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Flutua por Ana Paula Moreira

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Palavras: 2071
Acessos: 1190   |  Postado em: 07/01/2019

Notas iniciais:

Olá manas!

 

É mesmo no meio da madrugada que eu estou aqui com mais um capítulo fresquinho do Flutua.

 

Nesse capítulo podem existir termos que muitas de vocês não conheçam, então na parte final do capítulo terá o significado delas.

 

No mais, boa leitura pra vocês!

 

Espero que gostem.

 

Beijão de luz!

5. Coffee

 

Coffee

 

Há momentos na nossa vida que duram instantes, porém, sentimos cada segundo dele como se fossem horas. O clima de espanto entre nós quatro e o silêncio repentino faziam com que minhas palpitações ficassem cada vez mais fortes junto com meu rosto que àquela altura, queimava de vergonha. Definitivamente eu era mestre em fazer momentos constrangedores se tornarem mais constrangedores ainda.

 

 

- Júlia, meu denguinho já estou indo! - Adriana saiu andando fazendo o que ela sabe belissimamente fazer: sair de fininho. -

 

 

Mariana e eu nos entreolhamos e como por telepatia houve a compreensão do que meu semblante constrangido queria dizer. Ela segurou firme minha mão como quem queria passar segurança e quebrou o silêncio.

 

 

- Você sabe como é relacionamento lésbico né? - Entrelaçou o seu braço no meu. - Parece que já se passaram meses, não é Antônia? - Não é que ela era uma excelente atriz? -

 

- É... pois é. C'est la vie (é a vida).

 

- Compreendo. Felicidades ao casal. - Isadora deu um sorriso amarelo, me olhou nos olhos e se afastou. -

 

 

Mariana se voltou pra mim sem entender absolutamente nada do que estava acontecendo.

 

- Você quer me explicar o que aconteceu aqui ou lá fora? - Seu tom de voz era tão sério que me fez engolir seco. -

 

- Vamos à rua um pouquinho que eu te explico melhor. - Respirei fundo e saímos sem sermos vistas. -

 

 

Já do lado de fora do apartamento, na rua, nos encostamo-nos em um muro, olhei nos seus olhos e percebi certa irritação no ar. Eu estava me preparando pra começar a explicar, porém ela se adiantou.

 

 

- O que você tem com a Isadora? Por que você me fez fazer aquela cena toda Antônia? - Disse enquanto cruzava os braços. -

 

- Então, eu não sei o porquê eu falei aquilo, ali do nada. E... a Isadora é minha ex-namorada. Namorávamos antes de me mudar pra São Paulo.

 

- Fez isso então por que queria mostrar pra ela que você está com alguém? - Sua voz estava ficando cada vez mais áspera. -

 

- Não, de forma alguma. Eu nunca iria te submeter a algo assim. Eu sei lá, fiquei nervosa... com medo de... ela tentar te paquerar. Não sei, eu agi por impulso Mari. - Segurei o seu rosto com as duas mãos. - Me desculpa.

 

- Você estava com ciúme dela ou de mim?

 

- Oxe, mas que pergunta besta. É claro que é de você. - Disse olhando-a nos olhos. -

 

- Quero que você saiba que eu não estou aqui pra ser brinquedo de ninguém. Eu quero que você seja sempre verdadeira comigo, porque eu sou com você o tempo todo. - Disse mais uma vez áspera. -

 

- Você foi a melhor coisa que me aconteceu desde que eu voltei pra casa. Eu nunca te usaria dessa forma. - Demos um beijo carinhoso. - Olha, eu estou com os quadro pneus arreadinhos por você. - Fiz um sorriso se abrir em seu rosto e no meu também. -

 

- Então eu considero verdade aquilo que você falou?

 

- Só se você quiser...

 

 

Senti as mãos dela sendo envoltas no meu pescoço e seus lábios vindo de encontro ao meu. Senti naquele beijo todo o afeto, todo o carinho que eu havia conquistado daquela mulher em poucos dias, como também ela pôde sentir todo o meu por ela.

 

- Então, namoradas? - Sussurrei no seu ouvido. -

 

- Namoradas. - Disse enquanto voltava a me beijar. - Mas, você sabe que não vai ser fácil lidar com meus pais, não sabe? - Me encarou apreensiva. -

 

- Eu sei, mas a gente não precisa correr. Temos todo tempo do mundo. -

 

Permanecemos na rua por mais alguns bons minutos, rindo de toda aquela situação anterior. Quando entramos novamente na república, minha ex-namorada não estava mais lá, respirei aliviada. Curtimos a festa durante mais algumas horas e voltamos pra casa felizes e com nosso novo status de relacionamento, acidentalmente namoradas.

 

20 dias depois...

 

Era sábado a tarde, estava em casa me arrumando para sair com meus pais quando meu celular toca.

 

 

- Oi minha gatinha. - Mariana disse do outro lado da linha. - Vamos sair hoje? Quem sabe ir no bar do Messias. -

 

- Oi minha linda. Então, eu não vou poder ir hoje. Lembra que eu te disse que eu vou no terreiro hoje? Daqui a pouco eu e meus velhos vamos sair de casa.

 

- Tinha me esquecido, é verdade. - Notei sua voz chateada. -

 

- Você quer ir com a gente? Eu me lembro que você me disse que tinha curiosidade de saber como era uma gira de Umbanda.

 

- Mas eu não vou atrapalhar? - Disse já se animando. -

 

- Oxe, claro que não sua boba. Mas não vamos poder ficar de conversa ou mexer no celular lá dentro. Mas acho que esse nem vai ser problema, aposto que você vai ficar atenta observando tudo, já te conheço.

 

- Então vocês me esperem aí que eu jajá chego aí. - Desligou o celular. -

 

 

Por mais que os dias desde o nosso prematuro início de namoro tenham se passado eu ainda não havia apresentado Mariana formalmente aos meus pais como minha namorada. Eles sabiam do nosso relacionamento, porém tinha deixado as coisas acontecerem naturalmente, e, realmente tinha chegado a hora deles se encararem como mais do que meros vizinhos.

 

Após cerca de quinze minutos ela já estava no meu portão, com aqueles olhinhos de criança animada para ir ao parque de diversões. 

 

- E aí, está pronta pra encarar dona Tereza e seu Amaro? - Perguntei enquanto a recebia no portão. -

 

- Eles são uns amores de pessoa, não tenho nada a temer. - Respondeu em tom de desafio. -

 

- Que Deus te ouça, porque eles estão vindo ali. - Sussurei entre os dentes. -

 

- Olha quem está aqui. Finalmente a senhorita apareceu. - Minha mãe veio cheia de graça abraçar ela. - Seja bem vinda a essa família visse? -

 

- Obrigada dona Tereza, de verdade. - Sorriu sem jeito. -

 

 

Eu que apenas observava aquela cena pra lá de fofa percebi meu coração acelerar quando meu pai chegou. Não sabia como ele iria reagir, por mais que ele não tivesse tocado no assunto da nossa discussão. Ele parou com as chaves do carro na mão, permaneceu por instantes olhando pra minha mãe e pra minha namorada. Se bem o conheço ele estava pensando no que dizer pra ela sem denunciar o provável sentimento de apreensão que estava o acompanhando.

 

 

- Vamos minha gente que já passou da hora. - Parou e encarou a Mari - Você vai nos acompanhar Mariana? - Meu pai também era um excelente ator como podem ver. -

 

- Oi seu Amaro! Vou sim, a Antônia me convidou. - Disse meia sem jeito. -

 

- Pois então vamos que já passa da hora. - Virou-se de costas em direção ao carro, e se virou novamente para Mariana. - Seja bem vinda a nossa família. - E meu coração respirou aliviado mais uma vez. -

 

 

Seguimos em direção ao terreiro que se localizava do outro lado da cidade. No caminho fui explicando a ela tudo sobre a minha vida religiosa. Minha mãe era médium de incorporação fazia parte do corpo mediúnico da casa a mais de 20 anos, enquanto meu pai, adepto à Umbanda também, porém, não gostava de assumir responsabilidades espirituais, então, ficava na assistência. Enquanto eu, fui criada dentro dessa casa onde acabei me apaixonando pelos toques do atabaque, foi-me concedido o cargo de Ogã quando tinha 17 anos de idade. Porém, por ter me afastado durante 3 anos de lá quando me mudei pra São Paulo precisaria passar um tempo na assistência para me sintonizar novamente com a energia da casa.

 

- É aqui? - Mariana perguntou sob seu olhar atento ao que via pela janela. -

 

- É sim. - Respondi me divertindo com o olhar curioso dela. -

 

 

Eu não me lembro quando foi a primeira vez que eu pisei ali, porém toda vez que eu entrava era sempre o mesmo sentimento de paz que meu coração sentia. O cheiro de incensos e defumação perfumavam desde a entrada, o silêncio, a energia boa capaz de acalmar qualquer um que pisasse ali eram lembranças marcantes da minha infância e fazeriam parte da lembrança da minha namorada que entrava naquela casa sagrada pela primeira vez.

 

O terreiro era em uma pequena chácara cercada por árvores nativas, um lindo pomar e uma horta de ervas utilizadas na ritualística. As reuniões aconteciam em um galpão branco que dava de entrada para rua. Ao adentrar no recinto um médium da corrente nos recebeu, anotou nossos nomes em uma lista feita por ordem de chegada.

 

Era um local simples, mas muito bem cuidado que muito se parecia com uma igreja católica. Sentamo-nos na primeira fila de cadeiras destinadas a assistência, onde poucas pessoas já estavam aguardando o início da sessão. O altar era composto por diversas imagens de santos católicos e outras de orixás e entidades cultuadas na umbanda como pretos velhos, caboclos e erês. Observava o olhar deslumbrado de Mariana que olhava cada cantinho daquele espaço com curiosidade.

 

 

- Por que tem tantas imagens de santos aqui? - Ela indagou. -

 

- Na Umbanda ocorre uma coisa chamada sincretismo. Nós meio que associamos os santos católicos com orixás, cada um de acordo com seu tipo de energia.

 

- Humm interessante, e o que a gente faz enquanto espera começar? - Disse curiosa. -

 

- Eu costumo meditar. - Segurei sua mão. - Tenta comigo! Fecha seus olhos e vai controlando sua respiração esvazie sua mente de todo e qualquer pensamento, tenta estar o mais presente possível aqui agora... - Abri meus olhos enquanto ela continuava a praticar. -

 

 

Fiquei encantada vendo a expressão de concentração, seu semblante agitado se esmaecendo em uma feição de tranqüilidade. Ali já pude perceber que aquele lugar estava fazendo bem a ela. Durante bastante tempo permanecemos em silêncio ao lado também de meu pai.  Saímos do silêncio absoluto que fazíamos com a dirigente espiritual dizendo que a sessão iria começar.

 

Orações para a abertura do trabalho foram feitas, quando ouço os tambores tocarem trazendo toda aquela energia boa que arrepiava cada fio de cabelo do meu corpo. Minutos se passaram entre cânticos e danças até chegar a hora de se iniciar o aconselhamento com os guias, que no caso aquele dia, era com os pretos velhos.

 

As primeiras pessoas começaram a serem chamadas enquanto toda a energia fluía ao som dos atabaques e dos pontos. Fui tirada da minha concentração ao sentir uma trêmula se entrelaçando na minha.

 

 

- Amor, é normal ficarmos tremendo assim. - Me mostrou sua mão trêmula. - E também às vezes me vêm uns arrepios.

 

- Calma você talvez possa estar ansiosa. É uma coisa nova, é sua primeira vez em uma reunião. Fica tranqüi... - Fui interrompida. -

 

- MARIANA DANTAS FERRAZ - Um médium a chamou para o aconselhamento com o guia. -

 

- Vai lá, fica calma, é só conversar com ele como se você estivesse conversando com algum amigo. Ele vai te falar palavras sábias e um passe, não tem nada demais. - Olhei nos olhos dela e sorri. -

 

 

Acompanhei com o olhar ela subindo de pés no chão os pequenos degraus que nos levavam ao altar. Quando seus pés adentraram a delimitação do altar aonde aconteciam os atendimentos, algo que não era esperado aconteceu. Em frações de segundos a postura de menina jovem deu lugar as costas encurvadas e o caminhar devagar de um velho. Fiquei boquiaberta e de olhos arregalados me virei pro meu pai que também compartilhava da mesma expressão que eu.

 

 

- P... p... pai a Mari é médium. - Disse com a pouca voz que tive naquele momento. -

Fim do capítulo

Notas finais:

Meninas, eu sei que muita gente não conhece essa religião que é a Umbanda. Pra quem achou chato toda essa descrição enorme, fica tranquila que a história não vai focar apenas nisso, vão ter passagens sim (elas sao importantes para a historia), mas vai ter muita coisa a mais.

Como prometido, vamos ao glossário:

- Gira: Reunião onde acontecem os trabalhos mediúnicos.
- Sicretismo: Fusão de diferentes cultos ou doutrinas religiosas, com reinterpretação de seus elementos.
- Orixás: Vibrações ou subdivisões da energia de Deus.
- Entidades ou Guias: Espíritos evoluídos já desencarnados que prestam a caridade através do aconselhamento intermediados por médiuns de incorporação.

 

Manas, se ficar alguma dúvida é só falar nos comentários, eles são extremamente importantes pra mim, me ajudam a melhorar cada dia mais.

Essa semana tem mais Flutua pra vocês viu?

Beijoooos!

 


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