Cap. 25 – Juh – A confusão
Juh
Estava em baixo do chuveiro lembrando da nossa noite maravilhosa, sem contar que acordar com aquela mulher nua na minha cama e me provocando daquele jeito me deixava... Nossa!
Inspirei fundo sorrindo e tomei meu banho, dessa vez mudei a temperatura da água, meu corpo estava pegando fogo, por isso, precisava de um banho gelado. Quando terminei voltei para o quarto e depois seguimos para a cozinha tomar café, fomos brincando no caminho, mas ao entrar e ver minha mãe e Eduardo por lá, fiquei inquieta, cumprimentamos a todos, me dirigi a minha mãe, dando um beijo e um abraço perguntando:
– Eduardo dormiu aqui?
– Não, ele estava correndo e passou aqui na volta para tomarmos café juntos. – comecei a mexer em uma colher na pia quando ela me olhou perguntado:
– Qual o problema amor?
– Eu só não... Eu queria... Mas... – fiquei ali gaguejando, mas logo dei um beijo nela sussurrando: – Tudo bem mamãe, vamos tomar café?
Esbocei um sorriso e nos dirigimos a mesa, ele estendeu a mão em minha direção e apertei sorrindo. Não tinha nada contra o cara, na verdade nem tinha o porquê eu estar daquele jeito, mas quando entrei na cozinha e aquela cena se voltou a alguns anos, lembrei de meu pai e tudo pareceu confuso na minha cabeça.
E cenas assim se passavam direto na minha frente, Layla perguntando se estava tudo bem e apenas concordava tentando interagir com a conversa, quando Anny e Júlio apareceram me animei mais e logo surgiu a ideia de irmos para a cachoeira, minha mãe falou para Layla chamar meus sogros e ela foi ligar para eles. Fiz menção de levantar e minha irmã pediu para conversar comigo, seguimos para a sala.
– O que está acontecendo com você?
– Porque a pergunta? – olhei intrigada para ela que sorriu dizendo:
– Você está mais calada que o normal Juh, será que tem alguma coisa a ver com o namorado da mamãe? – olhei para ela me sentando no sofá ao seu lado e disse:
– Não tenho nada contra ele, pelo contrário, ele é um cara bem bacana, mas fico lembrando do papai sempre que os vejo juntos.
– Hum! Então é isso. – ela me olhou e sorriu compreensiva, depois de um tempo disse: – Olha Juh, um dia a mamãe teria que seguir em frente, e conhecendo nosso pai como conhecíamos, tenho certeza que ele iria querer a felicidade dela.
– Não me entenda mal Anny, eu quero que nossa mãe seja feliz mais do que tudo, só preciso me adaptar a isso, prometo me comportar melhor diante dos dois, está bem?
– Não se preocupe maninha, eu conheço você e a mamãe mais ainda, sei que você irá se adaptar rápido, sem contar que o Edu é um cara bem legal sabia? Ele é bem divertido na verdade, vocês irão se conhecer melhor e vão se tornar amigos.
– Eu vejo isso, até porque ele não teria chances com a dona Helena se fosse ao contrário.
Minha irmã jogou a cabeça para trás gargalhando e entrei na graça, conversamos mais um pouco, logo o Júlio apareceu pedindo ajuda dela e segui para o quarto atrás de minha namorada, quando entrei me joguei na cama. Ela me leu o tempo todo, descobriu sobre o meu ciúme com minha mãe, até tentei fugir disso, mas foi impossível com ela me olhando com aquela certeza toda nos olhos.
Logo desviamos o foco do assunto e pedi para ela morar comigo, não fui precipitada e nem estou colocando a carroça na frente dos bois, mas ela tinha razão quando disse que precisávamos de um lugar para nós, um refúgio só nosso. Já estava com a ideia de convidá-la, e depois que demonstrou o mesmo interesse, fiquei mais animada. Conversamos um pouco e estava com vários planos na cabeça, mas deixei isso para depois, até porque iríamos sair em família e no momento queríamos apenas diversão.
Seguimos para a sala com algumas roupas e toalhas para levarmos, minha irmã já estava preparada, Jonas não parava de falar em pular da cachoeira junto com os meninos e na cozinha minha mãe preparava os lanches para levarmos. Tempo depois dona Laura chegou e se juntou a ela, apresentou Eduardo aos pais de Layla e ficaram conversando.
Uma hora depois dividimos os navegantes e seguimos para a cachoeira, Layla e eu seguimos no meu carro, Anny e Júlio no deles atrás, Eduardo foi dirigindo seu carro com minha mãe ao lado, Gabriele e Jonas de carona, ela acabou dispensando os amigos seguindo conosco, segundo ela, encontraria com ele quando chegasse lá.
Dona Laura, George e o Paulinho que veio também foram no carro deles. Cerca de quarenta e cinco minutos chegamos até o local e como era cedo, ainda não estava cheio, felizmente pegamos um lugar bom e nos ajeitamos.
No caminho Eduardo e o pai de Layla resolveram comprar carne para fazerem churrasco. O dia prometia, e prometeu mesmo. Quem estava dirigindo não bebeu, mas o restante do pessoal tomou todas. Eu não costumava beber muito, por isso parei na terceira cerveja e preferi ficar na água com a minha pequena, o dia estava bem quente e propício para cachoeira.
As horas foram passando e fomos aproveitando, Paulinho até tentou se aproximar da filha do Eduardo, mas não conseguiu, levando um fora bem audível, ficamos curtindo com ele por isso depois. A garota estava bebendo além do normal, e vi preocupação nos olhos do pai quando estava conversando com minha mãe.
No começo ela participou das conversas no grupo, mas depois que começou a beber ficou ousada e fazendo gracinhas das quais Layla revirava os olhos, me afastei da garota até porque não estava gostando da atitude dela também. Passava um pouco das três e estávamos nos programando para voltarmos para casa, quando a doida pulou na água próximo de onde eu e a Layla estávamos, em uma rápida olhada percebi que ela estava se debatendo demais na água, levantei e Layla me olhou.
Quando ela começou a pedir socorro pulei na água por extinto, algumas pessoas se aproximaram tentando ajudar, nadei em direção aonde ela estava. Quando me viu agarrou em meu pescoço tentei acalmá-la, ela realmente parecia assustada, dizia que a perna estava doendo. Conclui que estivesse com câimbra.
Foi difícil tirar aquela guria da água viu, quando cheguei até uma parte mais rasa do outro lado de onde estávamos Eduardo e Júlio veio ao nosso encontro e me ajudaram com ela. Mas a garota não queria me soltar, e quando se viu em terra firme começou a sorrir, tentei me livrar dos braços dela, mas nessa tentativa ela me apertou mais, e antes que eu pudesse evitar a garota me beijou e mordeu meus lábios. Empurrei ela que se soltou rindo e quase caiu se não fosse o pai ter a segurado, passei os dedos em meus lábios dizendo irritada:
– Está louca garota, porque fez isso?
– Desculpa, foi mais forte que eu.
– Estava brincando com coisa séria? Acha que isso é coisa que se faça, por acaso é uma criança? – estava irada com ela.
– Eu não estava brincando com isso, fiquei com câimbra no joelho e agradeço por ter me salvado.
Layla se aproximou de onde estávamos e ao olhar para a garota que sorriu de uma forma diferente, ela avançou para cima dela, mas a segurei antes que encostasse na guria e disse nervosa em meus braços:
– Está brincando com fogo sua vadia, pensa que não percebi o seu jogo?
– Eu já pedi desculpa.
– Acha que me engana com essa carinha inocente, você premeditou tudo isso.
Ela sorria divertida, estava bêbada e quando minha namorada se controlou em meus braços disse também chateada:
– Vamos sair daqui amor, cansei desse lugar. – Layla me olhou e passou a mão em minha boca dizendo:
– Essa vadia mordeu você. – olhou para a moça que estava levando uma bronca do pai com tanta raiva no olhar que se deixassem, dava uma surra naquela ousada, disse passando minha mão sobre meus lábios dizendo:
– Esquece isso, vamos sair daqui.
– Acho bom mesmo, porque se eu ficar mais um minuto no mesmo lugar que essa vadia eu acabo com a raça dela.
– Já passou amor, vamos para casa. – me aproximei de minha mãe dizendo: – Estamos indo embora mãe, está bem?
– Vá minha filha, você está bem?
– Estou sim, não se preocupe.
Sorri beijando seu rosto e nos despedimos dos pais de Layla que estavam ali próximo, pegamos a trilha até o carro e seguimos para casa, no caminho ela foi calada ao meu lado, mas quando encostei o carro me olhou dizendo séria:
– Não quero ser chata Juh, mas preferia manter distância dessa moça.
– Não se preocupe amor, isso não irá acontecer mais. – eu também estava chateada com o que aconteceu, porque ela me usou para isso, sabia que não pensaria uma segunda vez se visse alguém em perigo, usou da minha boa vontade. Entramos em casa, mas não queria estar ali quando eles chegassem, então propus: – Podemos tomar um banho e seguir para o meu apto se você quiser, já que ele está limpo, podemos passar a noite lá. O que você acha?
– Claro meu amor! – ela estava de costa quando falei, quando me olhou se aproximou tocando meu rosto dizendo: – Você está bem?
– Estou sim, só não gosto que brinquem com a segurança, principalmente a minha.
– Você agiu por impulso meu amor, qualquer pessoa o faria no seu lugar, mas esqueça isso está bem? Vamos tomar um banho, que estou ansiosa para conhecer o nosso refúgio.
Ela jogou os braços em meu pescoço sorrindo e me beijou, a abracei pela cintura correspondendo ao beijo e seguimos para o banho.
Fim do capítulo
Boa tarde meninas... Mais um fim de semana chegando... S2
Boa diversão a todas, nos encontramos semana que vem...
BJs a todas, se cuidem...
Bia
Comentar este capítulo:
Pandora
Em: 05/04/2019
Boa noite, tudo bem? Tenha um ótimo final de semana.
A Layla deveria ter dado uma surra nessa guria, não pode relar na Juh não kk
Tadinha da Juh ela pensando em salvar a menina e ela apronta uma dessa.
Amei que elas são morar juntas, to vendo que vão estreiar a cama todos os dias kkk
Ansiosa pro próximo, Beijos.
Resposta do autor:
Oiie Padora, tudo bem? Eu estou tranks... hehe
Eita, que a Juh é seu xodó, com medo do que possa fazer comigo daqui para frente... rsrs
Pois é, a Juh sempre visando o bem estar das pessoas, e elas abusando... sacanagem...
Sobre a estreia do apto... Acho que começamos hoje... ;)
Até breve...
BJs, se cuida
Bia
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