Carolina se olhava no espelho, fazendo uma maquiagem leve, mas não sem seu marcante batom vermelho.

Vestia um vestido preto com um decote que valorizava seu corpo e um caimento que a fazia sentir-se fabulosa, como de fato estava, além é claro de seu sapato também preto de salto, os cabelos soltos que caíam naturalmente sobre seus ombros.

Ouviu seu telefone tocar, era uma mensagem da Rafaela:

Oi, já vou sair de casa, vou te mandar a localização do lugar e nos encontramos lá na frente. Um beijo, na boca.

Ela riu e logo respondeu.

Ooooh abusada, nada de beijo na boca hahahaha'

Já estou pronta também, nós encontramos lá na frente.

Bloqueou a tela do seu celular, passou o batom finalizando sua maquiagem, pegou suas chaves e saiu. Antes de sair chamou seu Uber e quando ele estava perto desceu pelo elevador, ao chegar no prédio entrou no carro e com.um sorriso no rosto partiu para o local de encontro marcado com sua colega.

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Marina terminava de se arrumar ela estava dobrando a manga da sua camisa xadrez, vestia jeans e seu all star. Sem maquiagem assim como gostava, bem casual. Com os cabelos naturais caindo em seus ombros, colocava o relógio e só então percebeu que já passava da hora que tinha marcado com Fran e Danilo.

Chamou seu Uber, se despediu de kiko que ja dormia em sua caminha, fechou a porta e desceu correndo as escadas, já entrando no carro com o celular na mão para mandar uma mensagem para a amiga e avisar que já estava a caminho.

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• Olha a cinderela chegou, uaaaau que linda, assim eu te pegava!

Dizia Rafaela para a morena que descia do carro e ao descer pegou a mão da colega que já se estendia e depois segurou seu braço caminhando até o grupo de amigas da Rafa.

Rafaela era uma guria bonita, vestia-se casualmente, tinhas os cabelos cacheados e escuros, os olhos de um castanho tão escuro quase preto e um bom humor invejável.

• Gente essa é a princesa.

Carol pisou de leve no pé da amiga e deu um sorriso irônico e arqueou a sobrancelha.

• Meu nome é Carolina meninas, mas podem me chamar de Carol.

• Ou princesa.

• Tá Rafa, só porque tô de bom humor.

• Vamos então?

• Vamos.

Carol se apresentou e estava bem simpática naquela noite, uma rara exceção, estava feliz por sair um pouco.

Entraram na boate e ela logo foi para o bar e pediu uma cerveja o que fez com que Rafaela debochar dela dizendo: princesa, mas bebe que nem marinheiro... tá louco.

Todas riram e continuaram bebendo e falando de amenidades, até que certa hora da noite elas já estavam mais pra lá do que pra cá e já dançavam alegremente, Carol já estava entrosada com as meninas e ficou ali com elas enquanto Rafaela se agarrava com uma menina no canto do bar. Até que do nada Rafaela aparece atrás da morena e a cutuca. A morena se vira e Rafaela sussurra em seu ouvido.

• Olha a lindinha ali!

Carol se vira e vê ou acha que vê Mari se aproximando no meio das pessoas, deixando ao fundo Fran e Danilo que dançavam e se curtiam ao som da música.

Rafaela voltou a falar.

• Te permite.

Ela sussurrou novamente no ouvido da morena e saiu, piscando o olho pra ela o que a fez rir, quando virou-se novamente estava Mari a sua frente.

• Oi, não queria te assustar, só queria agradecer vocês, mas... acho que a Rafaela tá meio ocupada ali né.

Carol olhou a amiga aos beijos com a guria e balançou a cabeça e riu da situação, voltou a olhar para Mari e quando ia falar começou a tocar uma música que fez a loira vibrar.

• Aaaaaaaah eu amo essa musica!!! Vamos parar de picuinhas, tô viva né? Então vamos dançar?

• Não obrigada.

• Aaah vampiros!

Disse Mari com a voz meio rouca devido a bebida, a morena arqueou uma das sobrancelhas e cruzou os braços em sinal negativo. A loira voltou a falar, agora no ouvido da morena.

• Tu não quer ou tu não consegue?

Disse a loira se afastando e começando a dançar e cantar o que a letra animada de olhos fechados sentindo a música.

Si tu quieres nos bañamos,si tu quieres nos soplamos pa' secarnos lo mojao'

Se quiser nos banhamos, se você quiser, nos sopramos para secar o molhado

Si tu boca quiere beso y tu cuerpo quiere de eso areeglamos

Se tua boca quer beijo e teu corpo quer isso conseguimos

Si tu quieres un atajo y lo quieres por abajo yo te llevo bien callao'

Se você quiser um atalho e o quer por baixo vou te levar bem calado.

Vente pa' ca, vente pa'ca, vente pa' ca

Venha pra cá, venha pra cá, venha pra cá (...)

Cantava em um espanhol meio portunhol, até que a morena começou a dançar e seguir o corpo da loira com a música, também fechou os olhos e sentiu que foi puxada pela cintura para dançar de perto, Carol então encostou sua testa na da loira que continuava cantando baixinho enquanto mexia seu corpo contra o da morena.

Como me baila, me seduce cuando le apagan las luces

Como dança pra mim, me seduz quando se apaga as luzes

Apesar de seus julgamentos sobre si mesma, dessa vez Carol rompeu com sua mente por um instante e interrompeu a cantoria Mari a beijando com intensidade, o balanço do seu corpo com o dela não a deixou espaço para resistência, ela a beijou e dessa vez ao invés de se julgar pensou nas palavras da sua amiga, continuava a beijando como se o mundo tivesse parado, colocou as mãos em volta de seu pescoço e Mari correspondia as carícias a apertando ainda mais sua cintura, quando elas se deram por si, a loira já havia encostado a morena na parede e seguia o beijo com certa urgência, até que a música acabou e ambas encosraram a testa uma na da outra e como se tomasse consciência de seus atos, Carol tirou os braços da volta do pescoço da loira e disse.

• Com licença...

E saiu, foi embora, a loira até tentou ir atrás dela, só que elas se perderam uma da outra em meio a multidão.

A loira respirou fundo e levou uma das mãos a cabeça, pensando: 'o que foi isso?', sentiu seu peito ainda acelerado até que sentiu alguém tocar seu ombro, ela virou-se sorrindo, achava que era Carol, mas era Fran, abismada com o que tinha visto.

• Eu tô bêbada ou eu vi aquilo mesmo?

• Aconteceu mesmo, amiga.

• Tá mas o que foi aquilo?

• Nem eu sei.

Fim do capítulo