CapÃtulo 14
A minha função na Floricultura Flor de Liz (nome da mãe de Lisa), era a de colher as flores e cortar os espinhos das rosas. Eu era boa no que eu fazia e era um serviço que eu amava fazer. Me trazia paz e eu acredito que o faria de graça, só pelo prazer que aquilo me transmitia.
Lisa e eu não andávamos de mãos dadas em respeito a sua e a minha família (eu achava aquilo um saco, mas ela fazia questão). Eles poderiam sofrer represália.
Nós ainda não havíamos trans*do e os amassos eram ou no quarto dela ou no meu. Às vezes em algum lugar deserto. E eu a levei para um barzinho e nos sentamos próximo ao palco onde uma dupla sertaneja da cidade cantava. E aí, ela sentiu que eu estava diferente.
_ Você está diferente.
_ Eu preciso conversar com você.
_ Diga.
_ É sobre minha volta à BH.
Ela se abateu, mas seu orgulho a fez se reerguer.
_ Sim, diga.
_ Eu estou praticamente bem e já se passou uns dois meses desde que vim para cá.
Ela me olhava.
_ Minha família quer que eu fique por aqui. Só que essa cidade é pequena para meus sonhos e você sabe disso. Hoje, conversando com a minha mãe, ela demonstrou respeito e até aceitação a nossa relação e te elogiou como mulher.
_Você quer terminar, né?
Ela se levantou com os olhos cheios de lágrimas e foi em direção ao banheiro. Era a primeira vez que a via se “descontrolar” em público.
Esperei ela voltar, mas 10 minutos se passaram e nada. O bar já estava cheio e resolvi ir lá ver o que havia acontecido.
Cheguei ao banheiro e ela não estava lá. Havia saído sem eu notar.
Voltei à mesa e paguei a conta. Saí em direção à praça em que havíamos nos reencontrado. E ela estava lá.
Fim do capítulo
Comentar este capítulo:
Deixe seu comentário sobre a capitulo usando seu Facebook:
[Faça o login para poder comentar]