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Nossa canção inesperada por Kiss Potter

Ver comentários: 3

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Palavras: 3924
Acessos: 2522   |  Postado em: 31/03/2019

Notas iniciais:

Nesse capítulo a Lia ficará ainda mais confusa e assustada com tudo...

Capítulo 6 - Na trave!

 

Capítulo 6 – Na trave!

Lia acordou com uma leve dor de cabeça assim que abriu os olhos pela manhã. O quarto pareceu rodar um pouco e logo tratou entrar em foco novamente. Liz estava certa na noite passada, não ficou de ressaca apenas com uma garrafa de vinho, mas estava se sentindo um pouco mal. Ah, Liz... não sabia ainda o que pensar sobre a noite passada, nunca foi tão ousada assim, nunca bebera tanto e nunca havia sido tão indiscreta e curiosa com alguém que acabara de fazer amizade.

Foi impossível não dar um leve sorrisinho ao pensar em Liz e ao mesmo tempo que um medo e um frio na barriga a atingiam em cheio. Não era uma reação comum a que tinha ao estar perto dela e não sabia o que exatamente era aquilo, mas era algo que nunca sentira antes e isso a assustava. Toda vez que uma notificação chegava em seu celular seu peito apertava e ficava nervosa, ansiosa... não entendia o que sentia. Por algum motivo não conseguia parar de pensar nela, do nada se pegava olhando para o nada e revendo flashes que tinha dela em sua memória.

Quando pegou em seu celular viu notificações de mensagem e rapidamente começou a ler. Rodrigo falara com ela e Liz também. Sem hesitar abriu a dela primeiro com aquele aperto no peito e estômago.

Liz: "Você está bem? Como está se sentindo hoje? "

Lia: "Estou bem, melhor do que eu imaginava. Apenas com uma leve dor de cabeça. "

Liz: "Toma água de coco e muita água que vai ser bom, tem que se hidratar um pouco. Espero que apesar disso você tenha gostado e aproveitado a noite ontem. "

Lia: "Claro que eu gostei. Muito obrigada por ter me levado e tomado conta de mim. Rsrsrs"

Liz: "Não precisa agradecer por nada, você não deu nenhum trabalho e eu queria sua companhia ontem também, então... obrigada por ter ido. "

Lia: "Por que queria minha companhia ontem? "

Liz: "Eu só queria passar um tempo do seu lado, conhecer você melhor. Temos muito em comum e gosto de fazer novas amizades. "

Ficou totalmente desconcertada com a palavra amizade, será que era só isso mesmo que ela queria, amizade? Balançou a cabeça tentando afastar aqueles pensamentos para longe. Estava decepcionada? Uma loucura se passava em sua cabeça.

Lia: "Estava mesmo precisando fazer amizades novas com alguém que me ajude a fazer coisas diferentes e você parece que tem esse dom."

Liz: "Como assim? "

Se animava cada vez mais com as mensagens quando seu celular tocou. Era Rodrigo. Ele não desistia fácil, não atendeu a ligação de primeira, não tinha nada para falar com ele agora além do mais queria continuar sua conversa com Liz.

Lia: "Desculpe, meu celular estava tocando. Quis dizer que eu sentia falta de ter alguém que me incentivasse a me aventurar mais. É isso! "

Liz: "Rsrsrs... entendi. Estou aqui para o que você precisar. "

Lia: "Obrigada. "

O celular tocou. Era Rodrigo novamente. Cansada de fugir dele resolveu atender a ligação, tentando disfarçar o aborrecimento que sentia. Ele a convidou para passar o dia só os dois. Meio insegura Lia decidiu que era o melhor a fazer, assim tentaria tirar aqueles pensamentos com ela de sua mente, nunca ficara tão confusa e encantada por alguém assim antes, nem sabia o que pensar direito.

Depois de um banho encontrou Cris deitada no sofá assistindo TV e assim que viu Lia aprumou-se no sofá com aquele ar curioso de sempre.

- Olá senhorita. Espero que não esteja de ressaca.

- Só um pouco de dor de cabeça na verdade, mas fora isso estou bem.

- Tem remédio para enjoo na vasilha no armário.

Ela rapidamente se encaminhou até a cozinha e tomou o comprimido, depois foi até a sala e deitou-se ao lado de Cris. As duas ficaram em silêncio por bastante tempo. Porém, Lia sentia o olhar da amiga quase a queimando de tanta curiosidade, não sabia o que dizer direito sobre a noite passada. Por algum motivo não queria falar de Liz, mas ao mesmo tempo se mentisse poderia estar criando uma situação incômoda e não tinha nada a esconder, não fizera nada de errado. No entanto, não diria que tinham ido a um bar gay. Suspirando forte ela disse:

- Pergunta logo o que você quer, Cris.

- Onde você estava ontem à noite?

- Eu estava em um bar.

- Bar? Com o Rodrigo? – Perguntou animada.

- Não. – Lia a olhou e sorriu, não conseguiu evitar. – Estava com a Liz.

- Liz? – Cris arregalou os olhos em surpresa.

- Sim, a Liz.

- Não acredito. Enfim amigas? – Cris sorria agora com um ar convencido.

- Enfim amigas. Eu sou uma idiota por ter criado tanto caso, ela é uma pessoa super legal.

- Eu sei disso. Que bom que ao menos uma coisa boa eu consegui fazer. – Declarou Cris e começou a rir. – Que bom que são amigas agora.

- Como assim você fez uma coisa boa? Não entendi. – Lia perguntava confusa.

- Não foi nada demais, sério. Eu só disse a ela que você estava disposta a ter uma amizade e disse que você também era muito orgulhosa, mas que se ela tentasse você iria aceitar amizade.

- Você disse isso para a Liz? – Lia não conseguia acreditar em como sua amiga havia sido tão metida. Logo se sentiu decepcionada, mas não deixou transparecer. – Por isso ela veio falar comigo?

- Creio que sim. – Cris ainda falava risonha. – Não me odeia. Foi por uma boa causa.

Lia permaneceu calada. Então por isso Liz havia falado e puxado assunto, e ela achando que a outra estava interessada nela. Um misto de raiva e desapontamento bateram em seu peito. Óbvio que Liz não viria falar assim do nada, por isso estranhou. Se sentia uma idiota.

- Ei. – Cris chamou sua atenção. – Tudo bem com isso, não é?

- Tudo. – Respondeu sem emoção. – Mas da próxima vez não fique se metendo nos meus assuntos. Não precisava de você indo falar nada por mim, Cris.

- Eu já disse. Estava um clima chato vocês duas no mesmo lugar e a turma sempre a mesma. Foi uma intervenção para o bem e olha como deu certo. Estão super amigas já. Só não vai me trocar, ok?

Lia não conseguiu evitar um sorriso. Não sabia o que Cris tinha, mas nunca conseguia ficar brava de verdade com ela.

- Claro que não vou te trocar sua boba. Você é minha melhor amiga.

- Ok. Mas me conta. Que história é essa agora de beber? Você nunca foi disso.

- Eu sei, mas ultimamente quero experimentar coisas novas e a Liz disse que ia me ensinar a beber se eu quisesse. Mas ela foi bem responsável. Cuidou de mim e me trouxe para casa. Eu só tomei uma garrafa de vinho.

- Você tomou uma garrafa inteira sozinha? – Admirou-se Cris.

- Tomei. – Lia respondeu sorrindo. – E foi muito bom. A gente se deu super bem.

- Que bom! Espero que você tenha cuidado com essas novas experiências.

Lia refletiu sobre o que Cris dissera por um momento. Será que ela sabia que Liz era gay? Não podia passar a impressão de que estava interessada em Liz. Cris a abraçou e depois de um tempo as duas foram se trocar para irem almoçar. Cris iria sair com Alberto e Liz esperou por Rodrigo que não demorou a chegar.

Ele a levou até um restaurante onde estava tendo uma rodinha de pagode e logo se acomodaram em uma mesa mais afastada do barulho. O restaurante era bem amplo e aberto fazendo com que o som não ficasse abafado no local e Lia agradeceu por isso, não gostava muito de pagode. Já Rodrigo parecia amar, pois as mãos dele começaram a batucar na mesa seguindo o ritmo da música.

- Divide um chope comigo? – Ele sussurrou em seu ouvido e logo em seguida lhe roubou um selinho.

- Eu não gosto de cerveja. – Respondeu sem graça.

- Sério?

- Sim. Todo mundo se surpreende.

- Mas você quer beber alguma outra coisa?

- Não, eu quero mesmo é almoçar. Estou com muita fome.

Ele sorriu e recomendou que ela se servisse do self-service que tinha ali, pois ele só queria comer carne com cerveja no momento. Lia estava meio aborrecida e não sabia bem o motivo. Não se sentia à vontade e a música do local também não ajudava. Os dois conversavam sobre assuntos aleatórios. O assunto preferido de Rodrigo era saber coisas sobre a infância dela e a família. Sempre que podia ele falava da sua, principalmente dos seus irmãos.

Era estranho como se sentia incomodada ali naquele ambiente. Não era mesmo o seu estilo. Automaticamente lembrou-se da noite passada com Liz naquele bar incrível e de como se sentira alegre, leve e feliz. Era impossível não fazer a comparação, estar com ela era sempre algo totalmente diferente e mágico, seus gostos batiam e suas ideia encaixavam bem.

Depois de um certo tempo um casal de amigos dele chegou ao restaurante e ele os convidou para sentar com os dois. Lia se sentia extremamente desconfortável. Ele a apresentou como uma amiga, mas segurava sua mão o tempo todo, parecendo querer mostrar ao amigo que não estava sozinho. Eles ficaram conversando sobre trabalho e praia, assuntos que Lia não se animou em debater. A moça que acompanhava o amigo dele era até simpática e parecia em sintonia com o namorado, ela começou a puxar assunto com Lia, percebendo que esta estava totalmente deslocada.

Rodrigo tomou vários copos de chope e parecia muito solto. Lia não sabia se ele se embebedava com facilidade, mas ele parecia muito engraçadinho para o seu gosto, sempre a abraçando e beijando. Contava piadas e acariciava sua mão. Ele parecia disposto a lhe dar atenção e ajudá-la a interagir, contudo, Lia só ficava cada vez mais incomodada, mas não queria ser grossa na frente dos amigos dele.

- Você está tão calada. – Ele falou em seu ouvido.

- Só estou um pouco cansada, só isso. Acho que já vou.

- Mas já? – Falou surpreso e decepcionado. – Eu pensei que passaríamos a tarde juntos.

- Eu sei, mas estou um pouco cansada.

- Ok. – Ele suspirou. – Vou pedir a conta e te levo.

- Não precisa. Por favor! – Lia o acalmou. – Sei que está se divertindo e não quero estregar. Pode ficar e eu vou de táxi, sem problemas.

- Claro que não. Eu faço questão de te levar.

- Rodrigo, por favor, pode ficar. – Falou mais firme dessa vez e viu que os amigos dele perceberam. – Não tem problema nenhum. Você sempre me dá carona, eu vou de táxi mesmo, sem problemas, sério!

Diante disso ele ficou calado. Lia não queria causar uma cena incômoda na frente dos amigos dele, mas queria sair dali, não estava mais aguentando. Fez questão de cumprimentar os dois com simpatia e deu um beijinho em seu rosto.

- Me liga mais tarde, ok? E cuidado quando for dirigir.

- Tudo bem. Não se preocupe.

Ela saiu dali o mais depressa que pode e logo estava em um táxi. 

Já estava perto de casa quando uma mensagem chegou. Seu coração automaticamente pulou e ficou feliz ao ver que era Liz. Ao mesmo tempo que estava chateada com ela a alegria de sempre a tomou, era sempre assim quando recebia mensagens dela.

Liz: "Quer fazer algo hoje de tarde? "

Lia passou muito tempo para responder a mensagem. Não queria, se sentia uma idiota, mas ao mesmo tempo seu coração gritava por estar na companhia dela. Simplesmente não conseguia mandar mais em sua vontade.

Lia: "O que tem em mente? "

Liz: "Você pode escolher o que quer fazer hoje. "

A mente de Lia devia estar bastante poluída. A mensagem parecia ter um duplo sentido. Parecia um convite para algo que Lia não queria nem cogitar ou pensar sobre. Precisava parar com esses pensamentos impróprios com outra mulher. Por que pensava nessas coisas com ela e não com Rodrigo? Era o certo, não era? Não sabia mesmo o que responder. Talvez devesse ficar longe de Liz, não ficar sempre conversando com ela, trocando mensagens. Talvez ela só se sentisse conectada porque gostavam das mesmas coisas, mas não significava que existia algo a mais, talvez só estivesse impressionada ou imaginando coisas. Era isso que tentava convencer a si mesma. Não teria coragem de fazer algo daquele tipo, ia além de tudo que sempre pensou acreditar como verdade.

Lia: "Eu não sei o que fazer. Estava pensando em passar a tarde só assistindo filme mesmo. "

Liz: "Pode ser isso também. Posso ir até seu apartamento se preferir. "

Lia: "Ok então. Combinado! Já estou esperando. "

Liz: "Chego aí em vinte minutos. "

Vinte minutos foram tempo suficiente para que Lia chegasse em casa, desse uma arrumada na sala e tomasse um banho, se perfumou bem e depois começou a fazer pipoca. Em pouco tempo o interfone tocou e Lia liberou a entrada de Liz com o porteiro. Em seguida ligou a TV, espalhou as almofadas no tapete e colocou a vasilha de pipoca sobre o sofá. A campainha tocou e tratou de andar devagar até a porta. Não queria demonstrar nervosismo. Quando abriu a porta Liz a recebeu com um leve sorriso e em uma das mãos lhe presenteou com um fardo de bebida, e não era cerveja. Lia a olhou por um momento varrendo-a com os olhos, foi involuntário.

- Olá. – Liz entrou e lhe deu um abraço, não pode deixar de sentir o cheiro dela. – Demorei muito?

- Não. Estava fazendo a pipoca enquanto te esperava.

- Eu trouxe isso para você experimentar. – Liz a entregou o fardo. – São as minhas preferidas.

- Obrigada. Vou colocar na geladeira. – Lia a levou até a sala. – Pode se sentir à vontade. Vou só pegar o refri.

- Ok. Obrigada!

Lia se sentia uma verdadeira idiota. Será que ela reparou que ficou praticamente babando? Ela estava vestida de uma forma simples e muito atraente, apenas um moletom cinza preta e calça rasgada preta. Amava o modo como Liz se vestia, não podia evitar. 

Voltando para a sala, viu que ela já havia se acomodado confortavelmente entre as almofadas no chão. Lia sentou-se ao seu lado e começaram a procurar algum filme e até nisso se pareciam, tinham as mesmas preferências e gostavam de assistir legendado. No fim das contas começaram a assistir a um filme de drama que as envolveu bastante.

Durante o filme percebeu que Liz estava mais quieta que o normal, pensava que iriam conversar bastante, mas ela permaneceu calada o tempo todo. Na metade do filme Rodrigo mandou uma mensagem perguntando se poderia passar em seu apartamento, mas rapidamente o dispensou dizendo estar na cama com um pouco de febre. No final da história as duas se emocionaram bastante. Lia foi deixar a vasilha da pipoca e os copos sujos na cozinha e quando voltou viu Liz totalmente deitada no chão, parecia triste e pensativa, bem diferente da pessoa alegre que conhecia e aquilo a estava deixando angustiada, só naquele momento percebeu o quanto se importava com Liz. Não aguentando vê-la daquela forma rapidamente deitou-se ao seu lado e resolveu falar.

- Liz! – Chamou gentilmente e ela a olhou com atenção. – Você está bem?

- Mais ou menos. – Falou séria depois de pensar por um tempo e voltou a encarar o teto, suspirando pesadamente.

- Se você quiser desabafar pode confiar.

Declarou, tentando ser prestativa, mas sem querer parecer uma metida. Liz a olhou e sorriu carinhosamente e logo em seguida segurou sua mão. Seu coração disparou com o leve contato e o ar ficou preso em sua garganta por alguns segundos. Com a leve aproximação pode sentir mais uma vez o delicioso cheiro que ela exalava.

- Obrigada, Lia. É um problema de família, na verdade. Nada sério. Você já me ajudou a distrair bastante agora pela tarde.

Ainda atordoada pela intensidade do que estava sentindo, tentou disfarçar falando a coisa mais inusitada que poderia pensar naquele momento.

- Você quer que eu pegue aquelas bebidas agora? - Liz não se conteve e riu abertamente da proposta.

- Acho que estou sendo uma má influência para você. A menina certinha agora só pensa em beber.

- Não por isso. – Falou fazendo graça, de repente ficou muito feliz em ver aquele sorriso em sua linda face mais uma vez. – Eu já iria beber com ou sem você. E outra, eu não acredito nessa coisa de influência não. Se eu fizer alguma coisa foi porque eu quis e pronto. Não vou culpar ninguém.

- É assim que se fala garota. – Liz se virou de frente para ela e a olhou. – Você é das minhas. Acho que vou mesmo aceitar uma bebida, estou precisando.

Lia rapidamente seguiu para a cozinha e pegou duas garrafas. Enquanto pegava o abridor ouviu quando o celular de Liz tocou, ela atendeu e tentava falar o mais baixo possível, porém, mesmo assim foi inevitável não ouvir a conversa.

- Alô? – Silêncio por um tempo. - Oi, Nanda. Como conseguiu meu número? – Silêncio e depois risos. – Não, tudo bem, desculpe a grosseria é que estou com uns problemas. Hoje não é um bom dia, sinto muito. – Mais silêncio. - Não é isso, por favor, não pense assim, você é incrível eu só não estou em um bom momento e te disse isso. Não quero perder sua amizade. Ok? – Mais uma breve pausa. – Não posso falar muito agora, a gente se vê depois. Beijos!

Lia ficou estática. Parecia que ela estava dispensando alguma ficante e se sentiu feliz por isso. Ela estava trocando alguns "amassos" para estar ali com ela. Tentou parar de pensar naquilo, mas era inevitável. Precisava ficar criando expectativas que nem ao menos queria com Liz, talvez ela realmente só quisesse amizade. Em nenhum momento ela a chavecou abertamente ou lhe mandou indiretas, não parecia ser esse tipo de garota. Resolveu voltar para a sala antes que as bebidas começassem a esquentar.

Sentaram-se novamente ao lado uma da outra e brindaram antes de darem o primeiro gole. A bebida era uma delícia, tinha gosto de kiwi e era verde, não parecia ser tão forte.

- Nossa! É uma delícia isso.

- É uma das minhas favoritas. Imaginei que você iria gostar.

- E acertou em cheio, eu amei.

As duas brindaram e ficaram bebendo e conversando. Não conseguia parar de olhar para Liz e ela parecia perceber isso a olhando de volta e sempre lhe dando sorrisinhos. Colocaram um outro filme, de comédia dessa vez, um que não precisassem ficar atentas até porque conversavam. Já era começo de noite quando as duas acabaram com o fardo. Elas compartilhavam histórias embaraçosas da juventude e davam gargalhadas uma da outra rolando pelo chão.

Entre risos e bebidas começaram a fazer cócegas uma na outra feito bobas, nem perceberam a aproximação. Liz rolou por cima dela atacando-a com ainda mais cócegas. Em meio aos risos Lia engoliu em seco e ficou ofegante, quando sentiu as mãos dela pararem, viu que ela estava séria e a encarava de forma carinhosa. Sentiu um clima se formar muito intenso e forte entre as duas. Aquilo foi o fim para Lia que separou um pouco os lábios, já começava a fechar os olhos quando uma zoada na porta as fizeram pular nervosas em seus cantos. Olharam para a TV como se prestasse atenção ao que estava passando.

Cris entrou no apartamento e sorriu quando viu as duas ali, Liz era uma ótima atriz, facilmente deixou o embaraçoso momento de lado e levantou para abraçar Cris que parecia não ter percebido nada. Seu coração batia acelerado enquanto um medo a tomava por completo. Quase fora beijada por outra mulher e o que mais a assustou foi o fato de suas entranhas estarem gritando e implorando pelo toque dos lábios de Liz. Precisava ficar sozinha.

- Meninas. – Cris sentou-se alegre entre elas. – Por que não me disseram que iam fazer uma sessão cinema em casa, eu teria vindo mais cedo. Amo esse filme.

- Decidimos em cima da hora. – Lia falou rapidamente. – Liz já estava de saída, não é?

Liz a olhou um pouco confusa, mas tratou de concordar o que Lia agradeceu internamente.

- Mas já? – Cris insistia para que ficasse mais um pouco. – Vamos marcar outro dia.

- Vamos sim. É só me chamarem que eu venho. – Liz a olhou e deu uma piscadinha. Automaticamente Lia sentiu seu rosto esquentar. – Você abre a porta para mim, Lia?

-Claro! – Respondeu e limpou a garganta, seguindo-a.

Antes de ir Liz se virou para ela e sorriu, percebia o nervosismo de Lia.

- Não precisa ficar assim, Lia.

- Não sei do que 'tá falando. – Ela tentava se livrar de Liz, tinha medo de ficar perto dela mais um segundo e não resistir. – Melhor você ir, Liz.

- Eu vou. – Liz chegou perto dela. – Não precisa ter medo de mim, não vou fazer nada que você não queira.

Ela lhe sorriu mais uma vez e saiu. Lia ficou estática a olhando entrar no elevador e partir. Se sentia congelada, nervosa, ansiosa... parecia que iria explodir. Cris a chamou da cozinha e ela tratou deixar a tensão de lado.

- Oi, Cris.

- Vocês estavam bebendo de novo?

- Foram só algumas, nada demais.

- Eu não estou te reconhecendo, Lia. – Cris sorria. – A Liz te deixa diferente, isso é bom.

- Você acha? – O comentário lhe chamou a atenção.

- Claro que sim. Mas eu pensei que você ia passar o dia com o Rodrigo.

Cris sempre tinha que estragar tudo falando sempre naquele bendito, já estava se sentindo incomodada com aquilo.

-Eu saí com ele. Ele me levou para uma roda de pagode, fiquei com dor de cabeça e vim embora. Foi isso.

- Pagode? – Cris começou a sorrir. – Queria ter visto isso.

- Não teve graça nenhuma.

- Ele não sabe que você só curte rock?

- Pelo visto ele não reparou nisso. – Lia revirou os olhos. – Claro que não, se não ele não seria um homem?

- Dá um desconto para ele. – Cris juntou as garrafas que estavam no chão da sala e levou para a cozinha. – Ele parece que está se esforçando para te agradar.

- Hum...

- Você chamou a Liz para vir aqui?

- Não. Por quê?

- Por nada. – Cris sentou-se no sofá, prestando atenção ao filme. - Devia ter me chamado para assistir com vocês.

- Você estava com o Alberto, não queria atrapalhar.

Com isso Lia subiu para o seu quarto e deitou-se na cama, totalmente confusa quanto ao que estava sentindo. Era uma loucura, era surreal, nunca em seus pensamentos mais loucos ela poderia imaginar que um dia estaria desejando loucamente uma outra mulher. Puta que pariu! Estava ferrada. Não poderia, não poderia fazer aquilo. Era pecado, não era? Foi isso que aprendeu a vida toda, que não era correto e era pecado. Se sentia pequena, suja, enraivecida. Como algo assim poderia estar acontecendo?

Totalmente perdida e se sentindo alta por conta da bebida, adormeceu de bruços e não ouviu quando uma notificação chegou em seu celular.

 

Fim do capítulo

Notas finais:

Eu não queria que isso acontecesse assim tão rápido, mas enquanto eu escrevia acabou indo por esse caminho. Pareceu o correto! Rsrsrs


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Comentários para 6 - Capítulo 6 - Na trave!:
patty-321
patty-321

Em: 16/09/2020

Elas são das minhas, amo rock. Se toca pagode, perco o tesão na hora.


Resposta do autor:

Olá  patty-321

Eu já encontrei tantas leitoras rockeiras depois que comecei  a postar canção. Rsrsrs

É reconfortante❤

Espero que goste da estória e desde já vai desculpando os inúmeros errinhos.

Bjs!

Responder

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Kiss Potter
Kiss Potter Autora da história

Em: 21/10/2019

No Review

Responder

[Faça o login para poder comentar]

fabsales
fabsales

Em: 31/03/2019

Ah não, mesmo na hora do beijo mano, ai é sacanagem hein kkkkkkkkkkk


Resposta do autor:

Rsrsrs... sacanagem mesmo! Por isso o título: na trave!

Me diverti com seus comentários.

Obrigada por ter tirado um tempinho para ler e comentar, espero que não tenha se arrependido.

Vejo você nos próximos!!!

Responder

[Faça o login para poder comentar]

Brescia
Brescia

Em: 31/03/2019

       Oi de novo. 

Muito bom, adoro a sua coerência. Sinto que começarão as brigas internas,  boa abordagem do assunto. Vc é muito sagaz!!

       Baci. 


Resposta do autor:

Olá... bom ter seu comentário novamente.

Que bom que está gostando. E sim, agora a Lia vai surtar o que é natural pra alguém igual a ela.

Espero por você nos próximos capítulos.

Responder

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