primeira impressão
Ela deveria ter 1, 60 , cabelos negros e curtos. Parecia ter saído de um comercial, pois sua fave era linda , aqueles lábios deveriam enlouquecer qualquer um.
- o senhor Fernando Aguiar – sua voz era rouca , firme.
Fernando se aproxima se apresentando.
- sou eu .
- detetive Ferraz , Ayla Ferraz
Nossos olhos se encontraram, o verdes dos meus, contra um azul da cor do mar. Naquele momento parece que minha vida , começou a fazer sentido.
-graças a Deus chegaram, vamos resolver logo isso e ir embora-meus pensamentos estavam confusos, olho pra Alexa tentando entender o que falava.
-o que foi Alexa?
- o que está acontecendo , você parece aérea.
-não está acontecendo nada.
Volto minha atenção pra policial que permanecia conversando com Fernando.
-vamos ter que conversar com seus convidados. Fagundes vá até a cena do crime que vou averiguar ao redor da casa - ela falava com o policial que estava ao seu lado - preciso das câmeras de segurança - Fernando sacode a cabeça em sinal de afirmativo - e preciso que ninguém saia até que faça algumas perguntas.
Ela vira falando com os convidados que estavam próximos.
Ela sai por alguns minutos e retorna com outro policial.
-não encontramos nada lá fora, verificamos algumas pegadas em direção a janela do seu quarto - fala com dono da casa.
-isso é porque essa pessoa que me roubou, deve ter entrado pelo lado de fora, não vi ninguém subindo as escadas para o segundo andar.
Meu sorriso aumenta ao ouvir a conversa.
-quer parar de sorrir , estamos em uma cena de crime!- Alexa me cutuca.
-já viu que policial gatinha?
-você não perde tempo Dominick, você nem sabe se a moça e Lésbica. Não é porque você já nasceu Lésbica que todas são.
- não nasci lésbica, só nasci com gosto apurado.
Ela revira o olhar, atitude característica nela.
Volto minha atenção pra policial que conversava com Vanessa e Ricardo, conhecidos em nosso meio social. Não via a hora em que a teria em minha frente, não conseguia entender essa força que me fazia acreditar que aquela moça era alguém que já havia encontrado antes .
- Oi, vocês estavam aqui dentro da casa quando o senhor Fernando alarmou que havia sido roubado? - olho na naquele olhar firmemente, ela era ainda mas linda de perto.
-estávamos – Alexa responde – Dominick e eu estávamos conversando.
-você não viu nada que possa ajudar?
-não, ela não viu - novamente Alexa toma a frente.
-Ela não sabe falar? -me olha com aqueles olhos que pareciam duas pedras preciosas.
-sei sim, não vi nada - a olho desafiadoramente - está desconfiando de mim, fique a vontade, pode me revistar - seu olhar era também de desafio.
-Policial...- Fernando chama
-detetive senhor Fernando, detetive.
-não precisa fazer perguntas a Dominick , ela é a que menos precisar cometer tal ato.
Ela me olha dos pés à cabeça, como se duvidando.
-tudo bem.
-uma pena, ia adorar suas mãos tocando em meu corpo.
Falo baixo pra que somente ela escutasse, por alguns instantes percebi o brilho em seu olhar , pra logo em seguida parecer que saiam fogo.
Ela sai de perto deixando um rastro de seu perfume.
-você ficou maluca de falar isso Dominick !
-bem que queria que ela me revistasse mesmo – solto uma gargalhada fazendo com que algumas pessoas se viram em nossa direção.
...
Sai o mais rápido possível de perto daquela mulher, ao ouvi – lá falar aquilo, meu corpo reagiu de forma extraordinária. Na profissão de exercia, já havia tomara diversas cantadas , mas levava tudo na esportiva, mas com aquela mulher meu corpo agirá totalmente diferente.
Havia terminado meu namoro a mas de um mês, meu namorado um policial ciumento e possessivo trabalhava em outro DP mas vigiava meus passos dia e noite, e aquilo me sufocou de uma tal maneira que não aguentei e terminei, mas mesmo depois do término ele ainda continuava a querer fazer parte de minha vida.
Já tinha tido outros namorados mas poucos, apesar dos meus 29 anos. Eu Sempre achei que faltava alguma coisa nas pessoas com quem fiquei , parecia estar procurando algo que não entendia , um gesto , uma palavra.
Aquela moça havia mexido comigo , seu jeito , seu olhar me era tão familiar. Devo está ficando louca , pois jamais a vi, então como parecia familiar!
Volto minha atenção para os outros convidados ,mas não conseguia tirar da cabeça o modo que meu corpo reagiu as suas brincadeiras.
- detetive , por favor quero sigilo absoluto em relação a esse roubo . E quero que nome de Dominick Seja retirado da investigação. Insisti muito pra que ela comparecesse a festa, a presença dela e muito importante pra mim.
O dono da festa parecia bem preocupado com a situação. Quem era aquela mulher ?
-tudo bem senhor Fernando , só me deixe fazer meu serviço, enquanto a não haver boatos, sua casa esta cheias de convidados, essa notícia pode vazar por qualquer pessoa.
Afasto-me a procura de Carlos, meu amigo que é policial e que sempre me acompanhava nas ocorrências, ele era gay , mas somente eu sabia, conhecia sua vida particular, afinal conhecíamos a anos.
- Carlos conseguiu alguma coisa, alguma pista dessa ladra.
- como você sabe que é uma mulher? pode ser um bofe gostoso , um homem aranha do mal.
-porque nenhum homem consegue arquitetar um assalto, tão bem elaborado , sem deixar alguma pista, tenho certeza que é a mesma ladra que roubou as outras mansões.
-o pior lalinha e que os convidados são sempre o mesmo.
-Carlos pare de me chamar assim , estamos trabalhando! - aquele apelido Carlos me dera desde nos conhecemos, mas só era falado Quando estamos sós, as vezes ele esquecia.
- ah Ayla, não tem ninguém perto. Mas voltando ao assunto, já viu quando macho gato - ele coloca as mãos no rosto, em um gesto de espanto. Ri internamente, ele jamais agiria assim , se tivesse mas alguém perto.
Lembrei-me daquela mulher, outra vez meu corpo sentiu aquela sensação de reconhecimento.
-você sabe quem é aquela moça?
-qual ?- lembrei que logo após termos chegado Carlos saiu da sala, me deixando com a função de interrogar os convidados.
- uma moça alta, cabelos abaixo dos ombros e lisos, morena clara . Tem os olhos verdes. Muito bonita!
-hum , a maioria das convidadas são lindas, umas deusas.
-o senhor Fernando comentou que ela é a presidente da empresa do qual é sócio.
-parece que ficou bem interessada em mulher!
- ah Carlos , se quiser falar fala, não estou interessada , só curiosa pois o senhor Fernando me pareceu receoso quando a interroguei.
-hum deixa me ver - me olha com uma cara de misteriosa, parecendo puxar pela memória a resposta a minha pergunta.
- Ela está ao lado de uma ruiva de cabelos cacheados e olhos castanhos - sinceramente não havia reparado na moça a seu lado, na hora só pensava em como meu coração disparou ao ouvi – lá gracejando para meu lado. Acho que estou carente! Penso.
- e sim – acabo confirmando sem lembrar-me realmente se a mulher era ruiva, que estava ao lado da morena.
- deve está falando de Dominick , pelo menos a descrição bate - ele me pareceu eufórico ao falar da tal Dominick , mas parou de falar como se lembrando algo.
- e ?- minha curiosidade aumentou quando ele calou. Essa moça devia ser importante mesmo, pra Carlos ficar assim.
-as más línguas falam, que ela é uma conquistadora nata, é lésbica assumida. Nossa Lalinha, sempre a achei linda! Sempre que vejo alguma matéria em que é mencionada chego a me arrepiar- meu olhar para meu amigo, foi de pura descrença. Desde que o conheço, jamais o vi se arrepiar por alguma mulher - e verdade! A acho linda, além de super poderosa, ela era a única herdeira de Frederico que morreu faz alguns anos.
-eu lembro dele, sempre estava envolvida em algo escuso. Não sabia que tinha uma filha. Na época em que sua esposa e filhos morreram , lembro que jamais ser mencionada o nome de uma filha.
-isso é porque , ela é bastarda. Sua mãe era empregada do senhor Frederico e engravidou do patrão.
-mas uma das inúmeras histórias de patrão e empregada.
- poderia até ter sido , mas pelo que sei, ele jamais assumiu a filha , até a morte da esposa. A mãe dela sumiu com a criança, no caso ela, quando essa nasceu e depois de anos ele foi atrás exigindo a guarda da filha, isso porque não queria deixar sua fortuna com alguém que não tivesse seu sangue.
-então essa moça deve ser, mas uma patricinha?– me pergunto.
-engano seu, pelo que sei ela passou anos em um colégio fora do Brasil, e que viu seu pai poucas vezes. Ela só voltou mesmo por exigência do velho que estava morrendo.
-e sua mãe?
- essa morreu pouco depois que a filha a deixou , e acho que ela sempre culpou o pai.
-agora me diz uma coisa, Como você ficou sabendo de tudo isso? Esses fatos não devem que saído em nenhum noticiário.
Ele faz uma cara de sapeca, relembrando algo.
- anos atrás, conheci um rapaz que trabalhava como assessor do velho. Não sei se ainda trabalha . Mas na época ele tinha acabado de voltar da Inglaterra , pois tinha ido buscar a filha do velho, no caso, Dominick! Ficou mesmo curiosa em relação a ela , né bonita. Cuidado viu, ela não brinca em serviço se referindo a mulher !
- deixa de ser maldoso, só fiquei curiosa. Acho que esqueceu que meu negócio é outro.
-sei não, já vi tanta mulher, até mesmo as casadas a anos, Se encantarem por outras mulheres.
Jamais ia admitir , que realmente , aquela mulher me impressionou de alguma maneira.
- vamos parar com essa conversa fiada e voltar ao serviço.
Na verdade não queria voltar pra dentro da casa, não conseguia entender o porquê estava tão receosa de estar outra vez na frente da tal Dominick , mas tinha que concluir o caso do roubo , colher as provas que faltava.
Assim que entro a vejo conversando com uma moça que não sabia o nome, mas sabia ser filha do anfitrião. A garota alisava seu rosto e o gesto causou um incômodo fora do comum em meu íntimo.
O policial que havia subido para a cena do crime se aproxima pra falar, mas minha atenção estava pra aquela cena em que Dominick era a protagonista.
-detetive , não encontrei nenhuma pista no quarto . Quem entrou no aposento, ou conhecia muito bem o local, ou é muito competente pra não deixar nenhuma pista.
Tento voltar minha atenção para o policial.
-tudo bem , esta difícil analisar o local lá fora, tem pouca luminosidade. Vou conversar com o senhor Fernando pra que voltemos de dia.
Na verdade queria era sair dali e não presenciar mas aquela cena, a garota agora beijava os lábios de Dominick com suavidade.
Vou a procura do anfitrião e converso a respeito de voltarmos pela manhã. Carlos que observava a todos se aproxima.
- ela é muito linda mesmo, muito mas linda do que nas revistas.
Fala se referindo a Dominick.
-vamos embora, amanhã cedo retornamos pra procurar alguma pista, se é que há pista.
...
Quando vejo a detetive voltando pra dentro da mansão, outra vez aquela mesma impressão de tê-la visto outras vezes. Ela me olha , e seu olhar tinha algo de familiar.
Isadora estava a meu lado , a filha de Fernando tentava chamar minha atenção. Mas não conseguia olhar ou pensar em mas nada, a não ser naqueles olhos que expressavam muitas coisas , muito mas do que qualquer palavra.
Quando ela se foi , parecia que um vazio se instalou em meu peito . Ali, naquele lugar, nada mas fazia sentido.
-vamos Alexa, pra mim já deu essa festa.
-tá cedo ainda Domi – Isadora que estava ainda a meu lado, argumenta - fique mas um pouco.
- não dá Isadora, amanhã cedo viajo para o Rio de Janeiro a negócios - Alexa me olha sem entender , sabia ser mentira, mas eu queria me afastar dali.
-vamos então Dominick.
Despeço-me de Fernando , que parecia não gostar de minha ida mas sabia não poder fazer nada.
-desculpe-me pelo que aconteceu , mas não se preocupe, seu nome não estará associado ao ocorrido.
-tudo bem Fernando, nos vemos na empresa.
Alexa também se despede e partimos.
No caminho até ao condomínio que Alexa morava , praticamente foi feito em silêncio. Estava com meu pensamento longe, e minha amiga percebeu o que me incomodava tanto.
-aquela policial parece ter mexido mesmo com você!
- detetive. Não mexeu tanto assim , só a achei bonita - minto.
-bonita?
- tá bom, linda!
-cuidado Dominick, você nunca teve o dedo muito bom pra mulher.
Ela se referia a meu último relacionamento. Taciana era linda, mas o caráter bem duvidoso .
A conheci quando viajei para o norte do Brasil. Quando a conheci, menti está de férias, estava em uma praia conhecida do Pará, em uma das ilhas mas lindas que já conheci, Ilha do Marajó. A primeira vista , me pareceu uma garota simples , sem muita ambição. Não foi amor, eu sabia disso , mas tínhamos uma conexão muito boa.
A garota estava de férias na ilha. Algum tempo depois de estarmos juntas, descobri que desde o início ela sabia quem eu era, apesar de nunca ter falado sobre minha pessoa. Alexa descobriu através de um detetive particular , que nada que Taciana falava sobre sua vida era verdade.
- Taciana não era tão má pessoa, só queria se dar bem como muitas mulheres que se aproximaram de mim.
-ainda bem que você não tem coração e não se deixou envolver.
Solto uma gargalhada ao ouvir suas palavras, Alexa não aguenta e me segue na risada.
-falando sério Dominick , cuidado! Essa mulher que te chamou atenção e policial , é da lei , e o que fazemos está totalmente fora dela.
Ficamos em silêncio até chegarmos, a deixo em sua casa e sigo para onde morava.
Assim que chego , tomo banho e sigo direto para o quarto , precisava descansar. Mal encosto minha cabeça no travesseiro o sono me pega.
-não Ana, você está correndo perigo!
Estava em uma cocheira , a pessoa chega a minha frente me abraçando. Aquele corpo era tão familiar , amava está naqueles braços.
Aqueles lábios que cobriram os meus eram minha perdição. Delicadamente a pessoa abre cada botão de minha blusa de montaria. Seus lábios abandonam minha boca e encontram o caminho de meus seios que estavam rugidos de desejo.
-eu preciso de você - minha voz era rouca pelo desejo.
Precisava sentir seus lábios outra vez . Minhas mãos segura seu rosto e puxo pra que nossos lábios se encontrassem, quando chegam perto . Bem na hora em que nossos rostos se encontram, alguma coisa me impede.
Acordo banhada de suor, outra vez o sonho me tomou a noite, e outra vez não conseguia ver o rosto daquele que desde que me entendo por gente, me persegue.
Fim do capítulo
Boa tarde meninas!
mas um capitulo de A ladra, tenham todas uma excelente semana.
bjss
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