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Blind por Bruna DX

Ver comentários: 5

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Palavras: 4803
Acessos: 2129   |  Postado em: 06/02/2019

Notas iniciais:

Esse capítulo será contado pelo POV da Adele.

Capítulo 42

 

 

...Adele...

 

Sentei na cadeira diante de minha mesa e fechei os olhos. Pratiquei exercícios de respiração na tentativa de alcançar a calma que havia evaporado rapidamente, me deixando a beira de um colapso. Meu estômago começou a reclamar. Essa não era a hora mais adequada para a gastrite dar sinais de vida.

 

Joguei a cabeça para trás e tentei dissipar todos os pensamentos. Suspirei e massageei minhas têmporas. Porém, nada do que eu estava fazendo estava ajudando a amenizar meus pensamentos ou diluir aquele bolo que havia se formado em minha garganta.

 

Eu odiava misturar o pessoal com o profissional, mas hoje realmente foi uma tarefa quase impossível. Nem bem cheguei ao escritório e a Carol, a minha secretária anunciou a visita da Marjorie, que estranhamente havia se apresentado como a minha mãe. Ela não costumava fazer isso, pelo menos não depois que eu assumi a minha sexualidade perante a família e inevitavelmente a alguns meios de comunicação em Londres. Era claro que ela tinha vergonha disso, e era mais claro ainda que a vergonha que ela tinha de mim perante a sociedade não me afetava.

 

A única coisa que vinha da minha mãe que infelizmente, ainda, me afetava era a sua falta de afeto, o egoísmo, a ambição e o preconceito que partia dela. Marjorie era extremamente ligada a aparências, a classe social e status. Ela tentou criar os filhos debaixo desses pilares que ela considerava importante, mas tanto eu quanto Tony sempre fugimos de algo que para nós não tinha valor algum.

 

Minha mãe veio me visitar hoje logo cedo numa tentativa vã de me convencer a desistir de Ana Beatriz. Não sei como, quer dizer, eu posso até imaginar como ela descobriu do meu pedido de casamento. Antony ainda não havia se convencido do quão venenosa era a nossa matriarca, e tenho certeza de que ele compartilhou da notícia com ela imaginando que ela ficaria feliz, assim como nós ficamos. Ingênuo!

 

Marjorie adentrou a sala trajando roupas altamente inadequadas para o clima quente do Ceará e com a sua habitual pompa. Ela ostentava um grande número de jóias em seu corpo, e elas pareciam querer intimidar diante de toda sua classe e poder econômico. O salto alto ajudava-a a manter o queixo empinado, demonstrando superioridade.

 

Apesar de ela viver correndo atrás de mim para que eu aumente os cifrões de sua mesada, Marjorie sempre foi detentora de uma gorda conta bancária, e inúmeros imóveis herdados dos pais. Fazia a linha da herdeira ambiciosa, que quanto mais tinha, mais queria. Bom, pelo menos era assim, antes de ela declarar falência.

 

Eu aguentei calada todas as ofensas e tentativas de me minimizar. Aguentei todas as frases preconceituosas e todas as difamações que ela lançou contra mim. Eu aguenteria tudo o que viesse dela, já estava vacinada. Mas perdi o controle e toda a minha calma quando ela começou a falar coisas horríveis da Beatriz. Não suportei ouvir mais do que algumas dúzias de palavras que saiam carregadas de maldade.

 

Foi nessa hora que eu a expulsei da minha sala sentindo uma raiva pungente dentro de mim. Gritei alterada para que ela me deixasse em paz, para que sumisse da minha vida e nunca mais me procurasse. A menos que fosse para agir como uma mãe, que me respeitasse e respeitasse a mulher que eu escolhi para dividir a vida. Só queria vê-la outra vez se ela finalmente tivesse condições de dar amor e carinho ao invés de dar desprezo e mesquinhez.

 

Ela se fez de ofendida, pegou sua bolsa e deixou a minha sala rapidamente, deixando dentro de mim mais uma marca, porque eu conseguia suportar, conseguia aturar e até fingir que não me magoava, mas no fundo, ela sempre conseguia dilacerar um pouco do amor que eu nutria por ela. Era a minha mãe, e tudo o que eu sempre desejei, foi que ela fosse minha mãe de verdade, e não a mulher que dava mais valor a sua conta bancária do que o bem estar de um dos filhos.

 

Não consegui segurar a mágoa e a decepção que borbulhavam dentro de mim feito uma caldeira fervente. Entreguei-me as lágrimas sem desejar impedi-las em nenhum instante. Fazia um bom tempo que eu não me permitia chorar por minha mãe, e eu precisava dar vazão a tudo o que ela me causava, porque por mais que eu tentasse, não conseguia esquecer ou ser completamente imune.

 

Carol interfonou para a minha sala perguntando se eu precisava de algo para a reunião que aconteceria em breve. Tentei disfarçar o meu tom de voz, mas ela percebeu e nem se deu ao trabalho de me ouvir enquanto eu respondia “Estou bem”. Minha secretaria, e amiga, logo apareceu diante de mim com um copo de água e uma expressão que transparecia preocupação e afeto.

 

Chorei um pouco mais ao encontrar tamanho carinho presente no olhar de uma pessoa que não tinha nenhum laço familiar, que não era sangue do meu sangue, mas me tratava como se assim eu fosse. Carol segurou minha mão e me puxou para o sofá que tinha mais ao canto em minha sala.

 

-- Chore querida, pode chorar. – ela dizia me fazendo repousar a cabeça em seu colo.

 

-- Ela sempre aparece para me destruir Carol. Minha mãe não sente nada por mim, mas mesmo assim eu sinto.

 

-- Aquela mulher não tem noção alguma do quanto ela está perdendo em te tratar assim. Mal sabe ela que está deixando de conviver com a pessoa maravilhosa que você é.

 

E ficamos assim por um tempo. Até que eu estivesse minimamente mais calma e recomposta. Eu tinha um carinho enorme por Carol, e eu sentia o mesmo vindo dela. E tê-la ali naquele momento foi muito bom.

 

Corri para a reunião quando faltavam dez minutos para o seu início. Só que mesmo me empenhando, não consegui me concentrar e render integralmente. Não sei se disfarcei bem, ou se todos foram discretos e fingiram não ter notado que eu não estava bem.

 

O nome de Bruno, o filho de meu sócio foi tocado naquela sala de um modo que eu não gostaria de ouvir. O problema em questão desencadeou em mim mais um momento de tensão, irritação e raiva. Bruno havia sido afastado do canteiro de obras do qual ele era responsável, por ter sido negligente e irresponsável, trazendo para o escritório uma bela multa. Sem falar que afetou ligeiramente a credibilidade do que eu consegui erguer com muito esforço.

 

Agora o homem quer simplesmente voltar às suas atividades como se nada tivesse acontecido, ou como se eu e até mesmo o pai dele não tivéssemos sido bem claros quando dissemos que ele havia sido desligado daquele escritório até uma pequena acareação terminasse. Bruno passou por cima de uma ordem e voltou a perambular pelo canteiro, atribuindo funções e dando ordens. Anotei mentalmente este fato e me poupei de mais dor de cabeça, decidida a tomar providências quanto àquilo em outro momento.

 

Depois de mais ou menos duas horas de uma reunião estressante, finalmente chegamos ao fim. Eu realmente não tinha mais nenhuma condição de trabalhar, e mesmo odiando o que eu estava fazendo, organizei minhas coisas, pedi para que Carol reagendasse todos os outros compromissos do dia e fui para casa.

 

-- Está tudo bem? – Zara perguntou quando me viu caminhar em sua direção.

 

-- Hoje a manhã não foi muito generosa comigo. Não estou me sentindo muito bem. Estou com uma dor de cabeça horrível, e a minha gastrite está praticamente gritando.

 

Zara ficou em silêncio, balançou a cabeça em sinal positivo e abriu a porta do carro pra mim. Sorri em agradecimento e me acomodei, levando a mão a barriga e gem*ndo baixinho. Eu odiava profundamente a minha gastrite.

 

Já dentro do carro eu mandei mensagem para a Beatriz, avisando que eu estava indo para casa. Não queria deixá-la preocupada, então apenas disse que havia saído mais cedo do trabalho, logo após uma reunião. Ela não visualizou, e eu imaginei que talvez ela estivesse ocupada.

 

Quando cheguei ao apartamento sai tirando minha roupa pelo caminho, chegando à frente do meu banheiro vestindo apenas lingerie. Sorri de lado por imaginar a leve irritação que Beatriz sentiria ao se deparar com minhas roupas espalhadas.

 

Tomei um longo e relaxante banho, tão bom que quase conseguiu tirar de meus músculos a tensão e o estresse que eu estava sentindo. Vesti uma camiseta longa e uma calcinha. Voltei recolhendo as roupas pela casa e as levei para o cesto na área de serviço. Preparei um lanche porque não estava com vontade alguma de almoçar. Na verdade, eu estava sem apetite. Ajeitei a cozinha e voltei para o quarto.

 

Peguei o meu celular e vi uma mensagem de Beatriz:

 

Beatriz: Está tudo bem com você amor? Você ir para casa assim tão cedo não é algo normal, pelo contrário, é preocupante. O que houve? Eu vou tentar sair da revista o quanto antes, tá bom? Só vou ficar tranquila quando colocar os olhos na minha noiva. Eu te amo minha loira.

 

Li a mensagem algumas vezes dando ênfase na palavra noiva. Noiva! Ana Beatriz era a minha noiva. Eu era a noiva de Ana Beatriz. Era só pensar nisso que meu coração dava indícios de que explodiria. Um sorriso de orelha a orelha surgia em meu rosto. E eu tinha certeza de que qualquer pessoa conseguiria ler em meus olhos a enorme felicidade que eu sentia. Ah Ana Beatriz!

 

Como já era de costume, respondi a mensagem dela acompanhada de uma foto minha em nossa cama. Ela logo me respondeu com um áudio onde sussurrava a ameaça de que eu pagaria por provocá-la no trabalho.

 

A morena se despediu de mim dizendo que precisava ir até o setor de artes. Coloquei o celular de lado e agarrei o travesseiro dela, levando-o até o meu rosto. Ah como eu amava aquele cheirinho que ela tinha. Ergui a minha mão direita diante de meus olhos e sorri quando minha cabeça foi invadida por cada mínimo detalhe daquela noite.

 

 

**********

 

Flashback On

 

-- Eu não entendi Zara.

 

-- É simples! A Beatriz me ligou, disse que precisava de minha ajuda, e que quando você deixasse o escritório eu precisava te levar a um lugar. E claro, que você não poderia saber, o destino e todo o resto da noite é uma surpresa. Nada complicado.

 

-- Em que momento vocês se tornaram amigas?

 

Zara deu um risinho e disse que precisávamos ir. Eu não conseguia segurar a minha curiosidade, e por isso tentei perguntar algumas vezes para onde ela me levaria, mas ela sempre me cortava e era incisiva ao dizer que eu não poderia saber de nada, do contrário, Beatriz ficaria brava. Sorri só por imaginar aquela baixinha brava.

 

Desiste de inquirir algo porque percebi que dali não sairia nada mesmo. Também, eu, não era nem um pouquinho páreo para uma mulher que trabalhava há anos com segurança particular, e tinha como sua marca a seriedade e descrição.

 

Zara me levou para o meu apartamento e pediu para que eu seguisse a instrução do bilhete que jazia na cômoda ao lado da cama. O peguei e li com certa ansiedade. Nele dizia que eu devia vestir uma roupa e um calçado leve – de preferência, sem salto. Entrei em um banho rápido e me arrumei vestindo o que eu imaginava se encaixar no pedido que ela havia me feito.

 

Enquanto calçava a sandália, sentada na borda da cama eu pensava no que Beatriz poderia estar aprontando. Sabia que era algo para talvez se desculpar porque ela havia furado comigo em um jantar romântico que eu tinha preparado. Eu queria fazer uma surpresa, e esse jantar não era aleatório, tinha uma razão e um propósito muito forte, mas ela não pode ir.

 

Mas já que ela estava tentando me surpreender com uma noite nossa, porque eu não podia surpreendê-la? Caminhei até o guarda-roupas e tirei da parte mais alta uma caixinha de papelão, onde eu havia guardado um estojo preto. Diane, uma amiga e também designer de joias, havia desenhado a meu pedido um par de alianças de noivado. Mostrei pra ela como eu imaginava que elas ficariam, e ela aceitou o desafio de fazê-las.

 

O dia que eu faria aquele pedido e por fim colocaria aquela aliança no dedo de Beatriz estava marcado. E ele não era ontem, e nem hoje, era uma outra data também especial. Só que eu não consegui controlar minha ansiedade depois que Diane me pediu para buscá-las. Queria fazer o pedido o quanto antes.

 

Deixei o quarto apertando o estojo em minhas mãos. Inevitavelmente a ansiedade começou a me consumir. Encontrei com Zara, e assim como foi no trajeto para o apartamento, o trajeto que fizemos para o tal lugar que eu não podia saber também foi em silêncio. Eu me remexia no banco tentando imaginar para onde estávamos indo, mas não conseguia reconhecer nada ali.

 

-- Relaxa. – Zara disse.

 

-- Estou nervosa, muito nervosa.

 

-- Eu sei. Dá pra perceber de longe.

 

-- Nunca fiz isso. E se ela não quiser? Se ela não aceitar? Eu pensei em tanta coisa pra dizer, mas agora eu não sei, não sei mais de nada. As palavras sumiram. E como vai ser se ela me disser um não? Será que ela ainda vai continuar namorando comigo mesmo depois de uma negativa?

 

Zara sorriu e tocou o meu ombro.

 

-- É, esse é realmente um momento tenso, e ao mesmo tempo é um dos momentos mais marcantes e lindos de uma relação. Mas não se preocupa e não tenta planejar ou escolher as palavras, apenas abre o seu coração e deixa fluir. E se está preocupada em receber um não, eu te digo que não há a mínima possibilidade de isso acontecer. Aquela mulher te ama!

 

-- Obrigada! – disse suspirando.

 

-- Não me agradeça, tente apenas viver todos os dias intensamente do lado da mulher que você ama. Nunca deixe nada para depois, diga que a ama a todo instante e faça com que ela sinta todo o sentimento que tens por ela.

 

Balancei a cabeça em sinal positivo. O que ela me disse fez com que eu tivesse a certeza de que aquele olhar triste e dolorido realmente tinha um fundamento. Havia uma perda por trás de tudo. Zara havia perdido alguém, e provavelmente alguém que amou muito. As palavras me tocaram profundamente.

 

-- Obrigada Zara, de verdade. – falei tocando a mão que repousava sobre sua coxa – Você tem algo especial, você é especial e eu não consigo te enxergar como minha segurança. Vejo mais do que isso em ti, vejo lealdade, vejo respeito, vejo compromisso, e mais do que isso, vejo uma amizade.

 

-- Eu gosto de vocês duas. – disse apertando a minha mão.

 

E essa era a maneira dela de confirmar o que eu tinha acabado de dizer. Havia um sentimento maior do que aquela relação de contratante e contratado. Eu tinha carinho por ela, e acho, acho de verdade que poderia sim surgir uma amizade dali. Quando não precisássemos mais do serviço de segurança, poderíamos manter contato, manter uma amizade.

 

Quando o carro estacionou diante de uma barraca de praia eu busquei o olhar de Zara, estranhando que aquele fosse o lugar. Ela disse que estávamos no lugar certo e logo depois digitou uma mensagem em seu celular.

 

-- Estarei aqui fora. Qualquer coisa que ache estranho ou qualquer problema, me chama pelo celular. Não sairei daqui, e quando vocês saírem, estarei logo atrás.

 

-- Tudo bem.

 

-- Vai dar tudo certo.

 

Sorri e deixei o carro. Já na entrada um homem pediu a minha identificação e depois me encaminhou para a parte de trás daquela barraca. Quanto mais eu adentrava o lugar, mais surpresa eu ficava. Era tudo muito lindo ali.

 

O homem caminhou ao meu lado em silêncio, me direcionando pelo lugar. Não precisei procurar muito, porque logo meus olhos foram atraídos para ela. Deus! Como essa mulher é linda! Sorri e caminhei na direção dela. Ela estava de pé e sorria pra mim também. Algo em meu estômago começou a se remexer e um frio se instalou.

 

Quando a abracei tive vontade de não largá-la. Por inúmeros motivos, mas um que eu posso ressaltar é a sensação única que é tê-la em meus braços.

 

Nos sentamos e eu não conseguia parar de olhar em volta, não só pela decoração e beleza do local, mas porque eu precisava disfarçar o nervosismo que eu estava sentindo. Minhas mãos estavam gélidas e meu estômago ainda revirava.

 

Beatriz estava sempre me presenteando com aquele sorrisinho doce e branquinho. O jantar. O presente que ele me deu – lindíssimo e com um significado gigante pra mim. A companhia e a noite, estavam perfeitas. Tudo foi incrível!

 

Quando dei a idéia da sobremesa, na verdade era uma desculpa para ir até a cozinha. Queria falar com alguém que pudesse me ajudar a prepara algo mais íntimo longe do ambiente apinhado de gente. Com um pouco de lábia, e claro, algum dinheiro, consegui convencer um garçom. O combinado seria uma música na hora certa, uma toalha sobre a areia em uma parte mais afastada, porém iluminada providencialmente. O resto era comigo.

 

Para disfarçar e dar tempo para o homem preparar o que eu pedi, voltei para a mesa levando dois pratos com as sobremesas, que fiz questão de comer lentamente. Quando o garçom passou pelas costas de Beatriz e ergueu o polegar em sinal positivo na minha direção, suspirei e convidei a morena para dar uma volta.

 

A lua e as estrelas iluminavam a areia da praia e davam um brilho magnífico para a água. O barulho do mar e a brisa surtiram como um calmante para o meu coração que ainda insistia em galopar dentro do peito.

 

Ela pareceu surpresa quando paramos diante da toalha, mas não falou nada. Sentamos ali e conversamos por um tempo. Ela não lembrava o que comemorávamos na data de ontem, mas não me importei tanto porque sabia que realmente ela era esquecida assim com datas, e se não estivesse na agenda do seu celular ou anotado, ela esqueceria.

 

Puxei o máximo de ar que eu consegui e então comecei a me declarar pra ela. Beatriz me encarava com olhos lacrimejantes, e ao longo do que eu falava, ela começou a chorar de fato. Meu coração deu um solavanco quando saquei a caixinha preta e a abri diante dos olhos molhados dela.

 

-- Casa comigo e me faz a mulher mais feliz da face da terra?

 

Ela dividiu o olhar entre a caixinha e meus olhos. Seu peito subia rapidamente e as lágrimas vertiam com uma freqüência maior. Os segundos foram se passando e eu permanecia do mesmo lugar, esperando alguma resposta ou qualquer reação da parte dela.

 

De repente meu corpo foi jogado para trás, me fazendo deitar sobre a areia. Não deu tempo de raciocinar muito e logo senti os lábios dela buscando os meus. Segurei sua cintura e a recebi dentro de meus braços, acalentando seus lábios com os meus.

 

As lágrimas invadiam nossas bocas, mas não interrompíamos o beijo. Bia chorava e sorria ao mesmo tempo, e tudo com nossas bocas ainda coladas. Eu podia tomar a atitude como uma resposta, no entanto, eu queria ouvir da boca dela, com todas as letras. Meu coração só ficaria sereno quando eu ouvisse.

 

-- Você aceita? – perguntei.

 

Beatriz sentou sobre meu quadril e afastou de meu rosto alguns fios de cabelo que se espalharam quando ela me jogou na areia. Ela sorriu e ao contornar meu rosto percebi que sua mão tremia.

 

-- Casar com você é tudo o que eu mais quero. Quero ser tua, pra sempre tua. E quero dedicar todos os dias da minha vida para te fazer a mulher mais feliz da face da terra. Sim! Sim, eu aceito me casar com você Adele, eu aceito!

 

Sorri e a puxei para um beijo. Beatriz voltou a deitar sobre mim e aquele beijo começou a ganhar volúpia. Meu corpo se ascendeu, e por alguns segundos me esqueci de onde estávamos, e por isso resvalei minhas mãos para dentro de seu vestido, tocando suas coxas firmes. Ela gem*u na minha boca e se afastou. Suspirei sentindo o tesão dominar todo o meu ser.

 

Beatriz me deu um selinho rápido e voltou a sentar sobre o meu quadril. Apanhou a caixinha de veludo preta que jazia praticamente esquecida ao nosso lado, e de lá tirou a aliança maior. Ela sorriu e deixou escapar uma pequena lágrima ao segurar o objeto. Tinha nossos nomes ali dentro.

 

Bia segurou minha mão esquerda e delicadamente colocou a aliança em meu dedo anelar, depositando um pequeno beijo depois. Fiz o mesmo que ela, sentindo meu coração quase explodir de tanta alegria.

 

-- Agora é oficial, você, Ana Beatriz d’Avila, é minha noiva.

 

-- A noiva mais feliz do mundo.

 

-- Depois de mim.

 

-- O intuito da noite era te surpreender, mas foi você que me surpreendeu. E como! Mas vamos, ainda temos algo que eu havia preparado.

 

-- O que é?

 

-- Vem curiosa.

 

Ela se ergueu e me estendeu a mão para me ajudar a levantar. Já de pé, eu enlacei sua cintura e a beijei com doçura. Minha noiva!

 

Partimos da praia para um hotel que não ficava muito longe dali. Beatriz havia reservado essa noite para nós duas. Uma noite diferente, como ela intitulou. Perdi o ar quando entrei na suíte daquele hotel. A parede lateral inteira dali era de vidro, do teto ao chão, dando uma visão magnífica do mar que ficava bem pertinho. A luz da lua invadia todo o quarto. Incrível!

 

Minha pequena se aproximou de mim e passou os braços por minha cintura, me apertando contra ela. Com o dedo indicador eu ergui o seu rosto e deixei vários beijos por todo lugar, desde o nariz, até o pescoço. O corpo pequeno se arrepiou inteiro.

 

Desci pelo pescoço, dando beijinhos e pequenas mordidas até alcançar a linha de sua clavícula. Os dedos dela adentraram meus cabelos, fazendo uma leve pressão ali. Fui até o seu ouvido e sussurrei:

 

-- Estou louca pra fazer amor com a minha noiva.

 

Não esperei resposta e a tirei do chão, fazendo com que ela passasse as pernas em volta de meu tronco. O contato de seu sex* quente com a minha pele ainda coberta me fez arfar. Ela buscou minha boca em um beijo apressado e carregado de tesão.

 

Levei minhas mãos até o seu bumbum, o tocando por baixo do tecido do vestido. Apertei e ela gem*u.

 

-- Preciso de você... – sua voz era falha.

 

-- Estou aqui, sempre estarei aqui por você, meu amor!

 

A noite foi pequena para nós duas. Nos amamos a noite inteira, entrando em parte da madrugada, aproveitando a cama maravilhosa e também a banheira, que assim como o quarto, tinha vista para o mar. Trocamos juras de amor e dormimos com os corpos exaustos, mas exalando amor.

 

Mais um passo!

 

Flashback Off

 

 

**********

 

Não sei em que momento eu dormi, mas acordei com beijos quentes que subiam desde o meu tornozelo, indo de encontro ao meu bumbum. Recebi uma mordida ali, mas mesmo assim permaneci de olhos fechados, fingindo ainda dormir.

 

Mãos começaram a fazer companhia aos lábios, tocando suavemente cada pedaço de pele exposto. Meu coração disparou quando uma mão puxou a minha calcinha para o lado, tocando justamente no ponto mais túrgido. Apertei os olhos e soltei o ar.

 

A mão fazia movimentos circulares, me masturbando com maestria. Agarrei os lençóis no instante em que dois dedos resvalaram para dentro de mim, me preenchendo. Abri um pouco mais as pernas dando mais espaço e permissão para que fosse feito de mim o que bem entendesse.

 

Senti novas mordidas em meu bumbum e eu levei a minha mão naquela direção a fim de tocar o corpo que estava me levando pelo caminho do prazer. Abri rapidamente os olhos ao me dar conta da falta de roupa no corpo quente ao meu lado.

 

-- Fica quietinha! – ela disse.

 

Voltei a fechar os olhos quando a mão dela estalou em meu bumbum em um tapa que me enlouqueceu. Os movimentos pararam e senti a pouca proximidade com aquele corpo quente. Minha calcinha rapidamente foi retirada, deslizando por minhas pernas até chegar aos meus pés.

 

Os dedos esguios tocaram minha intimidade com a precisão que só ela tinha. Meu sex* clamava por uma atenção maior, por mais objetivo naqueles toques que dedilhavam toda a extensão, mas não me tocavam onde eu mais precisava, nem me penetravam. Bia puxou minha blusa pra cima, tirando-a.

 

-- Empina esse bumbum pra mim, empina?

 

Um arrepio cortou todo o meu corpo. Tenho certeza de que meu sex* pingava tamanha era a excitação que eu sentia. Puxei o ar e fiz como ela pediu, empinei o bumbum, deixando o rosto sobre o travesseiro. Mais um tapa e menos controle! A ponta da língua explorou cada dobra, e depois, atrevidamente ela começou a me ch*par, com força.

 

-- Ah Bia... – gemi.

 

Com a mão livre ela me masturbava, e com a língua e boca ela me sugava toda a sanidade. Ela parou de me ch*par e então eu senti algo entrar gostoso na minha entrada. Não eram os dedos dela, era algo maior, que me preenchia e se movia fundo dentro de mim em movimentos ainda lentos.

 

Quando ela começou a investir mais rápido, eu não conseguia parar de gem*r. Ela também gemia atrás de mim. Senti mais um tapa, e eu gritei, não por dor.

 

-- Você ainda me mata Adele!

 

Ah se ela soubesse que quem estava prestes a morrer era eu. Sua mão voltou a tocar meu clit*ris sem deixar de afundar e movimentar aquele objeto dentro de mim. Eu estava quase sem forças e sentindo que eu estava à beira do ápice.

 

Meu corpo passou a tremer e logo senti aquela onda de prazer me carregar. Explodi em um gozo maravilhoso, chamando desesperadamente o seu nome. Ela retirou o objeto e eu deixei o corpo tombar sobre a cama e ela deitou sobre as minhas costas, distribuindo beijos.

 

-- Preciso sair mais cedo do trabalho mais vezes. – falei quando consegui recuperar a voz.

 

-- Isso é por você ter me provocado no trabalho. – falou se jogando de barriga pra cima, ao meu lado.

 

-- Certo. Te provocar no trabalho mais vezes, anotado.

 

-- Engraçadinha. Eu já estava com segundas intenções, e ai eu chego a casa e te vejo vestida assim, com esse bumbum gostoso descoberto e me chamando. Não resisti...

 

-- O que você estava usando?

 

A morena se esticou para os pés da cama e depois ergueu o objeto diante de mim. Era um dildo vestido por uma camisinha.

 

-- Passei no sex shop quando estava vindo pra casa. E não se preocupe, está higienizado.

 

-- E que horas você chegou que eu nem vi? Tomou banho?

 

-- Cheguei faz pouco tempo. Tomei banho praticamente correndo porque estava sedenta pra te acordar assim. Não vesti nem roupa.

 

-- Que noiva mais safadinha eu fui arrumar.

 

-- Você me deixa safada! – me deu um sorriso cheio de malícia – Agora me diz, o que aconteceu para você ter vindo pra casa tão cedo?

 

-- Depois, porque agora eu quero você.

 

Girei o corpo sobre o dela e busquei sua boca. Beatriz abriu as pernas para que eu me encaixasse no meio delas e segurou firme cada uma de minhas nádegas. Empurrei o corpo contra ela, fazendo a minha barriga tocar o seu sex*. A pele ficou molhada com o atrito e eu gemi por saber que todo aquele líquido era por minha causa.

 

E era assim, bastava àquela mulher estar perto de mim para eu ficar bem. Eu me esquecia de tudo que me atormentava, esquecia de todo estresse, completamente tudo! Ela era a minha paz, meu porto. Beatriz era a razão de tudo!

 

 

Continua...

 

 

 

Fim do capítulo

Notas finais:

Oi meus amores! Tudo bem com vocês? Voltei para deixar o capítulo da semana, mas, já aviso que tenho outro capítulo quase prontinho. Quem sabe não sai antes, não é?

 

Beijos e até o próximo!


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Comentários para 42 - Capítulo 42:
Amandha12
Amandha12

Em: 17/02/2019

Olá!

Capítulo muito bom. Parabéns!

Mais uma conquista das duas com essa relação muito bonita e de muito amor.

Esperando o próximo. Beijão.


Resposta do autor:

Oi Amandha! Tudo bem?

Que bom que você gostou. E obrigada pelo elogio, tá? Fico toda besta sabendo que tô indo no caminho certo e que vocês estão curtindo! 

Mais uma conquista de muitas que virão. Amor na relação das duas é algo que não falta, tem tanto que até contagia a pobre autora aqui kkk

 

Beijão e até o próximo!

Responder

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LuciX
LuciX

Em: 07/02/2019

A raiva inicial dessa criatura que não deve ser denominada como mãe, cedeu lugar a um calor intenso com esse final. Essas duas são demais. Amei o capítulo. 


Resposta do autor:

Olá LuciX

 

Pois é, essa mulher desperta na gente uma raiva que não é normal. Ow mulherzinha sem coração e sem jeito. Mas quanto ao calor do final, pois é, concordo completamente. Passo cada sufoco escrevendo essas cenas...

Sou suspeita pra falar, mas eu falo mesmo assim: Adele e Ana Beatriz são a mistura perfeita. São mesmo demais.

Beijos e até o próximo!

Responder

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Silvanna
Silvanna

Em: 06/02/2019

A Zara tem razão, não devemos deixar nada para depois, desperdiçar encontros, amar sem reservas, como diria alguém que conheço.

Autora o termômetro para saber se sua escrita agrada ou não, é na forma com que reagimos nas cenas mais quentes! kkkk Garanto que tem sido bastante excitantes!kkk

Abraço


Resposta do autor:

Olá Silvanna! Tudo bem?

Esse negócio de deixar as coisas pra depois só gera arrependimento pelo que não fez e o que poderia ter feito. A gente tem que dar valor a cada detalhe, a cada momento e a cada pessoa que entra na nossa vida, porque nada é em vão.

Eita! Tem sido excitante é? Ainda bem, assim eu não passo o sufoco sozinha kkkk Cês tem que passar também ué!

 

Abraço amore, até o próximo!

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Aurelia
Aurelia

Em: 06/02/2019

Mas é claro que os detalhes não ficam chatos. Eu adorooo muito. Está tudo ótimo. De novo parabéns

 


Resposta do autor:

Oi Aurelia!
Ainda bem que você gosta, porque as vezes sou detalhista até demais (confesso). Obrigada pelo seu carinho amore. 

 

Beijos e até o próximo!

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Aurelia
Aurelia

Em: 06/02/2019

Rsrsrs.

A reação deles foi engraçada, mas deu tudo certo. O pai disse que só a mão não dava, tinha que levar o resto. Mas foi tudo ao longo de anos pra conquistar o respeito é o carinho deles. Bom eu acho que conquistei, nunca se sabe. Obrigada pelos felicitações.

Parabéns outro capítulo perfeito... Os detalhes são fantásticos. E cheioos de calor.

Bjos e até mais.


Resposta do autor:

O que importa é isso, que no final deu tudo certo! Ele tem razão, tem que levar tudo (sorte a sua) kkkkk. Ah se houvessem mais pais assim por aí. Bem que podia ser, né? Acho que o tempo realmente é um bom remédio pra tudo, e com certeza você conquistou sim eles. Imagina amore, o mundo precisa mesmo de mais amor, mais relações assim como a sua, então é sempre bom desejar o melhor quando nos deparamos com algo sim. Além disso, é bom ver a felicidade no semelhante, não é não? 

 

Obrigada amore! Já que você falou de detalhes, deixa eu perguntar: em algum momento esse descrição toda não fica chato não? Eu sou bem detalhista, e isso as vezes vai pra escrita, só não sei como cada uma de vocês recebe. Oh, o calor eu digo logo, nas minhas histórias não podem faltar. Adoro!

 

Beijos amore, até mais!

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