Quarta-Feira
26/06/2018. Quarta-Feira - 05:39 am
O despertador nem tinha tocado e eu já estava acordada. Estava inquieta e elétrica, sentia-me constantemente molhada como uma adolescente. A professora Portillo não saía de meus pensamentos desde o momento que saiu da biblioteca e minha mente começou a me trair desde então, imaginando mil e umas posições e… Eu precisava parar de pensar nisso.
Tomei um banho demorado e me arrumei, eu queria ser notada. Saí do quarto cedo e tomei o café correndo, contei ao papai que estava sendo assistente da Srta. Portillo e eles pareceram animados, já que conheciam ela e a esposa e acreditavam que isso me ajudaria de alguma forma profissionalmente, tadinhos. O importante foi que com isso papai concordou em me levar pra escola mais cedo, cheguei no gramado e tinha poucas pessoas lá, sentei na mesa que eu ficava com as meninas e esperei, só não sabia o que estava esperando.
Não demorou muito e uma saia lápis preta acinturada e uma blusa decotada branca me chamaram a atenção. Ana Portillo não andava, ela desfilava como se fosse dona de tudo e de todos, e eu nessa altura do campeonato não duvidava de mais nada, ela ia em direção a entrada principal da escola e mesmo sob os óculos escuros eu sabia que ela me observava, respirei fundo a encarando e seus lábios se curvaram em um sorrisinho sacana antes de sumir escola adentro. Era fato. Alguma coisa estava acontecendo ali e eu sabia apenas que queria mais. Instantes depois Vivi e Erica chegaram seguidas de Camilla, recebi minha morena com um beijo quente, eu estava fervendo por dentro e precisava liberar tudo isso. Dei tchau para as meninas e arrastei Camila até o banheiro mais próximo, dentro de uma das cabines eu sugava seus lábios com ferocidade e apertava seu corpo com força, eu precisava senti-la, precisava de mais.
-- Lau … amor. Aqui não - ela sussurrou tentando ser forte.
-- Cam por favor. Rapidinho… ninguém vai ouvir. - Beijava seu pescoço, ignorando o gosto forte do perfume.
-- Amor, não. - ela me afastou decidida respirando fundo se arrumando.
Ela tinha total razão e eu tinha perdido a cabeça, mas eu não queria pedir desculpas. Droga. Eu queria apenas ficar satisfeita, mas parecia que eu estava longe disso. Vesti uma carranca emburrada e sai do banheiro deixando ela ali. Estava sendo um idiota? Estava. Mas eu não queria complicar mais minha situação, e resolvi respirar um ar. Fui para a sala e sentei no canto, local que geralmente a Erica sentava, abaixei a touca e me encolhi na cadeira mexendo no celular. Vi que Camila entrara minutos depois também emburrada, me olhava como se fosse me matar. Ótimo! Parabéns Luján, você é uma otária.
Foda-se!
Erica não falou nada e eu agradeci mentalmente por isso. No meio da aula de Sociologia recebi uma mensagem de texto.
“Encontre-me no intervalo na biblioteca. Não se atrase. AP”
Franzi o cenho com a mensagem, quem era ‘AP’? Como um estalo ficou claro: Ana Portillo. Meu coração acelerou e comecei a contar os minutos. Mandei uma mensagem no grupo que tinha com as meninas avisando que tinha que pegar uns livros na biblioteca no intervalo, que não era preciso me esperar. Eu sabia que elas não iriam atrás, até porque elas iriam sondar Camila pela cara emburrada de nós duas. Se bem que, minha cara já não era mais emburrada, mas fingi para que Érica não desconfiasse de nada.
Cinco minutos antes da aula terminar me retirei da sala, deixando um bilhete na mesa da Camila dizendo que conversaríamos depois da aula. Obviamente pensaria nisso depois, tinha coisas mais importantes nesse momento. Dei uma corridinha básica e cheguei na biblioteca, cumprimentei a bibliotecária e deixei a mochila no escaninho fui até a mesa que no dia anterior tinha encontrado a professora, mas estava vazio. Deixei meu casaco em cima da mesa e fui olhar uns livros de literatura na estante próxima.
Me perdi lendo os títulos das obras dos mais famosos escritores espanhóis, eram tantos livros que eu nem sabia da existência mas que me despertou uma curiosidade. Senti então meu corpo ser imprensado contra a estante de livros e só não me assustei porque senti o cheiro daquele perfume tão particular. Fechei os olhos e respirei aquela fragrância que me tirou o sono.
-- É engraçado Srta Luján, como você parece estar tão pronta pra mim. Eu claramente esperaria umas duas semanas até estar próxima o suficiente de ti - sua mão passou pela minha cintura, acariciou meus cabelos e subiu até meu ombro direito - Mas claramente eu não soube esperar… e acho que a Srta. também não.
Senti seu nariz passar pela minha nuca e arrepiei inteira, cada célula do meu corpo estava consciente do contato da Sra Portillo. Se eu já estava molhada antes, agora eu estava completamente encharcada.
-- Eu - tomei coragem - eu não sei dizer o que está acontecendo - me senti ousada e empinei meu bumbum contra o corpo da professora que arfou e apertou mais contra a estante - Mas eu gosto.
-- Eu sei que você gosta. Eu vejo a fome em seu olhar me devorando, louca pra sentir meu sabor em seus lábios. Já tem um tempo que estou te observando pequena. Tão rebelde. E tão… gostosa. - Seu lábios sugaram meu pescoço e sua língua quente brincou ali me saboreando.
Arfei. Eu estava tão perdida.
Minha mão pousou em sua nuca, como se dissesse pra não parar. Ela virou meu corpo de repente e ficamos frente a frente. Azúis contra Verdes. Era um duelo que eu sabia que iria perder, minha respiração era ofegante e a dela era tranquila, mas seu olhar tinha fome. Muita fome. Me senti envaidecida por receber essa atenção.
Seu olhar me devorou por inteiro e suas mãos ágeis exploravam meu corpo. Eu só queria tirar minha roupa, deitar naquela mesa e deixar que ela me fizesse sua. Como se ouvisse meus pensamentos sua mão invadiu minhas calças e abriu o fecho, eu não só deixei, como a ajudei abaixar um pouco o jeans apertado. Céus! Eu iria enlouquecer, um sorriso nervoso surgiu em meus lábios.
Ana colou seu rosto no meu, mas não me beijou, eu iria reclamar quando senti seus dedos frios me tocarem tão intimamente.
-- Tão fudidamente molhada. Pra mim?
-- Só pra você.
Seus dedos exploraram minha bocet* com facilidade, já que escorregavam por todo o mel que escorria de mim. Ela se concentrou em meu clit*ris e me agarrei mais a ela, abrindo mais as pernas, completamente dada.
-- Eu preciso disso - eu disse, já não tinha controle no que falava. Estava tão entregue.
-- Ah morena, eu quero tanto você - ela disse rouca lambendo os lábios descaradamente - mas tem que ser do meu jeito.
Ela disse a ultima frase se afastando de mim, ainda me olhando com fome. Levou seus dedos que antes estavam dentro de mim até seus lábios e sugou fazendo barulho, com uma cara bem vadia olhando para minha bocet*. Eu queria gritar e dizer a ela que me comesse ali mas fiquei imóvel, gostando do olhar que recebia.
Dei um passo pra frente e ela fez que não, respirei fundo, recobrando a consciência e subi minha calça. Me toquei que estava na biblioteca e que eu estava completamente sem juízo.
-- Eu quero muito você, não faz essa carinha. Mas eu preciso saber até onde está disposta a ir com isso?
-- Isso o que? - Eu fechava o zíper a olhando confusa.
-- Veja bem - ela se aproximou de mim mas se sentou eu sentei em sua frente curiosa - Eu quero ter o seu corpo. Mas do meu jeito.
-- O que você quer dizer com isso? Você não é sadomasoquista, né? - meu corpo involuntariamente foi para trás.
-- Não, claro que não. Bom, ás vezes, mas não. Eu quero dizer que, não pode acontecer nada aqui.
-- Na biblioteca?
Ela riu e revirou os olhos.
-- Aqui na escola. Eu tenho um lugar que quero te levar, mas você tem que confiar em mim e me dizer o que deixaria eu fazer com você.
-- Me comer? - meu cérebro não estava raciocinando muito bem.
-- Oh, essa é a meta meu bem - ela riu gostosamente - Você confia em mim, para se entregar do jeito que eu quero?
-- Sado não. Pelo amor de Deus. - eu disse rapidamente.
-- Tudo bem. Posso fazer o que eu quiser?
-- Eu vou gostar?
-- Você vai gostar de cada toque meu, cada beijo, cada estocada na sua bocet* gostosa… - o olhar devorador estava presente e meu corpo se desmanchou ali em sua frente.
-- Eu quero. - disse em um sopro de voz e ela sorriu aproximando seu rosto do meu.
-- Então. Negócio fechado - sua língua passou pelo meu lábio inferior.
Estava preparada para o beijo a seguir mas ela se afastou levantando. Me olhou gostosamente.
-- Isso é um segredo meu e seu. Não ouse contar a mais ninguém, eu digo ninguém mesmo. A última coisa que quero é ser fofoca na boca de suas amiguinhas, pense bem, você só tem a ganhar com isso. Amanhã você vai sair comigo, mas não se preocupe, se perguntarem diga que faz parte das atividades extracurriculares - me piscou.
-- Vamos pra onde?
-- Considere surpresa de aniversário - ela disse como se confidenciasse algo e fiquei surpresa por ela saber meu aniversário - A propósito qual sua cor favorita?
-- Branco.
-- Branco? Bom, terei que ser original. Até amanhã Srta. Luján, mal posso esperar.
E saiu com o mesmo rebol*do provocativo de sempre. Minha situação estava precária, minha mente uma bagunça, minha curiosidade a mil e minha calcinha coitada, estava sofrendo com tudo isso.
Fim do capítulo
Ei gatonas, penúltimo capítulo.
Apenas uma preliminar para o próximo ;)
Bjo
.k
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