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Coincidências por Rafa e

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Palavras: 4125
Acessos: 2348   |  Postado em: 06/03/2019

Capítulo 22

-- E essa gata linda? Que só me olha e ainda não me beijou? – Lívia estava entrando na sala quando viu a namorada chegar.

-- Uau! Que felicidade é essa? – abriu os braços para abraça-la.

-- Acabei de resolver um probleminha que estava me incomodando. – beijou-lhe o rosto e se afastou, puxando-a pela mão. – Vem, vou trocar de roupa para o jantar.

-- Eu não sei que problema foi esse, mas estou adorando a felicidade. – olhou para morena. – Não precisa trocar de roupa, só retira-la. – Haidê deu uma risada com a forma e tom que ela usou.

-- Loirinha, assim você desperta outro tipo de fome e hoje não almocei, então não terei muitas forças para certas atividades. – Sorriu.

-- Estamos falando de qual atividade?

-- Lívia, não me provoque. – Deu-lhe um beijo rápido e entraram no quarto. Haidê tirou o coldre com a arma que estava por baixo do blazer e depois a roupa, foi direto para o chuveiro, enquanto Lívia a esperava sentada na ponta da banheira.

-- Querida, fomos convidadas para uma festa no sábado.

-- Que festa?

-- Umas amigas da faculdade. – observava a morena tomar banho com verdadeiro fascínio. – Eu que apresentei as duas, dei uma de cupido. Agora elas são casadas.

-- Você de cupido? – brincou.

-- Sim, o que tem isso?

-- Faz sentido. – piscou e mandou um beijo. – Só falta o arco, a flecha e as asinhas, porque loirinha, baixinha e o jeitinho de anjo já tem.

-- Depois do jantar eu mostro o anjo que existe em mim. – Haidê deu uma gargalhada alta.

-- Cobrarei com o maior prazer. – Saiu do banho, vestiu uma calça de malha, uma camiseta e permaneceu descalça. Lívia a viu pegar a arma e colocar em uma pequena bolsa.

-- Querida, isso é realmente necessário? Estamos dentro de casa.

-- Lívia, quando saí do escritório senti alguém me observando e faz um bom tempo que seu amado irmão não aparece, principalmente depois de ameaça-la.

-- Ele só queria colocar medo, os ajudantes ainda estão presos, não é?

-- De onde vem estes, podem haver outros.

-- Conversou com Ulisses sobre isso?

-- Ele virá aqui após o jantar.

-- Colocamos câmeras em toda casa e segurança na guarita do portão. – mordeu o lábio inferior. – Eu acho bem desnecessário, mas você quis.

-- Não que eu quis. Acho importante ter alguém experiente atrás de você e vigiando a casa.

-- Então o motivo desta arma?

-- Aquela pedra. – ajeitou o cabelo em um rabo de cavalo. - Sempre fui inimiga dela e você sabe que tenho razão.

-- Não posso explodi-la. – respondeu desanimada.

-- Eu sei, ou eu mesma já teria feito.

-- Não gosto de armas, tira o clima da coisa e hoje preparei um jantar especial. – confessou desanimada.

-- Meu anjo confie em mim. – levantou o queixo da loirinha e a beijou. – Agora me diz: por que hoje tem jantar especial?

-- Porque eu amo você e quero que tudo seja perfeito. – respondeu fitando-a nos olhos.

-- Eu também tenho uma surpresinha.

-- Qual?

-- Já disse para confiar em mim. – brincou.

-- Confio, sabe disso, mas preciso saber que surpresa é essa. – estava quase pulando.

-- Está bem. – voltou a sorrir e foi até uma pasta, pegou um envelope e entregou a Lívia.

-- O que é isso? – perguntou surpresa e pegou o envelope em suas mãos.

-- Abra.

-- Uma procuração de um tal Mário Francisco. – Haidê puxou e leu.

-- Ops! Cliente... Não era isso. Espera um minuto? – explicou-se e antes que Lívia respondesse ela voltou até a pasta e pegou outro envelope.

-- Ela está aprontando. – disse para si mesma.

-- Antes de abrir, quero descer para jantar, estou com fome. – provocou a curiosidade da surfista.

-- Não começa Haidê. – Repreendeu.

-- Lívia, eu juro que se não colocar alguma coisa na boca vou desmaiar. – fingiu e a surfista acreditou.

-- Vamos, mas quero abrir enquanto você come. – ela a olhou segurando a vontade de rir e concordou.

-- Combinado.

 

***********************************

 

-- E esse balde com champanhe? – perguntou ao chegar na sala. - O que está aprontando?

-- Apenas uma bebida para relaxar. – respondeu com um sorriso de lado. – Acha que só você tem surpresinhas?

-- Não imaginei que hoje teríamos tantas surpresas.

-- Agora posso pegar o envelope? – balançou as sobrancelhas.

-- Tudo bem. – entregou o envelope e abriu a garrafa enquanto Lívia lia o conteúdo. Aproveitou para colocar um objeto dentro de uma das taças.

-- Isso aqui é um roteiro de viagem ou sua próxima caçada? – perguntou enquanto se sentava e lia o roteiro com atenção.

-- Bem engraçada! – a loirinha lhe olhou rapidamente e sorriu, voltando a abaixar a cabeça. Haidê lhe entregou a taça, ela aceitou e quando foi beber o líquido, percebeu uma aliança dentro da taça. Lívia girou a taça como se precisasse se certificar para acreditar. Ela olhou para cima e encontrou os olhos azuis fitando-a de forma divertida. Haidê bebeu um pouco do líquido e concluiu.

-- Passe as outras folhas. – Ela fez o que lhe foi pedido e leu em um dos papéis: “Lívia, você quer mesmo casar comigo? Esta é sua última chance... Caso aceite, tem um objeto dentro da sua taça que preciso colocar em seu dedo anelar esquerdo no próximo dia dez.”

-- Isso é sério? – Haidê a observou surpresa.

-- Meu anjo, eu lhe amo mais do que possa imaginar e quero passar o resto da minha vida com você. – explicou-se melhor – Ainda quer casar comigo?

-- Eu... Eu... – começou a sorrir e chorar – Lógico que quero. – Pulou, envolvendo-se nos braços da morena.

-- Ufa! Pensei que havia desistido.

-- Haidê...

-- Sim...

-- Pare de falar e me beije.

-- Não prefere que coloque a aliança em seu de... – não completou a frase, teve seus lábios capturados em um beijo urgente. A morena pegou a taça da mão da loirinha e colocou sobre a mesinha. Ela acariciou a mulher mais baixa, retirando os fios de cabelos soltos sobre seu rosto, beijando-a em seguida. Brincou com a ponta do seu nariz, esfregando um no outro, cheirando-a e depositando pequenos beijos em seus lábios. Lívia soltou um pequeno gemido, deixando a advogada mais excitada.

-- Eu também te amo. – respondeu com um sorriso bobo, como uma criança que acaba de ganhar seu presente tão esperado. Depois ela empurrou Haidê e a olhou séria. – Dia dez é na próxima semana. – concluiu surpresa.

-- Sim. – sorriu.

-- Haidê, como você marca a data tão próxima assim? Como poderei planejar a festa? E seu vestido? E minha roupa? Como vou organizar tudo assim de última hora? Dona Helena sabe? Preciso avisar a Fernando. – Haidê a puxou para um beijo, silenciando-a.

-- Amor, não podemos fazer como você quer. – Lívia a olhou sem entender. – Não podemos oferecer uma festa como sonhou, precisamos ser discretas e chamar apenas aqueles que são importantes em nossas vidas.

-- Eu sonhei tanto com esse dia... Nós duas...

-- Podemos adiar para depois, não tem problemas. – Haidê explicou desanimada. – Se fizermos algo grande, corremos o risco de colocarmos gente perigosa aqui dentro. Uma reunião formal, com um pequeno grupo de amigos e sem anúncios, nossos próprios amigos que ficarão como nossos protetores. – passou a mão pelo rosto de Lívia. – Eu me sinto casada com você, podemos esperar até tudo isso acabar.

-- Não. – Lívia a olhou determinada. – Não quero e nem vou adiar mais nada, faremos como você está falando. O importante é ficarmos juntas, teremos outras ocasiões que poderemos comemorar.

***********************************************

Lívia entrou sorridente e cantando, chamando atenção de Bá, Fernando e Lis que a aguardavam para o café da manhã.

-- “I see trees of green, red roses too… I see them bloom for me and you… And I think to myself… What a wonderful world…” – estava cantando de braços abertos, mostrando um lindo sorriso.

-- Gente, abduziram minha afilhada e deixaram uma loira bem-humorada em seu lugar.

-- Não adianta Nando. – estirou a língua e voltou a sorrir - Meu bom humor de hoje ninguém tira.

-- Eu achei estranho aquela mensagem de ontem à noite, ainda mais para tomar café da manhã com você. Estaremos na fábrica daqui a pouco.

-- Desculpa Nando, mas precisava muito conversar com vocês três juntos. – Beijou Bá no rosto e sorriu para o casal. – Vocês são minha família, não tenho mais ninguém que seja tão importante quanto os três...

-- Aí meu Deus, agora fiquei realmente com medo. – Fernando confessou.

-- Fica quieto Nando. – Lis o repreendeu.

-- Mas eu também fiquei, Elisabete. – Bá interrompeu.

-- Estaria bem chateada com a falta de fé, mas a minha felicidade domina qualquer coisa. – revelou sorridente. – Ontem recebi a papelada que estava esperando algum tempo.

-- Lívia, só para lembrar que tenho problemas sérios no coração.

-- Nando é justamente sobre isso que quero falar: coração.

-- Ah minha Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, minha menina está doente. – Bá gritou abraçando-a.

-- Não Bá. – Lívia gritou. – Minha doença é amar demais. – Haidê apareceu e gritou.

-- Lívia, como diz a minha amiga: ataia logo essa estrada. – a surfista revirou os olhos.

-- Nós vamos nos casar no próximo dia dez. – ouviu-se um suspiro de alívio dos três e só então Lis gritou.

-- Dia dez é na próxima semana.

-- O que? Como vamos organizar a festa? – foi a vez de Bá gritar.

-- E os preparativos? Sua agenda eu até assumo, mas você tem outras coisas para fazer.

-- Haidê, agora essa parte é com você, eles não irão me ouvir por mais que grite. – a morena colocou dois dedos na boca e deu um assobio alto, o que chamou atenção de todos.

-- Gente, sem pirar. – Lívia pediu. – Haidê vai explicar tudo para vocês. A morena lançou um olhar intimidador para cada um e explicou o plano que havia combinado com Lívia.

-- Mas isso não pode. – Bá interrompeu.

-- E o sonho do meu amigo em ter a filha vestida de noiva? Isso deve ser realizado.

-- Essa de noiva foi ótima. – Haidê disse baixinho. – Vou anotar na minha lista de desejos. – piscou. – Gente, tenho um audiência e preciso preparar as coisas, daqui para frente Lívia assume. – a loira estreitou os olhos.

-- Depois você me paga. – disse baixinho e Haidê sorriu.

-- Não vai tomar café Haidê?

-- Obrigada Bá, mas estou muito atrasada. – beijou a cabeça loira e saiu.

-- Lívia! – os três falaram ao mesmo tempo e ela colocou a mão na cabeça.

-- É hoje. – revirou os olhos

**************************************

 

-- Queria falar comigo? – Mariana perguntou enfiando a cabeça para dentro do escritório de Haidê.

-- Bom dia! – sorriu – Entra, precisamos conversar.

-- Pela expressão, a pele linda e sedosa, olhos brilhantes... – colocou o indicador no queixo, de forma pensativa. - Você conseguiu muito mais do que simples beijinhos.

-- Lívia é sensacional. – sorriu pensativa – Não é apenas carinho... Ela é meiga, um pouco maluquinha e marrenta, mas ao mesmo tempo doce, e me completa.

-- A mulher perfeita. – concluiu sorrindo.

-- Não. Ela é minha metade... – estava pensativa. - Meu anjo loiro, o amor da minha vida. – suspirou após concluir o pensamento.

-- Para quando marcou o casamento? – a morena sorriu.

-- Dia dez. – Mariana balançou a cabeça.

-- Bem, sendo irmã de quem é? Não estou surpresa.

-- Quero você, Úrsula, Cristina e Isadora como testemunhas.

-- Ulisses vai ficar fora?

-- Claro que não. – levantou-se. – Ele me levará até Lívia. – Mariana deu uma gargalhada.

-- Essa não perco. – Haidê revirou os olhos.

-- Não começa ou não vou convencê-lo.

-- Vai fazer uma festa nesta turbulência?

-- Vamos seguir o plano de Ulisses. – explicou a ideia do irmão.

 

*************************************

-- Haidê, vamos chegar lá a noite. – reclamou da morena que estava ao telefone.

-- E não comece, você passou cinquenta e dois minutos e trinta e quatro segundos nos atrasando, porque resolveu tomar café da manhã novamente com vovó. – Haidê afirmou enquanto caminhava em direção ao carro, com uma mochila nas costas.

-- Não estou apressando, apenas pedindo para esquecer o telefone, pelo menos hoje. Vamos aproveitar.

-- Não foi meu telefone que nos atrasou.

-- Não sou eu que atendo o telefone a cada cinco minutos.

-- Tia Haidê... – Yan tentou chamá-la, sem sucesso. Resolveu tentar com Lívia – Tia Lívia... – a mesma coisa – Tias!!! – gritou.

-- O QUE? – perguntaram as duas ao mesmo tempo.

-- É que tem um moço olhando “pra gente” e depois apontou. – alertou na sua inocência. Muitas vezes Ulisses e Haidê havia alertado para tipos suspeitos.

-- E o que tem que alguém nos olhe? – Lívia perguntou procurando pelo homem, enquanto isso, Haidê abriu a porta do carro e mandou que o menino entrasse.

-- Meu pai me disse “pra” ficar alerta.

-- Alerta? – colocou o cinto de segurança e olhou para morena. – Isso é...

-- Pode ser assaltante. – Haidê resolveu inventar uma desculpa qualquer.

-- Entendi. – Lívia viu a tensão da advogada e percebeu que era por causa do sobrinho. Logo depois Haidê entrou em ruas que pareciam labirintos. – Haidê, não vamos direto para marina?

-- Estou apenas testando o carro, parece que ele está “amarrando” ... – explicou-se rápido - Sem velocidade.

-- Sem velocidade? – concluiu cantando para não chamar atenção de Yan. - Estamos a mais de cento e vinte quilômetros e você acha que ele não tem velocidade? – segurou-se no banco. – Se você não está treinando seu sobrinho para substituir Ayrton Senna, por favor, diminua a velocidade. – falou mais baixo.

-- Estou apenas testando esse carro, amor. – estava apreensiva com a aproximação do carro que as seguia.

-- Estou acostumado, tia Lívia. – o menino respondeu com um sorriso. – Sair com tia Haidê e meu pai é bem divertido.

-- É nessa hora que devo começar a avaliar minha vida e se devo me envolver com esta família? – tentava manter a calma. Haidê entrou em uma rua na contramão, em seguida fez uma curva e entrou em outra rua, depois virou por outra rua e por último seguiu em uma rodovia. Tentou não demonstrar, mas estava suada e apreensiva por ter Lívia e Yan acompanhando-a. “Se estivesse sozinha já teria surpreendido esses caras e arrancado todas as informações necessárias, além de mais alguns órgãos vitais”. – pensou irritada. – Agora, além da medicação, que tal começarmos com meu testamento? – Lívia tentou aliviar a apreensão da morena.

-- Viu? Estava apenas testando o motor do carro. – explicou-se enquanto voltava a dirigir dentro do limite de velocidade.

-- Querida, devo me preocupar e procurar uma ajuda profissional? – estava estática. O medo ainda não havia passado. – Uma psiquiatra para você e florais para mim?

-- Quer beber uma água?

-- Algumas gotas de rivotril e um comprimido de diazepam. – Haidê a olhou e apertou sua mão. – Esse foi o motivo do telefonema?

-- Não. – revirou os olhos. – Essa me pegou de surpresa. – respondeu baixinho.

-- Agora vamos relaxar, eles não sabem para onde vamos e lá só entra quem tem autorização.

-- Quando chegarmos preciso avisar a Ulisses, temos o retorno.

-- Ou ficamos no mar o resto da semana. – Haidê a olhou e ela sorriu.

 

******************************************

Subiram no barco e se encontraram com o senhor Tide. Como de costume, ele quem iria levar o veleiro, enquanto os três aproveitariam o tempo livre.

-- Bom dia seu Tide. – gritou para o homem que estava de costas.

-- Bom dia menina Lívia. – olhou a morena de mãos dadas com o menino e imaginou que seria seu filho. – É o filho da senhora doutora?

-- Não seu Tide, este é meu sobrinho, Yan. – o menino lhe sorriu,

aproximando-se e esticou a mão, aguardando que o velho homem a recebesse.

-- Olha só, esse aqui tem personalidade. – recebeu sorrindo.

-- Muito prazer seu Tide. – disse sorrindo e recebeu um aceno de cabeça como resposta. – Sou Yan Aqueu.

-- Prazer é meu Yan Aqueu. – respondeu com um sorriso e olhou para Lívia. - Para onde patroinha?

-- Mergulhar perto do navio.

-- Tem navio lá? – olhou para Lívia. - Afundado? – Yan estava empolgado com a aventura – Será que é assombrado, tia Dê? – Haidê sorriu e se abaixou.

-- Não sei, mas seja o que for, teremos respeito, não só pelas pessoas que talvez tenham morrido, mas pela natureza.

-- Haidê, não fala de morte, ele é apenas um menino. – Lívia repreendeu.

-- Ih tia Lívia, tem problema não. – sorriu. – Eu sou grande e aprendi o que é morrer quando minha mãe foi para os Campos Elísios. – respondeu tranquilo e saiu em direção ao velho homem, queria observá-lo velejar.

-- Só as vezes eu queria ter uma família normal, mas escolhi uma mulher bomba, um cunhado fuzileiro e uma avó bruxa. O que é isso? Família Adams? Eu só queria a Família Dó Ré Mi. – Haidê a puxou para um beijo, apertou sua mão e olhou para o sobrinho.

-- Yan venha colocar o colete salva-vidas.

-- Deixa que coloco nele, doutora. – respondeu Tide. Haidê sorriu e balançou a cabeça.

-- Vamos guardar nossas coisas? – perguntou com um sorriso malicioso.

-- Só guardar?

-- Haidê, a menos que você seja uma psicopata, acho que me deve uma recompensa. – a morena parou por um minuto, observando-a – O que? Vai correr aqui dentro também? – perguntou com sarcasmo.

-- Vai reclamar muito? – puxou a loira para um abraço e depois se beijaram.

-- Você disse que só iria guardar nossas coisas. – brincou.

-- Agora eu vou guardar você. – prosseguiu com beijos e carícias.

-- E se você resolver correr com o barco? Ou correr dentro do barco?

-- Lívia! Eu só quero aproveitar o momento, namorá-la um pouco, brincar com o nosso sobrinho.

-- E o que foi aquilo sobre morte? Haidê, você disse que a mãe dele o abandonou, enquanto ele acha que ela morreu. O que aconteceu?

-- Ela o abandonou. – passou a mão pelo rosto - Ulisses achou melhor falar que morreu. – a loirinha acenou em negação - Lívia, o que ele falaria para uma criança de quase dois anos? A mãe o abandonou.

-- Toda mentira tem um fim. A verdade, por pior que seja, é a melhor coisa a se falar. – andou em círculo – O pior de tudo isso é você, uma advogada, concordar com essa história.

-- Eu não tinha condições psicológicas para aconselhar ou conversar.

-- Foi na mesma época do seu acidente?

– Pouco tempo depois, mas ela viajou antes que completasse um ano, depois voltou.... – falou com mágoa. – Depois sumiu de vez. – Haidê estava séria e Lívia achou melhor mudar o assunto.

-- Vamos subir?

-- Eu vou trocar minha roupa.

-- Ah, então eu vou ficar para assistir. – disse com malícia. Haidê não resistiu e puxou para outro beijo.

-- Eu lhe amo tanto. – confessou e Lívia sorriu.

************************************

Lívia subiu e viu a namorada passar protetor solar no sobrinho, observou os dois de longe. A morena estava em um maiô preto com um camisão branco aberto. Engoliu em seco ao observar o corpo perfeito, as longas pernas torneadas, as coxas firmes e musculosas, além da bela bunda.

“Pode até ser uma psicopata, mas é linda!” – sorriu – “Por que não estamos sozinhas?” – lamentou. Haidê levantou a cabeça e viu os lindos olhos verdes avaliando-a, mas Yan cortou o contato visual entre as duas.

-- Tia Lívia, vem para cá. – chamou animado. Haidê sorriu e Lívia piscou para o menino. – Vamos mesmo mergulhar?

-- Yan, para mergulhar precisa de treinamento.

-- Eu sei, tia Haidê sabe mergulhar e me ensinou.

-- Sabe? O que essa tia não sabe fazer? – a morena tentou interromper a conversa, mas a loirinha foi mais rápida – Seu pai também sabe mergulhar?

-- Claro, eles “aprendero” na polícia, não foi tia? – perguntou olhando-a.

-- Yan, porque não vai buscar uma água para mim lá na cabine? – pediu ao sobrinho.

-- Eu vou casar com a Mulher Maravilha. – provocou.

-- Lívia...

-- Toma tia. – entregou a água, interrompendo a conversa. Haidê pegou e bebeu direto da garrafa, enquanto era observada por atentos olhos verdes.

-- Vamos tia Lívia, seu Tide disse que nós já “pode” mergulhar. – As duas trocaram olhares e sorriram para o menino.

Lívia pulou na água, seguida de Yan. Os dois estavam brincando quando Haidê resolveu provocar um pouco à namorada. Ela retirou o camisão e bebeu o resto da água, sabia que Lívia a observava. Deixou a garrafa em um canto, depois amarrou o cabelo em um rabo de cavalo, exibia-se de forma sensual. Desceu por uma escada improvisada e pulou na água, indo em direção aos dois, passou pelo sobrinho e piscou o olho, foi até Lívia e a envolveu em seus braços.

-- Yan olha só o peixe que pesquei. – brincou.

-- Não é peixe tia, isso é uma sereia. – respondeu sorrindo. Haidê falou próximo ao ouvido da loirinha.

-- Minha sereia. – sussurrou. Foi impossível para Lívia se manter séria, diante dos dois morenos. A surfista se virou e beijou Haidê.

-- Aí tia Dê! Você tá se dando bem com a sereia. – brincou e foi repreendido por um par de olhos azuis.

-- Deixa de ser boba tia Dê! – a loirinha brincou de forma zombeteira.

O dia transcorreu com brincadeiras e muita cumplicidade entre os três. Haidê estava preocupada com o ocorrido mais cedo, apesar de ter a garantia de que Ulisses iria espera-la na marina.

*************************************

-- Bisa, chegamos!

-- Eu percebi. É impossível não escutar essa barulheira. – beijou a cabeça do menino. – Agora vá tomar banho. – ordenou.

-- Estava tomando até agora. – protestou.

-- Água de mar não conta, pode ir tomar banho.

-- Bisa...

-- Yan, faça o que a bisa mandou. – Haidê pediu antes que Ulisses entrasse.

-- Droga! Enquanto se manda não “usa” água, vocês querem “gasta”. – saiu resmungando.

-- É usar água e gastar. – Lívia o corrigiu.

-- Isso é culpa da influência linguística de Júnior. – a advogada falou para a avó.

-- Não comece, os dois são amigos e fico despreocupada quando está aqui.

-- Vovó, Júnior é maravilhoso, eu concordo. – pegou o copo de água que Lívia lhe ofereceu e bebeu um pouco. – O problema é a inteligência, o que fazer na hora do perigo? Ele pode se machucar também. O que estamos fazendo é temeroso.

-- Por que não treina com ele? – Lívia sugeriu.

-- Ele é campeão de jiu-jitsu. Não tem problema em lutar, o negócio é se pegarem ele.

-- O que aconteceu? – Ulisses perguntou após entrar pela porta da cozinha.

-- Haidê está preocupada com Júnior.

-- O que é isso maninha? O cara luta pra ca...

-- Ulisses! – Helena o repreendeu.

-- Caramba dona Helena. – Piscou para loirinha que segurava a vontade de rir. – Ela já sabe?

-- Sei o que?

-- Jacques entrou em ação hoje.

-- Quando isso vai acabar?

-- Quando eu colocar as mãos naquele pescoço e quebrar. – Ulisses respondeu. – Vou tomar banho. – olhou a irmã. – Vai jantar aqui? – Lívia e Haidê se olharam.

-- Temos uma festa hoje à noite.

-- Não podem adiar? – Helena perguntou. – Isso está perigoso.

-- São amigas da faculdade e queria aproveitar para convida-las para nosso casamento.

-- Isso é um assunto entre vocês duas. – Ulisses interrompeu. – Qualquer coisa só me ligar, ficarei em casa. – beijou o rosto da irmã e saiu.

-- Ela tem razão, meu anjo. – pegou a mão menor entre as suas – Vó, nós vamos tomar cuidado, a senhora não se preocupe.

-- Durmam aqui hoje, assim eu fico mais tranquila e tenho certeza que ele também.

-- Pode deixar. – Lívia quem respondeu.

Fim do capítulo


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Comentários para 22 - Capítulo 22:
patty-321
patty-321

Em: 07/03/2019

O perigo ronda a todo instante.e esse casório promete.


Resposta do autor:

Oi Patty, espero que este casório saia, antes de mais nada. kkkkkkkk. Beijos

Responder

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Lili
Lili

Em: 06/03/2019

Caramba quando Janenne e Jacques vão ser pegos.

Vontade de enfiar a bala na cabeça delss.


Resposta do autor:

Janenne? Janine não morreu? KKKK... Beijos

Responder

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Baiana
Baiana

Em: 06/03/2019

Eita que esse casamento promete! Será que teremos muitos penetras na festa?


Resposta do autor:

Será que esse casamento sai? Quanto aos penetras... Nem sei se rola casamento, kkkkk. Beijos

Responder

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Mille
Mille

Em: 06/03/2019

Ja espero para ser um casamento repleto de emoção e ação.

Yan é esperto como a tio e pai, atento em tudo.

Bjus e até o próximo capítulo 


Resposta do autor:

Oi Mille, nem sei se haverá mesmo casamento, essas duas não deixam de brigar. kkkkkk. Beijos

Responder

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