Capítulo 4 O Beijo
Verônica
Enfim chegamos na boate, apesar do horário, já estava bem movimentada. Cristina e eu entramos e logo encontramos uns amigos de balada , nos juntamos na mesma mesa e pedimos uma caipirinha, a boate era gay, mas ali parecia ter publico de todos os gostos. Enquanto conversava com uma amiga, a Olivia me ligou avisando que viria para a boate, então avisei a Cristina, que disse que também havia convidado sua amiga, essa eu conhecia bem.
Fui até a pista de dança acompanhada de algumas meninas, dancei bastante , depois fui até o balcão buscar umas tequilas para beber, voltei para a mesa e lá estava a Mariana conversando com a Cristina, então me juntei a elas, conversarmos um pouco sobre trabalho e fizemos alguns comentários sobre as mulheres que ali estavam presente, eram bastantes atraentes, se eu tivesse em uns dos meus melhores dias , com certeza já estaria conhecendo umas delas, até flertei com algumas aquela noite mas não passou de troca de olhares.
— Mariana — Então Verônica, notei que você hoje não esta muito animada como das outras vezes
—Cris — Percebi também.
— Que isso meninas, eu estou sim. Não viram que já inaugurei a pista de dança
— Mariana — Mas e as meninas ? — disse com um olhar maldoso
— Que meninas ? — me fiz de desentendida
— caímos na gargalhada — Logo a conversa foi interrompida quando avistei Olivia entrando, acenei para ela, que veio até nossa mesa.
— Boa noite meninas
— Boa noite — respondemos em coro!
— Essa boate é mesmo nova ?— olhou em volta
— É sim. Também me surpreendi com a quantidade de gente
— Cris — bem vinda ao méxico meu bem
— Mariana — vocês vão ficar ai ? porque eu vou dançar, vou namorar um pouco
— Cris — eu vou fazer o mesmo, você não vem verônica?
— Não. vou ficar mas um pouquinho, boa sorte suas pervertidas . — não seguramos os risos — Olhei para Olivia que também preferiu ficar, pedimos uma bebida e então conversamos sobre o trabalho;
— E ai, tudo bem por lá hoje ?
— Sim, tudo ótimo como sempre
— Que bom. Então não vamos falar de trabalho aqui não é mesmo
— Como quiser. — sorveu um gole do seu drinque
Estava morrendo de vontade de perguntar se a garota tinha aparecido, mas decidi encerrar aquele assunto, afinal eu não queria importunar a Olivia, era sábado e ela não estava mais no trabalho, então merecia se diverti como todas nos. Porem a mesma me olhava atenta, e logo fui surpreendida com uma pergunta que nem eu mesma soube responder;
— Posso te fazer uma pergunta ?
— claro, oque é?
— é impressão minha ou você está meio que desanimada?
— Não estou não, é impressão sua, eu estava agora pouco na pista de dança, parei pra tomar um drinque mas logo to de volta e você vai me acompanhar — tentei ser convincente
Levantamos e fomos até a pista de dança, la encontramos a Mari e a Cris aos beijos com mulheres diferentes, estavam super empolgadas, então não ficamos muito perto. Arrisquei alguns passos de dança ao som da musica. Olivia foi falar com o resto da galera e eu fui até o balcão buscar mais uma caipirinha, o local era pouco iluminado, logico era uma boate, e como eu tinha abusado das caipirinha aquela noite, acabei me esbarrando em uma mulher que vinha na minha direção. Me desculpei com a mesma, mas como o som não deixou nos comunicamos direto, tive que falar bem próximo do seu ouvido.
— Desculpa. Não te vi ai
— Eu que peso desculpas, não estou acostumada a andar em lugares tão escuro
— bem vinda a boate — não contive o riso— está perdida então ?
— Na verdade vim atender um telefone, mas já estou voltando para onde minha prima deve esta a minha espera
— Entendi. Prazer conhece-la, Verônica — entendi a mão
— Giovana. Prazer foi meu — disse apertando minha mão
Seguimos nosso caminho e eu peguei meu drinque, fiquei encantada com a mulher, ela tinha uma voz meiga e foi bem educada ao se esbarrar comigo, achei ter reconhecido a voz dela de algum lugar mas logo descartei ao lembrar de quem passou pelos meus pensamentos, não era possível que até agora eu esteja com essa garota na cabeça, só pode ser loucura dessa minha cabeça. Olhei em direção até a mesa aonde eu estava sentada, ao avistar a amiga da Cris que parecia procurar por alguém, aposto que ela esta procurando a Cris que ocupada do jeito que está, acabou esquecendo que marcou com a Amanda, fui até ela ;
— Olá Amanda, tudo bem? — me aproximei e beijei o seu rosto
— Oi verônica , tudo bem — retribuiu o comprimento
— Está procurando a Cris não é?
— Na verdade a Cris eu já sei onde está, eu procuro minha prima que foi atender o celular e até agora nada, aposto que está perdida —falou olhando em volta da boate
— Pode ser coincidência, mas eu acebei de esbarrar com uma garota que também estava a procura de sua prima, e alem de tudo também foi atender uma ligação .
— Aposto que é a gigi
— Giovana é o nome dela ?
— Isso mesmo, você a viu onde ?
— vem, eu te ajudo a procurar, ela foi pra lá
Apontei até o caminho da pista de dança e fomos a procura da prima dela, confesso que me animei para conhece-la novamente. Atravessamos a pista de dança com um pouco de dificuldade, já que a boate estava lotada e logo do outro lado avistamos, Amanda foi ao seu encontro já eu, mal podia acredita no que meus olhos estavam vendo, não acredito que a prima dela é a mesma garota que foi lá na minha floricultura, sera o destino conspirando a favor? — Me aproximei e constatei oque meus olhos já tinham certeza, era ela sim , eu sabia que tinha ouvido aquela voz em algum lugar, como eu poderia esquecer.
— Tinha certeza que você estava perdida — Amanda falou rindo
— Ela ia dizer algo mas se calou quando me viu— ficamos ali nos olhando fixamente até que a Amanda chamou nossa atenção, perguntando se havia algum problema , então expliquei que já havia conhecido a sua prima no dia anterior, ela confirmou com um sorriso e a mesma timidez de quando me viu a primeira vez. Sentamos na mesa e Cristina logo puxou assunto;
— Que surpresa Giovana, que bom que você veio
— Realmente estava um pouco caseira demais, tava precisando sair
— Fez bem, você é jovem tem muito oque aproveitar
Amanda voltou com duas bebidas na mão, entregou uma para a Giovana que rejeitou explicando que se ela iria beber, alguém teria que estar sóbrio para voltar dirigindo para casa, damos a ideia delas irem de táxi, pois numa noite como essa e em uma boate seria um pouco chato não aproveitar como deveria, depois de muita insistência ela cedeu. Conversamos sobre vários assuntos e logo a Olivia voltou com a Mariana que foi direto cumprimenta a Giovana, parece que todas ali a conhecia, menos eu e a Olivia. Na verdade eu já a conhecia por nome, quando comecei a namorar com a Cristina a um tempo atrás, a Cris e Amanda já eram muito amigas porem nunca tive a oportunidade de sair em grupo porque na época a floricultura tinha acabado de ser inaugurada e então eu mal tinha tempo para sair, mas como assim quis o destino, aqui estamos.
Todas estavam bem enturmadas e distraídas bebendo e conversando, já eu estava ocupada em um jogo de olhares intensos. Definitivamente, eu estava apaixonada por ela. Anos fugindo foi oque me trouxe aqui. Entre um assunto e outro pude conhecer um pouco mais sobre a vida dela. Estava quase a se formar, seria uma grande advogada e tem todo o físico de uma. Apesar da idade ela já era bem seria e conversava bem. As meninas mais uma vez foram para a pista de dança, Amanda foi na frente com a Cristina, Olivia conversava distraidamente um pouco afastada da mesa com a Mariana, e ali ficamos nos duas sozinhas, não perdi tempo, sair da minha cadeira e sentei ao seu lado no lugar que pertencia a Amanda. Arrisquei um dialogo;
— Não vai dançar também?
— Eu não sei dançar muito bem — disse com um sorriso tímido
— Aqui não tem segredo algum, apenas basta se mexer e pronto, você já está dançando
— Pode ser que eu tente, mas e você não está lá porque ?
— Porque tem algo aqui que me interessa mais — falei com o coração disparado
— ela engoliu seco, sem saber como diria o que precisava — Oquê por exemplo?
— Então, me aproximei encarando seus lábios e falei— Você — nossos lábios foram se aproximando ainda mais e quando me dei conta, já estávamos nos beijando. Deslizei minha mão por todo seu rosto rubro e macio enquanto minha língua invadia sua boca e procurava pela sua — Ela correspondeu nosso beijo e ali ficamos um bom tempo sentindo o sabor daquele beijo quente e intenso.
Fim do capítulo
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