Cap. 51

Luciana e Amanda mal fecham a porta do carro e saem abraçadas, a meio caminho, antes de chegarem a porta que dava acesso a casa da mais velha, Amanda a segurou pela cintura e a grudou contra seu corpo, beijou seus lábios, apertando suas nádegas, Luciana curtia as sensações correspondendo com ardor as investidas da mais jovem e consequentemente mais afoita. E como ela gostava dos arroubos de sua mulher. Amanda abriu as portas e entraram na casa – Amorrr, calma! E se alguém nos ver? – Amanda sentia tantas saudades tanta fome, tinha ganas de fazer amor, de ter Luciana, de tocar cada pedacinho, matar sua fome, claro que não ouviu o que ela disse, mas subiu as escadas sem deixar de agarra-la o mais rápido que conseguiu, quando, enfim estavam no quarto o fechou a chave, não queria correr o risco de um novo flagra, como ocorreu da ultima vez, em que Ana Júlia as viu.

- Eu vou te comer todinha! – Mordeu o lábio enquanto via Luciana descendo peça por peça de suas roupas e a olhava com fome, ela mesma foi tirando as próprias roupas.

- Senti tantas saudades de você meu amor – Disse Luciana enquanto tinha sua boca capturada por lábios sedentos.

- Dá gostoso pra mim, dá? – Amanda pedia enquanto com as mãos massageava os seios protuberantes da mulher mais velha. Luciana não precisou responder, suas reações e respostas eram dadas pelo próprio corpo. Amanda a pousou na cama trilhou desde seu pescoço um caminho que percorria com a própria língua como se descobrisse Luciana pela primeira vez, mamou nos seus peitos, alternando entre um e outro minutos que nenhuma das duas conseguiriam precisar. Luciana respondia com gemidos baixos e palavras de incentivos a sua garota.

- Que peito delicioso minha gostosa... – Luciana estava com as pernas abertas e a mais jovem deitada sobre ela, estava se contorcendo, sua intimidade cada vez mais úmida e clamando por lábios que já conhecia e faziam um trabalho perfeito. Amanda desceu pela barriga de sua amada despertando todos os sentidos, Luciana colocou as mãos em seu cabelo quando ela começou lamber sua virilha e tortura-la, Amanda sentiu seus cabelos serem puxados por uma mulher que clamava por sua língua quando a olhou o que ouviu foi como uma ordem – ME CHUPA! ME CHUPA AGORAAAA!! – Luciana foi atendida no mesmo instante e a partir de então gemidos ecoaram por todo o quarto, não se conteve, sentia saudades daquela língua que percorriam sua dobras magistralmente, Amanda metia a língua dentro dela e depois se deteve no clit*ris, os gemidos de Luciana eram o melhor estimulo, sentia que ela própria goz*ria a qualquer momento – Ahhh ouuuuhhhh que delíciaaaaaa... Vou goz*r amor, aahhh vou goz*rrr – Luciana se desmanchou na boca de Amanda que sugou cada gotinha daquele mel. Estavam lado a lado na cama com as respirações alteradas, mas Luciana não perdeu tempo, se inclinou um pouco olhou para Amanda e ao notar os bicos dos seus seios entumecidos passou a língua em volta deles enquanto uma das mãos foi em direção de sua intimidade, mamava com fome aqueles seios e os dedos começavam invadir e cadenciar um ritmo naquela cavidade extremamente molhada, sentia aquele liquido escorrer por seus dedos e a vontade de provar de sua Amanda só aumentava. Amanda sentia e desfrutava de todas aquelas sensações, sentia que todo seu corpo implorava pra ser possuído por aquela mulher, era inteirinha dela e gemia seu nome enquanto o ritmo daqueles dedos aumentaram a fazendo delirar – Lucianaaaa ahhhh meu amor... me fode gostoso, me fodeee!!! Me fodeee!!! – Luciana continuou até sentir seus dedos serem pressionados pela intimidade de Amanda. Demorou um pouco e ao tira-los de dentro ch*pou os dedos antes de cair de boca e provar do mel direto da fonte. Amaram-se e prometeram enfrentar juntas todas as adversidades para viver aquele amor...

Na manhã do dia seguinte, o beijo que fora visto pela recepcionista da pensão de dona Dalva corroborava com a notícia de que Luciana tinha um romance com a amiga de sua filha que vivia em sua casa. Óbvio que elas eram o assunto da cidade. Luciana e Amanda teriam um dia longo na ONG tentando conter a curiosidade, inclusive dos funcionários

Antônia após muita insistência feita por Vivian acabou revelando que a filha da dondoca estava no interior. Ela decidira pegar a estrada e encontrar Amanda em Porto Novo

- Ai Amanda, que espécie de loucura faz um ser humano que já vive na selva que é o Brasil, ainda se mudar pra uma cidade interiorana que não tem ao menos 10 mil habitantes – Reclamava por todo percurso até chegar a pequena cidade. Ao chegarem descobriu que o único lugar que havia pra se hospedar era uma pensão, lugar longe de ser o mínimo de sua terrível exigência. Era a solução temporária que tinha uma vez que Antônia se recusou a dar o endereço de onde a filha estava. Antônia que por sua vez estava na capital tentando entrar em contato com Amanda pra avisar da visita indigesta que teria, mas não estava conseguindo contata-la.

Vivian tomava um café e não pode deixar de ouvir uma conversa de duas senhoras que estavam próximas.

- Eu fiquei horrorizada com a história comadre, quando eu poderia imaginar que a dona Luciana, tão séria, pudesse estar tendo caso com uma mulher -

- Mulher mais ou menos né comadre! A menina tem a idade da filha dela, ou seja, poderia ser filha dela. Um horror! Uma menina tão bonita, inclusive dar aulas de pintura na ONG também, chama-se Amanda, veio da capital. – (Vivian se revirou na cadeira, não acreditava no que ouvia, numa cidade daquele tamanho não poderia ter duas Amandas chegadas da capital. Mas como assim sua filha era lésbica?)

A recepcionista se aproximou e continuou a fofoca – E as senhoras nem imaginam, ontem a noite mesmo a dona Luciana veio buscar a moça aqui, deram o maior beijão desentupidor de qualquer pia dentro do carro. – As senhoras fizeram cara de nojo e a recepcionista foi deixando o espaço, ao passar por Vivian foi interceptada pela mesma.

- Moça, você poderia me dar uma informação –

- Claro, senhora, pois não –

- Eu não pude deixar de ouvir o que aquelas senhoras falavam, é... a Amanda a qual elas se referiam que beijou outra mulher, você por acaso, sabe o sobrenome dela? –

- Então senhora, eu não sei se devo, mas (Pensou um pouco e chamou Vivian até a recepção e olhou nos registros de hospedes) – O nome é Amanda Brandão! –

Vivian empalideceu, não podia acreditar. – Está tudo bem senhora? Precisa de ajuda? A senhora ficou pálida de repente – (Vivian tenta se recuperar e prossegue)

- Não preciso de nada, apenas que me diga, onde é essa ONG? Ou pelo menos onde é a casa dessa mulher que Amanda beijava...

Na ONG Luciana recebia a indesejável visita de Carlos Fernando

Júlio tentava interpelar a entrada intempestiva do prefeito a sala onde Luciana estava: O senhor não pode entrar assim prefeito, eu preciso anunciar (Ele não dar ouvidos e furioso abre a porta de Luciana o que a faz ter um grande susto.)

Luciana pergunta indignada: O que é isso? Carlos Fernando aqui não é a prefeitura

Carlos a interrompe: Eu exijo falar com você! Não arredo pé daqui enquanto não nos falarmos. (Luciana faz uma indicação para que Júlio saia e resolve atender a o ex marido)

Luciana pergunta: O que houve? Porque esse escândalo? (No fundo já imaginava o que seria, com certeza Carlos Fernando já tinha se inteirado do seu romance com Amanda)

Carlos Fernando tentava se acalmar, manter a respiração controlada: Luciana eu soube de uma história, que é assunto nessa cidade toda de que você... (Começou a se perturbar novamente) Que você... não consigo nem pensar...

Luciana se faz de desentendida e pergunta: Seja claro! O que você soube?

Carlos Fernando responde: Tem um boato por ai de que você está se relacionando com a amiga de nossa filha que está tendo uma relação amorosa, sexual, sexual? (Ele riu, gargalhou em deboche) Como se pudesse haver sex* entre duas melhores.  Me desminta esse boato desse povo que não tem o que fazer nesta cidade! (Luciana o encarou e ele aguardava a resposta, até que gritou) Anda Luciana! Desmente essa história absurda! É obvio que isso não pode ser verdade, você foi minha mulher por mais de 20 anos. Me amava.

Luciana então percebe o quanto teria que enfrentar por sua relação, mas não teve duvidas, o amor por Amanda lhe dava força e lhe fazia mais forte do que imaginava ser.

- Responda! Responda de uma vez por todas! Tenho certeza que isso não é verdade, que não pode ser verdade. –

- Eu estou completamente apaixonada pela AMANDA. Ela é a amiga de nossa filha, a conheci quando ela veio a convite de Ana Júlia e mais tarde se mudou pra cá. – Luciana disse serena.

Carlos Fernando sentou, não conseguia acreditar e consequentemente não conseguia dizer uma única palavra. Luciana o olhava.

Carlos após alguns minutos de silencio: Exijo que você largue essa garota!

Luciana deu um meio sorriso: Exige? Não Carlos Fernando, em relação a mim, você não exige nada, mais nada em relação a mim!

Carlos Fernando começa os ataques: Você não nota o quão é ridícula essa sua relação com uma jovenzinha que tem a idade de nossa filha. UMA MULHER! Desde quando você gosta de mulher?! Que tipo de vingança é essa sua? Não seja louca, leviana! VOCÊ CHOROU POR MIM, LEMBRA? Para que eu não te deixasse, pra não perde o macho que você tinha!

Luciana se irrita e toma pé da situação: CALE A BOCA! CHEGA! Eu amei você Carlos Fernando. As lagrimas que você me viu derramar por você foram poucas, porque eu chorei muito mais, no entanto, eu superei! Sim, eu superei! Não sei se o que eu sentia por você era exatamente amor, ou se eu tinha medo do recomeço sozinha. Mas eu me sai bem. E eu me apaixonei pela Amanda e você não tem absolutamente nada a ver com isso. Não tenho que te falar nada a respeito disso.  A minha história com Amanda só diz respeito a nós duas.

Carlos Fernando insiste: Você não percebe que tá sendo ridícula! Que é a chacota desta cidade, que todos só falam disso! E meus filhos? Sabem dessa pouca vergonha ou está escondendo deles?

Luciana responde tentando manter a calma: Meus filhos já sabem, até porque eu não tenho que esconder nada deles, não sou eu que vive escondendo ou manipulando as coisas. Você está seguindo a sua vida e eu não me lembro de jamais ter me metido nisso

Carlos a interrompe: Então é isso? Quer se vingar de mim! Ficando com uma mulher, uma menina que pode ser sua filha. Não percebe o quanto isso é ridículo Luciana? – insistia e não se dava conta do ridículo que ela próprio estava passando -

Luciana o encara: Ridículo é você vir aqui! Ridículo é você pensar que tem algum direito sobre a minha vida ou que faço dela. Eu não te devo satisfações de nada do que faço. NADA! Mas já que faz tanta questão estou sim vivendo e sendo feliz ao lado de uma jovem de 21 anos que em poucos meses me deu muito mais do que você em mais de 20 anos de união. Ela me faz feliz, me respeita e agrega. Ela não me fala às coisas que você me dizia no intuito de me humilhar e diminuir. Agora saia daqui! Eu não tenho mais nada pra falar ou pra ouvir de você!

Carlos Fernando continua: Você enlouqueceu Luciana! Acha que isso vai durar quanto tempo? Rssa menina jovem desse jeito, nem deve saber o que quer da vida. Você está ficando velha...

Luciana não permite que ele continue: Nada do que você diz me atinge mais Carlos Fernando. Eu não tenho que ouvir seus insultos ou sua tentativa de me humilhar. Eu tenho uma mulher de verdade ao meu lado e eu lamento que você não possa dizer o mesmo, porque se pudesse você não estaria aqui. (Carlos Fernando a olha indignado e não consegue mais responder)

Fim do capítulo