Capítulo 13 - Grudes e avisos
“Helena! Helena, eu preciso do seu atlas de anatomia emprestado!” Alessandra bate na porta da veterana.
“Espera um pouco.” Helena levanta e boceja. Cobre-se com lençol e vai entregar o atlas para a menina. “Aqui.”
“A Isabel está aí?” Alessandra sorri faceiramente.
“Está sim. Dormindo.”
“Se um dia precisar de uma terceira pessoa para apimentar as coisas...” Alessandra brinca.
“Vai estudar, Alessandra.” Helena fecha a porta e Isabel acorda com o barulho.
“Bom dia...” Ela sorri, e Helena se deita ao lado dela.
“Bom dia!” Helena dá um selinho em Isabel, que se transforma em um beijo. Nenhuma das duas se importava com a halitose matinal. Estavam tão envolvidas no momento que nada mais importava.
“Sexo matinal? Eu topo.” Isabel propõe já olhando para o strap-on.
“A senhora é quem manda.” Helena se levanta novamente e coloca o strap-on junto com a camisinha e o lube. Isabel se vira de lado e Helena a masturba delicadamente antes de penetrá-la.
“Meninas, dá pra gritar um pouco mais baixo? Tenho prova de anatomia semana que vem.” Alessandra reclama em voz alta.
Isabel acaba dando risada, sendo interrompida por algumas estocadas de Helena que a fizeram gem*r alto novamente sem querer.
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Lívia bate na porta de Bruno algumas vezes, e uma garota abre.
“Oi, eu vim devolver o casaco que o Bruno me emprestou ontem à noite, ele está aí?”
“Bruno, tem uma guria aqui.” A garota o chama.
“Ah, oi Lívia, bom dia.” Bruno aparece só de cueca. “Desculpa ter ido embora mais cedo, acabou surgindo outro rolê, eu fui tentar lhe avisar mas não achei você, eu liguei para você e nada...”
“Tudo bem, Yan disse que você tinha pedido para avisar e deixou combinado que uma amiga de vocês me traria para casa. Eu estava meio elétrica pulando de grupo em grupo para a Alê não achar que eu a estava perseguindo.” Lívia explica. “Mas quem é essa?”
“Uma guria que eu encontrei no segundo rolê. Você e a Alê trans*ram afinal?”
“Não! Calma, Bruno, não é assim.” Lívia entrega o casaco. “Mas eu bem que queria.”
“Entra aí. Vamos investigar um pouco a vida dela, descobrir o que ela gosta. A gente pode fazer como naquelas investigações criminais!” Bruno brinca.
“Isso já ficou assustador, Bruno. Tchau.” Lívia se vira, mas Bruno vai atrás.
“Espera! Estou falando sério, meu computador está ligado, a gente dá uma pesquisada nela juntos.”
“Bruno, tem uma garota seminua no seu apartamento, esqueceu?”
“A Brenda? Ela já estava indo embora, não se preocupe.”
Os dois voltam para o apartamento de Bruno. O gabinete de seu computador está conectado a sua televisão. Para o infortúnio de Lívia, uma aba de filme pornô estava aberta e pausada bem na sua frente.
“Desculpa, nós... bem, é que era uma fantasia...” Bruno se coloca na frente da tela e fecha a aba o mais rápido possível.
A ficante de Bruno coloca uma camisa dele e também se senta no sofá, ao lado de Lívia.
“Bem...” Bruno entra em sua conta na rede social e procura por Alessandra.
“Estamos parecendo stalkers...” Lívia não se conforma. “Daqui a pouco vamos pegar o celular da menina e prendê-la em uma caixa de vidro.”
“Eu também assisti a Você, Lívia.” Bruno ri.
“Espera, quem assistiu a quem?” Brenda, que estava desatenta à conversa pois focava-se em seu celular.
“Você é um seriado sobre um sociopata stalker.” Bruno explica.
“Nossa professora de psicologia médica recomendou.” Lívia completa.
Bruno começa pelos gostos musicais de Alessandra. “Bem eclética. Ah, ela curte aquele traveco famoso...”
“Aquele o quê, Bruno?!” Lívia cruza os braços.
“Eu não sei o termo correto.” Bruno confessa.
“Drag queen. Se fosse trans, dependendo do contexto poderia chamar de transgênero, mas traveco é pejorativo.”
“Essa semana ainda eu quero que você me explique tudo isso com detalhes porque agora eu acabei de acordar e isso parece confuso.” Ele pede, enquanto percorre o perfil de Alessandra. “Pelas fotos, ela adora gatos. Parece que na casa dela em Porto Alegre deve ter pelo menos uns três ou quatro felinos.”
“Eu também adoro gatos! Já temos algo em comum!” Lívia se empolga.
“Um dos gatos dela se chama Luke Skywalker.” Bruno comenta, vendo uma das legendas das fotos de Alê.
“Ótimo! Ela curte Star Wars! Outra coisa que temos em comum. Eu disse que fomos feitas uma para a outra!”
“Ela é bem ligada em futebol.” Brenda comenta, apontando para outra foto.
“Corinthiana...” Bruno balança a cabeça negativamente.
“Qual o problema?” Brenda questiona, um pouco perdida.
“A Lívia é palmeirense roxa. Digo, verde.” Bruno explica.
“Não acredito...ela parecia perfeita demais para ser verdade...” Lívia bufa.
“Mas que diferença isso faz? São só times de futebol diferentes, gente.” Brenda argumenta.
“Só times de futebol diferentes?!” Bruno e Lívia falam em uníssono.
“Imagina se as duas casam e adotam uma criança, Brenda. Que time essa criança vai escolher? Para qual estádio ela vai? Com que mãe ela vai assistir aos jogos? E quando tiver clássico? Em que lado do sofá ela vai se sentar?! Incompatibilidade futebolística para amantes do esporte é um tiro no pé!” Bruno dispara.
“Calma, Bruno, eu também não sou tão fanática assim.” Lívia tenta apaziguar.
“Não, você só chamou a atenção do bar inteiro quando o Palmeiras perdeu o último clássico, arranjou briga com o bartender – que era corinthiano, foi sensato e ainda elogiou o nosso time, dizendo que o juiz realmente foi injusto naquele pênalti que o Palmeiras perdeu, e no final você voltou para casa chorando, com a maquiagem verde toda borrada e limpando as lágrimas na minha toalha de rosto do Palmeiras.”
“Caramba, você lembra de tudo isso?!” Lívia se surpreende.
“Lógico, eu quase chorei junto.”
Brenda também faz cara de surpresa, mas continua a mexer no celular.
“Enfim. Se ela for torcedora fanática, eu finjo que não ligo muito para futebol.” Lívia dá de ombros.
“Lívia, a foto de capa do seu perfil na rede social é do símbolo do Palmeiras.”
“É, não tenho como esconder.” Lívia coça a cabeça. “Será que ela já viu?”
“Provavelmente já, vocês são amigas e ela curtiu sua foto de perfil.” Bruno analisa.
“Mas ela não deve ser torcedora fanática, digo, será?”
“Bom, pelo que estou vendo nas fotos, todas as vezes que o Corinthians foi jogar em Porto Alegre, ela foi assistir.” Bruno continua a investigar o perfil.
“Com tantos times bons no Rio Grande do Sul, por que ela teve que escolher meu maior rival?”
“Eu sou paulista e torço para o Flamengo por causa do meu avô que é carioca. Talvez algum familiar dela seja daqui do estado e ela aprendeu a amar o time.” Brenda comenta.
“Tem uma foto dela aqui com o pai dela no Itaquerão, ela esteve em São Paulo no começo desse ano.”
“Deve ser por isso então. Mas tudo bem, será uma ótima oportunidade para eu aprender a lidar com esse tipo de diferença.” Lívia se conforma com a ideia.
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A língua de Isabel percorria a vulva de Helena enquanto a ponta da língua de Helena provocava o clit*ris de Isabel.
“Acho que encharcamos seu colchão...” Isabel observa a poça misturada com mucosa vagin*l.
“Eu preciso tomar um banho porque estou toda goz*da e suada. Não que eu esteja reclamando, pelo contrário, inclusive quero mais!” Helena brinca.
“Vamos tomar banho então.” Isabel se levanta.
“Ah...juntas? Digo, pode ir primeiro, se quiser, eu espero.” Helena desvia o olhar.
“Tem alguma coisa errada?” Isabel pergunta, reaproximando-se de Helena.
“Nada não.” Helena resolve procurar suas roupas.
“Se você não gosta de tomar banho com outra pessoa, pode falar, não tem problema nenhum.”
“Eu até gosto, mas acho que sou amaldiçoada com isso. Eu tomo banho a primeira vez com a pessoa, e dali uns dias acontece algo e minha história com a pessoa muda a trajetória.”
“Como assim?”
“Aconteceu isso com as últimas pessoas que me envolvi. Não queria tomar banho com elas, mas daí quando resolvi tomar, alguma coisa aconteceu e uns dias depois, as coisas iam por água abaixo. Foi assim com a Geovanna, foi assim com a Paula.”
“Mas esses términos foram pelo fato de você finalmente decidir tomar banho com elas? Não entendi, está meio confuso.”
“Não! Foram por motivos nada a ver. Eu tomei banho com a Geovanna e uns dias depois saiu a aprovação dela para o Tocantins e a minha para cá. Dali para frente foi contagem regressiva para o adeus. Aí eu tomei banho com a Paula, e uns dias depois a Lívia disse a ela que eu gostava de você.”
“Espera, você gostava de mim? A Lívia sabia disso? Como assim?”
“Ah, ela disse que por trás de todas as nossas intrigas tinha alguma coisa mais forte envolvida, só isso. Aí a Paula decidiu terminar.”
“Então deixa eu ver se eu entendi: você tomou banho com essa Geovanna, e veio a notícia da sua aprovação. Depois, você tomou banho com a Paula, e você se livrou dela e finalmente pudemos nos pegar. Só vi vantagens até agora.”
“Bom, se pensar por esse lado é verdade, mas essas vantagens vieram a partir de términos. E eu não quero me afastar de você.”
“Helena, você não acha que está sendo um pouco irracional? Você acha que existe um padrão entre coisas que não estão correlacionadas e está seguindo isso sem nem pensar a respeito.”
“Não é superstição! Isso acontece e pronto.” Helena franze a testa, e Isabel decide não mexer mais no assunto.
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“Tem certeza?” Lívia, na frente do apartamento de Helena e Alessandra, questiona Bruno, que segurava uma caixa de isopor repleta de cerveja e uma sacola com de pacotes de amendoim.
“Lógico que tenho. Quem recusa uma visita com cerveja e amendoim?!”
“Quanto tempo a gente vai ficar aqui?” Brenda pergunta.
“Você não quer ir embora, não? Eu chamo um uber para você.” Bruno tenta despachar a garota.
“Não tenho mais nada para fazer hoje. Posso ficar aqui de boa.” Brenda dá de ombros.
Quem atende é Isabel, com uma toalha na cabeça, como se fosse um turbante. “Vocês combinaram alguma festa e eu não estou sabendo?”
“Está passando a abertura da copa do mundo feminina de futebol.” Bruno avisa, enquanto entra.
“E vocês resolveram assistir aqui?!” Isabel arqueia uma sobrancelha.
“A televisão de vocês é maior que a minha.” Bruno justifica. “Mas trouxemos presentes!” Ele coloca a caixa de isopor em cima da mesa de café.
“O que está acontecendo?” Alessandra sai de seu quarto um pouco irritada.
“Copa feminina de futebol.” Lívia explica, sorrindo.
“Bah, tem como a gurizada falar mais baixo? Eu estou me matando de estudar no quarto, anatomia está sugando todas as minhas forças.”
“A Lívia pode lhe ajudar!” Bruno sugere.
“Eu? Eu tive que fazer essa matéria duas vezes, não sou a pessoa mais indicada para isso.”
“Bom, tu vistes a matéria duas vezes, o que significa que tu entrastes em contato com ela mais vezes do que os outros, e isso te tornas apta sim.” Alessandra argumenta. “Não quer tentar me ajudar?”
“P-pode ser...” Lívia respira fundo e segue Alessandra até seu quarto.
“Ouvi dizer que tu fechaste com quase 10 no semestre passado...” Alessandra comenta, enquanto abre seu atlas.
“Acabei me esforçando um pouco mais do que no primeiro semestre...” Lívia sorri. “É a primeira ou segunda prova?”
“Segunda. Sistema digestório, cardiovascular e geniturinário. Já estudei os dois primeiros, só falta o último”.
Lívia engole a seco e arregala os olhos. “Quer que eu lhe ajude em geniturinário?”
“Parece plot de filme pornô, até.” Alessandra ri. “Será ótimo se me ajudares porque minha mente já está cansada, se eu for estudar essa parte final sozinha, durmo no meio da leitura. Mas se quiseres, tu podes começar pela prática.”
“Prática?!”
“Sim, pelas imagens no atlas, ué.”
“Ah...” Lívia não sabe se sente alívio ou frustração pela resposta.
“Achaste que eu estava te cantando com a velha história da aula prática de anatomia?”
“Eu? Não, nada a ver. Não achei nada.”
“Bom, porque se fosse isso eu poderia dizer que, caso funcionasse a cantada, eu estou disponível.” Alessandra pisca.
“Você está falando sério?” Lívia ri.
“Por que não? Uma pausa nos estudos sempre é bom.”
“E depois se você vai mal na prova e me culpa?”
“Não tem como ir mal se meus dedos vão tocar bem no objeto em questão da avaliação, não é mesmo?” Alessandra passa a mão sobre a perna de Lívia e em um piscar de olhos desabotoa a calça, tendo fácil acesso à calcinha.
“Seu argumento é consistente...” Lívia sente um frio na espinha acompanhado do aumento da frequência respiratória e cardíaca.
Alessandra a beija, enquanto seus dedos dançam entre os lábios vagin*is de Lívia.
“Tu és de boa com esse meu lance, né?” Alessandra pergunta, interrompendo a pegação.
“Que lance? Do que você está falando?”
“Digo, esse lance de trans*r uma vez e continuar a amizade de boa. Eu sempre pergunto antes para a pessoa não achar que eu estou iludindo e pá.”
“Mas por que só uma vez?” Lívia fica intrigada.
“Porque se for mais de uma acaba criando uma certa responsabilidade de ter que continuar, daí tem que começar as justificativas, e estraga a amizade. Por isso minha política é de trans*r somente uma vez.”
“Mas e se a trans* for ruim? Você não dá outra oportunidade da pessoa melhorar?”
“Se for ruim é aí que não quero mesmo.” Alessandra ri.
“Entendi...” Lívia muda completamente a expressão. “Acho melhor a gente focar na matéria mesmo, afinal temos que levar anatomia a sério.”
Alessandra estranha a atitude da veterana. “Mas Lívia, tu não querias me pegar? Pelo que Bruno falou, era o que parecia e-”
“Bruno fala um monte de bobagens.” Lívia responde, tentando esconder sua decepção.
“Tens certeza que não queres? Como eu disse, uma pausa nos estudos poderia até me ajudar...”
“Não. Melhor não.” Lívia se mantém firme na decisão, por mais que por dentro ela estivesse se corroendo.
________//_______
Helena saiu do banho e encontrou a sala com mais pessoas do que ela esperava – até porque a única pessoa que ela esperava era Isabel, para que pudessem aproveitar o resto do dia, mas pelo visto não seria possível.
“A Alessandra convidou vocês?” Ela pergunta.
“Tecnicamente sim.” Bruno tenta responder sem dar muitos detalhes.
“E onde ela está?”
“No quarto com a Lívia.”
“Ah...” Helena finalmente entende. “E quem é você?” Ela olha para a acompanhante de Bruno.
“Prazer, Brenda.” A menina a cumprimenta.
“Nova namorada, Bruno?”
O garoto quase entra em pânico com a pergunta. “A gente se conheceu ontem!”
“E já está trazendo para os colegas conhecerem? Que fofo.” É a vez de Isabel tirar sarro.
Lívia então saiu do quarto, cabisbaixa, fechando a porta atrás de si. Todos olham para ela.
“Assistam a porcaria da copa e parem de prestar atenção em mim.” Ela caminha em direção a saída.
“O que houve?” Bruno se levanta e vai atrás dela.
“A Alê não é para mim, Bruno.” Lívia responde com certa tristeza.
“Ela não quis lhe pegar? O que aconteceu? Ela disse algo que lhe ofendeu?”
“Nós nunca daríamos certo, só isso.”
“É por causa do futebol? Vocês conversaram a respeito? Se quiser eu falo com ela...”
“Não. Não é por causa disso, Bruno. Deixa para lá, não quero falar disso.” Lívia se despede e Bruno a deixa ir. Ele pede licença a Helena para poder bater na porta de Alessandra.
“Tua amiga ficou seca do nada e resolveu ir embora.” Ela explica.
“O que você disse para ela?!”
“Só disse que eu tenho um lance de pegar e não me apegar, e que eu aviso isso sempre antes de ficar com a pessoa para que ela não pense que eu sou do tipo que namora.”
“E para que você fala isso antes de trans*r com a pessoa? Tipo, quem fala isso nessa hora? Ainda mais se for para uma pessoa como a Lívia, é óbvio que você matou o clima!”
“Eu sempre falei, sempre fui honesta nesse ponto, nunca quis deixar nas entrelinhas, então eu só transo uma vez com a pessoa, tudo que eu fiz foi deixar claro para ela que essa seria a única vez, guri.”
“Cara, e quem disse que vocês não se pegariam novamente? Você tem uma bola de cristal por acaso? A menina saiu daqui assustada contigo!”
“Assustada por quê?”
“Imagina se alguém chega para você e fala que vai trans*r uma vez só e tchau, essa pessoa deve pensar que você tem uma visão horrível dela, é como se estivesse fazendo algo por pena! Fora que isso parece o extremo do narcisismo. Seu discurso não faz o menor sentido!”
“Ela ficou chateada por isso?” Alessandra fica reflexiva. “Não tinha parado para pensar nisso. Vou falar com ela.”
“Não. Como eu já disse, ela está chateada. Falar agora não adianta nada. Dá um tempo, estude e foque na sua prova primeiro, depois conversa com calma.” Alessandra resolve seguir o conselho de Bruno e deixar o susto de Lívia passar.
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Já era tarde da noite, Brenda tinha ido embora. Lívia, sem sono, bateu na porta de Bruno.
“A gente tem aula amanhã, o que você quer, Lívia?”
“Eu lhe mandei mensagem e você não me respondeu! Eu preciso conversar com alguém, e Helena também não me responde porque trans* 24 horas por dia com a Isabel.” Sem pedir licença, Lívia entra.
“Então quer falar sobre o quê?” Bruno, bocejando, vai até a geladeira e pega um copo de leite.
“Vocês meninos têm essas regras loucas de avisar que vai ficar por uma noite e depois tchau? Porque dos garotos que eu peguei, nunca vi nenhum deles fazer isso.”
“Não, geralmente somos escrotos e nem avisamos, mas devo confessar que achei muita imodéstia.”
“Hey, não fala assim dela!” Lívia protesta.
“Eu só disse que achei meio petulante, Lívia!”
“Você não tem que achar nada nem opinar, só me escutar. Não vou deixar você falar mal de mulher para mim.”
Bruno revira os olhos. “Desabafe então.”
“Ela veio me mandando mensagem pedindo desculpas, dizendo que aquele tipo de aviso era uma espécie de proteção para não se machucar, mas que geralmente ela se afasta quando não deixa avisado e isso fica chato. Também disse que está curtindo nossa amizade e não queria estragar com alguma espécie de envolvimento. Basicamente ela me colocou na friendzone.”
“Afinal, vocês vão trans*r ou não?”
“É o que eu mais quero, mas se a gente se pegar agora, ela vai levantar todos os escudos e vou regredir no meu plano. Vou me aproximar primeiro, quero chegar ao coração dela antes de chegar no canal vagin*l.”
“Poético.” Bruno ri. “Mas é de se perceber que a Alessandra é uma pessoa extremamente ligada no contato físico, vai ser difícil conquistá-la sem trans*r com ela antes.”
“No fundo ela é insegura, tem medo de se apegar, vou mostrar para ela que não precisa ter medo comigo.” Lívia dá de ombros e pega o copo de leite de Bruno. “Você esqueceu de me oferecer, agora fica sem.”
“Você tem o seu. No seu apartamento.” Bruno ri, mas deixa Lívia ganhar essa.
Fim do capítulo
Comentar este capítulo:
rhina
Em: 23/08/2020
Lívia subiu ainda mais no meu conceito.
Alessandra......bem, adiante.
Se olhar bem..... Isabel e Helena é puro sexo no momento.....se de sexo vai evoluir para outro sentimento só o tempo dirá......mas tenho ressalvas sobre isso.
Rhina
Resposta do autor:
Sim!! Quis aproveitar bastante para mostrar de modo geral como a maioria do início dos relacionamentosestão hiperfocados no físico, e como se dá essa transição para o sentimental (enquanto em outros casos, como por exemplo o que acontece com Lívia) a ordem das duas coisas é completamente inversa
Beijão!
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