CapÃtulo 8 - Reencontro
Carolina estava de volta a Niterói, Carlos embarcou novamente e Roberta voltou ao trabalho, tudo estava em sua normalidade, menos a rotina de Carolina, que ainda não tinha voltado a trabalhar. Marcou uma bateria de exames no hospital Matriz para ver se sua recuperação estava completa para poder voltar aos corredores do hospital como uma profissional e não como paciente.
Nesse intervalo de tempo, Ângela estava cada dia mais distante de sua mentora, já estava quase a esquecendo, pelo menos era o que ela queria acreditar, mas não passava um só dia sem pensar no seu retorno, nunca mais tocou no assunto com Aline, que depois de algumas tentativas, resolveu dar tempo à amiga para que ela conseguisse organizar as ideias.
Samantha não tentou procurar Carolina novamente, Lucia estava no Brasil e fazia de tudo para monitorar a esposa, apesar de ter prometido exclusividade como parte do acordo com Lucia, Samantha não conseguia ser fiel, ainda buscava no sex* o alento para o vazio que sentia, o vazio que permanecia mesmo com o casamento, com o luxo e o dinheiro que Lucia lhe dava, percebeu que o problema não eram os programas, mas a busca incessante pelo prazer, de qualquer forma, um jeito de preencher a lacuna que vivia aberta em sua vida.
Esse comportamento autodestrutivo permanecia, mesmo longe de Carolina, percebeu que tudo não passou de desculpas, idolatrou o amor que sentiu por Carolina como se esse fosse sua tábua de salvação, quando na verdade só quem poderia lhe salvar era ela mesma, não com o amor de outra pessoa, mas com amor próprio e isso parecia que ia se compondo na cabeça desvirtuada da ex modelo.
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No dia marcado para a realização dos exames em Carolina, Raquel e Izabel estavam juntas para analisar os resultados, uma ressonância, exames de sangue, eletro, entre outros, pareciam que elas queriam virar a cardiologista pelo avesso, tudo para constatar ao final que Carolina estava completamente recuperada.
-- Carol, seus exames estão ótimos! – Comemorou Izabel –
-- Eu confesso que não esperava que sua recuperação fosse ser tão rápida, amiga. – Completou Raquel –
Carolina sentou em uma cadeira à frente da mesa de Izabel – Graças a Deus! Eu não aguentava mais ficar confinada em casa, eu já estava achando que era o Big Brother, mais um pouco e eu ia começar a tomar banho de biquíni.
As três amigas começaram a rir, era muito boa a sensação de ter Carolina de volta, mesmo com os meses após o susto ainda era estranho ver a cardiologista como uma paciente. Naquele momento, ela recebeu autorização para voltar ao trabalho, tudo que ela queria ouvir.
-- Com esses resultados tão positivos, eu não vejo porque não te liberar para voltar ao trabalho. – Izabel encostou na cadeira –
-- Isso! – Comemorou com um soquinho no ar – Quando eu posso começar?
-- Essa é minha garota! – Raquel sorriu –
-- Eu vou te dar alta, e você passa lá no RH pra fazer os procedimentos para voltar e quando eles te liberarem o hospital é seu novamente.
-- Maravilhoso! Não vejo a hora de voltar às cirurgias. E meus residentes?
-- Eu irei te devolver todos! – Izabel piscou –
Carolina ficou feliz em poder voltar ao trabalho, já estava quase tendo um surto com o confinamento em seu apartamento, tudo que ela queria era voltar a sentir a adrenalina antes de uma cirurgia, queria sentir o cheiro do hospital e ajudar as pessoas, curar as pessoas, ver a felicidade em seus rostos.
Um motivo estava implícito nesse desejo por voltar, reencontrar seus residentes, especialmente Ângela, não sabia como alcançar a moça, mas sentia que existia uma atração forte entre elas, queria passar mais tempo ao seu lado para entender e viver essa paixão que parecia insistir em crescer em seu peito, antes ela se recriminava por estar sentindo aquela atração, agora só queria experimentar e viver.
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Depois de alguns dias resolvendo a burocracia com o departamento pessoal do hospital, Carolina estava de volta. Foi recepcionada com uma festa na sala dos médicos para celebrar seu retorno, não só ao hospital, mas também à vida. Foi pega de surpresa quando chegou para iniciar seu plantão. Izabel a levou para encontrar seus amigos e residentes que estavam com algumas guloseimas esperando por ela. Ao entrar na sala foi surpreendida com o famoso: -- SURPRESA!
Carolina ficou emocionada com o carinho que todos demonstravam, Daniele, Raquel, Izabel, algumas enfermeiras, recepcionistas e os residentes, inclusive Ângela, que parecia arredia em um canto da sala. Ao observar o lugar, o olhar de Carolina encontrou com os da residente, um arrepio tomou conta das duas, as sensações eram quase idênticas, ambas ficavam completamente hipnotizadas na presença da outra, era quase um transe que as dominava. Ângela que tentou a todo custo esquecer daquela paixão, percebeu que era em vão lutar contra aquele sentimento, estava ainda mais envolvida com aquela mulher tão misteriosa que voltou do mundo dos mortos para mudar sua vida completamente.
Carolina cumprimentou a todos individualmente, deixando para alcançar Ângela por último, pois queria demorar um pouco mais naquele encontro. Queria vê-la, senti-la, tocá-la, possuí-la. Aquele pensamento a deixou completamente aturdida, como uma mulher tinha o poder de tirar sua razão daquela maneira? Nem Samantha teve esse poder, teve esse acesso ao seu sentimento. Ela era capaz de fazer seu coração bater mais forte e nem tinham se tocado intimamente.
Aproximou-se lentamente, as pessoas começaram a se distrair com o lanche e apenas Aline e Izabel ficaram observando a aproximação das duas, elas sabiam que ali havia muita tensão, algo que precisava ser resolvido. Carolina não conseguia tirar os olhos do olhar da residente que sentia o corpo tremer por completo, estava nervosa, esperou por aquele momento por meses, e finalmente estava frente a frente com ela novamente.
Carolina parou em sua frente e sorriu desconfiada, Ângela não sabia o que fazer, a cardiologista inclinou-se para beijar a residente que apenas fechou os olhos ao receber um beijo molhado no rosto, bem perto do canto da boca, seus músculos estremeceram ao sentir o toque das mãos de Carolina que segurou as suas em um carinho mais íntimo do que ela estava esperando, quase caiu quando foi puxada para um abraço e sentiu as mãos da mentora envolvendo a sua cintura, as pernas pareciam apenas uma geleca de tão bambas que ficaram.
Dentro daquele abraço, o tempo pareceu parar, o mundo parou de girar e só existiam as duas ali naquele recinto. Carolina reconheceu a energia forte de Ângela, ela lembrava de sentir a presença da residente enquanto estava em coma, e naquele reconhecimento sentiu-se em casa, era ali que ela queria ficar.
Ângela parecia que tinha levado um choque, tudo em seu corpo estava eletrificado, a energia de Carolina a tingiu em cheio, seu coração acelerou e algumas lágrimas queriam surgir, mas ela tentou controlar o que parecia incontrolável. E desistindo de travar aquela luta interior, depois de perceber que não adiantava negar o fato de que estava completamente apaixonada, ela conseguiu proferir algumas palavras.
-- Seja bem-vinda Carolina. – Sussurrou ao pé do seu ouvido --
Ao ouvir a voz de Ângela tão perto de seu ouvido, Carolina quase teve um mini infarto, uma lembrança veio forte em sua mente ainda conturbada com as memórias do coma, sua mãe, aquela frase, o clarão, seu coração acelerou e suas mãos começaram a suar, foi ela, ela tinha sido a força que ela precisava para voltar, ali percebeu que Ângela fazia parte do que a trouxe de volta para a luz, afastou-se da residente e a encarou com admiração, era uma quase guerra para ver quem estava mais entregue.
Assistindo aquela situação que parecia não ter fim, Izabel resolveu intervir, tirando as duas daquele momento de intimidade no meio dos funcionários do hospital.
-- Carol, vem comer um bolinho, tem de chocolate. – Segurou o ombro da amiga --
Carolina cortou o contato com Ângela e xingou Izabel mentalmente, seu olhar parecia fuzilar a chefe de cirurgia que percebeu o desconforto da amiga, mas ela sabia que aquela intervenção era necessária.
Ângela apenas entristeceu ao perder aquele contato, estava em um estado de quase êxtase, sentiu a umidade escorrer entre suas pernas, e ficou envergonhada com aquilo, como com apenas um olhar, Carolina conseguiu deixa-la naquele estado?
Aline se aproximou para salvar a amiga também e a abraçou. Carolina viu aquilo e ficou incomodada com ciúmes, pois lembrou do que Izabel disse sobre as duas, mas preferiu não tirar conclusões precipitadas.
Izabel aproveitou a presença dos residentes ali para oficializar a volta de Carolina.
-- Bom, todos já sabem que a doutora Carolina está de volta e agora vocês voltarão a ser avaliados por ela, portanto, sua rotina volta ao normal a partir de hoje, vocês são todos dela novamente.
Os residentes bateram palmas e fizeram uma pequena algazarra, quando o silencio se restabeleceu, Carolina tomou a palavra.
-- Bom, eu quero agradecer a todos vocês, pela paciência, por terem aceitado as mudanças, e por terem cuidado de mim, soube que fizeram um ótimo trabalho na minha ausência. – Olhava diretamente para Ângela –
-- Agora que eu voltei o mole acabou, vamos trabalhar pessoal! – Bateu palmas –
As pessoas foram se retirando um a um, enquanto Carolina observava Ângela que muitas vezes se pegava encontrando aquele olhar sobre si.
A residente saiu pelo corredor sob forte observação de Carolina que parecia estar enfeitiçada com aquele rebol*do, tomou um susto quando foi pega em flagrante por Izabel que riu da cara de paisagem que a amiga estava fazendo.
-- Vou ter que chamar a manutenção, tem uma poça de baba que você está deixando aqui, as pessoas podem escorregar. – Bateu no queixo da amiga –
-- Ai Izabel, que susto. E deixa disso. Não tem baba nenhuma. – Revirou os olhos –
-- Jura? – Fingiu limpar o canto da boca de Carolina – E essa aqui que está escorrendo até agora?
-- Para mulher! – Afastou-se rindo – Eu hein! Vamos trabalhar que eu estou cheia de gás!
Carolina saiu pelo corredor e Izabel ficou rindo, ela estava mais feliz por ver que Carolina estava bem, e parecia mais leve, gostou de saber que a amiga teve um envolvimento com Claudia em Macaé, e conseguia imaginar um futuro feliz para ela agora.
O dia correu normalmente, Carolina fez alguns atendimentos com seus residentes na parte da manhã e à tarde escondeu-se em seu consultório para tentar colocar a burocracia da residência em dia. Não percebeu as horas passando, tinha muito trabalho para fazer.
Passava das sete da noite quando ouviu batidas na porta e ela autorizou a entrada, Raquel entrava sorridente chamando Carolina para ir em um bar comemorar seu retorno.
-- Boa noite doutora! E aí, como foi o retorno?
-- Ah amiga, foi ótimo! Estou de volta, só estou ainda colocando a burocracia em dia, mil relatórios para ler e avaliar. – Riu –
-- Bem-vinda de volta! – Sorriu – Aqui, eu vim te arrastar para um chopinho, as meninas estão esperando a gente naquele bar da esquina para comemorar o seu retorno.
-- Raquel eu estou muito cansada, olha a quantidade de papel que eu ainda tenho que ler. – Mostrou uma pilha de relatórios – Eu pretendo ficar aqui até mais tarde para terminar pelo menos a metade disso.
-- Nem pensar! – Levantou – Você vai largar essa canetinha ai agora! – Pegou a caneta e jogou na mesa – Vai tirar esse jaleco e esses óculos que por sinal te deixam absurdamente sexy. – Assobiou –
Carolina não aguentava quando Raquel brincava com ela, começou a rir e percebeu que não adiantava ir contra a amiga, ela iria ser arrastada sim para um happy hour depois do plantão.
-- E vai comigo agora para o bar da esquina se divertir com suas amigas. – Retirou os óculos da outra e colocou sobre a mesa –
Raquel puxou Carolina pela mão e a levantou da cadeira, rendida, ela consentiu em acompanhar a amiga. Depois do acidente Carolina resolveu que iria viver mais a vida e não apenas de trabalho, queria passar mais tempo com as amigas e com o irmão sempre que pudesse.
-- Tudo bem, você ganhou, eu vou com você, deixa só eu organizar as coisas aqui então. – Piscou – Só porque você disse que eu estou sexy. – Riu –
Raquel caiu no riso e deu um selinho na amiga, as duas não tinham um relacionamento amoroso, eram grandes amigas, praticamente irmãs, estavam sempre brincando e um selinho era sempre um cumprimento de carinho entre as duas. Carolina arrumou suas coisas, deixou o restante dos papeis para o dia seguinte e saiu com a amiga para o bar da esquina.
Antes de sair do Hospital ligou para Roberta chamando a outra amiga para se juntar a elas, o que foi prontamente aceito, Roberta estava mais feliz, sentia-se quase completa agora que a amiga estava de volta e Carlos estava em sua vida novamente.
Chegando ao bar, viu as médicas em uma mesa, Daniele e Izabel já estavam com um chope cada, acenaram para as duas que caminhavam entre as pessoas quando Carolina viu rostos conhecidos em outra mesa mais ao fundo, eram seus residentes que estavam ali também bebendo alguns chopes, não viu Ângela na mesa o que a deixou frustrada, mas quando achou que a morena não estava com eles a encontrou vindo do banheiro com Aline, as duas pararam frente a frente entre as mesas.
Carolina olhava para a moça jovem e linda que estava à sua frente, o perfume amadeirado e inconfundível estava ali, tão presente! Sentiu-se inebriada com aquele aroma tão especial, os cabelos estavam presos em um coque, deixando o pescoço esguio à mostra. Toda de branco, apenas sem o jaleco, Carolina apenas a admirava, não vinham palavras para descrever aquela sensação.
Ângela também estava em transe, o rosto de traços fortes de Carolina lhe parecia uma pintura feita pelo mais habilidoso artista, aquele olhar tão enigmático que lhe hipnotizava, Carolina é um deleite à parte para quem quisesse admirar. Mais uma vez a energia que elas emanavam quando estavam perto uma da outra parecia dominar o ambiente.
Como sempre, as duas pararam para se olhar, a distância parecia segura, mas estar perto uma da outra não era nada seguro, o corpo de Ângela logo deu sinais de excitação apenas em sentir os olhos de Carolina lhe despindo, ela quase podia ouvir a respiração da outra tamanha a entrega naquele momento. Aline acabou quebrando aquele elo.
-- Doutora Carolina, tudo bem?
Carolina olhou para sua residente e respondeu secamente -- Oi Aline, tudo bem. – Olhou para Ângela com mais carinho – Oi Ângela.
-- Oi. – Estava sem ação –
Carolina ficou observando a outra em sua frente, linda, mesmo depois de doze horas de um plantão provavelmente cheio, Ângela estava linda, o semblante cansado só dava um charme a mais à sua expressão. Aquela hesitação de Carolina estava deixando a residente ansiosa, a expectativa estava deixando-a impaciente. Ela queria se aproximar, queria falar, mas Raquel as interrompeu novamente.
-- Oi Ângela, tudo bem? – Sorriu sedutora – Você está linda!
Carolina sentiu ciúmes da investida de Raquel na sua residente e olhou com reprovação para a amiga, percebeu o interesse e não queria que Raquel a usasse como ela fazia com as mulheres com quem saía, Raquel nunca quis compromisso sério e Ângela não era mulher para ela brincar e depois descartar, incomodada com aquele assédio, Carolina tratou de tirar a amiga de perto de sua residente.
-- Raquel, senta aí vai. – Disse irritada –
-- O que foi amiga? Já vou sentar, só estou cumprimentando a moça. – Olhou para Aline – Corrigindo, as moças. Oi, Aline seu nome, não é?
-- Já cumprimentou. – Olhou seriamente –
Raquel que não é boba, percebeu uma ponta de ciúmes em sua amiga, sentiu que havia mais que apenas respeito naquele ato de proteger a menina de suas garras, sorriu com aquele pensamento, e resolveu deixar para perguntar a amiga depois o que estava acontecendo. Roberta chegou pouco depois e se juntou ao grupo.
Raquel prestou mais atenção em Aline, como percebeu o interesse de Carolina em Ângela, desistiu de investir em conquista-la, mudou seu foco para a mulata que ela também achava maravilhosa, havia algo em seu olhar que a atraia de uma maneira diferente.
Aline puxou a amiga e Carolina a observou caminhar até a mesa dos residentes, todos as cumprimentaram e ela se juntou às amigas, sentou de frente para a mesa onde Ângela estava e seus olhares se encontravam de vez em quando. Como sempre, bebeu apenas suco e refrigerante, enquanto via uma Ângela com o olhar meio perdido entornando uma caneca de chope atrás da outra.
Aquele comportamento da garota lhe assustou, não imaginava que a moça que parecia tão calma e pacata bebia tanto daquele jeito. Percebeu que depois de poucas canecas ela já parecia estar embriagada, os olhares começaram a mudar, e o desejo passou a reinar naquela troca de olhares, Ângela parecia mais solta e mais insinuante, pousou seus olhos na direção de Carolina e não os tirou mais, o que deixou a cardiologista completamente desconcertada.
A uma certa hora, Carolina resolveu ir para casa, foi ao banheiro e depois que se despediu das amigas, olhou para a mesa dos residentes e não viu mais Ângela com eles, imaginou que a moça tinha ido embora e sentiu uma ponta de frustração.
Já fora do bar, caminhava em direção ao estacionamento do hospital, onde tinha deixado o carro. Percebeu alguém atrás de uma árvore na calçada, toda de branco abaixada como se estivesse passando mal. Aproximou-se para ajudar e sua surpresa foi enorme ao ver Ângela vomitando encostada na árvore.
Carolina correu até a residente e a amparou, esperou que ela terminasse e a segurou para não cair, percebeu que a moça estava muito bêbada e não podia deixa-la ali daquele jeito.
-- Ângela, sou eu Carolina, o que houve? – Levantava a moça –
-- Doutora Carolina. – Falava embolado – Eu acho que bebi demais.
A moça colocou a mão na testa e parecia não saber o que estava acontecendo à sua volta. Tudo rodava, não conseguia dar um passo em linha reta, na verdade, Ângela não estava acostumada a beber, acabou exagerando na tentativa de se distrair da presença de sua chefe no bar, aquela presença que estava tirando toda sua razão. E ao final, acabou passando mal quando tentou ir pra casa.
-- Vem comigo, eu vou te levar pra casa.
Carolina saiu amparando a moça até chegar ao seu carro, teve que parar mais uma vez para que Ângela vomitasse mais um pouco do álcool que ingeriu, colocou a residente no banco do carona e deu partida em seu carro, perguntou onde ela morava, mas ela não conseguia dizer nada coerente. Desistiu de leva-la pra casa e acabou indo para seu apartamento.
Ao chegar levou a moça para seu apartamento e a ajudou a chegar ao banheiro para mais uma sessão de vômito. Pegou um pijama limpo e uma toalha, levou para Ângela no banheiro que parecia que estava em outra dimensão.
Decidiu que agora seria sua vez de cuidar de Ângela, como forma de agradecimento pelos dias em que a moça ficou ao seu lado naquela UTI gelada.
-- Ângela, toma um banho, eu vou preparar um café pra você.
-- Eu não consigo levantar. – Tinha os olhos fechados – Ai que vergonha!
Ângela estava sentada no chão do banheiro de Carolina segurando o vaso sanitário, a cena seria hilária, se não fosse trágica, a cardiologista conseguia imaginar o tamanho da vergonha que a moça iria sentir ao acordar no dia seguinte, mas precisou deixar isso de lado. Segurou a mão dela e a levantou, a colocou sentada no vaso e a fez encostar na parede.
-- Eu te ajudo. Vem cá.
Carolina retirou a blusa suja da outra, o sutiã branco estava perfeito moldando seus seios, retirou a peça e salivou ao ver aquela cena, mas tentou manter o foco que era ajuda-la a tomar seu banho, retirou a calça e a calcinha, o corpo de Ângela nu em sua frente era um presente divino, lutava com sua razão para não cometer uma loucura e acabar sendo cafajeste com a residente, ajudou-a a entrar no box e abriu o chuveiro, a água gelada caiu na cabeça da residente que tentava a todo custo se equilibrar. Aquele jato de água gelada pareceu trazer um pouco de consciência para Ângela que conseguiu se manter em pé.
-- Você consegue ficar aqui um pouco sozinha?
Balançou a cabeça positivamente, Carolina saiu do banheiro e foi até a cozinha deixou um café sendo preparado na cafeteira e voltou ao banheiro para ver sua mais nova paciente. Ângela estava segurando a parede como se isso garantisse sua sobrevivência, parecia que o porre ficava pior a cada minuto. Carolina entrou no box de roupa e tudo, e ajudou a residente a lavar os cabelos e o corpo, cada movimento em que as peles se encontravam era uma faísca que saía de seus corpos, mas Ângela estava muito mal para reagir a esses estímulos e Carolina iria respeitar a condição da moça. A excitação era quase uma dor em seu corpo, não poder tocar sexu*l*mente Ângela estava sendo uma tortura para a cardiologista, mas em hipótese nenhuma ela iria cruzar essa linha, não com ela naquele estado. Em seus devaneios alcóolicos, Ângela foi falando algumas frases com pouco sentido, mas algumas pegaram Carolina de surpresa.
-- Eu sou tão idiota! – Resmungava –
-- O que houve? Por que você está falando assim?
-- Ela, eu deixei ela ir. – Fez sinal com a mão –
-- Quem você deixou ir? – Tentou descobrir algo sobre a residente – Sua namorada?
-- Não. – Fez sinal negativo com o dedo – Eu perdi. – Olhou para Carolina – Você é tão bonita! Parece com ela. – Balançou – Mas você tem namorada.
-- Eu não tenho namorada.
-- Ah não! Então você voltou pra mim?
Carolina não entendia o que a residente estava falando, mas foi surpreendida com um toque de leve dos lábios de Ângela nos seus, sabia que a moça não lembraria disso no dia seguinte, mas aquilo foi como uma amostra grátis do pacote completo que estava ali em sua frente. Evitou aquele contato, pois ela não queria aproveitar o momento etílico de sua residente e tratou de terminar aquele banho o mais rápido possível.
Depois de enxugar Ângela, Carolina a ajudou a vestir o pijama e a levou para o quarto de hóspedes, a deixou sentada na cama e foi buscar o café para tentar melhorar a bebedeira, mas quando voltou, Ângela estava dormindo deitada na cama completamente atravessada, Carolina riu da cena e resolveu coloca-la de uma maneira mais confortável.
Ajeitou a moça na cama com um pouco de dificuldade, e a observou, o semblante calmo dentro daquele sono, os cabelos molhados espalhados sobre o travesseiro, estava com pena da ressaca que ela teria que enfrentar quando acordasse. Acabou bebendo o café que tinha feito para Ângela, colocou as roupas sujas da moça pra lavar e depois de tomar um banho, adormeceu em seu quarto pensando ainda na mulher linda que dormia tranquilamente no quarto ao lado.
No dia seguinte, Ângela abria os olhos devagar, sentiu uma pontada aguda na cabeça, e o estômago enjoado, a boca tinha gosto de meia usada e ela por um momento não reconheceu o quarto em que estava. Apertou os olhos na tentativa de se situar e virou para tentar se levantar. No criado mudo tinha um copo de suco com um post it escrito: -- Beba!
Ela se apoiou no cotovelo e levantou o tronco, ao lado do copo, tinha um pires com dois comprimidos, e outro post it: -- Tome os dois!
Achou estranho pois não conseguia se lembrar do que tinha acontecido, em alguns momentos lembrava-se de um sonho que teve com Carolina, em que ela lhe dava banho. Sentou exasperada, será que não foi um sonho? A dor na cabeça veio com muita força e o embrulho no estômago também deu sinal, pegou os dois comprimidos e o suco e tomou um pouco na tentativa de amenizar a ressaca. Precisava se levantar e descobrir onde estava.
Saiu debaixo das cobertas e se viu em um pijama de desenho animado, lembrou mais uma vez de Carolina colocando aquele pijama nela, sentiu um calafrio por conta do enjoo, ficou se perguntando se realmente fez aquele vexame com Carolina. Levantou e cada passo que dava era uma pontada aguda que recebia em sua cabeça. Abriu a porta do quarto e olhou pelo corredor, sentiu um cheiro bom de café vindo de algum lugar e decidiu seguir aquele odor, quando chegou na sala, viu Carolina sentada na mesa tomando seu café, e gelou por dentro.
A vergonha que sentiu agora estava materializada, não entendia como foi parar no apartamento de sua chefe e pelo seu estado, sabia que não foi um encontro muito agradável. Carolina sentiu a presença da residente e a olhou, abriu um sorriso e a chamou para tomar café.
-- Bom dia, que bom que você acordou, eu estava preocupada. – Levantou e foi até ela – Você está bem?
Ângela estava enfeitiçada, Carolina estava de short e camiseta, os cabelos molhados, indicando o banho recém tomado, o perfume do creme corporal invadiu os sentidos da residente, mas seu estado de ressaca não ajudou muito e logo sentiu o estômago reclamar novamente.
-- Bom dia. – Segurou a barriga – Acho que não.
-- O banheiro é no corredor...
Não deu tempo de terminar a frase, a moça já tinha corrido pelo corredor e se trancou no banheiro, depois de meia hora, saiu de banho tomado usando o mesmo pijama, sem graça, chegou na sala e encostou na parede, Carolina a olhou novamente e falou com a voz macia.
-- E agora, você está se sentindo melhor? – Sorria –
Aquele sorriso tinha o poder de amenizar qualquer dor, até aquela ressaca que estava acabando com ela. Ângela só queria ficar ali admirando aquela mulher linda.
-- Desculpe Doutora Carolina, eu não faço ideia do trabalho que eu te dei ontem, mas como eu vim parar aqui? – Coçou a cabeça --
-- Senta aqui, vem tomar um café pra melhorar que eu te explico. E por favor, pare de me chamar de doutora, estamos em casa.
-- Desculpe. – Baixou os olhos –
-- E chega de se desculpar. – Sorriu --
Ângela sentou em uma cadeira à mesa e viu Carolina servir uma xícara de café, sobre a mesa tinham alguns pães, queijo, biscoitos, uma jarra de suco e uma caixa de leite. Nada daquilo lhe enchia os olhos, na verdade quando pensava em comer qualquer coisa tudo lhe parecia muito ruim.
Carolina serviu o café e sentou ao seu lado. Começou a contar o que aconteceu na noite anterior e a moça foi ficando mais envergonhada a cada relato. Pelo menos o café forte pareceu lhe fazer algum bem.
-- E no final de tudo você dormiu sem beber o café que eu fiz. – Deu de ombros – Você não está acostumada a beber, está?
-- Não, na verdade eu nem gosto muito de bebida alcóolica. Não sei o que me deu ontem. – Segurou a cabeça com uma das mãos –
-- Eu percebi. Você ficou muito bêbada com poucos chopes. Ainda bem que eu te encontrei.
-- Verdade. Eu não tenho como agradecer, me desculpe esse papelão, eu prometo que não vai mais acontecer.
-- Não se preocupe, só te peço para tomar mais cuidado na próxima vez. – Piscou –
-- Eu preciso ir pra casa. – Levantou – Onde estão minhas roupas?
-- Na área de serviço, eu lavei ontem, já devem estar secas. – Levantou – Eu vou pegar.
-- Minha nossa, que mico, que papelão! – Pegou a bolsa que estava sobre a mesa de centro – Eu vou morrer pedindo desculpas a senhora pelo problema que eu causei.
Carolina vinha da área com as roupas secas nas mãos, e entregou a Ângela, fez questão de encostar suas mãos nas da residente, aquele encontro produziu uma energia que poderia dar um choque nas duas. Carolina olhou nos olhos de Ângela e falou baixinho.
-- Realmente teremos um problema enorme se você continuar me chamando de senhora, eu nem sou tão velha assim. – Riu –
-- Desculpa. – Pegou o celular – Desculpa por isso também.
-- Chega de desculpas, ok? Fica à vontade. Está melhor?
-- Não muito, mas acho que consigo ir pra casa. Eu vou me trocar.
Carolina estava tentando manter a naturalidade, mas na verdade estava nervosa com a presença de Ângela em seu apartamento, travou uma batalha na tentativa de dormir com a moça tão perto de si, mas ao mesmo tempo tão distante. Ângela voltou ao quarto de hóspedes, trocou de roupas, ligou para a mãe, mas ela não atendeu, olhou as horas e talvez fosse muito cedo.
Quando saiu do quarto de hóspedes, viu Carolina arrumada para ir para o hospital, ela recolhia as coisas da mesa do café. Abriu um lindo sorriso quando avistou a residente saindo no corredor. Mesmo de ressaca e com a cara amassada ela era linda.
-- Obrigada mais uma vez pela ajuda, doutora.
-- Só Carolina. – Aproximou-se –
-- Carolina, tudo bem, muito obrigada e desculpa qualquer coisa.
-- Não precisa se desculpar, na verdade foi um prazer. – Olhava sedutoramente –
Ângela sentia que aquele era o momento que ela tanto esperou, não podia mais perder tempo, precisava falar com a cardiologista, antes que fosse tarde demais.
-- Você é tão linda! Eu...
Aquela proximidade estava tirando a razão das duas como sempre acontecia quando elas estavam próximas. Tudo o que elas queriam era diminuir aquela distância, Carolina queria mais, Ângela queria mais, queriam sentir o gosto da boca, o toque na pele, o corpo pesando sobre o seu, a contemplação era mútua, como sempre acontecia, aquele transe as envolvia de uma forma incontrolável.
As respirações estavam entrecortadas, os corações acelerados, a adrenalina corria pelas suas veias como um carro de fórmula um, e sem muitas palavras, na verdade nenhuma palavra, a distância foi vencida passo por passo, dados um a um pelas duas.
A poucos centímetros uma da outra, Ângela levantou a mão e acariciou o rosto de Carolina que fechou os olhos com aquele toque, sentiu como se a vida estivesse fluindo pelas suas veias, exatamente como sentiu no dia em que acordou e percebeu que estava de volta em seu corpo. Os lábios sedentos de paixão foram se aproximando devagar, sem pressa, e finalmente, depois de tanto tempo ansiando por isso, se encontraram em um beijo tímido no início, mas que foi ficando intenso à medida que Carolina segurou a cintura de Ângela e a puxou para colar seus corpos.
A residente sentiu todo o corpo estremecer, e assim como Carolina, deixou sua língua invadir sua boca sem pedir licença, toda aquela espera foi compensada com o sentimento de plenitude que as duas experimentaram, toda aquela paixão que até então estava presa, guardada em algum lugar para ser esquecida, foi trazida à tona desesperadamente, o sentimento veio avassalador, invadindo os dois corações que batiam absurdamente acelerados.
Aquele pequeno caos que começou com todas as suas barreiras caindo ao chão, parecia não ter fim, Carolina não pensava, não raciocinava, estava inebriada, o beijo de Ângela era delicioso, sua boca carnuda, macia era onde ela queria estar, não queria mais deixar aqueles lábios, encontrou seu porto seguro, encontrou sua razão para voltar.
Ângela sentia seu corpo ser preenchido com a euforia de dar o seu primeiro beijo em uma mulher, e o fato de ser Carolina estava satisfazendo seu desejo, aquele desejo que ficou contido todos os dias que ficou naquela UTI cuidando dela, e depois o tempo que ficou esperando sua mentora voltar de viagem para a reencontrar. Teve tantas dúvidas, sentiu medo, depois da conversa com Izabel, pensou em desistir de buscar aquele amor, quase desistiu de viver aquele sentimento que crescia a cada dia dentro de si, e naquele momento, dentro daquele beijo ela teve total certeza que encontrou a mulher da sua vida, era com ela que queria dividir tudo.
Aquele beijo inflamado de desejo, onde as línguas bailavam em uma sincronia perfeita, era o melhor dos sabores, e quando terminou, parecia que nenhuma das duas queria abrir os olhos, como se fossem acordar de um sonho e perceber que não tinha sido real, mas foi real, muito real. E ao abrir os olhos ao mesmo tempo, se encontraram, se reencontraram, se reconheceram e perceberam que tudo que elas precisavam falar tinha sido dito dentro daquele beijo.
Um lindo e iluminado sorriso selou aquele momento de entrega e reconhecimento e um novo beijo aconteceu, mais ardente, mais quente acendendo o desejo das duas mulheres que começavam ali um novo ciclo, uma nova vida muito mais feliz.
-- Acho que eu vou me atrasar hoje. – Carolina disse entre beijos –
Fim do capítulo
Oi moças!
Enfim aconteceu! Carol e Ângela se encontraram e ..... só no próximo capítulo.
Agora que provaram do beijo, o que vai acontecer?
Carol salvou a mocinha de um problemão, mas segurar a onda dando banho e não poder fazer nada é pra tirar qualquer um do sério.
Bom, espero que vocês gostem.
Um aviso, eu terei que antecipar o capítulo de sábado, pois estarei viajando, mas semana que vem teremos os capítulos normalmente, dependendo dos pedidos de vocês, posso postar um extra, mas sejam convincentes, Hehehehe.
Obrigada pelo carinho, Kemely, Pollyan, Mille, Rita Luzia e NovaAqui.
Beijos
Cris Lane
Comentar este capítulo:
lis
Em: 24/02/2019
Pelo menos o porre a Angela serviu para alguma coisa, foi a doutora que socorreu ela kkkkkkk, imagino mesmo a vergonha que ela ficou, obaaaaa finalmente o beijo
Resposta do autor:
Oi Lis
Porres são sempre complicados, mas alguns valem a ressaca do dia seguinte. kkkkkkkkkkkkk
Eu teria saído correndo de pijama mesmo, rsrs.
Beijos
Cris Lane
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Contal
Em: 24/02/2019
Cris,
Estava lendo novamente os ulltimos caps e notei algo que me passou despercebido na primeira vez que li, ''mudou seu foco para a mulata que ela também achava maravilhosa, havia algo em seu olhar que a atraia de uma maneira diferente.'' Sinto que a Raquel vai sossegar ou é somente impressão?! rs
Resposta do autor:
Oi Kemely
Releu os capítulos? Foi para pescar as entrelinhas? kkkkk Isso é muito legal.
Bom, sobre a Raquel, eu vou deixar nas entrelinhas, espere os próximos capítulos.
Beijos
Cris Lane
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Pollyan
Em: 22/02/2019
A senhora é guerreira, viu! Isso tudo pra fazer.. deu até dó. Força, muié! Vai dar certo! Arruma tempo pra descansar pra não ter estafa. E boa viagem!
Resposta do autor:
Oi Pollyan
Eu tento, as vezes dá certo, rsrs.
Essa viagem é um pouquinho de descanso, então, espero voltar renovada.
Beijo
Cris Lane
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Mille
Em: 21/02/2019
Oioi Cris
Nossssaa
Aleluia, (explosão de fogos)
Carol foi forte, segurou firme e vale a espera.
Esperamos que seja o início de romance das duas viu senhorita Cris.
Bjus e até o próximo capítulo
Resposta do autor:
Oi Mille
Uhuuul, saiu o beijo!
Imagina a situação! kkkkkkk
Opa, senti uma pequena pressão, kkkkk.
Obrigada pelo carinho.
Beijos
Cris Lane
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Pollyan
Em: 21/02/2019
Aeeeeeeeeeee eee eee eee!
Kkkkk Achei bem digno, na real. U.U quem nunca bebeu pra se distrair da crush? Eu não, mas a maioria que eu conheço já hehehe Queria mandar um beijo pra mainha, pra Xuxa e pra Cris, claro que falou sobre um capítulo extra que eu vi u.u e que acho que vai postar esse capítulo para aliviar nossos estresses do dia a dia e o do meu TCC que está ganhando de qualquer estresse que eu possa vir a ter. Obrigada pelo capítulo, pelo próximo e pelo extra que virá ???? Tu arrasa!
P.s.: espero ter sido convincente o suficiente.:D
Resposta do autor:
Oi Pollyan
Uhuuuuul.
Eu já bebi pra distrair a mente, rsrsrs.
Você estão pedindo com tanta convicção que eu vou atender. como eu viajo sábado e será muito corrido pra mim, vou adiantar o capítulo pra amanhã, e aí espere e confie, extras virão. rsrs
Eu também estou fazendo TCC, trabalhando, estudando e escrevendo, teeeeenso.
Foi bem convincente, rsrs.
Obrigada pelo carinho.
Beijos
Cris Lane
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Cale
Em: 21/02/2019
Finalmente Carolina está se dando a chance de ser feliz. Perdeu, Samantha.
Resposta do autor:
Oi Cale
Bem vinda aos comentários! Volte sempre, rsrs.
Sim, Carol aprendeu que a vida é curta demais para ficar triste o tempo todo.
Samantha ficou no passado, perdeu todas as chances que teve, agora é só aproveitar.
Obrigada pelo carinho.
Beijos
Cris Lane
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Contal
Em: 20/02/2019
Cris,
Eu estava em sala de aula quando vi que você havia postado, nem prestei atenção na aula lendo o cap. (Isso já é um baita incentivo para o Extra KKK)
Cara, que capítulo simplesmente PERFEITO. Os olhares, os toques, as sensações. Se isso não foi amor, eu não sei o que é! Para mim o amor é um ancontro de almas e é isso que está acontecendo com as duas! O jeito que a Carol cuidou dela so comprova o que "sinto" que elas se amam, que ela a ama, apesar de ser tudo "recente", afinal não se trata de tempo, mas sim da intensidade.
Eu vou confessar que os hots não me atrai tanto(atenção), mas capítulos como os de hoje me prende de uma maneira que eu fico fora de órbita rsrs.... Estou euforica, sai da sala e vim correndo comentar. Rs
Não me peça calma, eu anceio pelos próximos capítulos. Por favor, me diga qual dia vai postar o próximo já que vai viajar. Rsrs
Bjaao, Cris.
Resposta do autor:
Oi Kemely
Realmente é um mega incentivo, mas olha o mau exemplo, rsrsrs.
Concordo com sua definição de amor, é algo muito além de toque, é coisa de alma mesmo. E você disse certinho, amor não é questão de tempo, e sim de intensidade.
Sério que você não curte tanto os hots? As meninas curtem bastante, mas eu entendo, cada um é de um jeito e eu tento escrever para todas.
Não vou pedir calma, até porque teremos capítulo na sexta, já que viajo no sábado. E depois prometo um extra. Então, fique feliz.
Obrigada pelo carinho.
Beijos
Cris lane
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NovaAqui
Em: 20/02/2019
Vai atrasar mesmo! Depois desses beijos, acho que vai esquentar
Resolve logo esse tesão que está no ar rsrs
Juro que eu pensei que elas não fossem conversar.
Agora é só love! Só Love! Só Love!
Abraços fraternos procês aí!
Resposta do autor:
Oi NovaAqui
Hahahaha. Haja atraso! Quem não perderia o horário? Até eu.
Carolina segurou a onda como uma dama, agora duvido que vai deixar passar.
Fiz um suspense, né, agora é só comemorar.
Obrigada pelo carinho!
Beijos
Cris Lane
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Brescia
Em: 20/02/2019
Boa noite, escritora.
Estou me dedicando com a sua escrita, tudo maravilhoso!!
Parabéns e obrigada.
Resposta do autor:
Oi Brescia
Bem vinda aos comentários! Volte sempre, rsrs.
Que bom que está gostando, fico feliz em saber.
Eu que agradeço sua dedicação,rs.
Obrigada pelo carinho.
Beijos
Cris Lane
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