CapÃtulo 4 - Osso duro de roer
A Biblioteca da faculdade se encontrava lotada. Alguns alunos desesperados, outros fazendo trabalho, e outros simplesmente matando tempo. O céu nublado, o vento forte e os relâmpagos anunciavam tempestade, as chuvas típicas de fim de verão.
“Cara, será que não tem um único livro de Anatomia Clínica sobrando? A gente deveria ter vindo semana passada. Mas eu não contava que o professor fosse adiantar a prova para sexta-feira.” Lívia reclama, enquanto procura nas prateleiras e Helena a espera de braços cruzados.
“Pensa pelo lado bom, já que ele tem que viajar, segunda-feira não vai ter aula, pelo menos. O que acha de irmos no laboratório de Anatomia estudar um pouco para a prova prática? Eu comprei a versão em PDF desse livro, se quiser a gente estuda lá em casa depois.”
“Por que você não me disse isso antes, cabeção?!”
“Você não perguntou!” Helena responde com naturalidade e inocência.
As meninas então correram para o laboratório antes que a chuva começasse. Colocaram seus jalecos e luvas, e entraram na sala com as peças anatômicas e os cadáveres.
“Impressão minha ou toda vez que a gente vai para algum lugar a Isabel dá um jeito de aparecer antes?” Lívia sussurra ao avistar Isabel estudando sozinha.
Helena apenas dá de ombros e caminha em direção à última mesa. “Já repassou crânio?”
“Já sim mas se você quiser posso começar de novo.” Isabel responde, sorrindo.
“Seria ótimo!” Lívia estica o braço para pegar a peça de crânio, mas Isabel o pega primeiro.
“Bom, a gente começa aqui pelo osso frontal, nele a gente tem a glabela, fissura supra orbital, arco superciliar...” Isabel vai apontando as estruturas, até que a porta da sala do laboratório é aberta novamente.
“Salve, calourinhas. Quem vai me ensinar essas porcarias de acidentes ósseos hoje?” Bruno chega abotoando o jaleco.
Helena revira os olhos. Lívia coloca a mão no rosto já sentindo a vergonha alheia.
“Estamos repassando as estruturas dos ossos do crânio, se quiser acompanhar...” Isabel sugere, para o desgosto de Helena.
“Manda aí, gatinha.” Mascando chiclete, e sem luvas, ele se coloca no centro da mesa, do lado oposto ao de Isabel.
“Bem, do osso temporal, na parte escamosa, a gente tem o processo zigomático e-“
Isabel é interrompida por um toque extremamente irritante de celular.
“Opa. Desculpa gente. Meu telefone.” Bruno, sem pedir licença, sai da sala para atender.
“Pode continuar, por favor?” Helena pede gentilmente.
“Vamos esperar o Bruno.” Isabel responde.
“Para quê? Todo mundo percebe que ele não está nem aí.” Helena rebate.
“Calma, Helena. Todo mundo merece ser ajudado.” Isabel explica.
“Então pelo menos me empresta essa peça de crânio.” Lívia pede, mas Isabel a impede.
“A gente já vai usar, espera. Seja paciente.” Isabel puxa o crânio para si, como se o estivesse protegendo.
Já que vai ter que esperar, Helena aproveita para checar seu celular. Abre então uma notificação de mensagem de Paula.
‘Tem um filme de terror e uma comédia romântica em cartaz essa semana. Qual você prefere?’
‘Pagando de cool kid eu escolheria terror, mas como eu morro de medo de filmes assim, pode fazer chacota à vontade, escolho comédia romântica.’ Helena responde.
‘Eu tinha certeza que essa seria sua escolha, hahahaha’
‘Como sabia?’
‘Você tem um olhar fofo para a vida. Não sei descrever.’
Olhar fofo para a vida? Helena ia pedir uma explicação mais precisa, quando Bruno retornou.
“Como eu odeio essa parte de osteologia.” Ele resmunga, interrompendo Isabel logo no início da explicação. “E são só 30 segundos por mesa na prova prática. Bem que a professora poderia dar mais 10 segundos, teria salvo a minha pele.”
“Bruno, você sabe que na hora de salvar uma vida não vai ter esses 10 segundos extras, né?” Lívia responde.
“O que que você está falando, Lívia? Você também deveria estar reclamando, está tão na merd* quanto eu.”
“Cala a boca, Bruno.” Lívia perde a paciência.
“Eu concordo a respeito dos 10 segundos a mais, ainda é começo do curso, não dá para fazer esse tipo de comparação forçada sobre tempo de salvar uma vida.” Isabel argumenta.
“Você está defendendo esse cara?” Lívia aponta para o moço, perguntando incrédula. “Qual é a sua, garota?!”
“Não estou defendendo, só não estou em posição de julgar. O comentário dele foi válido.”
“Deixa para lá, gatinhas. A Lívia me ama. Adora discutir comigo desde o primeiro semestre.” Bruno provoca.
“Bruno do céu.” Lívia respira fundo. “Se você tivesse a mínima noção do quão insuportável você é! E agora você conseguiu uma minion para lhe defender, ótimo.”
Helena olha para Isabel, um pouco inconformada. Não imaginou que a garota fosse o tipo que defendesse caras como Bruno. Lívia se levanta, retira o jaleco e sai do laboratório. Helena a segue.
“Aquele garoto me tira do sério! Ele sabe que semestre passado eu tive problemas psicológicos e reprovei em Anatomia por causa disso. E agora joga na minha cara para me enfraquecer.” Lívia engole seco, tentando suprimir a raiva.
“Vamos para casa. A gente estuda teoria agora, amanhã a gente volta aqui.” Helena tenta acalmá-la, enquanto as duas começam a tomar chuva no caminho para casa.
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“Pode me emprestar uma toalha?” Lívia pede, encharcada pela chuva fria que as pegou. “Eu iria para o meu apartamento mas eu limpei ontem e não estou a fim de chegar com sapato ensopado de água da chuva.”
“Entendi, mas sujar aqui tudo bem então?” Helena responde, em tom de brincadeira. Pelo menos pôde distrair Lívia, diminuindo a raiva da amiga. Helena então vai até o banheiro, e resolve checar o celular antes de retornar.
‘Hey. Desculpe-me pelo Bruno. Ele parece um idiota mesmo. Fala muita bobagem. Mas é um bom amigo, passou por muitas dificuldades na vida, além de problemas com a família. Eu consigo compreendê-lo. Não havia necessidade da Lívia pegar no pé dele.’ Ela lê a mensagem de Isabel.
‘Concordamos em discordar. Eu nunca vou defender um cara com as visões de mundo que ele tem, e pelo visto, você não vai com a cara da Lívia. Quer ser amiga ou ficar com um cara machista e homofóbico, que seja.’
‘Estou tentando mudar a visão de mundo dele. Não fiquei mais com ele, eu já disse. Talvez ele nunca tenha mudado o modo de ver as coisas porque nunca teve ninguém para conversar a respeito, já pensou nisso?’
‘Ele já não é mais criança para vir alguém e passar pano para esse tipo de atitude infantil que ele tem. Prefiro não falar mais nada a respeito, Isabel.’
‘Okay. Desculpe-me mais uma vez. Só queria que tivesse dado tempo de repassar a prática contigo. Gosto de estudar com você. Principalmente quando seus olhinhos brilham ao entender alguma coisa que estava com dúvida hahahaha...isso é de extrema fofura.’
‘Hahahaha, boba.’
Helena ri a respeito da tal fofura. Espera, fofura? Paula!! Ela havia esquecido completamente de questionar Paula, ou mesmo continuar a conversa.
‘Desculpe a demora. Estava no laboratório de anatomia. Como assim olhar fofo para a vida?’ Ela finalmente pergunta, pouco antes de retornar para a sala com duas toalhas.
Para sua surpresa, vê que Lívia só está de sutiã e calcinha. Rapidamente tampa os olhos com uma das toalhas, e entrega a outra.
“O quê? Nunca viu uma garota em roupas íntimas não, menina?” Lívia começa a secar o corpo. Helena, evitando olhar, faz o mesmo, passando a toalha por cima da roupa. “Você vai ter que me emprestar alguma camiseta e shorts para eu voltar para o meu apartamento.”
“Pode pegar lá dentro, se quiser.” Helena ainda evita olhar. Lívia acha graça no retraimento da amiga.
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Otávio chega no apartamento junto com Yan, sem reparar que as garotas estavam na sala, estudando.
“Olha Yan, eu já estou cansado de você pegar no meu pé por causa da Bia! Ela vem me pedir ajuda no que ela tem dificuldade, qual o problema disso, meu Deus?”
“Eu vejo o jeito que ela olha para você, Otávio! É nítido que ela quer pegar você! E você ainda fica dando moral para ela.” Yan rebate, irritado.
Helena pigarreia.
“Desculpa, meninas, não vi vocês aí.” Otávio se envergonha. Ele puxa Yan para seu próprio quarto, para continuarem a conversa por lá.
Lívia e Helena se entreolham. A porta do quarto de Otávio não é barreira sonora suficiente.
“Yan, por mim a gente nem teria saído mais, mas de tanto você insistir eu resolvi dar outra chance. E você ainda continua preso nessa história da Bia! Que saco! Primeiro que a gente nem namora. Segundo que eu já disse que não fiquei com ela. Terceiro que esse seu ciúme é doentio! Eu tive A paixão platônica por você por um semestre inteiro! Todos os meus amigos sabem o quanto eu lhe paquerava!”
Yan senta-se no canto da cama. Coloca as duas mãos sobre o rosto.
“Desculpa. Eu não sei o que está acontecendo comigo. Eu não era assim. Esse semestre está me matando.”
“Meu querido, a faculdade acaba com a saúde mental de todo mundo.” Otávio senta-se ao lado de Yan e desliza a mão sobre as costas deste.
Yan apenas concorda, recostando-se no ombro de Otávio.
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Helena suava constantemente dentro da sala de aula, momentos antes da prova ser aplicada. Otávio já colocava medo nela sobre essa matéria desde o semestre passado, quando ela ainda estava no cursinho. A prática havia sido pela manhã, e ela já sabia que não tinha ido bem. Engoliu a seco quando as folhas começaram a ser distribuídas.
Quase três horas depois ela termina e entrega. O olhar de frustração faz até o professor sentir pena. Helena pensa em desmarcar o cinema com Paula. Totalmente sem ânimo, ela sente uma mão tocar em seu ombro enquanto caminha em direção ao portão de saída.
“Finalmente consegui cruzar caminhos com você pela faculdade!” Paula sorri e cumprimenta Helena com um beijo no rosto.
“O que faz aqui? Você não estuda à noite?” Helena pergunta, surpresa.
“Sim, mas vim um pouco antes para uma reunião com meu orientador sobre o projeto pedagógico que participo. A gente vai hoje mesmo ao cinema, depois da aula?”
“Vou ser bem sincera contigo, Paula, estou meio desanimada...a prova de hoje consumiu todas as minhas forças.”
“Eu tenho um tempinho vago até começar minha aula...quer ir para o bar chorar as mágoas?”
Helena não podia recusar convite tão tentador. Só não esperava que o bar ao lado da faculdade estivesse tão lotado, o que, se pensar bem, até seria previsível para um fim de tarde de sexta-feira.
“Helena! Helena, aqui!” Otávio grita e bate na mesa para chamar a atenção da amiga. “Amiga que milagre é esse que fez você vir para o bar hoje?”
“Péssimo desempenho em Anatomia.” Ela responde, enquanto Paula segura sua mão e a acaricia, tentando consolar a garota.
“Já estive nessa situação. Sei como se sente.” Yan comenta e pede ao garçom outra rodada de bebidas.
“Já estão bancando as namoradinhas?” Otávio brinca, apontando para as mãos dadas das garotas.
“Coisa de sapatão.” Yan brinca. “Sentem-se aí, gurias. Também estou meio desapontado, tive prova de Bases da Oncologia e foi um desastre.”
“Eu não tive prova hoje, mas em compensação, semana que vem tenho três provas seguidas.” Otávio reclama, enquanto enche seu próprio copo.
“Esse é o Yan da ligação recusada?” Paula balbucia discretamente para Helena, que confirma com a cabeça.
Enquanto Otávio parece tranquilo, olhando distraidamente para o nada e bebendo seu chopp, Yan rói as unhas, olhando para um ponto fixo. Paula redireciona o olhar para o tal ponto fixo. Volta a observar Yan.
“Adivinha quem quase gabaritou essa m-” Lívia chega comemorando, mas Otávio faz um gesto com a mão cortando o pescoço sinalizando para a amiga parar. Lívia vê Helena cabisbaixa e entende a situação. “Amiga na verdade eu detestei essa prova, foi um lixo, credo!”
“Liv, não precisa ser condescendente.” Helena respira fundo antes de tomar um gole consolador de sua bebida.
“Desculpa amiga. Vamos mudar de assunto. Espera, eu acho que conheço você, não é orientanda do professor Dr. Góes?” Lívia olha para Paula.
“Eu mesma! Como sabe?”
“Fui em uma mesa aberta que ele dirigiu semestre passado e você participou.”
“Boa memória!” Paula sorri.
Lívia vê a mão de Paula sobre a perna de Helena e liga os pontos, sorrindo ardilosamente para a amiga, que se envergonha.
Paula discretamente observa Yan mais uma vez. Ele coça a sobrancelha, e seu olhar se volta para o mesmo ponto fixo de antes. É uma garota que bebia com outros amigos. A garota olha para a mesa, Yan desvia o olhar e sorrateiramente coloca o braço sobre o ombro de Otávio.
“Hey, aquela ali não é a Bia? Bia!!” Lívia acena para o outro grupo. “E aí? Como foi na prova?” Ela pergunta em voz alta. Bia responde com o polegar para baixo, dando a entender que o resultado foi negativo. Yan resmunga algo que Paula não consegue entender. Ele cerra um dos punhos e respira fundo. Otávio franze a testa e encara Yan.
“Pessoal, acho que vou embora. Já bebi demais.” Yan se levanta. “Vamos?” Ele olha para o melhor amigo de Helena.
“Eu vou ficar aqui mais um pouquinho.” Otávio responde.
“Vamos.” Yan ordena.
Paula arqueia uma sobrancelha. “Ele quer ficar.” Ela afirma com determinação.
“Otávio.” Yan está intransigente.
“Gente, acho melhor eu ir. Só vou passar no caixa e pagar nossa parte.” Otávio se despede e os dois saem.
“O Otávio precisa urgentemente sair dessa.” Paula aconselha.
“Eu já nem me meto mais.” Helena dá de ombros.
“Ele é um excelente conselheiro mas tem dedo podre para relacionamentos.” Lívia explica.
“Bom, eu gostaria de ficar mais um pouco, mas tenho aula.” Lívia dá um selinho em Helena. “A gente se vê mais tarde? Não precisamos ir ao cinema, a gente pode fazer algum rolê mais caseiro.”
“Acho que concordo com a segunda opção.”
“Então ela é o motivo desse olhar brilhante?” Lívia provoca, enquanto Helena vê Paula voltar para a faculdade. “Ainda bem. Eu já estava preocupada de você querer se envolver com aquela outra menina lá, a Isabel.”
“A Isabel gosta de deixar claro que somos pessoas bem diferentes. Cansei de tentar provar o contrário.” Helena responde, apesar de não se conformar em sua mente.
“E falando no diabo...” Lívia aponta para a lanchonete da frente, onde Isabel se encontrava de pé, com uma caneta e um bloco de anotações na mão.
“Ela trabalha ali?” O lado curioso de Helena se aflora.
“Pelo visto deve fazer o turno da noite, porque ela foi uma das últimas a terminar a prova, quando eu saí, ela ainda estava na sala, e só faltavam cinco pessoas.”
“Cara, como ela é esforçada.” Helena observa do outro lado da rua, admirada.
Lívia revira os olhos. “Estava demorando para você babar ovo por ela de novo.”
“Não estou babando ovo.” Helena se irrita.
“Só digo uma coisa: fui com a cara da orientanda do Dr. Góes. Vocês são fofas juntas. Eu achava a Isabel bacana até, mas tem uma personalidade complicada. Não dá. Vai por mim.” Lívia aconselha, e Helena escuta, em silêncio, com a mão no queixo, enquanto Isabel carrega bandejas e pratos.
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A chuva forte dificultava a visão de Helena, que dirigia pelas ruas da cidade deserta. Viu uma garota se cobrindo com um casaco, caminhando pela tempestade.
Ela diminui a velocidade e para ao lado da garota.
“Isabel?!” Ela pergunta, ainda incerta.
“Helena, deixe-me em paz!” A garota acelera o passo.
“Isabel, espera!” Helena volta a acelerar o carro, de modo a ficar pareada com o andar da garota. “Entra no carro!”
“Não!” A menina continua a andar. Helena então estaciona o carro e sai na chuva, alcançando a garota a pé.
“Isabel, o que está acontecendo com você?” Ela fica de frente com a colega, segurando-a pelos ombros.
“Helena, volte para o seu carro.” Isabel desvia o olhar.
“Por que você foge tanto? Que saco! Você não se toca que eu quero você?” Helena respira ofegante.
“Helena...” Isabel coloca a palma da mão sobre o rosto da outra. “Eu...”
Helena abre os olhos, assustada. Senta-se na cama, acende a luz do abajur. Paula dorme ao seu lado. Coça os olhos, boceja e olha a tela do celular. Duas da manhã. Ela encosta na cabeceira da cama e fica olhando para o teto, mergulhada em uma confusão de sentimentos.
Fim do capítulo
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rhina
Em: 21/08/2020
Bom dia.
Neste capitulo algo ficou mais berrante que anteriormente eu ja tinha notado mas achei que tava vendo demais. Juro que pensei não podía ser:Bruno e Livia.
Não não por onde e nem para onde isso vai andar.
Agora fiquei mega curiosa.
Mas confesso que Bruno não me desce muito.
No entanto concordo quen ele pode ser muito alem do que apresenta.
Rhina
Resposta do autor:
Confesso que Bruno foi um personagem difícil de escrever. Difícil no sentido de que, como autora, ele vai na contramão do que penso. É difícil se colocar na posição do "ignorante"". Mas gostei muito de sua análise sobre a complexidade que um personagem como ele pode ter, de ir além do que apresenta!
Beijão querida! E mais uma vez agradeço por continuar lendo ;)
Alci
Em: 23/01/2019
Bruno e Lívia é como Helena e Isabel. Eles se viram, se digladiaram a primeira vista. Na historia das meninas vimos que Helena viu algo especial interessante e misterioso. No caso do Bruno e Lívia ,Bruno viu algo em Lívia, e por problemas de não saber se relacionar ele é bruto ;e por ser homem vai trocando o óleo a cada oportunidade dada,tratando a mulherada comoc pedaço de carne. Até que alguém o ensine: tipo aquele cara lá no filme footloose que aprendeu a dançar com o cara que sabia. Se esse" cara "é Isabel !?Não sabemos. Mas ...pode ser só boderline no menino.
Gostei!
Resposta do autor:
Ótima comparação entre os personagens! Sua conjetura captou detalhes que achei que ninguém iria captar, muito bom!
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