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  • S.O.S Carolina - 2ª Temporada
  • Capítulo 20 - Problemas

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S.O.S Carolina - 2ª Temporada por Cris Lane

Ver comentários: 6

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Palavras: 3691
Acessos: 4458   |  Postado em: 27/03/2019

Capítulo 20 - Problemas

Com a aliança no dedo, Ângela agora tinha um problema, conversar com os pais sobre o relacionamento com Carolina. O final do ano estava perto, e ela teria apenas mais um semestre de residência, já tinha várias economias e se tivesse que sair de casa conseguiria se manter tranquilamente. Mas essa possibilidade a assustava demais, sabia que seria uma conversa difícil, sua mãe nunca foi presente, elas tinham muitas diferenças, e divergências, a maior era a escolha da especialidade de Ângela, sua mãe queria que ela seguisse seus passos na cirurgia plástica, mas a médica optou por cardiologia que era sua verdadeira paixão.

Depois de tentar manda-la para o exterior para fazer a residência em cirurgia plástica, Ângela resolveu mentir para a mãe e dizer que ia fazer o que ela queria, mas escolheu cardiologia e só iria contar quando terminasse a residência, assim, já estaria formada e ela não poderia fazer mais nada. Lutava para esconder o que fazia, a mãe insistia em levar a filha para sua clínica, mas Ângela sempre inventava uma desculpa qualquer e evitava ao máximo qualquer proximidade ao trabalho da mãe.

Ângela não tinha contado quase nada sobre sua família para Carolina, e pensou que era o momento de começar a falar. No dia seguinte ao pedido de noivado, as duas acordaram preguiçosas, estavam deitadas na cama namorando, não teriam plantão, as duas estavam nuas debaixo dos lençóis, ouviram quando Carlos chegou e falou bem alto que estava em casa para não presenciar as duas sem roupas pelo apartamento. O pequeno caos que estava na sala deu uma deixa de como fora a noite da irmã.

 

 

-- Estou em casa hein! Nada de bundas de fora pelo corredor! – Gritou na porta do quarto –

 

 

-- Anotado! – Carolina respondeu rindo –

 

 

            Olhou para Ângela e a beijou, seu coração estava repleto, cheio de amor, cheio de paixão, ela estava feliz, como nuca esteve em sua vida. O destino parecia estar dando uma trégua em todo sofrimento que a médica havia passado e era hora de virar o jogo. A residente a olhou e notou seu semblante mais alegre, Carolina pegou sua mão direita e beijou a aliança em sinal de reverencia ao compromisso selado na noite anterior. Ângela sentiu a necessidade de conversar com a noiva sobre sua família.

 

 

-- Amor, eu preciso conversar com você. – Apoiou-se em um dos cotovelos –

 

 

-- Pode falar Angel. – Tirou uma mecha de cabelo que caía sobre o seu rosto –

 

 

-- Eu preciso te contar mais sobre a minha família, eu estou te devendo uma explicação.

 

 

            Carolina sentou encostada na cama e trouxe Ângela para sentar entre suas pernas e a encostou em seu peito, a abraçou e falou em seu ouvido para que ela falasse o que quisesse.

 

 

-- Estou escutando.

 

 

Ângela respirou fundo e começou seu relato – Minha mãe é Vera Carvalho de Miranda. – Esperou por uma resposta –

 

 

            Carolina pensou um pouco e lembrou daquele nome, doutora Vera Carvalho de Miranda era a médica mais conceituada na área de cirurgia plástica no Rio de Janeiro, conhecida no Brasil inteiro e até no exterior. Depois que Carolina se situou, ficou espantada com a notícia que Ângela era filha de um ícone da comunidade médica, Vera tornou-se a cirurgiã das celebridades, atletas, políticos, percebeu o receio de Ângela em falar sobre sua família. Apenas a encorajou a continuar tentando não mostrar seu espanto.

 

 

-- Conheço, já li muito sobre ela.

 

 

-- Então, por aí você tira como é a minha vida. Ela é controladora, mal-humorada e só pensa em dinheiro. Eu não posso reclamar da vida que eu tenho, sempre tive tudo do bom e do melhor, as melhores escolas, a melhor faculdade, mas nenhuma relação familiar mais íntima.

 

 

            Foi inevitável para Carolina não se lembrar de Samantha, parecia que ela podia ver a mesma relação entre suas duas namoradas, famílias ricas de dinheiro, mas sem amor, a diferença entre elas é que Samantha se perdeu pelo caminho e Ângela usou a solidão a seu favor, estudou e foi em busca do seu sonho. A residente continuou seu relato.

 

 

-- Isso não me abala mais, eu já me acostumei, mas é muito difícil quando minha mãe se sente contrariada, e por isso eu fiz uma coisa que ela não vai gostar muito de saber.

 

 

-- O que houve, meu amor? – Apertou o abraço –

 

 

-- Eu menti sobre a minha residência.

 

 

            Carolina se espantou, não imaginava que Ângela estivesse passando por uma situação desse tipo, mentir sobre a residência que estava fazendo, mas como? Por que? Tantas interrogações surgiram que ela não se conteve dessa vez e se ajeitou na cama, fazendo com que Ângela ficasse de frente pra ela.

 

 

-- Como assim, você mentiu sobre sua residência?

 

 

-- Eu explico. Quando eu terminei a faculdade, eu tinha que escolher minha residência, eu me apaixonei pela cardiologia, e era essa a minha meta, fazer cardiologia e cirurgia. Mas ela surtou, não queria deixar, ela quer que eu faça cirurgia plástica, assim como ela. Mas eu não gosto dessa palhaçada toda que ela faz. – Negou com a cabeça –

 

 

-- Então sua mãe não sabe que você é cardiologista?

 

 

-- Não. Ela pensa que eu estou fazendo cirurgia plástica. Eu tenho conseguido despistar até agora, ainda bem que faltam apenas mais um semestre, eu estou guardando algumas economias sem ela saber, em uma conta separada da que ela mantém pra mim, porque eu sei que a hora que eu contar, eu serei deserdada.

 

 

 

-- Ângela, mas como você está conseguindo manter isso em segredo? Ela nunca te perguntou nada?

 

 

-- Ah, já, mas eu disfarço, eu andei estudando alguma coisa da outra área pra responder caso ela me pergunte, e tenho me esquivado de ir pra clínica dela na Barra, minha sorte é que ela não é muito de conversar comigo.

 

 

 

-- Meu amor, mas se isso pode te prejudicar, por que você mentiu? – Fez um carinho em seu rosto –

 

 

-- Porque eu não gosto do que ela faz, Carol, eu seria infeliz, ela só pensa no dinheiro, plásticas dão muito mais grana do que cardiologia. Ela queria me mandar pra fora do brasil, mas eu a convenci que poderia fazer a residência aqui.

 

 

-- Por que você não quis ir pro exterior? Você teria um currículo maravilhoso.

 

 

-- Porque eu já te conhecia, eu já tinha estudado vários dos seus prospects, sua pesquisa, você é brilhante, e eu precisava aprender com você. Eu queria estar onde você estava e olha no que deu. – Abriu os braços –

 

 

-- Então quando você se candidatou para a residência você já me conhecia?

 

 

-- Sim, só de nome, você é bem conhecida no meio acadêmico, seus trabalhos são sempre utilizados nas aulas de “Cardio”, quando eu estava procurando um programa de residência para entrar, e eu vi o seu nome como chefe do hospital Matriz, eu quase infartei, pergunta a Aline, nós duas ficamos nervosas esperando a resposta da seleção.

 

 

-- Eu nem imaginava que eu sou mencionada em aulas de faculdade. – Sentiu uma pontada de orgulho –

 

 

-- Pode acreditar, sua pesquisa foi a mais comentada na época que eu me formei, Marcos foi meu professor, ele sempre falava sobre você, mas eu achava que você era uma velha gordinha e de cabelos grisalhos, quando eu te vi a primeira vez, eu quase não acreditei.

 

 

-- Ah então você achava que eu era velha e usava anáguas?

 

 

-- Bem por aí. – Riu – Só que aí você apareceu, linda, os meninos ficaram loucos, e eu surpresa, mas foi uma energia tão boa que eu senti em você! – Segurou sua mão – Acho que ali eu já me apaixonei, mas não percebi.

 

 

-- Você é tão linda! – Beijou sua boca –

 

 

-- Enfim, então eu tenho que esperar minha residência terminar para contar o que eu fiz, eu sei que vou levar um castigo daqueles, mas seja lá qual for, eu estarei preparada, por isso eu não te levei pra conhecer minha família, lá em casa é tudo muito estranho. Meu pai com a empresa e minha mãe com a clínica, sou filha única, tudo parece uma novela mexicana.

 

 

 

-- Uau, e eu pensava que minha vida tinha sido difícil! – Ironizou –

 

 

-- Falo sério, eu sei que sua vida foi difícil, mas você sempre teve o apoio da sua mãe e do seu irmão, cada uma com suas dificuldades. – Deu de ombros – Eu nem sei qual será a reação dela quando descobrir que eu estou completamente apaixonada por uma mulher. – Abaixou os olhos --

 

 

-- Olha só, seja lá o que acontecer quando você contar o que fez, saiba que eu estarei ao seu lado, sempre. – Beijou uma de suas mãos –

 

 

-- Obrigada. Eu sei que posso contar com você.

 

 

-- Agora que tal tomar um banho e comer alguma coisa? Meu estômago está roncando alto. – Riu –

 

 

-- Vamos, eu também estou morta de fome, você sugou minhas energias essa madrugada.

 

 

-- Você adorou!

 

 

            Carolina levantou da cama e a puxou pela mão, deu um selinho na namorada e foram ajeitar suas roupas para tomar banho, ficou pensativa com o que Ângela havia contado, sentia que teria que enfrentar um chumbo grosso com relação à sua sogra, mas ela pensou que já tinha vivido coisas muito piores, isso ela tiraria de letra.

            O dia passou preguiçoso, Carolina exibiu a aliança orgulhosa pra o irmão, que brincou muito com as duas, ele estava muito feliz com a mudança de Carolina, ela estava finalmente se permitindo viver feliz.

            De tarde, Ângela foi pra casa e Carolina resolveu descansar para encarar o plantão no dia seguinte, tinha avaliações dos residentes para analisar, cirurgia marcada e pacientes para atender.

 

 

 

********************

 

 

            No dia seguinte chegou ao hospital e logo Izabel percebeu aquele anel de ouro grosso em seu dedo e foi correndo perguntar sobre a fofoca.

 

 

-- Carol, que ostentação é essa no seu dedo? – Segurou a mão da amiga e levou perto do rosto –

 

 

-- Estou noiva, ué. – Sorriu –

 

 

-- Menina! É sério mesmo? É anel de noivado?

 

 

-- Sim, ela ajoelhou aos meus pés e me pediu em casamento.

 

 

-- Nossa!  Que romântico! – Segurou o rosto com uma das mãos – Ai que inveja!

 

 

-- Foi maravilhoso, foi depois que saímos do bar. – Abriu a porta do consultório – Amiga eu finalmente estou feliz.

 

 

-- Isso podemos notar a quilômetros de distância. – Sentou à frente da mesa – Mas me conta, e os pais dela, você já conheceu?

 

 

-- Menina, tem um babado forte por trás da família dela.

 

 

-- Como assim? Não vai me dizer que são bandidos?

 

 

-- Não, doida. Vou te contar.  – Riu --

 

 

            Carolina contou quem era a mãe de Ângela, e Izabel ficou de queixo caído, toda comunidade médica conhecia aquela cirurgiã plástica de renome no Brasil, espantou-se por Ângela ser muito discreta em sua vida, não ostentava, não esbanjava, era moderada em tudo. Carolina omitiu algumas confidencias da namorada, mas Izabel pôde entender um pouco da essência da jovem residente.

 

 

-- Mas Carol, ela é filha da toda poderosa das plásticas!

 

 

-- Sim, amiga.

 

 

-- Então boa sorte, dizem por aí que a mulher é o cão nos bastidores, maltrata funcionário, humilha, manipula as pessoas. Não sei se são apenas boatos, eu nunca a conheci.

 

 

-- Pois é, acho que vou precisar de sorte. – Sorriu – Mas por minha Angel eu encaro qualquer coisa.

 

 

-- Isso aí, e eu te ajudo. – Levantou – Deixa eu ir que eu tenho mil coisas pra fazer. – Soprou um beijo pra amiga –

 

 

            Carolina colocou o jaleco e começou suas tarefas do dia. Foi para sua cirurgia, atendeu os pacientes que estavam internados, liberou uma paciente para ir pra casa, e no final do dia sentou em seu consultório para avaliar seus residentes. No meio da tarde foi informada que teria uma reunião com a nova diretoria para apresentação de algumas diretrizes e não gostou muito de ter que encontrar com Lucia.

            Estava em seu consultório se preparando psicologicamente para encontrar com a antiga colega quando a porta abriu e Ângela entrou para falar com ela.

 

 

 

-- Ué, o que você está fazendo aqui? Seu plantão não era só amanhã?

 

 

            Como sempre fazia, Ângela foi até a cadeira da noiva e sentou em seu colo, a abraçou e a beijou com saudade.

 

 

-- Pois é, mas nós recebemos uma mensagem pedindo para estarmos no hospital por causa de uma reunião com a diretoria nova, estamos todos aqui.

 

 

-- Vocês também? – Carolina ficou preocupada – Será que eles vão encerrar o programa antes do tempo?

 

 

-- Espero que não, senão eu terei que procurar outro lugar e a minha mãe pode descobrir o que eu fiz antes do tempo.

 

 

-- Bom, não tem jeito, vamos encarar as feras.

 

 

-- Você está bem? Eu sei que aquela mulher estará lá. Eu fiquei preocupada quando vi essa mensagem.

 

 

-- Eu estou bem, não tem como evitar esse encontro. Vamos acabar logo com isso.

 

 

            As duas saíram do consultório e caminharam pelos corredores com destino ao auditório para a reunião, pelo caminho, iam encontrando com outros médicos e residentes que também foram convocados para esse anuncio.

            Izabel já estava no auditório aflita, esperando por Carolina, a encontrou e as duas sentaram ao fundo com Ângela e Aline que se juntou ao grupo depois.

            No horário marcado, Lucia apareceu e começou a falar com os presentes.

 

 

-- Boa noite senhores e senhoras. Como todos já me conhecem, sou a nova proprietária desse hospital e com isso, estou trazendo novas parcerias, gostaria de anunciar algumas mudanças estruturais, iremos gradativamente encerrar o atendimento ao sus.

 

 

            Um burburinho começou no auditório, muitos médicos protestaram com essa notícia, se fosse uma situação normal, Carolina seria a primeira a se levantar, mas como se tratava de Lucia, ela preferiu ficar quieta e esperar o desenrolar dos anúncios.

 

 

-- Silêncio, por favor. – Uma pausa – Como eu dizia, o convênio com o governo será suspenso essa semana, faremos apenas os atendimentos que já estão agendados. – Buscou o olhar de Carolina no salão --  O programa de residência sofrerá mudanças drásticas, não iremos cancelar o programa, em princípio será mantido como está, teremos algumas mudanças de liderança, mas iremos acrescentar mais uma modalidade, o hospital acabou de fazer uma parceria com a cirurgiã plástica Vera Carvalho de Miranda e teremos atendimento para cirurgias plásticas a partir de agora, assim como o início da residência para essa especialidade.

 

 

            Ângela sentiu o sangue sumir de seu corpo, se encolheu na cadeira quase perdendo os sentidos, só recobrou um pouco da sanidade quando viu sua mãe entrar no tablado e se posicionar ao lado de Lucia, percebeu seu olhar varrendo o auditório à sua procura, queria apenas fugir dali, mas não podia.

            Carolina quando ouviu aquele nome sentiu o corpo inteiro arrepiar, a energia daquela mulher parecia ter varrido o ambiente o tornando muito mais pesado do que já estava com a presença de Lucia, pôde perceber que teria uma guerra pela frente. Procurou o olhar de Ângela, mas o encontrou perdido naquele tablado, tentou segurar sua mão, mas a residente a puxou com força, desfazendo o toque, Carolina por um momento ficou chateada, mas depois ponderou o pavor que estava vendo no olhar da mulher que amava, o que mais a deixou chateada foi não poder transmitir nenhum apoio, pois Ângela não queria expor seu relacionamento para sua mãe.

            Finalmente o olhar felino de Vera encontrou o apavorado da filha, Ângela tremia sem controle, estava enjoada, a cabeça começou a latejar, percebeu que sua mentira tinha sido descoberta, estava apavorada com o embate que estava por vir.

            Vera se aproximou de Lucia e pegou seu lugar.

 

 

-- Boa noite a todos. – Sorriu forçado – Eu estou muito honrada por ter sido procurada por minha grande amiga Lucia Cavalcanti para fazer uma parceria com esse hospital, confesso que fiquei surpresa quando soube que não existe nenhum tipo de atendimento ou programa de residência de cirurgia plástica no Hospital Matriz. – Olhou diretamente para Ângela –

 

 

            A residente quase fez xixi nas calças, e de tanto nervoso, acabou desmaiando na cadeira onde estava sentada. Carolina que estava ao seu lado, percebeu a queda da noiva e tentou ampará-la com a ajuda de Aline. A movimentação acabou interrompendo momentaneamente a reunião, e Vera quando viu o que estava acontecendo, pareceu estar satisfeita com o efeito causado com sua presença, sorriu levemente quando viu a filha perder os sentidos de tanto nervoso.

            Carolina a observou rapidamente e sentiu raiva daquelas mulheres sobre aquele palco. Com a ajuda de alguns residentes, Ângela foi retirada do auditório e levada para o consultório de Carolina, a colocaram em um pequeno sofá que ficava debaixo da janela e deixaram ela com Carolina e Aline.

 

 

-- Aline, pega álcool ali no armário, por favor.

 

 

            A residente obedeceu e trouxe o álcool e algodão, Carolina embebedou o algodão e passou pelo nariz da noiva, aos poucos Ângela foi recobrando os sentidos, atordoada ainda não sabia muito bem onde estava, mas quando recobrou sua consciência, já acordou com lagrimas nos olhos.

 

 

-- Minha mãe, onde ela está? – Segurou Carolina –

 

 

-- Calma, Ângela, olha pra mim, sou eu, Carol.

 

 

-- Ela descobriu! – Começou a chorar – Ela descobriu, ela vai me matar. – Segurou os braços de Carolina com força –

 

 

-- Calma, Angel, você tem que se acalmar, você vai acabar desmaiando de novo.

 

 

            Recobrando os sentidos lentamente, Ângela sentou no sofá, Carolina sentou ao lado dela e Aline ficou em pé de frente para as duas. Izabel chegou em seguida para saber o que tinha acontecido. Ângela chorava e Carolina a abraçou.

 

 

-- Gente, o que houve? Ângela, você está bem?

 

 

-- Não, ela não está nada bem. – Aline respondeu, já sabendo de toda a história –

 

 

-- Mas o que aconteceu? Alguém pode me explicar? – Bateu as mãos na lateral do corpo –

 

 

-- A doutora Vera é mãe de Ângela. E ela não sabia que Angel faz residência em cardiologia. – Falou mais baixo –

 

 

            Aline explicou por alto a situação, e Izabel já sabia sobre a maternidade da residente, mas não sabia da questão da residência, entendeu o nervosismo da residente, percebeu que algo muito ruim estava para acontecer, ficou espantada com o relato de Aline e o desespero de Ângela, só conseguiu ouvir e sentar em uma cadeira sem falar nada.

 

 

-- Ângela, ela não pode fazer nada contra você. Você é maior de idade, tem o seu trabalho, é independente, você pode escolher como vai guiar sua vida.

 

 

-- Você não conhece minha mãe – Fungou o nariz – Ela controla tudo, tudo tem que ser como ela quer, e se não for ela faz com que seja, custe o que custar.

 

 

            Carolina estava com o coração apertado ao ver sua mulher ali tão fragilizada, principalmente por medo da própria mãe, não entendia essas relações abusivas ou de completo abandono que via em algumas famílias.

 

            O celular de Ângela tocou e ao olhar o visor, a moça se desesperou mais ainda, sua mãe a procurava, ela não queria atender. Tocou até parar, mas Vera foi insistente e ligou de novo.

 

 

-- Uma hora você terá que falar com ela, amiga. – Aline abaixou em sua frente –

 

 

-- Mas eu não posso agora. – Disse entre soluços –

 

 

-- Quer ir pra minha casa? – Carolina a puxou para olhar para ela –

 

 

-- Quero.

 

 

-- Então vamos, meu plantão já terminou, eu vou te levar pra casa comigo. – Levantou --

 

 

            Ângela puxou o ar mais forte e levantou desanimada, desligou o celular, não queria nenhum contato com sua mãe mais naquele dia. Se despediram de Izabel que ainda ficaria no plantão da noite e saíram para pegar o carro de Carolina.

            Aline também iria para casa, as três estavam esperando o elevador, Carolina abraçava Ângela que ainda chorava contidamente. Aline tentava consolar a amiga.

Ângela levantou a cabeça e olhou tristemente para a chefe de residência e teve seu rosto limpo por ela que fazia um carinho terno, tentando passar alguma segurança.

 

 

-- Vai ficar tudo bem, meu amor, você vai ver.

 

 

            Ângela consentiu e deu um meio sorriso para a noiva, esquecendo que estavam no corredor do hospital, levantou a cabeça e deu um selinho em Carolina. No mesmo momento a porta do elevador abriu e aquela voz áspera estremeceu a residente.

 

 

-- Mas que pouca vergonha é essa, Ângela Carvalho de Miranda Santana!

 

Fim do capítulo

Notas finais:

Oi gente.

Já vou começar pedindo que não me odeiem. Não queiram me matar, nem sintam raiva de mim.

Chegou o princípio do drama! Prometo caprichar! kkkkkkkkk

Enfim, Carol conheceu a sogra, mas não foi muito bom, né, imagina como é essa peste, a filha precisou mentir sobre suas escolhas para não sofrer na mão da megera. O que vai acontecer agora?

Será que Vera vai boicotar o amor das duas? 

Até sábado!

Favoritem a história pra receber o aviso dos capítulos, segura a ansiedade!

Obrigada pelo carinho, jcdantas, Pollyan, Mille, NovaAqui e HelOliveira.

Abraços.

Cris Lane


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Comentários para 20 - Capítulo 20 - Problemas:
Lea
Lea

Em: 17/01/2023

É agora que até o namoro desanda!

Responder

[Faça o login para poder comentar]

HelOliveira
HelOliveira

Em: 29/03/2019

Já começou pegando pesado no Drama, tô com peninha da Carol isso não é sogra é uma COBRA ....Angel tadinha só de ver a mãe desmaiou imagina agora que além da mentira ainda foi pega no flagra....ansiosa mas adorando ...

E a  Sam sumiu?

Bjos autora


Resposta do autor:

Oi HelOliveira

Você sabe que eu capricho, né. Tem muitas pessoas ruins por aí, imagina o desespero da Angel ao ver que foi pega na mentira. E o namoro descoberto assim. Isso vai dar m....

Sam deu o espaço que carolina precisava, ela sabe que não tem mais volta, e entendeu que a relação das duas terminou. Mas ela está por aí, pode haver um reencontro, quem sabe.

Obrigada pelo carinho.

Abraços

Cris Lane

Responder

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Pollyan
Pollyan

Em: 27/03/2019

Ai arrasou no drama! Minha gente, a vida é assim... Infelizmente ou felizmente feita de altos e baixos, então é isto. Vou nem dar palpites. Escreve e arrasa! Até sábado. :D

P.s.: Sobre o meu apontamento no capítulo anterior, nem se preocupe! Eu já escrevi algumas história e sei que se busca termos para que não fique repetitivo. Eu sei que não fez por mal e a maioria das pessoas não sabe o significado desse termo, assim como um monte de gente, inclusive eu, não sabe um monte de outros hahaha relaxa! Só achei melhor falar pq outra pessoas podem se ofender de verdade, nunca se sabe, e imaginei que você nãõ soubesse. Obrigada por entender também e desculpa chamar atenção pra isso :/


Resposta do autor:

Oi Pollyan

Eu capricho, né, rs. Mas é como você falou, sempre temos nossos dramas para lidar, eu apenas retrato situações bem realistas, e te digo, tem muita gente ruim espalhada por aí.

Sem problemas, não tem como saber sobre tudo, então, como você também escreve, te lanço o desafio, me diga qual palavra poderia usar para substituir o termo que me pediu para suprimir e descrever a Aline com a devida reverência que ela merece? 

Obrigada pelo carinho.

Abraços

Cris Lane

Responder

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NeyK
NeyK

Em: 27/03/2019

Carol deve ter jogado pedra na cruz, a criatura n tem paz na vida. 


Resposta do autor:

Oi Neyk

Hahaha, bem vinda aos comentários. Já chegou no meio da turbulência.

Carol teve muitos percalços, mas tudo tem uma explicação, sempre escreverei sobre mulheres fortes, para lembrar que somos fortes, e se você reparar bem, nossa vida é cheia de altos e baixos, é que na história destacamos apenas esses pontos para não ficar massante, não é verdade.

Obrigada pelo carinho.

Abraços 

Cris Lane

Responder

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Mille
Mille

Em: 27/03/2019

Olá Cris 

Você foi malvada, poxa e eu pensando que nos surpreenderia a sogrona fosse ser pelo menos compreensiva.

Vou confessar antes de ler fui ver o comentário e já mim preparei para o incio da leitura. 

Ah eu também sou a favor da Lucia ter seu momento de queda uns capítulos antes do final. Pq não acho justo toda essa aflição das mocinhas e no final os malvados terem sua saida de cena.

Ah e pode caprichar nessas duas, até ja pensei na sogrona precisando de atendimento e a filha a salva. 

Bjus e até o próximo capítulo 


Resposta do autor:

Oi Mille

Eu malvada? Você ainda não viu nada, kkkkkkk.

Ah, você está se preparando para ler com minhas dicas, vou parar de comentar tanto, rsrs.

Anotado! Lucia e Vera tem que sofrer. E nisso eu posso caprichar. Hahaha

Eu nunca termino minhas histórias com finais súbitos, pode deixar que eu vou pensar com carinho nas sugestões.

Obrigada pelo carinho.

Abraços

Cris Lane

Responder

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NovaAqui
NovaAqui

Em: 27/03/2019

Autora! Você realmente sabe como caprichar no drama.

Pobre Angela! Ainda bem que ela tem Carolina e as amigas junto dela.

Por favor, Cris! Não acabe com Lúcia só no último capítulo. Ela merece sofrer antes do final. E que ela dependa de Carol, Izabel, Angela, Raquel e Aline para sobreviver. Drama também é comigo kkkkk ( risada de bruxa) rsrsrs

Aguardando pelos próximos capítulos dramáticos

Abraços fraternos procês aí!


Resposta do autor:

Oi NovaAqui

Sabe que já me disseram isso? Rsrsrs

Ter apoio é fundamental nessas horas.

Anotado, você já tem mais uma leitora que te apoia nessa empreitada de fazer a Lucia sofrer.

E com certeza, você seria ótima escrevendo um drama, rsrsrs.

Segura a ansiedade que teremos drama pesado por aí. KKKKKK

Obrigada pelo carinho.

Abraços

Cris Lane

Responder

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