CapÃtulo 8 Iris
-
E aí eu fugi, corri dela e entrei no banheiro que vergonhaaaaa
-
Bem a tua cara, Mari. Deixou a guria sem nem saber o que pensar sabia?
-
Eu também não sei o que me deu.
Fran e Mari conversam naquela manhã, ainda no hospital, Danilo o namorado de Fran, também estava na sala e ambos riam da história que Mari lhes contava sobre como vive fugindo das investidas de Jéssica no trabalho. Até que a conversa que seguia animada foi interrompida por batidas na porta. Era quem elas realmente não esperariam estar ali.
Danilo levantou-se e abriu a porta com um sorriso no rosto que foi ignorado por Carolina que logo mostrou o distintivo e olhou em volta até seus olhos pararem em ambas as gurias que estavam sentadas em um sofá que havia naquele quarto, Rafaela entrou e correspondeu ao sorriso do simpático rapaz.
-
Bom dia, sou a delegada....
-
Sabemos quem tu é.
Disse Fran a interrompendo.
-
Só não sabíamos que agora seria delegada né? Que surpresa Carolina, que mudança.
-
E ela quem é?
Disse Mari que agora as observava, esperando a resposta.
-
Minha colega, também delegada, mas enfim, vamos parar com as apresentações e toda a simpatia e vamos ao que interessa.
-
Que é o porque aquilo tudo aconteceu.
Disse Fran.
-
Sim.
Agora quem falava era Rafaela.
-
Acreditamos que seja um atentado devido a profissão de vocês e devo dizer que sigo o canal de vocês e gosto, aquela reportagem de ....
-
Tu não veio aqui pra ser tiete Rafa, estamos aqui a trabalho.
Disse Carol, olhando com voracidade para a colega. Logo voltando a falar.
-
Como dizia minha colega, foi deixado um bilhete dizendo que esse seria o primeiro aviso a vocês, queríamos saber se viram algo que chamou a atenção ou que fosse estranho.
Mari se ajeitou no sofá, cruzou os braços com a atitude da morena de interromper sua colega e a olhou de cima a baixo e voltou a encará-la, agora com um sorriso cínico no rosto, mas sem deixar de intercalar o olhar com os olhos e a boca da delegada que percebeu e a fez ficar constrangida.
-
A única coisa que vi de estranho são duas delegadas virem pro meu quarto no hospital fazer perguntas que outro policial poderia facilmente fazer. Não acha Fran? Somos tão importantes assim?
Mari agora olhava nos olhos da delegada e isso a fez ficar petrificada.
-
Olha só, Marina... É melhor deixar essa arrogância de lado, pra mim vocês são o mesmo que qualquer outro jornalista em busca dos seus 15 minutos de fama, só estamos aqui porque aquele atentado contra a vida de vocês poderia ter dado certo e...
-
Tudo bem, não precisa se explicar não, aliás não vimos nada de anormal. E obrigada pela visita.
Rafaela ria por dentro da situação, não podia se conter com a fúria de sua colega e a falta de jeito que tinha para lidar com a situação e resolveu tomar a frente.
-
Obrigada meninas, se lembrarem de qualquer coisa nós liguem.
Disse já anotando o número de ambas em um pedaço de papel, alcançando para Fran e se despedindo. Saíram pela porta e a morena continuava muda. Respirou fundo e ficou muda até chegar no carro da amiga no qual havia vindo ao hospital de carona, entrou e a amiga colocou uma música para tocar e foram para a delegacia, até que Rafaela resolveu quebrar o silêncio.
-
Olha só, vocês tem uma história né? Que ódio é esse gente?
-
História? Não tenho história nenhuma com aquela lá, não inventa.
-
Pois pareceu um drama sapatão, da pra sentir de longe as faiscas.
Disse rindo da situação.
-
Não tem nada de drama sapatão e nada de história, quando eu era advogada ela estava sempre na porta do escritório querendo saber dos casos que estávamos trabalhando e mesmo as vezes sem nos ouvir escrevia críticas ácidas contra nós.
-
Hum, entendi... mas ainda sim daria um bom drama sapatão.
Continuou rindo da situação, a morena ficou calada até chegarem na delegacia. Antes de descer do carro ela voltou a falar.
-
Pois bem, pode liberar elas do hospital, acho que está tudo seguro por enquanto. Vamos rever as imagens da câmera para ver se encontramos algo diferente.
Rafaela assim o fez, ligou para o hospital e avisou que poderiam ser liberadas. O resto do dia foi tranquilo até que conseguiram achar uma pista para o encontro dos suspeitos no que gerou uma pequena operação que apreendeu com sucesso os mesmos.
Em uma coisa Carol tinha certeza de que era boa, em pressionar as pessoas, após os suspeitos chegaram a delegacia ela foi interroga-los separadamente.
A pressão foi tanta que um deles acabaria confessando de alguma forma e em algum momento.
-
Eu já te disse e não vou repetir. Última chance, temos tudo contra ti, teu carro, imagens de câmeras e testemunhas que facilmente poderiam te reconhecer.
A morena falava com a voz firme, bateu na mesa com força jogando a foto da câmera que pegava o rosto do suspeito em cima da mesa.
-
Viu? AGORA FALA LOGO O MANDANTE DO CRIME OU VAMOS FAZER DE TUDO PARA APODRECER NA CADEIA POR TENTATIVA DE ASSASSINATO. QUE OU NÃO UM ACORDO?
O meliante respirou fundo, bebeu um pouco do copo de água que estava na sala e começou a falar. Foi descoberto que o ataque foi planejado por um traficante conhecido da região.
A semana que foi corrida, foi montado uma pequena operação que foi o suficiente para a conclusão do caso e a prisão do traficante com um bônus de armas e drogas apreendidas.
-
Finalmente, agora o pesadelo da lindinha acabou.
Dizia Rafaela se jogando na cadeira a sua frente enquanto Carol pegava duas xícaras de café.
-
Acabou e ela não te ligou
Carol dizia com um ar de ironia, levantando uma das sobrancelhas para a colega e lhe entregando um café.
-
Tô te falando, drama sapatão.
-
Tu cismou com isso né?
-
Não, só acho que temos que nos permitir a tudo.
-
Não vou nem responder.
-
Já respondeu.... Aliás, falando em permitir... vamos pra uma balada hoje? Quero te apresentar umas amigas, mas é amigas mesmo tá? Não é ninguém que queira te pegar.
Disse Rafaela dando um ar leve a conversa o que fez com que Carol aceitasse o convite.
-
Quer saber? Vamos sim. A gente combina por WhatsApp e nos encontramos lá na frente.
-
Certo, então vou indo que já está na hora de soltar e é sexta e não fico mais um minuto se quer aqui.
-
Digo o mesmo.
Disse a morena pegando o seu casaco nas costas da cadeira e se preparando para ir embora.
******
-
Obrigada por avisar, pode ter certeza que essa operação será reconhecida. Até mais.
Disse Mari com uma voz aliviada ao ouvir a notícia dada por Rafaela de que havia acabado aquela situação perturbadora que a fex diminuir pelo menos naquela semana a frequência de seus vídeos.
Avistou Franciele adentrando o refeitório e acenou para que ela senta-se na mesma mesa que ela estava. A amiga logo que chegou já foi surpreendida com a boa notícia. Elas se deram um abraço apertado.
-
Agora teremos de comemorar, vamos naquela boate que tu gosta Mari? Afinal hoje é sexta-feira!
-
Vaaaaaaamos! Vamos comemorar a vida!
-
Ué que tanto? Então tá né, vou falar com o Danilo e nos encontramos a noite tá?
-
Tudo bem, te vejo a noite.
Mari estava feliz, aliviada e com garra para recomeçar apesar do medo, já pensava em marcar uma entrevista com as delegadas que foram incansáveis no caso apesar das diferenças, mas faria isso na segunda, queria descansar, queria se distrair e se distanciar daquilo tudo.
Seguiu para sua casa ansiosa pela noite que a esperaria.
Fim do capítulo
Comentar este capítulo:
Jubh
Em: 08/04/2019
Adorando sua estreia por aqui e já ansiosa aguardando os novos capítulos. Os 8 primeiros já me ganharam. Parabéns pela imagem da capa também, foi uma escolha bem sensível.
Resposta do autor:
Que bom que gostou, fez brotar um sorriso no meu rosto, tava com muito medo de postar tu não faz ideia hahahahahahaha
A capa foi com essa intenção realmente, de ser sensível e amável.
Obrigada por estar acompanhando, de verdade! s2
Deixe seu comentário sobre a capitulo usando seu Facebook:
[Faça o login para poder comentar]