CapÃtulo 5 Vingança
Carol estava de pé na porta do apartamento de Eduardo, procurava freneticamente as chaves em sua bolsa, finalmente achou e abriu a porta, o apartamento parecia vazio, exceto por um barulho estranho que vinha do quarto.
Ela caminhou calmamente até o quarto, deixando sua bolsa no sofá e se deparou com algo que já esperava, mas não esperava que fosse com Micaela, a pessoa que ela confiava tanto no trabalho quanto na vida pessoal, eles não a viram, continuaram o que estavam fazendo, até que Carol começou a bater palmas como se os tivesse parabenizando.
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Amor?
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Amor Eduardo? Faça me o favor! E eu estava começando a ficar arrependida do nosso desentendimento. Não precisa parar por mim não.
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Dona Carol, eu... Eu.....
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Não, não, não tem o que explicar, só espero que ele consiga ao menos te fazer goz*r, coisa que ela nunca conseguiu comigo. Parabéns, o prêmio é todo teu.
Carol saiu apressadamente pela porta a batendo com força e correu para o seu apartamento, deixou o casal perplexo com sua atitude, Eduardo se vestiu rapidamente e pegou o elevador indo até o andar de Carol, bateu a sua porta inúmeras vezes sem resposta.
Carol estava na cama e chorava copiosamente, não por ele, mas por se sentir solitária, por se sentir abandonada.
Ela abriu a gaveta do criado mudo e pensou muito, quase cedeu ao seu desespero mas num ato de coragem levantou com os remédios em suas mãos e os derramou no vaso sanitário e deu descarga, jurou para si mesma que não cederia mais.
Voltou para cama e chorou até conseguir pegar no sono, no outro dia resolveria sua vida no escritório.
******
Marina se acordará em meio a bagunça daquela cama, com seu braço dormente, Jéssica estava deitada sobre ele, tirou cuidadosamente o braço de baixo da mesma, respirou fundo olhando aquele corpo nu ao seu lado, não queria nada sério e pensava no que aquela noite seria para sua parceira, levou as mãos aos olhos os esfregando como se não acreditasse que já era de manhã e tinha mais um dia de trabalho pela frente.
Sentiu que a mulher ao seu lado se mexia se despertando vagarosamente e com uma voz rouca pelo sono lhe deu bom dia, Mari correspondeu a beijando com carinho na testa.
Mari tomou seu banho enquanto a ruiva que lhe acompanhará na noite passada se espreguiça na cama, após o banho ela foi para a cozinha preparar o café enquanto Jéssica tomava banho. Logo vou Kiko se espreguiçando para se aproximar.
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Bom dia amiguinho! O que eu fiz ontem hein? Porque? Eu não sou assim, de uma noite só.
Kiko lhe encarava com um olhar terno como se entendesse e consolasse sua dona, logo a ruiva saiu do banho e sentiu que Mari estava afastada, acaba deduzindo que aquilo não se repetiria.
Tentou ter uma manhã leve com a loira que se esquivava de qualquer demonstração de carinho sem ser grosseira.
Após o café da manhã acabaram indo juntas para o trabalho com uma conclusão interna que, talvez, aquilo nunca mais fosse se repetir.
3 meses depois (...)
Lá estava Carolina ansiosa para o resultado do concurso que sairia naquela tarde, atualizava a página a cada segundo e nada.
Carol havia terminado com Eduardo e seguido com sua vida, saiu do escritório e começou a advogar para os poucos clientes que lhe restaram, mantinha o apartamento assim e com a ajuda de seu pai que era um policial aposentado que morava com a madrasta na Argentina, estava livre do vício,por enquanto e ainda sentia o resultado do tempo que tinha utilizado o medicamento, mas sabia que sua luta era pessoal e diária e apesar de ter adquirido do vício em tabaco sentia-se bem, estável e em equilíbrio consigo mesma.
Atualizou novamente a página e para sua surpresa lá estava o resultado, apertou seus olhos com força relutante e insegura em procurar seu nome, respirou fundo e sentiu seu coração acelerar enquanto corria seus olhos pela lista.
Havia conseguido passar em terceiro lugar para ser delegada, bateu na mesa com certa força vibrando com a sua conquista, pegou o telefone para informar o pai que já estava orgulhoso pelo fato dela ter dado um novo rumo em sua carreira.
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Filha?
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Passeeeeeei pai! Passei!
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Parabéns minha filha, sabia que conseguiria! Mês que vem eu e Eva vamos passar uns dias contigo para comemorar.
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Ótimo pai, obrigada por todo o apoio.
Seguiram a conversa de forma emotiva e cheia de saudades, animada com o que estava por vir, Carol já começava a se preparar para o treinamento que começaria com urgência pois a cidade estava com efetivo baixo de delegados em exercício. E a tarde de sábado se seguiu assim, com sua preparação para o treinamento.
15 dias depois (...)
A formatura acontecia, o pai de Carol e sua madrasta conseguiram vir a cerimônia, não perderia por nada, Eva havia ‘adotado' Carol e a tratava como filha, pois a mesma não tinha filhos.
Após a cerimônia foram jantar e comemorar mais uma conquista de sua filha, mas Carol se dirigiu cedo ao apartamento pois no outro dia haveria uma feira de segurança, com o secretário do Estado no qual o novo efetivo seria apresentado. Estava ansiosa para finalmente exercer a profissão que havia aprendido a amar ainda mais depois de seu curso.
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Nós não damos entrevistas, nós fazemos Fran.
Disse Mari revirando discretamente os olhos para a pergunta insistente da amiga.
O canal atingiu o ápice e com mais de 1 milhão de inscritos as entrevistas deixaram de ser apenas sobre problemas locais, se tornaram mais voltadas a críticas sociais e políticas de todos os tipos.
Emissoras de TV já haviam cogitado de levá-las para duas redes, mas isso não interessava a ambas, o jornal já estava melhor preparado para o tipo de trabalho que agora faziam e elas prefiram ficar por ali.
Mari estava com a carreira em ascensão e a vida pessoal equilibrada, não queria compromisso, tinha um caso aqui e outro ali... Aquela guria tímida já não era tão tímida assim.
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Tudo bem, Mari. Vamos pensar nisso mais pra frente.
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Talvez, talvez....
Agora ambas dividiam o mesmo escritório pois gostavam de trabalhar juntas. Tinham uma secretária e uma estagiária que trabalha diretamente com elas.
A manhã parecia tranquila, até que entra a estagiária com pressa no escritório e aflita por interromper o trabalho de Mari e Fran.
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Fran, Mari... desculpa o incomodo de interromper a conversa, só que eu esqueci de avisar que será apresentado em uma feira de segurança do centro da cidade os novos delegados de polícia do Estado e o secretário de segurança vai dar uma coletiva de imprensa!
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Mari, tá aí a oportunidade! De lá ele não consegue fugir da gente!
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Sim, vai ser lá que vamos ter a chance de "obrigá-lo" a falar conosco sobre as investigações que o ministério público fazia na polícia.
Animadas com a notícia colocaram-se a trabalhar, inclusive dedicando seu domingo ao trabalho, elaboraram perguntas, selecionaram o câmera e a produção designada ao trabalho.
Estavam prontas, foram pra casa descansar a espera da grande entrevista.
Fim do capítulo
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Brescia
Em: 25/04/2019
Oi de novo .
O caminho das duas está quase chegando ao local desejado, o coração. Aquele olhar no acidente foi só para ficar marcado na alma.
Baci.
Resposta do autor:
Elas duas tem um problema muito grande, o orgulho e o medo da Carol. Espero que fique até o final, em breve teremos novidades.
Beijão querida!
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