de silêncio foram quebrados por ela.
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Não vai me perguntar o motivo de eu estar aqui ou falar alguma coisa desagradável como sempre?
Carolina pigarreou e voltou a si, finalmente falando algo.
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O que te trás aqui? Não vê que eu tô ocupada?
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Tô vendo que ainda não sentiu falta de nada.
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Do que tu tá falando?
Marina deu um sorriso com a resposta e pensou maliciosamente ‘não sente falta da minha boca na tua', mas respondeu com outras palavras.
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Teu celular, Carolina. Esqueceu ele em cima da mesa, tu saiu tão sei lá... desesperada.
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Esqueci? Entra que vou olhar na bolsa, não é possível isso.
Disse Carol indo até sua bolsa e procurando, enquanto a loira entrava e fechava a porta. Tirou o celular da morena de seu bolso e pigarreou.
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Confesso que estivesse sem senha eu tinha fuçado bastante
Disse rindo e o sacudindo enquanto Carol olhava o objeto em sua mão, ela caminhou com pressa até o celular e o pegou, foi quando Marina deixou sua timidez novamente de lado e segurou a mão da morena junto da sua.
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Não tá sentindo falta de outra coisa além do celular?
Carol não respondeu, apenas por instinto foi andando para trás até parar em uma parede que a impedia de dar qualquer passo, a loira que acompanhava seus movimentos encostou o seu corpo no corpo da morena o que fez Carolina encarar sem demora e sem pudor a sua boca enquanto sentia a respiração da loira contra o seu rosto.
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Marina, tu está ultrapassando todos os limites.
Marina não se afastou, olhava Carolina nos olhos enquanto ouvia aquelas palavras que saiam em um quase sussurro.
Carol não queria se afastar e sua boca dizia o contrário do que seu corpo demonstrava, até que o silêncio tomou conta das duas e a loira em um impulso aproximou sua boca da de Carol e a tomou em um beijo cheio de saudades.
O celular já estava no chão e a mão da morena já segurava a cintura da loira apertando seis corpos um contra o outro como se pudessem tomar o mesmo espaço, como se quisessem desafiar as leis da física.
Elas estavam ali entregues e Carol havia novamente esquecido seus julgamentos, Marina havia esquecido as dores que uma paixão perigosa como aquela podia causar, só queriam explorar a boca uma da outra como se fosse impossível parar.
Marina já levantava a blusa da morena vagarosamente e Carolina não fez nada que impedisse aquele ato, deixou com que a loira prosseguisse e após tirar lentamente a blusa da morena, a blusa da loira também já estava no chão.
Os beijos de Marina desciam pelo pescoço da morena que puxou de leve os cabelos da loira que continuava a descer seus beijos ainda sem nenhuma restrição, Marina beijava os seios da morena que agora beijava o pescoço da loira, ambas estavam com a respiração descompassada e ardendo de prazer.
Marina ansiava por provar o gosto daquela que estava entregue a ela, bem ali, então Carro enlaçou as pernas na cintura da loira e beijava orelha da mesma e assim sussurrou em seu ouvido quase como uma confissão e uma confirmação de que cederá finalmente aos seus desejos.
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Vamos pra cama.
Falou com a voz descompassada e aquela de deixou Marina mais segura, agora tinha total certeza de seu consentimento e assim o fez, a levou para o quarto, no caminho Carol tirou com uma das mãos o sutiã de Marina que sentia os beijos da morena em seu pescoço e se alternavam com sua boca.
Já estavam na cama e após elas finalmente terminarem de se despir, Marina deitou seu corpo sobre o da morena e lhe descia beijos do seu pescoço até sua barriga, beijava e acariciava com uma das mãos sua coxa como se pedisse permissão a morena que arqueava seu corpo como se implorasse para que ela não parasse com aqueles movimentos.
Finalmente Marina provou o gosto da morena que se contorcia sentindo todo o seu corpo tremer enquanto sentia a boca da loira e uma das duas mãos que massageava um dos seus seios, gemia o nome da loira em meio a respiração ofegante, até que sentiu um arrepio percorrer todo o seu corpo, segurou o lençol com força e entregou seu gozo a loira que deu um sorriso malicioso olhando a morena cansada entre os lençóis bagunçados daquele quarto escuro, subiu seu corpo sobre o de Carolina beijando cada centímetro dele, como se sua boca pudesse gravar em seus pensamentos aquele pedaço de paraíso em que ela havia se perdido, beijou seu corpo até chegar em sua boca e lhe entregar um beijo carinhoso.
Beijou a testa de Carolina que estava perdida em seus pensamentos em uma mistura de tesão com dúvidas, mas não se julgaria naquele momento.
Carolina abriu seus olhos e respirou fundo tentando recurperar-se tentaria ser fria mais uma vez, sabia que iria fugir de tudo aquilo que tinha lhe feito tão completa na cama como nunca antes, mas que não podia acontecer e assim ela o fez, antes que Marina pudesse continuar a afagar seus cabelos a morena levantou-se vagarosamente o que deixou a loira com uma cara de interrogação.
Carol caminhou até o banheiro, pegou seu roupão de seda preto, olhou para a loira e por um instante hesitou, queria que ela continuasse ali, mas não podia, não podia deixar que aquilo acontecesse novamente. Então se pôs a falar,sem olhar diretamente para a loira.
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Obrigada pela noite, mas agora acho melhor tu ir.
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Ir embora? Assim?
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Sim.
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Ao menos descobri que tu sabe agradecer né Carolina.
Disse enquanto se levantava e procurava suas roupas no chão, sentindo-se usada.
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Porque é isso que tu faz né Carolina? Tu trata as pessoas como se fossem descartáveis.
Já vestida saiu do apartamento com certa pressa e Carolina fechou os olhos com força ao ouvir o bater da porta.
Sabia que a loira tinha razão e que ela realmente havia a usado, assim como fez com Eduardo, mas ela sabia em seu coração que a loira era diferente, sabia que havia algo nela que tinha lhe tocado além da superfície de sua pele, seria difícil manter o controle dessa vez.
Olhou em seu apartamento e viu suas roupas no chão, pode sentir como se Marina tocasse seu corpo novamente, teimava em mudar seus pensamentos e para tentar fazer isso sentou-se na varanda com um livro qualquer, mas nada prendia sua atenção, sabia que aquela noite seria de insônia novamente.
*****
Mari bateu a porta e sentia uma raiva que a muito não sentirá, tinha se entregado novamente a um corpo de sabia que provavelmente nunca seria dela por inteiro.
Já no elevador tocou sua boca e sentia como se ela tivesse realmente gravado o corpo de Carolina em sua mente, pensava no que seria ela depois daquela noite, respirou fundo e ficou aliviada ao ver seu Uber já a esperando, finalmente iria para casa e uma boa noite de sono a faria apagar essa noite da sua mente, pelo menos era no que ela queria acreditar.
Fim do capítulo
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Brescia
Em: 13/04/2019
Bom dia querida.
Adorei esse capítulo, emoções a não finir mais, as cicatrizes ficaram bem evidentes e vc soube como deixá-las no ar. Agora só me resta continuar lendo. Rs
P. S: serei sua companheira nessa viagem .
Baci.
Resposta do autor:
Quis fazer esse capítulo bem emotivo mesmo e delicado, como se elas estivessem se reconhecendo, queria mostrar o quanto elas afetam uma a outra.
Que bom que gostou amada! Vamos lá e segue o baile!
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