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A fazenda por Natalia S Silva

Ver comentários: 3

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Palavras: 1131
Acessos: 4965   |  Postado em: 17/03/2019

Capítulo 9 Brigas

Carmen


Assim que cheguei no casarão, resolvi sair, trabalhar um pouco no campo, com os cavalos, com o gado, com qualquer coisa que me tirasse a tensão. Encontrei Joaquim assim que cheguei a varanda, ele estava a minha procura.


--Carmen, acabo de voltar da cidade, passei na agropecuária depois que deixei os meninos na escola, pra comprar algumas coisas que precisávamos aqui na fazenda, e encontrei com a dona Juliana.


Juliana era uma das mulheres que eu saia esporadicamente, ela era linda, gostosa, rica, o problema é que ela é egoísta, mesquinha, esnobe demais, e não aceitou muito bem o fato de ser apenas uma diversão pra mim. Não que eu fosse do tipo que se diverte à custa dos sentimentos alheios, muito pelo contrário, sempre quis amar, descobrir o que era viver para uma única pessoa, pela felicidade de uma única pessoa, e por isso deixava claro a todas as mulheres que saia, que seria apenas momento e nada mais. Porém Juliana não entendeu, não aceitou o fato de eu não querer nada sério com ela, pra poder estar disponível ao amor quando ele batesse em minha porta, e desde então tem "empatado" a minha vida, dizendo que eu não encontraria ninguém melhor que ela.


--E..?


--E ela disse que se você não estiver dentro de uma hora na casa dela, ela lhe fará uma visita aqui na fazenda, pois você não tem atendido aos seus telefonemas.


--Diabos.


--Kkkk Quem mandou se envolver com a toda poderosa filha do prefeito?


--Te catar Joaquim.


Deixei o Joaquim que além de colega de trabalho, era um grande e fiel amigo, rindo da minha cara ali mesmo, e fui ao encontro de Juliana Albuquerque.


Ao chegar na sua casa, Juliana logo veio me abraçando, me beijando, me instigando. E além dela ser linda, sexy e convincente, eu ainda estava com aquela sensação de "desejo reprimido" em relação a Elisandra, então, me entreguei aos beijos e carícias de Juliana.


Após ter avisado mamãe que estava com Juliana, passei o restante do dia e parte da noite com ela. Não era nenhum sacrifício dividir a cama com aquela mulher, mas depois do sex* sempre vinham as cobranças, que me irritava totalmente e a afastava cada vez mais "sentimentalmente" de mim.


Cheguei no casarão por volta da uma e meia da madrugada, estava cansada, Juliana tirara as minhas forças físicas e emocionais. Entrei sem dar-me ao trabalho de acender as luzes, já estava ao pé da escada quando ouvi a voz de Elisandra ali na sala no escuro.


--Divertiu-se bastante?


* * * *


Elisandra


Precisava conversar com Carmen, sobre o que estava se passando com meus irmãos, e também sobre o pedido para mudá-los de escola, não que ela quem decidiria mas, gostaria de saber sua opinião. No entanto, eu estava enciumada com a novidade em relação à Carmen ter uma "namorada", e queria ver a cara dela depois de ter me beijado e então ter ido passar o dia com ela.


Estava sozinha na sala por volta das dez horas quando notei que meu celular estava sobre a mesa de centro, não o havia pegado nenhuma vez durante o dia. Ao olhar no visor vi que havia 13 chamadas perdidas de Fabrício e uma de minha mãe. Depois de ligar pra mamãe e conversar um tempão com ela, recebi mais uma ligação de Fabrício.


--Alô?!


--Elisandra, o que estava fazendo que não me atendeu antes?


--Oi pra ti também. Estava conhecendo a propriedade.


--E o que é que tem pra se conhecer num "sitiozinho"?


--Muitas coisas Fabrício.


--Runf, espero que não tenha nenhum capataz interessante por ai...


Sorri ao lembrar-me de Carmen.


--Ciúmes a essa hora?


--Sabe que eu te amo não é amor? Estou com saudade...


--Também.


--Quando volta?


--Ai Fabrício, já disse milhões de vezes que não sei...


--Nada mais te prende aí, já conheceu o cara, ele já morreu...já pode voltar pra casa, pra mim...pro nosso casamento.


--Fabrício...de novo?


--Precisamos falar sobre isso, é inevitável.


--Não é hora pra isso.


--Tudo bem, mas uma hora ou outra teremos que tocar nesse assunto.


--Outra hora.


--Tudo bem, o que está fazendo?


Esperando a "capataz" que me beijou como nunca você foi capaz de fazer, balancei a cabeça dissipando aqueles pensamentos.


--Estou ocupada... Com uns problemas aqui da fazenda, tenho que desligar...


--Mas já?


--Eu preciso.


--Me liga antes de dormir?


--Sim. Até.


--Boa noite amor, te amo ta?


--Também.


Larguei o celular sobre a mesa de centro, e deitei-me no sofá apagando as luzes da sala, e ali dormi esperando Carmen voltar.




Acordei com o barulho da camionete de Carmen, já havia gravado inconscientemente na memória, o barulho do motor se aproximando, sabia que era ela. Sentei-me no sofá, e vi quando ela entrou no escuro, seguindo direto para a escada, pensei em deixá-la subir e tardar nossa conversa mas não resisti.


--Divertiu-se bastante?


Carmen virou-se em minha direção.


--Elisandra?! O que faz aí?


Levantei e acendi o abajur que ficava entre nós, iluminando aquele ser divino que andava me atormentando.


--Esperava você pra resolver um assunto sério, mas a diversão deveria estar boa pra voltar uma hora dessas...


--Que assunto? O que aconteceu?


--Um problema com os meninos, mas podemos falar disso amanhã... Você deve estar cansada não é?


Ok, eu estava sendo irônica, e devia isso aos ciúmes que estava me tomando, ao imaginar Carmen nos braços da tal Juliana.


--Porque está falando assim Srta?


--Mas que droga! Para de me chamar de Srta...


--O que houve com você enquanto estive fora? Porque está irritada?


--Não estou irritada, só que eu achei que quando precisasse de você, você estaria aqui, e ao invés disso estava se esfregando numa qualquer por ai.


Carmen nada disse, ficou ali parada a poucos metros de mim, me olhando séria com aqueles olhos que eu tanto amava. Só ai percebi o quão alterada estava, o quão enciumada estava, tive vergonha de mim mesma, queria fugir daquele olhar que me hipnotizava, mas sequer consegui desviar os olhos dos de Carmen.


--Porque me provocas Elisandra?


--Porque eu quero.


Não tive tempo de dizer mais nada, Carmen avançou o espaço que havia entre nós, e tirou toda a irritação que havia em mim, com um beijo mais que urgente. Suas mãos me tomavam com força, sua boca me fazia delirar ao intercalar beijos e mordidas, no meu pescoço, eu estava entregue, mole, excitada, sabia que não era lésbica, assim como sabia que desejava ardentemente ter o corpo de Carmen no meu.


No entanto, quando Carmen já havia me posto sentada sobre o móvel que havia acostado na parede da sala, enquanto eu prendia sua cintura com as pernas e deixava que ela descesse com a boca, ao encontro dos meus seios, o celular mais uma vez tocou, quebrando o encanto do momento.

Fim do capítulo

Notas finais:

Olá meninas. Espero que estejam gostando. Beijos


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Comentários para 9 - Capítulo 9 Brigas:
Lea
Lea

Em: 21/10/2021

É assim que começa Lisa,a negação é a primeira coisa que passa na nossa cabeça!!

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Rosi
Rosi

Em: 18/03/2019

Aposto que é  o Fabricio EF

Atende não  deixa o chato pra lá kkkkkkkkkkk 


Resposta do autor: Kkkkkkk será? Também acho.

Responder

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Pandora
Pandora

Em: 18/03/2019

Moça volta aqui, não pode acabar assim kk

Tinha que ter algo pra atrapalhar, meu deus nada nessa vida é fácil kk esperando o próximo capítulo ;)


Resposta do autor: Kkkkkkk mais tarde tem mais. Beijooos

Responder

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kxbristow
kxbristow

Em: 18/03/2019

No Review

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