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No dia 27, cheguei em Bauru primeiro, fui direto para casa, avisei meus pais que a viagem tinha transcorrido bem, organizei minhas coisas e liguei para o Bruno.

- Alô!

- Pode falar?

- Posso, tudo bem?

- Sim e você?

- Também. Me conta as novidades.

- Nenhuma novidade.

- Como assim?

- Cheguei ontem aqui em sampa. Fui direto no apartamento dele. Como conheço o porteiro, ele me disse que o Pablo comentou algo sobre passar o natal na casa de familiares.

- Nossa!

- Hoje, vou passar por lá outra vez e farei uma última tentativa.

- Boa sorte!

- Valeu.

Desliguei e li uma mensagem da Zípora, avisando que já estava em terras bauruenses e pedindo para que eu fosse até a casa dela. Apanhei minhas coisas, chamei um moto táxi e fui ao encontro dela. O porteiro já estava avisado e me deixou entrar. Toquei a campainha e logo ela apareceu.

- Senti saudades (ela disse me abraçando e beijando).

- Eu também (afirmei).

Matar saudades é delicioso! Percebi que é possível amenizar a saudade, com ligações, fotos, vídeos chamadas e diversas conversas. Ah, o reencontro, é tão incrível.

Eu estava com saudade de admirar ela, ouvir a voz, sentir a presença, o carinho e todo o afeto.

- É tão bom viajar, mas, voltar e te encontrar é maravilhoso! (Ela garantiu).

- Linda!

- Foram só alguns dias, só que eu senti saudade de uma vida toda. Eu te amo.

- Eu também te amo (afirmei e voltamos aos beijos).

Descobri que a saudade também pode ser boa, pois, auxilia na renovação dos votos de carinho e torna a presença ainda mais importante do que ela já é. Saudade, desperta maior valorização aos momentos juntos e isso é ótimo. Foram beijo intermináveis.

No dia pela manhã preparamos e degustamos o desjejum juntas. Zípora me entregou presentes que trouxe da viagem, ganhei roupas, três camisetas, duas calças e uma bermuda. Ela também me deu um tênis muito bonito e diferente.

- Anjo, obrigada! Gostei muito (agradeci e a abracei).

- Que bom que gostou.

Após o abraço fui até a minha mochila e peguei a caixinha de aliança.

- Abre a mão (pedi me aproximando dela).

Ela estendeu o braço e a mão direita na minha direção. Acomodei a pequena embalagem vermelha na palma da mão dela e sorri. O semblante dela foi de surpresa.

- Ully, eu amei! (Disse pulando nos meus braços e me beijando).

Trocamos as alianças e ficamos admirando, felizmente ficou delicado e bonito. Combinando muito conosco.

Em seguida, já de malas prontas, banho tomado e arrumadas deixamos Bauru, com destino à São Paulo.

Primeira parte da viagem foi de avião, depois alugamos um carro e eu dirigi sendo guiada pelo gps. Durante a viagem fizemos algumas paradas, para nos alimentarmos e utilizarmos o banheiro; foi em uma delas que o Bruno me ligou.

- Alô!

- Ully, pode falar?

- Claro, posso sim, o que me conta?

- Ainda estou em sampa, consegui ver o Pablo ontem, conversamos um pouco e hoje vamos jantar juntos.

- Vocês estão se acertando?

- Tentando e você já chegou em Ilhabela?

- Ainda não, agora falta pouco, estamos na estrada.

- Legal.

- Você vem?

- Hoje vou convida-lo. Se ele topar te aviso.

- Combinado.

- Bom término de viagem e aproveite bastante.

- Valeu e espero por vocês.

O restante da viagem foi tranquilo, ouvimos várias músicas e pela primeira vez andei de balsa, já que este meio de transporte é necessário para fazer a travessia. Logo que cheguei ao arquipélago compreendi o motivo de ser chamada de Fernando de Noronha dos paulistas. Trata-se de um recanto de belezas naturais e tranquilidade.

- Uau, pensei que fosse menor.

- Amor, Ilhabela é considerada a maior ilha marítima do Brasil, com mais de cem quilômetros de costa, diversas cachoeiras e praias.

- Você gosta bastante daqui?

- Sim e já tem um bom tempo que não venho.

- Obrigada por me trazer.

O flat fica bem em frente ao mar. Na praia do Perequê. Fiquei encantada quando chegamos.

- Zí, tudo muito lindo!

- Meus pais, compraram o terreno, minha mãe elaborou toda a planta, com meu pai dando palpites e deu nisso (contou orgulhosa).

Além dos dois quartos que ela já tinha comentado, tem uma saleta aconchegante, uma cozinha compacta, já na área externa uma piscina pequena, com cascata, churrasqueira e a garagem comporta dois carros. Nós nos acomodamos no quarto que tem uma sacadinha e de lá é possível ver o mar. Terminamos de guardar as nossas coisas e ela me jogou na cama.

- Quero te namorar (afirmou provocativa).

Nós passamos o fim da tarde no quarto, entre os lençóis. Deixamos o flat para assistir ao lindo pôr do sol. Jantamos em um restaurante à beira mar.

- Já comeu casquinha de siri?

- Não. É bom?

- Sim, afrodisíaca e saborosa.

Provei e gostei. Também comemos moquecas de peixe e arroz branco. Após o jantar retornamos para o flat. Tomamos banho juntinhas. Zípora está inda mais provocante que normal, se insinuando e me deixando quase louca. Chego à conclusão que não existe mulher mais provocante que ela. Depois da ducha fui para o quarto me trocar, porém, ele me impediu.

- Vou passar um hidratante no teu corpo (disse me puxando para a cama).

- Minha pele está ressecada?

- Não, mas, é melhor prevenir, a previsão é de calor para os próximos dias.

- Então eu passo em você primeiro.

Ela sorriu, entregou-me o frasco de creme, tirou o roupão e se deitou. O problema foi me concentrar para só passar o hidratante, acabei acariciando-a e ela adorou. Em seguida foi a minha vez, pensei que eu fosse dormir sentindo as mãos macias dela, todavia, quando eu relaxava demais ela acariciava pontos erógenos, pois, ela não é nada boa. Nossos dois primeiros dias em Ilhabela, foi no clima de lua de mel, com muito beijo, carinho, afeto, carícias e pegação. Ela tem uma pegada deliciosa, exclusiva e inebriante. Sou completamente apaixonada por ela, por cada pedacinho dela. Ah, quando ela me elogia, além, de corada, fico até emocionado. Acho que nem sou merecedora de tanto. Meu Deus, eu amo em demasiado.

- Zí, o seu rosto é perfeito, teus olhos são marcantes, admiro está tonalidade clara, uma variação de azul, acinzentado, piro nos seus lábios carnudos e rosados; teu cabelo castanho na altura dos ombros e repicado desenham a tua face. Já o seu sorriso me faz feliz (a elogiei após fazermos amor).

- Uau, obrigada! Assim ficarei metida (brincou).

- Eu amo você Zípora Tonelli Mendonça.

- Não chega perto do quanto eu amo você.

Nós fazemos amor com uma intensidade indescritível. Existe gentileza e cuidado, mas, também somos sedentas e vorazes. É prazerosa a nossa satisfação. Zípora é toda super protetora, atenciosa e amorosa. Eu tenho sorte!

No dia 30, nós duas passeamos de escuna, foi um passeio romântico e lindo. Adorei! No final da tarde, quando regressamos, recebi uma nova ligação do meu amigo Bruno.

- Alô!

- Ully, nós estamos na balsa.

- Vocês vieram, fico muito feliz!

- Me explica como faço para chegar até vocês.

- Vou pedir ajuda para a Zí, só um momento.

Falei para ela que era o Bruno e ela explicou o endereço para ele. Nós tomamos banho e em alguns minutos eles chegaram. Minha namorada é muito educada e elegante, já logo na recepção os deixou á vontade. O Pablo é mais calado e foi muito simpático conosco. Estava calor, resolvemos passear pela orla e jantamos porções de peixe. Tivemos uma noite muito agradável.

Nosso dia 31, começou com passeio pela praia e água de coco. Já a tarde cuidamos dos preparativos da ceia. Eu fiquei responsável por deixar as bebidas gelando, tinha refrigerantes, sucos, cervejas e champanhe; também lavei as saladas verdes. Bruno cuidou das carnes, lombo, tender e picanha. Pablo fez pudim, mousse e pavê. Já a Zípora ficou com o arroz e com a salada de maionese; ou seja, nossa ceia foi farta. Nós nos alimentamos muito bem e ficamos encantados com a queima de fogos.

Fim do capítulo