Layla

Acordei mais cedo que a Juh e fiquei observando-a dormir serena ao meu lado, seu braço sobre o meu corpo, segurando protetoramente apesar de sua posição. Seus cabelos caídos estrategicamente sobre seu rosto escondendo partes daquele sorriso que ela sempre tinha quando dormia, sorriso de quem estava realizada. Se fosse possível, teria me apaixonado ainda mais por ela, apenas por estar observando-a dormir.

Ouvi dona Helena brigar com o Jonas por ele estar jogando bola no corredor e me distraí um pouco, quando voltei minha atenção para a Juh, estava sorrindo com os olhos abertos e piscando preguiçosamente, sussurrei quando encostei meus lábios aos dela a saudando:

– Bom dia meu amor!

– Bom dia! – me puxou para um abraço apertado e ainda disse: – Achei que ainda estivesse dormindo, você me esgotou essa noite!

– Eu? Cara de pau, você que não me deixou dormir. – sorriu quando olhei para ela que disse arrastando a voz:

– Hum! – se espreguiçou deliciosamente dizendo: – Não lembro disso não! – fiz menção de falar, mas ela tomou meus lábios com os dela me calando com um beijo que acabou me desmontando. Quando nos separamos, passou a mão de leve em meus cabelos tirando de meu rosto dizendo sorrindo: – Ia dizer alguma coisa?

– Sim! – montei por cima dela segurando seus braços acima da cabeça, prendendo-a na cama e concluí: – Quero saber do meu presente!

– Que presente mesmo? – disse olhando para meus seios, como estava nua e claro que isso iria distraí-la, a soltei tentando me cobrir, foi mais rápida segurando em minha cintura me virando na cama abocanhando um deles e sugando com desejo pressionando sua coxa em meu sex* me fazendo gem*r desejosa.

Depois sugou o outro com desejo, subindo lentamente deslizando sua língua pela minha pele até depositar um beijo em meu pescoço arrancando assim mais um gemido de meus lábios, continuou subindo distribuindo beijos pelo meu rosto até entrar dentro de meus olhos e dizer roucamente:

– Do que estávamos falando mesmo?

– Depois falamos sobre isso, agora continue o que começou!

Autoritária eu? Não, apenas desejosa por mais contato dos lábios dela com a minha pele... Sorriu divertida e me beijou, continuamos naquela dança sensual até ela ir buscar o que tanto queria e não demorou a vir, me fez goz*r deliciosamente em sua boca. Tive que morder o travesseiro para não deixar extravasar o meu prazer além daquelas paredes, sabendo que a pouco tempo atrás, minha sogra estava ali atrás daquela porta.

Quando o meu corpo se acalmou, ela subiu me beijando e me colocando por cima dela levou minha mão ao interior de seu sex*, não hesitei em fazer com que se derramasse em espasmos deliciosos ainda com nossos lábios grudados. Sorrimos cumprisses quando terminamos, rolei para o lado acalmando meu corpo, fechou os olhos e ainda acariciando meus cabelos disse:

– Vou te levar a um lugar hoje!

– Aonde? – olhei de lado apenas e ela se virou dizendo sorrindo:

– Surpresa! – revirei os olhos e ela gargalhou tomando meus lábios dizendo:

– Relaxa amor, se eu contar perde a graça!

Ainda fiz careta, mas quem resistia a muito tempo aquele sorrisinho torto com covinhas? Entrei na graça dela e fomos em busca de um banho, depois de arrumadas seguimos para a cozinha onde encontramos dona Helena e Eduardo que estava por lá tomando café, a Juh cumprimentou a mãe com um beijo e ouvi ela de longe perguntando se ele tinha dormido lá.

Sorri, ela estava com ciúmes da mãe, nada mais justo néh, depois de todos aqueles anos outro homem ocupando o espaço que foi de seu pai, quem não ficaria? Ela se sentou ao meu lado meio com o semblante fechado, mas cumprimentou o homem quando o mesmo estendeu a mão para ela, passei a mão em seu rosto, sorrindo perguntei:

– Você está bem? – me olhou e amenizou um pouco, sorriu concordando apenas com um aceno de cabeça.

Tomamos café com ela em silêncio, respondendo apenas quando alguém se dirigia a ela, mas sempre com resposta curtas. Não demorou muito, Anny e Júlio se juntaram a nós animados e minha namorada se animou um pouco mais. Jonas apareceu pouco tempo depois acompanhado pela filha do Eduardo todo eufórico dizendo:

– Mãe! Posso ir na cachoeira com a Gabi? – ele se serviu de suco dizendo: – Ela vai com alguns amigos de carro! – Dona Helena olhou para os dois pensativa e Eduardo veio ao socorro dos garotos:

– Tudo bem Lenah, lá é bem tranquilo e deve estar cheio também. – sorriu para ele e olhou para o filho dizendo:

– Se comporta viu menino, é para obedecer a Gabriele!

– Sim senhora! – beijou a mãe animado, correu para o quarto dizendo: – Vou pegar minha roupa.

Sorri com a alegria do menino no instante em que a moça sentou na mesa conosco aceitando um suco que Anny passou para ela. Não passou despercebido o olhar que ela lançou para a Juh e depois para mim, que arqueei a sobrancelha em sinal de desafio, mas ela não encarou por muito tempo e deixei para lá, voltando para Anny que havia perguntado alguma coisa mais não entendi, disse:

– Desculpa, não entendi o que disse!

– Ainda está com a cabeça naquele quarto mulher?

– Sim, na verdade se dependesse de mim não tínhamos saído dele hoje.

Ela gargalhou jogando a cabeça para trás sendo seguida por todos na mesa, pelo menos quase todos. A Juh ficou na dela sorrindo discretamente como sempre. Não demorou muito minha cunhada disse novamente:

– Se vocês não programaram nada para hoje, poderíamos ir todos na cachoeira, faz tempo que não vamos, não é amor? – ela se voltou para o marido que respondeu sorrindo:

– Faz mesmo, um ano quase!

– O que acha mamãe? Levamos alguns lanches e passamos o dia por lá?

– Não é uma má ideia! – as duas olharam para nós, olhei para a Juh que disse:

– Estava pensando em ir no apto hoje mamãe, ver como estão as coisas por lá!

– Semana passada pedi para Maria dar uma passada lá e limpar tudo amor, combinei dela passar a cada quinze dias, já que essa tal reforma nunca sai. – Juh sorriu marota, dizendo:

– Obrigada mamãe, faz um tempinho desde a última vez que mandei limpar.

– Não se preocupe, assim vocês podem ir depois que voltarmos, se animem vocês duas. – me olhou perguntando sorrindo:

– Quer ir amor?

– Claro, faz anos que não vou em uma cachoeira.

– Ótimo minha filha, aproveita e liga para George e a Laura para ver se eles querem ir também! Sairemos em duas horas!

– Boa ideia dona Helena, vou ligar para minha mãe agora! Eles precisam mesmo se divertir um pouco. – dei um beijo no rosto da Juh e pedi licença me levantando e indo em direção ao quarto onde havia deixado meu celular carregando.

Meus pais ficaram animados com o passeio, combinei deles passarem por aqui no horário que minha sogra disse e desliguei o telefone na hora em que a Juh entrou no quarto se jogando na cama me abraçando pela cintura, me abaixei beijando seus lábios perguntando:

– Você está bem?

– Estou sim, por que a preocupação? – sorriu me puxando para os braços dela e respondi:

– Tomou o café calada, achei que tivesse acontecido alguma coisa!

– Eu estou bem, mas graças a esse passeio terei que deixar para mais tarde meus planos!

– Que planos? – me afastei olhando para ela que sorria e depois perguntei: – Ou melhor dizendo, que apto você estava falando que ia ver?

– O meu!

– Você tem um apto e não disse nada? – empurrei ela que caiu na cama sorrindo e disse em sua defesa:

– Eu disse agora! Você queria um refúgio, arrumei um para você!

– Olha que safada! – jogou a cabeça para trás rindo e me puxou beijando meus lábios, sussurrei entre eles sarcástica: – O que estava pensando, que simplesmente iria me levar para lá e pronto?

– Não! Na verdade estava pensando em perguntar se você queria ir morar comigo, quero dizer, se quiser claro, ou podemos passar apenas os finais de semanas lá, você que resolve. – passou a mão nos cabelos me olhando quase que desconcertada.

Júlia adorava me surpreender gente, mas daquela vez foi demais néh? Olhei admirada para ela dizendo apenas:

– Oi? Morar com você?

– Porque, não é uma boa ideia? – ela me olhou sorrindo, depois se sentou ao meu lado dizendo: – Olha! Estava adiando essa decisão, porque tinha medo de deixar minha mãe e Jonas sozinhos, mas agora ela tem um namorado. – revirou os olhos e sorri dizendo:

– Um namorado que está te matando de ciúmes!

– Não estou com ciúmes! – me olhou e sorri arqueando a sobrancelha e ela deixou os ombros caírem desanimada dizendo: – Está bem, mas isso tudo é novidade para mim, ainda estou confusa.

– Eu sei meu amor, mas você sabia que isso poderia acontecer em algum momento! – passei a mão em seu rosto, sorriu ao me olhar e conclui: – Sua mãe merece ser feliz.

– Sim, ela merece. E pelo pouco que vi de ontem para hoje, ele tem grandes chances de ser o candidato quase perfeito!

– Candidato quase perfeito? – sorri e ela me acompanhou dizendo:

– Ah, ele não vai sair ganhando tão fácil assim não! – me abraçou beijando meu rosto e mudou o assunto dizendo: – Além do mais, estávamos falando de outra coisa.

– Sim, de um apto que fiquei sabendo hoje que minha namorada tem!

– E que ela acabou de contar sobre ele, e também fazer um convite, não esqueça disso.

– É sério Juh, quer mesmo morar comigo?

– Na verdade, eu quero me casar com você! – olhei admirada para ela que sorriu apenas, dizendo: – Eu sei que ainda é muito cedo para isso. Portanto, estou apenas te pedindo para dividir um apto comigo, tipo colegas de quarto!

– Sério, colegas de quartos? – gargalhei me prendendo em seus braços: – Você é surreal amor. – toquei seu rosto com as duas mãos e dei um beijo estralado em seus lábios, sorriu dizendo marota:  

– Quer casar comigo? – deslizei o dedo pelo seu pescoço sussurrando sedutora:

– Esse pedido não deveria vir com um anel de compromisso? – me olhou inclinando a cabeça sorrindo, ao mesmo tempo em que beijou meus lábios dizendo:

– Essa era a segunda surpresa!

Levantou e pegou na mochila uma caixinha de veludo azul e sorriu ao ver meu olhar de espanto, definitivamente ela não estava brincando, vi o brilho em seus olhos, quando se sentou ao meu lado e abriu a caixinha me mostrando duas alianças de prata com alguns detalhes gravados neles, tocou meu rosto desviando meus olhos das alianças e fez com que me olhasse e disse:

– Não conversamos sobre namoro antes, na verdade, começamos sair e estamos juntas desde então, nos conhecendo eu sei, não precisamos nos casar agora, mas podemos morar juntas néh? – sorriu e eu estava sem palavras, apenas olhava para ela que inspirou fundo e corou para variar, tocou meu rosto e continuou: – Você se tornou uma pessoa muito especial na minha vida Layla. E quero muito, se você quiser também, dar esse passo no nosso relacionamento. Quer ser minha colega de quarto?

Sorriu lindamente fazendo um biquinho tão perfeito que fez meu coração acelerar, sorri boba dizendo:

– Tem noção do quanto isso foi fofo?

– Para que você está me deixando envergonhada! – sorri e a beijei dizendo:

– Claro que eu aceito meu amor! Você se tornou mais do que especial na minha vida também Juh, agora faz parte da minha felicidade, na verdade você é ela quase por inteira.

No seu rosto a marca de um sorriso radiante, peguei as alianças e coloquei uma no dedo anelar da mão direita dela e ela pegou a outra colocando em meu dedo, levou minha mão até seu coração e pude sentir as batidas fortes, se aproximou sussurrando:

– Você me faz tão bem pequena, sabia?

Seus olhos estavam brilhantes e tenham certeza que os meus estavam ainda mais, aproximei nossos lábios sussurrando também:

– Estou retribuindo o carinho que recebo meu amor.

Sorriu me abraçando, depois tomou meus lábios com os dela em um beijo apaixonado, acariciou meus cabelos, quando nos afastamos ela me abraçou daquele jeitinho reconfortante e protetor que eu tanto amava e nos perdemos ali por alguns minutos. Depois arrumamos as nossas coisas e fomos em direção a sala aonde estava a movimentação toda.

Fim do capítulo