Capítulo 19 - Casa comigo?
Outubro chegava com o aniversário de Carolina, Ângela queria fazer uma surpresa à namorada, pediu ajuda à Roberta e Izabel, e as três organizaram uma festa surpresa para Carolina em um bar perto do hospital, convidaram os residentes, médicos que trabalhavam com a cardiologista no hospital, Carlos veio de Macaé para ficar com a irmã e com Roberta.
Foi a primeira vez que a cardiologista estava comemorando seu aniversário com uma festa, nunca se importou com esse tipo de evento para si, como ela dizia, seu aniversário era um dia como outro qualquer.
Ângela a convenceu de irem para uma balada, fez com que ela convidasse Raquel e Izabel, e as amigas confirmaram como se não houvesse nada demais naquele dia.
A residente chegou ao apartamento de Carolina e avisou que estava esperando por ela na portaria, quando avistou sua namorada saindo do prédio com Carlos e Roberta ela ficou boquiaberta, como sempre, Carolina estava deslumbrante. Os cabelos soltos caíam sobre os ombros, os cachos largos e castanhos estavam brilhantes, a maquiagem leve, e aquele sorriso que iluminava qualquer ambiente era apenas dela. Carol estava usando um vestido vermelho de crepe até o joelho, com o decote bem ornamentado em seus seios, as mangas até os cotovelos davam um charme à parte, nos pés sandália de salto fino preta.
Ângela não conseguia fechar a boca com tamanha devoção que a observava caminhar até seu carro, parecia um desfile, Carolina deslizava pelo caminho chamando atenção de todos que passavam pela calçada, ela abriu a porta do carona e deu um selinho em sua namorada. Carlos e Roberta entraram no banco de trás rindo de um rapaz que tinha batido em um poste com a bicicleta porque estava olhando para Carolina.
A residente também estava linda, usava um macacão cinza chumbo, de alças largas, nos pés sandália prata, a maquiagem leve e o perfume amadeirado que Carolina amava, os cabelos presos em um rabo de cavalo deixando apenas alguns fios soltos.
Ângela dirigiu até o bar e quando entraram, o conhecido grito de surpresa ecoou no ambiente, o recinto estava fechado para aquele evento, ao que Carolina se surpreendeu com aquele mimo, estava muito feliz ao ver suas amigas ali, Izabel, Raquel, Daniele, Aline estava do outro lado do bar com seus amigos residentes.
Depois de cortar o bolo e receber todos os cumprimentos, ela sentou perto das amigas e começaram a conversar, comemoraram a vida em sua essência, era um milagre a sobrevivência de Carolina e aquela festa era mesmo uma grande celebração à vida da cardiologista, por tudo o que já havia feito e tudo o que ela ainda teria que fazer.
Conversas animadas, bebidas, comida, uma banda tocava para animar a festa, os residentes estavam mais à vontade, longe da seriedade do hospital, estavam se divertindo tomando shots de tequila e muita cerveja, Carolina e Ângela como sempre ficavam no suco ou refrigerante, Raquel estava completamente perdida em Aline, olhava para a residente com um desejo nunca antes experimentado, percebeu que conquista-la seria uma tarefa árdua, mas era assim que ela gostava, quanto maior o desafio, melhor era a conquista.
Aline observava Raquel de longe, tentando disfarçar o interesse, mas às vezes era pega em flagrante pela neurologista quando seus olhares se encontravam entre os amigos que circulavam pelo bar.
Ângela quase não desgrudou de Carolina, os poucos momentos em que ficaram separadas, ela estava com Aline conversando, em uma dessas conversas, o assunto caiu sobre Raquel.
-- Aline, fala sério, você está doida pra ficar com a Raquel.
-- Ué, onde está a formalidade? Já está íntima da doutora Raquel também?
-- Eu hein! O que foi? Está com ciúmes? Aqui estamos fora do hospital amiga, ela é uma mulher como nós duas!
-- E que mulher! – Disse para si mesma –
-- Eu ouvi isso. – Apontou o indicador -- Deixa rolar Aline, o que você tem a perder? – Deu de ombros –
-- Minha dignidade! – Virou de costas e se apoiou no balcão – Ela é Raquel! – Disse enfática – Ela é a intocável!
-- Tudo pode mudar Aline, ela não está livre de se apaixonar, de repente não encontrou a mulher que fizesse o coração dela bater mais forte, você pode conquistar a “doutora intocável”.
-- Você só pode estar brincando, Angel, ninguém pode alcançar o coração dela, e eu não quero só uma noite de sex*, eu preciso de mais, eu gosto de envolvimento, relacionamento, não sou o tipo que ela gosta.
-- Amiga, olha para Carol, lembra qual era a fama dela?
-- Inalcançável! – Olhou para a cardiologista --
-- Isso mesmo, coração de gelo, e você imaginou que algum dia eu conseguiria viver esse amor?
-- Honestamente?
Ângela balançou a cabeça positivamente encorajando a amiga a falar.
-- Nunca. Eu fiquei com medo de você se decepcionar com ela.
-- Então, eu acredito que o amor pode mudar as pessoas, experimenta, se você perceber que não passou de sex*, pula fora antes de se machucar.
-- Fácil de falar. – Virou novamente para o salão –
-- Mas você só vai saber se tentar. – Deu de ombros –
Ângela tinha razão, Aline só saberia se tentasse, já não suportava mais a vontade de provar os lábios de Raquel, olhou para a neurologista que estava sentada de costas, os cabelos soltos cor de cobre brilhavam com a iluminação do lugar, ela bebia algum drink com vodca que Aline não sabia o que era e estava linda! A calça caqui muito justa em seu corpo, e a camisa de botão preta combinavam muito bem com a bota de salto fino que ela usava. Pareceu que ela sentiu que estava sendo observada e olhou por cima do ombro encontrando o olhar faminto de Aline sobre si, deu um meio sorriso e ela quase desmaiou com a visão tentadora que estava tendo.
Aline pediu outra cerveja e se juntou ao grupo de residentes, Carolina que percebeu o interesse de Raquel desde o restaurante mexicano, resolveu conversar com a amiga.
-- Raquel, vem cá.
Raquel levantou e sentou ao lado da amiga, ofereceu seu drink a Carolina e ela recusou, a abraçou e deu um beijo na bochecha.
-- Ai eu estou tão feliz por estar comemorando seu aniversário! – Falava agarrada a Carolina – Agora eu só posso beijar seu rosto né, Ângela me mata se eu te der um selinho.
-- Ah é, nem pensa nisso senão eu estou frita. – Riu –
-- Com certeza! – Levantou as mãos no ar – Longe de mim te trazer problemas.
-- Raquel, mudando de assunto, e você e Aline? Está rolando alguma coisa?
-- Só um amor platônico! – Bebeu um gole do drink –
-- Amor? – Levantou uma sobrancelha –
-- É só modo de dizer, Carol. Eu fiquei louca por ela desde o dia do mexicano, mas ela é difícil. Não consegui nada quando a levei pra casa, e desde então, ela está fugindo de mim.
-- Também, sua fama não é das melhores, amiga, vamos combinar, né.
-- Olha quem fala! Os residentes te conheciam como coração de gelo, tá? – Riu –
Carolina deu um tapinha no braço da amiga e riu junto com ela, voltou ao assunto na tentativa de encorajar uma mudança na vida da amiga.
-- Raquel, até eu consegui me abrir pra receber uma pessoa na minha vida, você também consegue, não precisa ter medo.
-- Não tenho medo. – Ficou séria –
-- Então o que é?
-- Eu não sei. – Deu de ombros – Eu simplesmente não encontrei ninguém que me fizesse querer algo mais.
Raquel olhou para Aline e sentiu um frio na barriga, parecia que aquela mulher estava mudando seus conceitos de relacionamentos, era essa batida mais forte que ela estava esperando, e ela veio justamente com a residente.
-- Mas parece que agora você sentiu esse algo a mais, não é?
-- Como você sabe? – Olhou para Carolina –
-- Amiga, não precisa ser nenhum vidente pra perceber como você anda olhando para ela, é diferente. E outra, a essa altura, você já teria saído com alguma mulher daqui. – Piscou – E até agora eu só vi você bebendo pouco e olhando muito para uma única mulher.
-- Eu estou dando essa bandeira toda? – Ajeitou-se na cadeira –
-- Bandeira de estádio de futebol! – Riu – Daquelas que cobrem a arquibancada inteira.
-- Puta que pariu! – Bateu na perna fingindo indignação –
-- Raquel, isso não é nenhum problema, você está apenas mudando, a fase de bagunça está passando. – Sorriu –
-- Isso me assusta, viver sem compromisso é mais fácil.
-- Mas também é mais solitário. – Bebeu o refrigerante – Vai por mim, eu sei o que é isso. E não troco o que eu tenho hoje por nada do que eu vivi antes.
-- É mesmo?
-- Com certeza!
Raquel ficou pensativa, estava realmente mudando sua visão de relacionamentos, já tinha sentido a necessidade de acalmar seu coração, de encontrar uma pessoa que lhe fizesse feliz, sem pular de cama em cama, apesar do costume e do medo de assumir um relacionamento, sabia que uma hora esse estilo de vida iria cobrar seu preço, e já estava cobrando, assim como Carolina já foi, ela era solitária, nunca estava sozinha, mas era uma vida vazia de sentimentos, apenas sex* casual, o único conforto que tinha era a família e as amigas. Raquel nunca teve nenhum trauma, ou problemas de comportamento, era apenas uma boêmia que gostava de curtir a vida como se todo dia fosse o último.
Ficou pensando no que Carolina disse e concordava com ela, sabia que poderia mudar o rumo de sua vida, estava sentindo uma atração diferente por Aline, o interesse era muito mais do que sex*, aqueles olhos escuros da estudante pareciam lhe penetrar a alma.
Beijou a bochecha de Carol novamente e levantou para ir ao banheiro, Aline observou a ruiva caminhando elegantemente pelo corredor e salivou, aquela atração já estava beirando a insanidade, precisava fazer alguma coisa, ou se afastava, ou se aproximava, mas tinha medo do que iria encontrar. Ângela a encorajou a tentar se aproximar, talvez ela estivesse certa, não tinha nada a perder, se não desse certo pularia fora antes de se machucar. Mas será que já não era muito tarde?
Aline ficou ali pensando se iria até o banheiro atrás da neurologista, mas a insegurança a paralisou, não queria se oferecer, e enquanto ficou nesse impasse interno, Raquel voltou para o salão, e ela se sentiu frustrada, ficou imaginando o que teria acontecido se ela falasse com a ruiva.
Raquel bebeu o restante de seu drink e foi buscar outro no bar, Aline viu a oportunidade de se aproximar e caminhou até o bar para pegar uma cerveja. Encostou ao lado da neurologista que esperava pelo seu pedido e seu perfume chamou a atenção de Raquel, que desviou o olhar para a mulher parada ao seu lado. As duas se encontraram ao mesmo tempo, e um sorriso tímido saiu dos lábios de Aline, Raquel sentiu seu coração se aquecer naquele momento e tudo pareceu se encaixar, era ela, a mulher que fez seu coração bater mais forte.
Aquela contemplação foi percebida por Carolina e Ângela que se olharam e fizeram um sinal de positivo, elas já tinham percebido que as duas estavam interessadas em se conhecer, mas não tinham conseguido conversar a sós, a insegurança de Aline foi vencida pela conversa com Ângela e a mudança de Raquel veio com o apoio de Carolina.
Raquel voltou ao seu modo normal mais rápido que Aline e também abriu um sorriso mais largo. Virou-se para a residente e puxou uma conversa.
-- Oi Aline. Tudo bem? Não tenho visto você no hospital.
-- Tudo bem, Raquel.
Aline omitiu o título de doutora propositalmente para mostrar que estavam fora do hospital e ali não existia nenhuma hierarquia que ela deveria obedecer. Isso não passou despercebido por Raquel que ficou mais excitada ainda.
-- Acho que meus plantões não estão coincidindo com o dia que você está no hospital. – Deu de ombros –
O bar man trouxe a bebida de Raquel e olhou para Aline que continuava encarando a neurologista, o rapaz tentou chamar a atenção da reseidente.
-- A senhora gostaria de alguma bebida?
-- Uma long neck, por favor. – Disse sem desviar o olhar de Raquel –
-- Carolina te elogia bastante! – Bebeu um gole do drink – Sempre quis ser cardiologista?
-- Sim. – Recebeu a cerveja – Sempre foi o meu sonho.
Aline pegou a cerveja e brindou com Raquel, as duas se encaravam, era uma energia diferente. Um duelo de egos e medos, cada uma com seus motivos.
-- E o seu, sempre foi a neurologia?
-- Sim, mas a cirurgia veio durante a faculdade, eu só queria clinicar a princípio, mas me encantei pela arte da cirurgia, e a pesquisa veio para complementar o pacote. – Riu –
Aline sorria, estava feliz em conhecer mais daquela mulher que até pouco tempo atrás pensava ser intocável, mas agora via que ela tinha paixão, não era apenas uma geleira intransponível como parecia. Foi beber um pouco de cerveja e acabou derramando umas gotas no canto da boca. Raquel percebeu e pegou um guardanapo sobre o balcão e levou até o rosto da residente secando a cerveja e Aline permitiu aquele toque, sentiu um arrepio com aquela proximidade, a tensão entre as duas estava aumentando gradativamente.
Raquel já estava quase perdendo a razão, queria ter Aline em seus braços, e sabia que ela também queria, sentia o mesmo, uma coisa que ela aprendeu com os anos de conquistas, foi a ler as expressões das mulheres com quem saiu, e a residente estava definitivamente sentindo o mesmo que ela. Mas para sua frustração, Aline não seria uma mulher fácil de se conquistar, ela faria tudo para dificultar as ações de Raquel, apesar de querer muito pular no pescoço da neurologista e mergulhar naquela boca convidativa, ela queria que tudo com ela fosse diferente, na verdade, quem estava conquistando Raquel era Aline.
-- Vou voltar pros meus amigos. – Sorriu –
-- Você não quer ir para outro lugar? – Abaixou a voz e chegou mais perto – Mais calmo.
-- Agora que a festa está bombando? – Falou em um tom mais baixo também – Divirta-se doutora! – Piscou –
Raquel ficou de queixo caído com a sensualidade que Aline exalou ao olhar para ela e virar de costas, saiu rebol*ndo seus quadris largos dentro de um vestido longo com estampa floral. Os cabelos encaracolados estavam soltos em um volumoso amontoado de cachos desgrenhados que a deixavam com um charme à parte. Não percebeu Carolina e Izabel se aproximarem para tirar um sarro.
-- Fecha a boca que a bandeira já está rodeando o Maracanã. – Carol falou no seu ouvido –
Raquel se assustou e olhou as amigas rindo, ensaiou reclamar alguma coisa, mas se deu por vencida, estava realmente com os quatro pneus arriados por aquela mulher tão linda e segura de si.
-- O fim dos tempos está realmente próximo! – Izabel ria – Carol namorando e Raquel apaixonada! Achei que nunca veria isso.
-- Apaixonada? Você está exagerando, Bel, não tem ninguém apaixonado aqui. Eu só estou pensando em como fazer pra conquistar essa menina, ela é osso duro de roer.
-- Eu sei, estamos vendo isso. E é aí que você será fisgada. As difíceis são as melhores! – Levantou o indicador –
-- E desde quando a senhora sabe alguma coisa sobre mulher, Izabel? – Raquel cruzou os braços –
-- Eu sou uma mulher Raquel, ou você esqueceu disso?
Carolina ria da conversa sem sentido entre as duas amigas, quando sentiu as mãos de Ângela lhe abraçando por trás e beijando sua nuca. Segurou as mãos da namorada e ouviu Ângela sussurrando em seu ouvido como uma gata no cio.
-- Vamos sair daqui? Eu quero fazer você goz*r! – Mordeu a orelha da cardiologista --
Carolina fechou os olhos para conter a excitação que sentiu em seu sex*, a calcinha molhou instantaneamente, não teve outra opção que não fosse aceitar o pedido de sua namorada.
-- Gente eu preciso ir. – Abriu um sorriso iluminado –
-- Ih, já vi que a noite vai ser boa! – Raquel implicou – Está vendo Izabel? Isso sim é felicidade! Larga esse seu marido sem graça que nem veio aqui com você hoje e vem pro lado oposto da força! Já entende tudo de mulher mesmo!
-- Ih, você já bebeu demais, já começou a falar besteira demais.
-- Vem Bel, vem pro meu mundo! – Abraçou a amiga –
-- Que mundo? Danou-se. – Revirou os olhos --
Carolina riu e se despediu de todos, deixou o restaurante com Ângela e a residente foi dirigindo para o apartamento da médica. Carlos iria dormir na casa de Roberta e elas ficariam sozinhas.
Ao chegar no prédio, a excitação das duas era tamanha que o elevador ficou pequeno para tanta ansiedade, os beijos começaram antes mesmo da porta se fechar, ao sair e caminhar pelo corredor, quase correram, durante todo o percurso, as duas ficaram se provocando, falando obscenidades, mordidas na orelha, beijos no pescoço, mais uma vez Carolina teve dificuldades para abrir a porta e quando entrou com Ângela já estava abrindo o fecho do macacão da namorada.
Com a porta fechada atrás de si, Ângela afastou Carolina que estava ofegante, as duas puxavam o ar com dificuldade, ficaram se olhando com um desejo incontrolável, Carolina ameaçou avançar contra a boca de Ângela novamente mas foi interrompida, não entendeu nada, estava olhando para a namorada com certa confusão, Ângela parecia contemplar a mulher linda que estava parada ali em sua frente.
Sem esperar mais nada, apenas controlando sua ansiedade, a moça pegou a bolsa que tinha caído no chão e puxou uma caixa de veludo preta e ajoelhou aos pés de Carolina e abriu mostrando duas alianças. Carolina arregalou os olhos e seu coração disparou, aquela mulher maravilhosa que entrou em sua vida para mudar tudo, seus conceitos, seu estilo de vida, suas convicções, estava ali entregue, completamente apaixonada e pedindo sua mão em casamento.
-- Carol, eu sei que estamos a pouco tempo juntas, mas o pouco tempo que estou com você foi suficiente para saber que o que eu mais quero na minha vida é viver ao seu lado até o fim dos meus dias. Então, -- Tremia – você quer se casar comigo?
Carolina deixou algumas lágrimas escorrerem, estava sem reação, colocou as mãos na boca em total espanto, nunca imaginou que chegaria a esse ponto de uma relação, ainda mais tão rápido, mas sabia e sentia que tudo o que Ângela tinha dito era o que ela também queria, viver com ela até o fim de seus dias. O silencio da cardiologista já estava deixando Ângela preocupada, começou a pensar que tinha se precipitado e já se preparava para levantar.
-- Se foi precipitado, pode me falar, -- Começou a levantar – eu não vou ficar chateada...
Foi interrompida quando Carolina ajoelhou em sua frente e segurou suas mãos, dando um beijo completamente apaixonado. Quando se afastou, olhou dentro dos olhos da namorada e respondeu.
-- Sim, eu aceito. – Segurou seu rosto entre as mãos – Eu quero o mesmo! Viver todos os meus dias com você!
Ângela sorriu e colocou a aliança no dedo de Carolina que fez o mesmo com ela, as duas se abraçaram e se beijaram carinhosamente, e toda aquela fúria inicial se tornou calmaria. Levantaram e foram se beijando até o quarto, e ali as roupas foram deixando seus corpos lentamente, o vestido de Carolina foi retirado recebendo beijos onde antes havia tecido, até cair ao chão, o macacão que Ângela usava, despiu seu tronco deixando seus seios à mostra para o deleite de Carolina que os segurou com devoção e lambeu os mamilos enquanto a ouvia gem*r.
Abriu mais o fecho do macacão o deixando cair por completo, mordeu a lateral da calcinha preta de renda que Ângela usava e a afastou, puxando com as mãos até deixa-la completamente nua para sua total apreciação. Carolina beijava sua barriga, causando pequenos espasmos nos músculos de Ângela que os contraía, sua cabeça pendia para trás ao sentir o seu sex* pulsar a cada toque que recebia. Segurou a cabeça de Carolina e a guiou para onde precisava sentir sua língua macia e molhada, como se precisasse disso para sobreviver.
Carolina atendeu ao seu pedido silencioso e pôs-se a lamber seu clit*ris entumecido e ch*pava com intensidade, segurou seus quadris e a trazia para si, estava sentada na cama enquanto Ângela permanecia de pé segurando seus cabelos e a pressionando por mais contato. Os gemidos invadiam o quarto com mais volume o que deixava Carolina enlouquecida, sua calcinha já estava encharcada, seu sutiã já maltratava seus seios que estavam rijos de tesão, percebendo que sua namorada não demoraria a goz*r, parou de ch*pá-la e foi beijando sua barriga sob um enorme protesto que a fez rir quando encontrou sua boca.
-- Porr* Carolina! – Disse entre os dentes – Quer me enlouquecer?
Beijou sua boca e a abraçou fortemente. – Quero te tirar do sério hoje!
Girou abraçada a ela e a jogou sobre a cama, olhava sensualmente para sua agora noiva e sorriu maliciosamente, retirou seu sutiã e sua calcinha, os olhos de Ângela soltavam faíscas, ela queria tocar em Carolina, mas foi impedida.
-- Eu tenho uma surpresa pra você.
Carolina saiu e foi até o armário, trouxe de lá um consolo preso a uma cinta e mostrou a Ângela, a morena olhou aquele brinquedo e sentiu o corpo estremecer em antecipação, sua excitação escorreu pelo seu sex* e sorriu para a namorada.
-- Se você não quiser usar, não tem problema.
Ângela sentou na cama e olhou sedutoramente para ela e logo respondeu completamente excitada: -- Com você eu faço qualquer coisa, meu amor! Vem me comer gostoso!
Carolina quase teve um orgasmo só ao ver sua noiva com aquela cara de safada olhando para a cinta. Rapidamente ela a posicionou, encaixou o pequeno artefato em seu próprio sex* e prendeu o cinto em seu quadril, fez Ângela ficar de quatro sobre a cama e passou o artefato em seu sex* molhado, e depois de lambuzar o brinquedo, a penetrou lentamente provocando uma sensação de prazer inédita para ambas, as duas gem*ram em sincronia, os olhos fechados denunciavam o êxtase que estavam experimentando. E após se acostumar com aquele intruso em seus corpos, Ângela começou a rebol*r, iniciando o movimento de vai e vem levando Carolina à loucura.
Elas gemiam, diziam palavrões, Carolina explorava o corpo de Ângela que estava completamente entregue aos seus comandos. Carolina ao sentir que estava perto de chegar ao orgasmo, parou com as estocadas e recebeu outro palavrão de Ângela.
-- Caralh*! Se você parar assim mais uma vez, eu juro que eu te mato!
Rindo da reação da residente, Carolina fez com que ela virasse e deitasse de frente pra ela, encaixou o brinquedo em seu sex* novamente e voltou a estocar.
-- Eu quero goz*r olhando pra você. – Mordeu o lábio inferior – Eu quero ver você goz*r gostoso enquanto eu te como.
-- Ah, Carol, mais forte!
Carolina atendeu a noiva e aumentou a intensidade dos movimentos, mas sem forçar muito para não as machucar, Ângela se contorcia quando sentia as mãos de Carolina passeando pelos seus seios e quase goz*ndo, Carolina foi ao seu clit*ris e começou a estimular com os dedos. Rapidamente Ângela chegou a um orgasmo intenso e libertador, Carolina olhava a expressão de prazer de sua noiva e gozou em seguida na mesma intensidade.
Retirou o brinquedo do sex* de Ângela e caiu ao seu lado com a cinta presa em sua cintura ainda. Acariciou o rosto saciado de Ângela que tentava respirar normalmente outra vez. A morena abriu os olhos e virou-se encarando os castanhos de Carolina, sorriu e a beijou.
-- Você conseguiu me enlouquecer hoje!
-- Tudo pelo seu prazer, meu amor. – Beijou sua boca –
-- Você está uma graça com esse pinguelo pendurado na sua cintura. – Riu –
-- Você adorou o nosso amigo, esse será o nome dele? Pinguelo? – Mexia o quadril balançando com o consolo –
-- Achei bonitinho! – Acariciou o brinquedo –
-- Então está batizado! Apresento o Pinguelo.
Carolina e Ângela começaram a rir, tudo parecia calmo, tudo parecia muito certo para as duas. A vida estava fluindo como deveria estar. E ali, um futuro se mostrava muito promissor. A felicidade era a meta.
Mas será que o destino estava satisfeito com essa calmaria?
Fim do capítulo
Oi gente!
Semana começando, segunda preguiçosa, maaaaas, tem extra pra agitar o babado!
Vocês pediram, eu atendo!
Ângela pediu Carol em casamento, será que mamãe vai gostar de saber disso?
Raquel foi fisgada por Aline?
O que está aguardando para o futuro das nosas lindas médicas?
Obrigada pelo carinho, NovaAqui, Mille, patty_321, viinha, HelOliveira e jcdantas.
Boa semana!!!
Cris Lane
Comentar este capítulo:
Pollyan
Em: 25/03/2019
Arrasou no extra. Achei massa o fato da festa ser feita pra Carol, pela celebração da vida mesmo, por ela se permitir ser amada e tals. Foi lindo, foi bonitinho o nervosismo da Ângela e acho que a sogrinha da Carol vai dar piti sim, hein, concordo com as meninas! Obrigada pelo extra.
Cris, posso fazer um apontamento? Sei que não fazes por mal, mas só pra eu não sentir aquela dorzinha quando leio e desculpa falar sobre isso rsrs Então, eu sou negra e sofri um tempo com racismo e tals, daí o termo "mulata" se refere as negras de antigamente que eram usadas sexualmente pelos seus compradores, o termo as compara com as mulas que eram doentemente usadas para fins sexuais pelos senhores de escravos, daí se tu puder poderia mudar o termo "mulata"? :D
Resposta do autor:
Oi Pollyan
Vocês sempre devem fazer apontamentos, e desde já peço desculpas se o que eu escrevi causou algum desconforto, confesso que não imaginava que essa palavra teria essa conotação, na hora de escrever busco alguns artifícios para não haver muitas repetições de palavras, acabei utilizando essa, mas prometo que vou retirar. Minhas sinceras desculpas se ofendi alguém.
Obrigada por acompanhar, continue torcendo que vem muita emoção por aí ainda.
Obrigada pelo carinho.
Abraços
Cris Lane
[Faça o login para poder comentar]
Mille
Em: 25/03/2019
Ola Cris
É agora a Ângela não tem como fugir da mãe.
Raquel vai sofrer para conquistar a Aline.
Bjus e até o próximo capítulo
Resposta do autor:
Oi Mille
O embate com a mamis feroz está por acontecer, será?
Ah, Raquel vai suar a camisa! Aline não vai deixar por menos.
Obrigada pelo carinho.
Abraços.
Cris Lane
[Faça o login para poder comentar]
NovaAqui
Em: 25/03/2019
Tudo calmo, mas vem a Cris com essas frases de efeito:
"Será que o destino está satisfeito com essa calmaria?"
Kkkkk
Claro que Mamis não vai ficar nada feliz com esse casamento
Só falta a coleira na Raquel kkkk
Eu não queria casar ninguém só queria que Angela tivesse a chave do apartamento, mas você acelerou o casamento delas....
Teremos emoções a vista
Obrigada pelo extra
Abraços fraternos procês aí!
Resposta do autor:
Oi NovaAqui
Kkkkkkkkk
Adoro frases de efeito no final dos capítulos, quem não gosta? Hahaha
Várias especulações sobre mamis, será que ela é tão víbora assim?
Raquel está quase na coleira, o problema é que Aline não quer levar a pegadora pra passear, será que dá rolo?
Eu não acelerei nada! Ângela que está saidinha, rsrs. Já que é pra pegar a chave, leva o pacote completo, rsrs.
Ah, tem emoção sim! Pode esperar, e não me odeie.
Obrigada pelo carinho.
Abraços.
Cris Lane
[Faça o login para poder comentar]
Deixe seu comentário sobre a capitulo usando seu Facebook:
[Faça o login para poder comentar]