Cap. 6 – Duplo – Como resistir?
Layla
Anny e eu ficamos conversando por algum tempo até perguntar onde ficava o banheiro e ela me indicar o local. Quando estava voltando para a sala a Juh apareceu, acabamos nos esbarrando e não resisti em provocá-la, fazendo seu rosto corar e mesmo assim ela insistir em responde minhas perguntas, enfrentando minhas provocações como se fosse algo corriqueiro entre nós.
Depois que ela entrou no banheiro, fiquei ali por alguns minutos, pensando no que tinha acabado de acontecer, esbocei um sorriso e voltei para a sala sem me conter, imagens dela seminua na minha frente me fizeram abrir ainda mais o sorriso bobo. Anny veio em minha direção perguntando:
– Que sorriso bobo é esse mulher? – olhei para ela que me olhava curiosa, disse apenas:
– Estava lembrando das fotos ainda.
– Sério?
– Você já pensou em ter filhos? – perguntei apenas para disfarçar o real motivo de meu sorriso.
– Sim claro, Júlio e eu estamos programando para breve.
Nossa conversa girou em volta daquele assunto, até ver minha fênix aparecer novamente com seu sorriso discreto e encantador, brincou com seu irmão entrando pela porta da cozinha. Nisso Anny ainda falava ao meu lado, quando voltei a ela disse sorrindo:
– Vamos ali provocar um pouco minha irmã.
– Como assim? – sorri curiosa, seguindo-a.
Anny gostava de deixar a irmã em apuros, fiquei neutra apenas estudando-a de longe, queria outra oportunidade para uma segunda aproximação, e não demorou a chegar depois que ela se machucou, sem ter certeza do que estava fazendo, segui logo atrás dela, a encontrando0 na varanda limpando o joelho que ralou nos últimos minutos jogando com o irmão.
Me aproximei tirando o material de suas mãos, e no momento em que encostei em sua pele, meu corpo todo tencionou, por favor, não pensem que sou uma tarada ou coisa parecida, apenas sinto uma sensação diferente quando me aproximo da Júlia, tanto que quase briguei com Anny quando ela atrapalhou o que poderia ser o mais delicioso dos beijos.
Entrei em busca de meu celular, era o meu corretor, tinha alguém interessado em meu apartamento, apesar do adiantar das horas, conversei um pouco com ele, ficou de me ligar se o cliente quisesse fechar negócio. Estava parada no meio da sala olhando pela janela quando minha amiga falou logo atrás:
– E então, aquele clima entre você e a Juh lá fora, o que tem a me dizer? – olhei para ela sorrindo, sentou no sofá e indicou o lado dela para eu sentar, segui me sentando dizendo apenas:
– Nada a declarar.
– Ah, qual é. – se ajeitou olhando em minha direção: – Minha irmã fugiu, mas você vai me explicar o que aconteceu, não vai?
– Porque os advogados são tão curiosos? – sorri revirando os olhos.
– Ossos do ofícios minha amiga. – deu de mãos ajeitando os cabelos, sorriu perguntando: – Desde quando está interessada em minha irmã?
– E quem disse que estou? – sorri desviando os olhos.
– Fala sério Layla, como se eu não conhecesse suas abordagens. – olhei interessada para ela que disse apenas: – Na verdade, estou observando você desde cedo, olhando para a Juh, estudando-a de longe.
– Não é nada disso, estou apenas admirada com as atitudes de sua irmã. – não olhei pra ela, sorri continuando: – A Juh é diferente das mulheres que conheço, ou das quais já me relacionei. – inspirei fundo, dessa vez olhei prosseguindo: – Ela é carismática, carinhosa e amorosa com todos, isso me encanta nela.
– A Juh sempre foi assim. – Anny sorriu enlaçando o braço no meu, apoiando a cabeça em meu ombro: – E essa proteção toda só aumentou depois que nosso pai faleceu.
Sorri, estar na presença daquela família estava mexendo com meu lado emocional, bem mais do que o normal. Continuamos conversando por mais uma hora ou duas, até ela ter a fantástica ideia de fazer pizzas e me convidar a passar aquela noite com eles. Estava ansiosa para a próxima vez que ficasse frente a frente com a Juh.
Os minutos passavam, rápido demais para o meu gosto, estar na companhia das duas não tinha como descrever, mas eu queria mesmo era ficar alguns minutos apenas, sozinha com a Juh, como previ, quando isso aconteceu mais uma vez me veio a vontade de beijá-la, e isso quase aconteceu se Anny não tivesse “atrapalhado” mais uma vez. Será que eu conseguiria saciar minha vontade antes de ir embora no dia seguinte?
Bom, ela se despediu de nós passava um pouco da meia noite, passei mais algumas horas conversando com Anny, essa que acabou bebendo demais e acabamos a noite. No quarto me virava o tempo toda na cama, chegou um momento que acabei levantando, passei algum tempo olhando pela janela, mas acabou me dando sede e fui até a cozinha. Acabei levando um susto com alguém saindo de lá, fechei os olhos e comecei a bater na pessoa que agora, me prendia em seus braços.
JuhAcordei morrendo de sede, isso passava um pouco das quatro da manhã, saí em busca de água na cozinha, fiquei por lá algum tempo. Acreditam que a pizza me distraiu? Sério, e eu achando que não comeria tão cedo e lá estava eu mordendo o segundo pedaço. Ouvi um barulho vindo da sala e fui até lá para ver o que era.
Quando saí da cozinha Layla estava entrando e nos trombamos, ela tomou um susto que veio para cima de mim me batendo, tive que segurar a pizza com os dentes e agarrar a moça em meus braços me protegendo e protegendo-a para não se machucar, mas ela ia começar a gritar e coloquei a mão em seus lábios dizendo com a boca cheia:
– Hei, relaxa moça! Sou eu, Júlia! – me olhou e conseguiu relaxar dizendo:
– Nossa, que susto você me deu.
– Desculpa! – sorri mordendo meu pedaço de pizza, perguntei: – Você por acaso é sonambula, estava com os olhos fechados! – me olhou e sorriu ainda em meus braços.
– Não sou sonambula, só fiquei com sede! Acontece que você me assustou e não quis olhar para a cara do meu assassino!
– Nossa, que exagerada você é néh? – comecei a rir dela.
– Só um pouco! – depois jogou a cabeça para trás rindo também, aquilo teve o poder de emanar dela aquele aroma cítrico maravilhoso, disfarçando a soltei de meus braços antes que meu corpo me denunciasse, me olhou e fui dizendo sem jeito:
– Pois é, eu também estava com sede, mas acabei não resistindo a essa bomba calórica.
– Ainda comendo depois de tudo o que comeu?
– Sim! – sorri e ela bateu de leve em meus ombros, vi a nossa aproximação novamente e disse: – Fica à vontade, a geladeira é toda sua.
Indiquei a cozinha e ela entrou, sentei na banqueta o mais longe possível e terminei minha pizza, embora quisesse, preferi não comer mais. Ela se serviu de água e fiquei observando-a beber, parecia mesmo estar com sede que até deixou escorrer pelo canto da boca que foi parar meio que em câmera lenta no meio do seu decote, que reparando agora, era uma senhora camisola. Olhei sem disfarçar e quando voltei os olhos para ela estava sorrindo:
– Gosta do que vê? – fiquei sem jeito diante do sorriso e do flagra dela que me ajeitei no banco desviando o olhar disfarçando em uma pergunta:
– Estava me perguntando de onde sai tanta força de você?
– Porque? – comentou sarcástica, sorri ainda sem jeito dizendo:
– Você tem uns braços bem forte! Ainda sinto os meus doloridos onde seus socos pegaram!
Ela se aproximou passando a mão de leve no meu braço que automaticamente se arrepiou com o toque inocente, ou não? Sorrindo continuou com a carícia se aproximando ainda mais, perguntando sensual:
– Está com frio?
– Um... um pouco! – mentira, a noite estava super quente e acreditem, a temperatura na cozinha aumentou alguns graus depois que ela se aproximou ainda mais de meu corpo sussurrando próximo ao meu ouvido:
– Isso não parece arrepio de frio Juh! – Deus, quem resiste a isso? Joguei para o alto o meu cuidado todo e olhando nos olhos dela sussurrei séria:
– Está certa, mas não pode me culpar com você me provocando assim! – ela se prendeu em meus olhos e ainda com o mesmo tom de voz disse:
– Acha mesmo que estou te provocando?
– Sim eu acho! – dessa vez se aproximou ainda mais segurando em minha cintura dizendo próximo ao meu ouvido novamente:
– Que bom que você percebeu isso! Estava ficando preocupada já.
– O porquê da preocupação? – tentei ganhar tempo tentando controlar a minha respiração que já estava ofegante, sorrindo ela respondeu:
– Porque quero provar de seus beijos desde o momento em que nos encontramos pela manhã! Mas, alguma coisa ou alguém nos atrapalhava!
– Anny... – sorri e ela me acompanhou, perguntei curiosa: – Então está fazendo isso propositalmente? – passou a mão em meu ombro agora e depois sobre a minha tatuagem dizendo:
– Sim, mas você é bem resistente Júlia.
– Você quem pensa! – me olhou divertida, pro inferno com o meu autocontrole, a segurei pela cintura colando-a em meu corpo e antes de tomar seus lábios disse: – Não tem como resistir a você moça!
– Pois eu acho que você não quer o mesmo? – mordeu os lábios sorrindo.
Aquilo foi a gota d’água néh! Meus lábios tomaram os delas com vontade e ao nos beijarmos pude ouvir seus gemidos entre nossos beijos. Passou as mãos em meu cabelo aprofundando ainda mais nosso contato e nossos corpos estavam quase se fundindo ali, prendi minhas mãos em suas costas pressionando-a mais a mim, sentindo o calor emanar de nossas peles.
Levantei da banqueta colocando-a sobre o balcão, ainda nos beijando ela me puxou para junto de seu corpo cruzando suas pernas em volta da minha cintura, mas o bom censo tomou conta de mim e vi que estávamos indo longe demais, por isso separei nossos lábios sussurrando:
– Eu...eu... Desculpa! – o desejo estampado nos olhos dela não estava me ajudando, tentei formular uma frase inteira, mas foi ela que falou:
– Não precisa pedir desculpa, foi maravilhoso.
– Sim, você é... Não tenho palavras para descrever. – corei néh, coisa chata, ela sorriu tocando meu rosto dizendo:
– Estou encantada com você Juh, como pode ser tão doce? – encostou nossos lábios novamente e quando nos separamos sussurrou: – Na verdade foi eu quem não estava conseguindo esperar mais por isso!
Sorri baixando a cabeça e ela me abraçou encostando o rosto em meu pescoço, a convidei para irmos para a sala e ficamos conversando por algum tempo. Depois seguimos para os quartos. Deixei ela no de hóspede recebendo um selinho suave em meus lábios e um boa noite quase sussurrando de seus lábios, fui para o meu quarto, deitei na cama e fiquei sorrindo boba até pegar no sono e sonhar com o toque e os beijos maravilhosos dela.
Algumas horas depois o despertador tocou em algum lugar, passei a mão pelo rosto tentando localizar aquele barulho e bati a mão desligando-o, me virei na cama sorrindo lembrando da conversa com Layla na madrugada. Toquei meus lábios e podia sentir a maciez dos delas sobre os meus, sorri sussurrando:
– Que sonho!
Fim do capítulo
Boa noite meninas, tudo bem??
Gostaria de agradecer por vocês estarem me acompanhando, pessoal da moita, muito obrigada. Para as meninas que estão comentando, o meu carinho tambem... S2
Bjs a todas... Se cuidem
Bia
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Andreia
Em: 22/11/2021
Boa noite autora estou amando ler está história facinante e envolvente está de parabéns.
Depois vou ver outras suas se tiver no lettera.
Vamos continuar lendo p ver quando estás duas vai ver q estão apaixonadas uma pela outra e deixar rolar
Abraços...
Resposta do autor:
Olá Andreia, tudo bem?
Muito obrigada pelo comentário...
Fica a vontade para buscar mais histórias minhas, convido a visitar minhas redes sociais tbm... Tem pequenos contos por lá tbm... *-*
Bjs, se cuida
Bia
Renata Cassia
Em: 12/03/2019
Quando tem mais? Volta logo rsrs
Resposta do autor:
Oi Renata, bom dia... Tudo bem?
Acabou de sair um quentinho moça... hehe
Bjs, se cuida
Bia
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Pandora
Em: 12/03/2019
Meu deus que agonia a Annya atrapalhando elas kkk tava achando que ela ia aparecer na cozinha de supresa tbm.
Ju uma Fofa, Layla não perde tempo em, gostei ;)
Ate o proximo capítulo, beijo *-*
Resposta do autor:
Olá Pandora, bom dia... Tudo bem??
Essa Anny é uma coisa fora de série... hehe... atrapalha todas... Mas ela é de boas...
Agora o beijo finalmente saiu... Layla corre atrás neh, bem persuasiva tbm... Quem iri resistir por muito tempo... :X
Bjs moça, se cuida
Bia
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