• Home
  • Recentes
  • Finalizadas
  • Cadastro
  • Publicar história
Logo
Login
Cadastrar
  • Home
  • Histórias
    • Recentes
    • Finalizadas
    • Top Listas - Rankings
    • Desafios
    • Degustações
  • Comunidade
    • Autores
    • Membros
  • Promoções
  • Sobre o Lettera
    • Regras do site
    • Ajuda
    • Quem Somos
    • Revista Léssica
    • Wallpapers
    • Notícias
  • Como doar
  • Loja
  • Livros
  • Finalizadas
  • Contato
  • Home
  • Histórias
  • Coincidências
  • Capítulo 20

Info

Membros ativos: 9524
Membros inativos: 1634
Histórias: 1969
Capítulos: 20,491
Palavras: 51,957,181
Autores: 780
Comentários: 106,291
Comentaristas: 2559
Membro recente: Thalita31

Saiba como ajudar o Lettera

Ajude o Lettera

Notícias

  • 10 anos de Lettera
    Em 15/09/2025
  • Livro 2121 já à venda
    Em 30/07/2025

Categorias

  • Romances (855)
  • Contos (471)
  • Poemas (236)
  • Cronicas (224)
  • Desafios (182)
  • Degustações (29)
  • Natal (7)
  • Resenhas (1)

Recentes

  • Entre nos - Sussurros de magia
    Entre nos - Sussurros de magia
    Por anifahell
  • 34
    34
    Por Luciane Ribeiro

Redes Sociais

  • Página do Lettera

  • Grupo do Lettera

  • Site Schwinden

Finalizadas

  • Domínio
    Domínio
    Por Dud
  • RAVENA
    RAVENA
    Por Endless

Saiba como ajudar o Lettera

Ajude o Lettera

Categorias

  • Romances (855)
  • Contos (471)
  • Poemas (236)
  • Cronicas (224)
  • Desafios (182)
  • Degustações (29)
  • Natal (7)
  • Resenhas (1)

Coincidências por Rafa e

Ver comentários: 4

Ver lista de capítulos

Palavras: 5354
Acessos: 2343   |  Postado em: 04/03/2019

Capítulo 20

Haidê dançava colada a Lívia, aspirando o cheiro do cabelo loiro. Tinham terminado o jantar, sentiam-se bem naquele cenário, parecia que o mundo havia parado. Haidê olhou para o cachorro e percebeu sua orelha erguer em alerta, sentiu um aperto em seu coração.

-- Alguma coisa amor? – Lívia sentiu o corpo da morena ficar tenso.

-- Radar levantou as orelhas... – foi interrompida.

-- Morena, ele faz isso até para barulho de grilo.

-- Alguma coisa está errada. – Afastou-se depois de beijar os lábios da empresária – Entre. – pediu com carinho, olhando os olhos verdes. – Tenho que investigar... – a soltou. - Alguma coisa está errada aqui. – Lívia a segurou pelo braço.

-- Não vou falar mais, por isso escute bem: estamos juntas, somos uma dupla, eu não vou deixa-la sozinha, por nada. – explicou irritada e sem tempo para protestos.

-- Tudo bem, não vale a pena discutir. Mas por favor, mantenha-se atrás de mim. – Haidê seguiu em direção à pedra, enquanto Lívia foi até a mesa e pegou a faca – Para que essa faca?

-- Ela cortou um grande pedaço de carne, é amolada... – deu de ombros. – Pode ser necessário.

-- Lívia, eu não quero que se machuque. – jogou a cabeça. Estava realmente preocupada. Temia que alguma coisa lhe acontecesse, mas, seu maior medo era que Lívia fosse obrigada a reagir.

-- E nem eu quero que você se machuque. – olharam na mesma direção e viram um movimento.

-- Veja, tem gente subindo pela pedra. – sussurrou - Eu sabia que isso era perigoso.

-- Não reclama Haidê, isso é natureza, não posso arrancar.

-- E nem eu estou pedindo para fazer isso... – olhou novamente e pediu silêncio. Haidê apontou para três formas que se aproximavam, mostrando a posição de cada um para Lívia. – São três... Espera! São quatro homens. - Lívia olhou melhor e viu o que estava mais próximo de Haidê, não pensou duas vezes: atirou a faca na perna do homem que caiu gritando na areia da praia. Haidê parou, olhou em direção a Lívia e revelou assustada. - Fiquei com medo de você. – ela a olhou estreitando os olhos e um sorriso de lado.

-- O que? Agora são três... – deu de ombros. – Pensei que ficaria mais equilibrado.

-- E agora eles nos viram. – avisou observando-os.

-- Então vamos expulsá-los. – outro homem se aproximou da morena que preferiu se abaixar entre uma fenda, para surpreendê-lo.

-- Ótimo! Agora ela se acha um tatu. – Haidê a olhou irritada, quando o homem chegou ao topo, foi surpreendido com um soco.

-- Viu? Para isso me abaixei – explicou-se. Quando o homem se ergueu novamente, o outro chegou e segurou a morena por trás. Lívia viu que precisava ajuda-la, mas foi empurrada pelo terceiro que a surpreendeu por trás. Quando Haidê viu que o terceiro se aproximava de Lívia, tentou se desvencilhar dos dois que haviam lhe segurado.

-- Ei você me empurrou! – gritou irritada – E quebrou meu sapato novo. – olhou o salto quebrado. – Sabe quanto gastei neste sapato? – o homem deu um sorriso lascivo.

-- Não provoca Lívia. – Haidê gritou enquanto lutava com os dois homens.

-- Ele quebrou meu salto... – voltou a olhar o sapato. – Comprei esse sapato hoje. – quando o homem se aproximou, ela rapidamente o golpeou com o mesmo sapato. – Agora você me irritou de verdade. – declarou quando o homem se recuperou do golpe e pegou um canivete que estava em seu bolso.

-- Lívia, cuidado! – Haidê gritou quando se livrou do primeiro homem.

-- Vem aqui loirinha baixinha.

-- Só... – deu um salto e chutou a pequena faca da mão do invasor – minha... – voltou a chutá-lo no rosto e aproximou-se da mesa, pegou uma bandeja bateu forte em sua cabeça. Ele ficou atordoado com a pancada no rosto, aproveitando-se ela deu uma joelhada na virilha do homem que caiu com as mãos entre as pernas. Neste momento Haidê a olhou e sentiu a dor de um soco. Lívia pegou a bandeja, voltou a bater forte em sua cabeça, derrubando-o. – namorada me chama assim. – ela olhou a morena que sorriu e levou outro soco. Irritada, Haidê se ergueu e bateu forte para cima do seu agressor.

-- Mas você é “cicatriz”. – disse quando o segurou pela camisa, após erguê-lo.

-- Eu sei sua “cadela” e vim aqui para lhe pegar, depois ferir a sua “vadia” da mesma forma que me feriu.

-- Ninguém... – deu-lhe uma cabeçada – fala mal... – deu-lhe outro soco e depois o chutou na barriga, nocauteando-o. – da minha namorada. – as duas se olharam e Lívia se aproximou com um sorriso, segurando uma corda.

-- Achei tão fofinho essa coisa de se irritar quando ele me xingou. – confessou sorrindo e franzindo o nariz. Haidê se derreteu.

-- Vamos Lívia, passa essa corda. – pegou a corda, só então se perguntou onde ela pegou. – Onde arrumou isso?

-- Ele que a trouxe. – apontou o primeiro homem caído com a pancada da bandeja.

-- Vamos limpar essa sujeira, depois quero saber como aprendeu a lutar.

-- Acha que sou de vidro? Eu sei lutar e isso a está irritando, confesse... – ouviram um gemido, a morena deu outro soco no homem.

-- Não gosto quando me atrapalham.

-- Acha que estou lhe atrapalhando?

-- Não é você, e sim ele. – apontou irritada para o homem caído.

-- Melhorou.

-- Depois conversamos. – amarrou os três homens caídos, pegou o celular, ligou para o irmão – Três peixes na rede, preciso de um grande cesto... – Lívia observou a interação de Haidê com Ulisses. - Estou na casa de Lívia... Sim... Não demorem, estou cansada e irritada... Sim. – desligou e olhou para namorada – Agora conte como aprendeu a lutar. – retirou o casaco de couro, só então a loirinha percebeu o coldre com a arma. Radar olhava os homens caídos, como se estivesse vigiando-os, mas, com a discussão das duas, preferiu colocar as patas da frente sobre o fuço.

-- Espera aí, você estava com isso e não usou? Deixou que quebrasse meu salto? Poderia ter rendido todos eles.

-- Não queria assustá-la.

-- E acha o que? Eu quebrei o salto de um sapato novo... – reclamou. – Comprei hoje e perdi.

-- Compro outro sapato, se esse é o problema. – disse vencida.

-- Não sou do tipo que gosta de prejuízos. – voltaram a discutir, quando os homens acordaram ouviram um pouco da discussão.

-- Os rapazes chegaram. – disse olhando para os policiais que se aproximavam pela praia.

-- Ainda bem! Essa loirinha é irritante. – afirmou o invasor com a cicatriz no rosto.

-- Nunca mais vocês atrapalham os planos dela. – Haidê declarou como se fosse uma confissão.

-- Eu não esqueci meu sapato. – olhou para o cachorro – Gato é mais valente que você. – repreendeu o animal  e rosnou, depois olhou para Haidê.

-- Ela está brincando. – acalmou Radar e esticou a mão para acaricia-lo.

-- Haidê, um amigo nos avisou que você pescou uns peixes.

-- Peguei sim. – puxou a ponta da corda. – Uns bagres.

-- Isso está mais para baiacu. – confessou com os braços cruzados.

-- E essa loirinha?

-- Lívia. – esticou a mão – Vem aqui amor, esses são meus amigos. – fez as apresentações e ouviu um dos homens reclamar.

-- Cara, esse aqui é Cicatriz. Ei cara, você está bem? – puxou o homem pela corda, fazendo os outros três caírem. – Haidê lhe deixou vivo?

-- Quer me levar logo para longe dessa vaca e dessa loira insuportável?

-- Cara, para onde você vai, perto dessas duas é o paraíso.

-- E para onde eles irão? – Lívia perguntou.

-- Melhor não ter conhecimento.

 

*********************************

 

-- Meu Deus, que risco vocês correram! – Bá estava assustada com a movimentação em sua casa, não esperava que entrassem assaltantes pela pedra que dava para o mar.

-- Pois é Bá, não levaram nada, mas me deram um prejuizão. – na verdade Lívia estava irritada com a confusão. Os homens atrapalharam sua “festinha particular” e usava o sapato como argumento.

-- Eu compro outro sapato para você. – Haidê revirou os olhos.

-- Nós também, se isso a deixar melhor. – foi à vez de Carlos afirmar.

-- Ótimo! Quem sabe ganho vários modelos, não é? – estava irritada.

-- Minha filha, deixe estes sapatos para depois.

 

*******************************

 

-- Acabou! – jogou-se sobre o sofá do quarto. - Estou cansada.

-- Lógico! – falou irritada. - Se tivesse usado essa arma, teria imobilizado todo mundo e evitado uma briga, além de todo o desgaste físico.

-- Lívia, isso é uma clock e não um raio paralisante. – respondeu com ironia.

-- Não precisa falar assim, eu sei o que é isso. – Haidê a puxou pelo braço, fazendo-a sentar em seu colo.

-- Meu bebezinho ficou zangado hoje. – beijou seus lábios – Eu recompenso na minha etapa da comemoração.

-- Você fica se divertindo, mas veja só tudo isso: meus planos fracassaram, tivemos penetras em nossa festinha. – bateu com o indicador no ombro de Haidê. - Isso serviu para você implicar mais com a localização da minha casa. Meu salto quebrou, descobri que meu cachorro é mais covarde que o Scooby-doo, e ainda... – enumerou sem dar pausa.

-- E?

-- Meu vestido novo ainda rasgou quando levantei a perna para golpear aquele girino.

-- Você rasgou o vestido até a coxa? – perguntou enquanto via o estrago. – Lívia, aquele homem viu bem mais do que deveria. – Quase gritou com a constatação – Você não está de calcinha.

-- Não estou. – afirmou. - Sabia que você iria explorar a região com essas mãos enormes e safadas. – explicou-se.

-- E agora a culpa é minha você não usar calcinha? – a retirou do seu colo e se levantou, logo depois andou em círculos pelo quarto. – Esse... – queria lembrar o nome que a namorada havia dado ao invasor.

-- Girino...

-- Esse girino estraga minha festa particular e ainda vê mais do que deve da minha mulher. – A loirinha despertou com a afirmação de posse da morena.

-- Amor, eu chutei aquela cara asquerosa, não deu tempo de ver nada. – Acariciou o rosto da morena e beijou seu pescoço – Vamos terminar essa noite como planejamos, ao menos, o final não tem como ser mudado. – Haidê a segurou pelas coxas grossas, elevando uma delas, e se perdeu em um beijo profundo. Ela devolveu a loirinha ao chão, enquanto explorava seu corpo. Sentiu as coxas firmes, apertou ao lado do rasgão sem cerimônia, e terminou de rasga-lo. Quando ela viu os olhos verdes se abrirem em alerta, tentou acalmá-la. – Não tem conserto mesmo. – explicou-se e voltou à exploração, deitando-a sobre a cama, depois se colocou por cima do corpo menor.

-- Tira essa roupa... – pediu em um sussurro, Haidê sentiu o corpo todo arrepiar. Ela se afastou um pouco, sem deixar de fitar os olhos verdes, retirou o coldre com a arma, colocando-a sobre a cabeceira da cama. Em seguida, de forma sensual, ela tirou a camisa, desabotoando-a lentamente. Lívia sorriu de forma maliciosa, e passou a língua pelos lábios, provocando-a. Haidê respondeu da mesma forma, aumentando o clima de flerte e desejo. A advogada se ergueu mais um pouco e abriu o zíper da calça, quando tentou abaixá-la, sentiu resistência, olhou rapidamente para loirinha e forçou um sorriso, voltou a forçar a calça para baixo, mas ela não descia.

-- Não desce? – perguntou-se, mas Lívia ouviu.

-- Amor me deixa ajudar. – ofereceu-se já se erguendo, mas a morena a impediu.

-- Não. Eu consigo retirar essa calça. – levantou-se da cama, afastando-se e em pé, tentou empurrá-la até os joelhos. – Não consigo.

-- Haidê, essa calça é couro, deve ter grudado.

-- GRUDADO? Co... Como assim Lívia?

-- Você suou querida... – levantou-se e tentou puxar a calça grudada ao corpo da namorada – Ela aderiu.

-- Era só o que faltava agora. – bufou irritada.

-- Senta na poltrona e levanta as pernas que vou tentar puxar. – quando ela sentou, com a expressão de pouquíssimos amigos, a loirinha lhe piscou e retirou as botas com salto. – Não sei como seu salto não quebrou também.

-- Estou acostumada a lutar com saltos. – respondeu com ironia, mas Lívia apenas lhe observou com os olhos semicerrados.

-- Agora erga essa bunda gostosa que amo... – Haidê a obedeceu, só então Lívia puxou a calça, desceu até as coxas musculosas. Ela forçou mais um pouco e nada. – Não desce amor.

-- Isso eu sei. – respondeu irritada.

-- Espera... – levantou-se e ligou o ar condicionado. – Quando esfriar, ela vai sair mais fácil. O suor aderiu ao couro e grudou. Assim que baixar a temperatura, ela vai desgrudar.

-- Tem certeza que você é bióloga? – perguntou com sarcasmo - Acho que está mais para química. – voltou a bufar.

-- Eu vou pegar um ventilador. – saiu do quarto, após amarrar o vestido, e antes de qualquer protesto de Haidê.

 

***************************************

 

-- Bá, você sabe onde tem um ventilador?

-- Aí minha Nossa Senhora! O que vocês irão aprontar mais hoje? – perguntou ao perceber os olhos verdes cintilando.

-- Nada, só quero desgrudar a calça de Haidê.

-- O que? Colaram a calça dela?

-- Não. A calça dela é de couro, grudou com o suor.

-- Ah!! Tem um ventilador velho lá no armário da garagem. – Lívia correu para pegar. – Por que não experimenta talco? – perguntou quando a loirinha retornou na frente das outras duas senhoras e do jardineiro que trabalhavam na casa.

-- Pode fazer muita sujeira, Bá. – todos seguravam o sorriso, Lívia não percebeu, ela queria se livrar da calça que estava atrapalhando suas fantasias com a advogada.

-- Talco seca, vai sair mais fácil. – Lívia ficou pensativa.

-- Lívia, acho que hidratante escorrega, vai sair mais fácil. – a esposa do jardineiro sugeriu.

-- Boa! Isso faz mais sentido. – piscou e correu para o quarto, sem tempo para escutar as gargalhadas.

-- Essas duas inventam de tudo. – Bá revirou os olhos com a afirmação.

-- Ainda bem dona Dirce. – o jardineiro disse, lembrando a confusão causada pelos capangas de Jacques. - Depois do que aconteceu hoje, elas merecem aprontar um pouco de diversão.

 

*****************************************

-- Voltei!

-- O que você vai fazer com esse ventilador?

-- Usá-lo para ajudar. – ligou e deixou próximo à morena. – Agora vou tentar puxar aos pouquinhos, com o suor secando.

-- Pega uma toalha. – pediu em pé, tentando se equilibrar, mas foi inútil, quando a loira retornou com a toalha, ela tentou se abaixar para secar as pernas e caiu, o que provocou risadas na namorada. – Acha engraçado?

-- Desculpa amor, mas essa cena ficará na minha cabeça pelo resto dos meus dias. – brincou.

-- E se eu ficar aqui dentro pelo resto da noite? Nada de sex*, de banho e...

-- Parou! Parou! Não quero saber de mais desastres por hoje. Vamos derramar o hidratante por dentro da calça, assim ela escorrega.

-- Nem pensar Lívia, isso vai fazer a maior sujeira. – Lívia apontou para uma cadeira próxima à porta da varanda.

-- Senta ali e segura naquela mão francesa para eu puxar.

-- E se aquele vaso cair na minha cabeça?

-- Ele não vai cair Haidê. – respondeu com sarcasmo. – Você é forte, mas não desta forma. A morena atendeu a namorada, mesmo contra sua vontade. – Deixa o ventilador esfriar um pouco mais o corpo.

-- Deixei o ar condicionado em quinze graus. – concluiu irritada. - Picolé de couro não é meu forte. - a loirinha deu de ombros.

-- Agora segura firma que vou tentar puxar. – ela tentou e foi conseguindo, até um pouco acima dos joelhos, fez força e caiu no chão.

-- Machucou? – perguntou preocupada.

-- Não. Vamos, estou quase conseguindo. – voltou a tentar – Quando eu puxar aqui, você segura firme ai para não vir junto. – a morena assentiu e quando viu Lívia puxar a calça que saiu após muita dificuldade, sentiu o pequeno vaso cair sobre sua cabeça. – Ai meu Deus! Amor?! Amor?! – bateu de leve no rosto da morena.

-- Estou bem... – respondeu jogando a cabeça e alisando-a com a mão. Olharam-se. – Eu falei. – Lívia se jogou no chão sorrindo.

***************************************

 

-- Amor, eu preparei uma banheira com uma água bem gostosa e cheirosa para você.

-- Isso! Não matou com o vaso, agora vamos para o choque térmico. – respondeu com sarcasmo. Ela caminhou até o banheiro com as pernas um pouco abertas.

-- Não seja ingrata, você reclamou que está “melecada”, preparei esse banho para relaxar.

-- Irei relaxar. – permaneceu com ironia. Lívia preferiu fazer uma massagem, queria amenizar o mau humor da morena que se limpou no chuveiro.

-- Lívia...

-- Oi...

-- Tem uma coisa errada aqui... – olhou para suas coxas e pernas.

-- O que? Ai meu Deus! – perguntou e antes mesmo que a namorada respondesse, ela concluiu. – Isso é assadura?

Lívia pediu remédios na farmácia, depois que chegou, passou pelo corpo de Haidê que permanecia emburrada, monossilábica. A loirinha sabia que estava envergonhada, por isso não comentou mais sobre o assunto. Passou o remédio pelas pernas da advogada.

-- Melhor não vestir mais nada por hoje.

-- Dormir nua?

-- Haidê, isso não será a primeira, e com certeza, nem a última vez. – repreendeu. – Deixa esse falso puritanismo, deite-se, tente relaxar e dormir. – a morena resmungou alguma coisa e deitou emburrada. Lívia lhe fez cafuné até adormecer.

No outro dia, bem cedo, antes que a namorada acordasse, Lívia preparou o café da manhã e levou na cama, queria passar uma borracha na noite anterior. Impossível! Todos sabiam sobre o ocorrido, quando Haidê saiu para trabalhar, muitos lhe perguntaram se estava bem. O seu dia foi péssimo, enfiou-se no serviço, pediu que a secretaria não lhe passasse nada e avisasse a todos que não estava.

 

********************************************

 

Haidê permanecia entretida com alguns processos, revisando-os quando alguém bateu a porta, ela levantou a cabeça e viu sua antiga amiga de faculdade.

-- Ainda por aqui doutora Haidê?

-- Olá excelência!

-- Como está a minha velha paixão platônica? – sorriu.

-- Estou bem. – a avaliou. - E que papo é esse de paixão? – perguntou erguendo a sobrancelha.

-- Desde a faculdade eu sonhava com você... – afirmou de forma zombeteira – Um sonho distante. – completou sorrindo. – Fiquei sabendo que a senhora agora é “quase” casada. – fez aspas.

-- Vamos lá, vou adivinhar a fonte. – Sentou-se melhor em sua cadeira e colocou o dedo indicador no queixo, fingindo pensar. – Melissa Cristina ou Mariana? – Silvana sorriu. - Enquanto namorava todos e todas do curso e mais tantos outros... – falou com voz de enfado. – Tinha mesmo tempo para manter uma paixão platônica?

-- Verdade... Saudades daquela época. Acho que nossa turma foi a recordista de gays e lésbicas. Até mesmo as que se assumiram depois. Cristina se assumiu desde cedo e foi atrás da felicidade, mas você... – deu uma gargalhada - Haidê você surpreendeu a todos. Quando soube que mudou de lado, precisava saber dos detalhes sórdidos.

-- De que lado? - entrou na brincadeira olhando para todos os lados – Não mudei de lado, apenas abri os horizontes. – estava se divertindo com a amiga – Mas qual das duas falou?

-- Nenhuma. Foi Pedro, aquele “maureca” namorado da Mari...

-- Sei, mas eles não namoram mais. – a juíza ergueu as mãos em prece. – Mas como ele lhe disse assim? Ele sabe que somos amigas e que você é linha dura.

-- Saiu espalhando para todos no fórum, e até fora dele se duvidar. Ele disse que lhe viu aos beijos com uma mulher.

-- E o idiota foi falar isso logo para você? – voltou a rir. Haidê se levantou e pegou um pouco de água, ofereceu para a juíza que aceitou.

-- Pois então... - bebeu um pouco. – Quando ele me falou, eu não me segurei, puxei pela memória seus melhores momentos como advogado dentro daquele fórum.

-- Um tipo qualquer. – pensou alto. - Imagino como foi o momento remember.

-- Mas essa história... Diga-me, você realmente está com uma mulher? Na faculdade você passou o rodo geral no time masculino. – Haidê pensou um pouco e respondeu ponderando as palavras.

-- Silvana, naquela época não existia uma loirinha, baixinha e do nariz arrebitado. – bebeu um pouco da água. – Eu não mudei de lado, não me considero homo ou heterossexual, eu sou apaixonada por Lívia, apenas isso. – a juíza fez uma expressão pensativa e questionou.

-- Acha que seria diferente se eu tivesse insistido, ou foi à loirinha que efetuou essa mudança?

-- Lívia efetuou a mudança, posso afirmar sem esforço algum... – sorriu com a lembrança – Bati os meus olhos naquele verde mar e caí de amores.

-- À primeira vista?

-- A primeira, segunda, terceira... quinta... – sorriu novamente – Todas às vezes que nos encontrávamos, nossos olhos eram atraídos como ímãs.

-- Desisto! – bateu na mesa.

-- Como se você estivesse livre e não existisse Elisângela. – Silvana fechou os olhos e voltou a abrir com tristeza.

-- Ela me deixou.

-- O que? – estava surpresa – Quinze anos?

-- Poucos meses para treze... – deu de ombros - Ela queria filhos, eu não acho que nasci para ser mãe... – suspirou – Ela encontrou alguém que queria tanto quanto ela ser mãe.

-- Nossa Silvana! Eu não sabia que você estava passando por isso... – tentou se justificar.

-- Não... – olhou para os olhos azuis que a observava - Eu tirei alguns meses de licença, voltei faz pouco tempo. Precisava reorganizar minha vida e minhas prioridades.

-- Algo que possa ajudar?

-- Caso não dê certo com a loirinha, poderia me colocar como prioridade na fila? – Haidê deu uma gargalhada.

-- Prometeria isso, se houvesse chances, mas sou tão dela que nem na minha vida mando mais. – andou pela sala explicando como estava sua vida. Lívia bateu de leve na porta e colocou a cabeça para dentro, interrompendo-as.

-- Atrapalho? – havia combinado de pegá-la, pretendiam comprar um presente para Helena. Quando a empresária viu sua namorada com a ruiva bonita, de intensos olhos verdes, entrou observando-as.

-- Essa gatinha é o amor da minha vida. – declarou enquanto Lívia a envolvia em um abraço. – Amor, esta é Silvana, ela estudou comigo na faculdade.

-- Olá – sorriu – Muito prazer. – estendeu a mão.

-- Silvana está é Lívia, a dona do meu coração.

-- Muito prazer, Lívia. – a loirinha apertou a mão da juíza, mas, os sinais de alerta de perigo falavam mais alto.

-- Vocês se encontraram aqui? – perguntou e se penitenciou por isso.

-- Silvana veio nos visitar. – a juíza percebeu o ciúme, resolveu provocar, queria apenas observar a reação do casal.

-- Querida, estou muito feliz que finalmente tivemos tempo para nos sentar e matar a saudade, mas agora tenho que ir. – beijou o rosto da morena e acenou para loirinha, que a observava com a expressão fechada. Haidê olhou para amiga, viu que ela estava aprontando, apenas cerrou os olhos.

-- Matou bastante as saudades? – Lívia perguntou e antes que respondesse, saiu pisando forte.

-- Volta aqui, baixinha. – a puxou pela mão. – Ei, Silvana gosta de provocar. – a beijou. – Ela é amiga da faculdade, nunca rolou nada, só amizade.

-- Conheci Úrsula, Mariana, Cristina, Samuel e ninguém jogou olhar de peixe morto para você. – Haidê deu uma gargalhada.

-- Eu amo você loirinha. – a beijou e abraçou forte. – Só você.

-- Por que ela não joga charme para Úrsula? Ela está sozinha.

-- Nem falei, mas acho que Úrsula está encantada por Camila.

-- Sério?

-- Sim.

-- Gostei de Camila.

-- Ela é gente boa. – beijaram-se. – Mas agora eu quero minha loirinha para melhorar meu dia.

-- Ainda chateada?

-- Queria matar aqueles idiotas. – confessou.

-- E eu queria... Um par de sapato novo.

-- Um par de sapato novo.

 

**********************************************

 

-- Vamos para casa? – Haidê já estava cansada de andar. A noite anterior havia sido estressante, além da assadura, não havia dormido muito bem. Passou o dia todo trabalhando, estava esgotada.

-- Presente para dona Helena... – pensou. - Pode ser algo para casa, para uso pessoal... Amor, deve ser algo divertido... – a advogada olhou pensativa.

-- Brinquedos sexuais? – a loirinha a olhou com censura – Eu não conheço diversão melhor. – Balançou as sobrancelhas e recebeu outro olhar de censura.

-- Sabe que ela é sua avó, não é? - Haidê se rendeu.

-- Só quero ir para casa. – pensou um pouco. - Que tal um jantar? – era sua última tentativa. Lívia lhe olhou por alguns instantes e sorriu.

-- Ótima ideia! Poderíamos ir a um bom restaurante e planejarmos um excelente jantar. Obrigada amor! – aproximou-se e lhe beijou o rosto. Haidê ficou envergonhada, estavam no meio do shopping e essa era uma situação nova, em todos os aspectos. Era o tipo de pessoa que não gostava de manifestações de carinho, sempre foi reservada. – Venha, acho que sei onde encontraremos este restaurante. – puxou a mão da morena.

-- Lívia, você pretende ir atrás disso hoje?

-- Claro. – sorriu – Poderemos jantar, enquanto definimos cardápio e circunstâncias. – afirmou sorridente e foi impossível negar alguma coisa, sabia que estava rendida a todas as ideias dela.

************************************

 

-- Ótimo seus idiotas! – esbravejou. – Eu não pago vocês para pensarem e sim agir. – levantou-se irritado da poltrona em que estava recebendo massagem de uma mulher.

-- Era uma boa oportunidade de prendê-las, eles iriam pegá-las distraídas, se o senhor me entende. – completou com malícia e se arrependeu.

-- Nunca pegarão Haidê O´Brien Aqueu distraída, ela é muito mais esperta do que todos vocês juntos. – gritou e se aproximou do homem, levantando-o pela camisa. – Agora não temos quatro dos nossos homens.

-- O... O se... Senhor pode falar com aquele seu amigo e...

-- Ele não pode nos ajudar agora... – o jogou longe – Não podemos ameaçar sua posição neste momento, ele nos fornece informações de dentro da Interpol.

-- Os caras foram presos pela polícia e...

-- Serão todos entregues a Interpol, seu imbecil! Todos nós somos alvos de investigação e procurados.

-- Mas ele é seu amigo chefe...

-- Não fale mais uma palavra, seu energúmeno!

-- O que é isso chefe? É de comer? – o outro perguntou após se aproximar com uma bandeja.

-- Desapareça daqui! – jogou um copo no homem encolhido no centro da sala – E só apareça quando pegar Haidê.

-- E a loira?

-- Faça o que quiser. – gritou novamente. – Odeio aquela loira irritante e metida à boazinha.

 

**************************************

 

-- Amor, por favor, eu não aguento mais comer.

-- Ainda não provamos o prato principal.

-- Lívia, experimentamos umas três entradas e isso aqui... – apontou para o salmão ao molho de maracujá – não é prato principal?

-- Entrada... – apontou irritada para o cardápio – Ainda estamos longe do principal. – a morena mostrou desânimo – Mas concordo com você, estou muito satisfeita... – Haidê lhe sorriu – Por hoje. - avisou com um olhar zombeteiro – Podemos passar direto para a sobremesa.

-- Sobremesa?

-- Tem petit gateau... – declarou com um olhar de criança.

-- Podemos pedir e voltar para casa? – afirmou.

-- Fechado.

-- Sinceramente meu anjo, eu não sei como consegue tanto espaço para comida neste estômago. – declarou enquanto chamava o garçom.

-- Meu metabolismo é rápido. – respondeu sorrindo.

 

 

**********************************

 

-- Vamos para sua casa? – perguntou desconfiada.

-- Sim.

-- Nossos planos não eram outros?

-- Não quero ninguém me olhando com sorrisinhos.

-- Haidê...

-- Não adianta Lívia, estou cansada, não quero quebrar o queixo de ninguém hoje.

-- Não é para tanto.

-- Claro! – balançou a cabeça em negação. - Não foi você. – respondeu irritada.

-- Não precisa ser grosseira. Quanto a quebrar queixos, acredito que uma boa conversa e...

-- Ainda lhe chamaram de loirinha irritante e mimada. Lembra o motivo? As reclamações por causa do salto. – interrompeu lembrando os comentários que lhe fizeram na noite anterior.

-- Eu não sou isso...

-- Pois é. – sorriu vitoriosa. – Imagina se falam da minha calça.

-- Não adianta sorrir assim.

-- Não comece Lívia. – avisou em tom de alerta.

-- E se começar? – desafiou.

-- Estou avisando, não provoque.

-- E se eu prosseguir? – esperou Haidê estacionar na garagem e sentou em seu colo. – Gosta disso? – beijou o pescoço da morena.

-- Como consegue?

-- Consigo o que?

-- Fazer isso? – sentiu as carícias pelo seu corpo e pequenas mordidas em seu pescoço e queixo.

-- Conheço cada centímetro deste corpo... – estavam envolvidas entre beijos e carícias, quando o telefone da morena tocou. – Não atende. – pediu com um sussurro.

-- Pode ser vovó ou algum problema em casa... – alegou contendo a respiração. Lívia se ajeitou no banco, dando espaço para Haidê falar ao telefone. – Sim... Oi Ulisses... – Lívia a olhou com indignação. – Não poderia aguardar chegar? Sim, não é uma boa hora... Não é da sua conta... – respondeu irritada – Ontem foi uma noite terrível, quase não dormi, preciso descansar... Amanhã? – Lívia desceu do carro e bateu a porta. – Sem chances Ulisses. Não posso falar agora, estou ocupada... Não. Estou falando sério, não posso ir aí amanhã. – foi enfática – Agora preciso ir. – desligou sem esperar o irmão se despedir e subiu o mais rápido que pode até seu apartamento. Logo ao entrar, viu a expressão séria da sua avó, sabia que ela iria repreendê-la. – Agora não vó, não é uma boa hora.

-- Agora sim. – foi firme. – O que realmente pretende?

-- Como assim, dona Helena?

-- Quanto tempo da sua vida pretende desperdiçar com esta vingança tola?

-- Vingança tola? A senhora sabe o que perdemos. Como pode falar isso?

-- Foi o destino, minha filha. – apontou para o quarto - Agora o que está fazendo é pura tolice. – antes que a morena retrucasse, a senhora mais velha completou – Essa menina veio para trazer paz para seu coração, luz para sua vida, um recomeço cheio de esperanças e amor. Essa sua fé cega em seu irmão...

-- Vó, ele é meu irmão, quem sempre me apoiou em todos os momentos... – passou a mão pelo cabelo. – Ontem a casa de Lívia foi invadida, queriam nos matar. Quem limpou a sujeira? Foi Ulisses. – suspirou cansada – Não é fé cega.

-- Fé cega sim. – interrompeu – Você faz o que ele quer, sempre foi assim.

Quem a levou para essa trama de polícia, ladrão e vingança foi ele. Seus pais não admitiriam nunca isso.

-- Sou adulta para fazer minhas escolhas.

-- Então continue assim e perderá a pessoa que ama. Não bastou ontem?

-- Vó... – falou em um fio de voz.

-- Sem vó... Não adianta, vai perdê-la e depois não adiantará nada de vingança, viverá sozinha e se arrependerá. – saiu sem tempo para contestações. Haidê foi para quarto, ao entrar, viu Lívia sentada próxima à janela, observando o mar.

-- Oi... – sussurrou.

-- Vai mesmo viajar amanhã? – perguntou sem olhá-la.

 

Fim do capítulo


Comentar este capítulo:
[Faça o login para poder comentar]
  • Capítulo anterior
  • Próximo capítulo

Comentários para 20 - Capítulo 20:
patty-321
patty-321

Em: 04/03/2019

Ah essas duas. São demais. Se virasse filme essa estória, ia ser muito legal. São realmente almas gêmeas.


Resposta do autor:

Quem dera virar filme kkkk... Bjs

Responder

[Faça o login para poder comentar]

LeticiaFed
LeticiaFed

Em: 04/03/2019

Muito bom, tudo errado no momento romântico... Livia sem calcinha só reclamando do sapato e Haidê colada na calça de couro. Enquanto isso o cosplay do Scooby Doo só observando...hahaha

E dona Helena tem parcialmente razão, essa vingança é difícil pra todos, mas por outro lado Jacques não vai deixar as duas em paz. Então acho que não tem alternativa mesmo. 

Boa semana, bj!


Resposta do autor:

A pergunta é: Jacques ama Haidê ou é orgulho ferido? Oh dúvida cruel. Quanto a Lívia, Haidê é uma grande santa, porque ela incomoda muita gente...kkkkkkk. Bjs

Responder

[Faça o login para poder comentar]

Baiana
Baiana

Em: 04/03/2019

Essas duas não ficam dois minutos só de love, sempre acontece algo para estressar uma das duas.

Tô ansiosa para ver o Jaques se dando mal de vez,ao enfrentar a dupla dinâmica.


Resposta do autor:

São esses bandidos, uma grande corrente do contra. Isso vai acabar, logo ela estarão bem. Beijos

Responder

[Faça o login para poder comentar]

Mille
Mille

Em: 04/03/2019

Ola Rafa 

Relembro essa cena na calça de couro kkkkkk ri novamente. E a loirinha zangada por ter quebrado o salto.

Haide terá que decidir abandonar a Lívia para seguir o irmão ou deixa-lo sozinho na vingança. Ou encontrar uma forma de incluir a Lívia e Ulisses no mesmo ambiente. 

Bjus e até o próximo capítulo 


Resposta do autor:

Sinceramente, depois de tudo, ainda aguentar Lívia reclamar do salto alto, essa Haidê é uma santa. Beijos

Responder

[Faça o login para poder comentar]

Informar violação das regras

Deixe seu comentário sobre a capitulo usando seu Facebook:

Logo

Lettera é um projeto de Cristiane Schwinden

E-mail: contato@projetolettera.com.br

Todas as histórias deste site e os comentários dos leitores sao de inteira responsabilidade de seus autores.

Sua conta

  • Login
  • Esqueci a senha
  • Cadastre-se
  • Logout

Navegue

  • Home
  • Recentes
  • Finalizadas
  • Ranking
  • Autores
  • Membros
  • Promoções
  • Regras
  • Ajuda
  • Quem Somos
  • Como doar
  • Loja / Livros
  • Notícias
  • Fale Conosco
© Desenvolvido por Cristiane Schwinden - Porttal Web