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  • Capítulo 82 -- As Pedras

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A Ilha do Falcão por Vandinha

Ver comentários: 6

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Palavras: 3291
Acessos: 4499   |  Postado em: 01/01/2019

Capítulo 82 -- As Pedras

 

A ILHA DO FALCÃO -- CAPÍTULO 82 

 

As Pedras 

 

-- Segure o elevador -- uma suave voz feminina pediu. Jessye estendeu o braço e impediu que as portas se fechassem. 

Sofia entrou em seguida sorridente. A calça jeans e a camiseta preta de estampa não pareciam adequadas, ainda mais para um clima que lá fora beirava os 40 graus. 

-- Obrigada -- ela encarou-a com um sorriso -- Estou atrasada, minhas amigas estão na praia aproveitando o sol e eu aqui comendo moscas. 

-- Que andar? -- perguntou Jessye. 

-- Vigésimo nono, por favor. 

Jessye apertou o botão e encostou-se à parede do elevador, observando-a atentamente.  

Apesar de ser meio louquinha, a moça era muito bonita e simpática. Ela sorria para todos e fazia comentários simpáticos e casuais, por um instante Jessye imaginou estar em um barzinho, com uma cerveja na mão, conversando amenidades e rindo de tudo e de todos. 

O elevador esvaziou-se lentamente, até que só restassem as duas. 

-- Se não me falha a memória, você é a amiga da Andreia. Não é mesmo? 

-- Sim. Sou a Sofia e, você é a Jessye. Secretária da Natasha. 

-- Eu mesma -- Jessye olhou para a tela do celular e fez uma careta -- A Natasha está me ligando. Com licença, tenho que atender, pode ser urgente. 

-- Fique à vontade, Jessye.  

 

 

Leandro estava deitado na toalha lendo um livro enquanto Leozinho se preparava para trocar a fralda do bebê. 

-- Pega outra roupinha pra eu vestir no Márlon -- pediu o gerente -- Está naquela bolsa florida dentro do carrinho. 

O médico abriu a bolsa, pegou a roupinha e entregou para Leozinho. 

-- Vamos tomar um sorvete? 

-- Não posso. Tenho que cuidar do Márlon -- ele pegou o bebê com cuidado, encostando-o no peito. 

-- Vamos levá-lo junto. 

-- Não tem como eu sair pra longe. Elas deixaram esse monte de bolsas para eu olhar. 

-- São umas folgadas! -- Leandro se levantou e limpou a bermuda cheia de areia -- Acho que estou ouvindo um celular tocar. 

-- É mesmo. De quem será? 

Leandro sacudiu os ombros e olhou para as bolsas. 

-- Se voltar a tocar, vamos avisá-las. 

 

Natasha sentia vontade de jogar o celular no mar. 

-- Andreia e celular, decididamente não combinam! Sempre que preciso falar urgente com ela, a danada não atende. 

-- Elas devem estar tomando banho de mar -- disse Bruna, enfiando o seu aparelho no bolso -- Liguei para a Vic e ela também não atendeu.  

-- Pelo menos consegui falar com a Jessye e pedir para ela alertar a todos sobre a presença de Ivo na ilha -- Natasha deu uma olhada rápida no relógio de pulso -- Quanto tempo para chegarmos a Ilha do Falcão, Erivaldo? 

-- Vinte minutos, chefe -- respondeu o comandante. 

Natasha suspirou. Passou a mão pelos cabelos castanho-claros, para tirá-los da testa. 

-- O que ele pretende afinal. 

-- O alvo deveria ser eu -- disse Carolina, pesarosa -- Ele a está confundindo comigo. A culpa é minha. 

Compadecida com o sofrimento da irmã, Natasha procurou consolá-la. 

-- Não se culpe pela maldade desse homem. Independentemente de quem seja o alvo de sua vingança, nós vamos fazê-lo pagar por tudo o que está fazendo. 

-- As pessoas de coração ruim, sempre se autodestroem -- comentou Bruna -- Deus está acima de toda e qualquer maldade. Maior que Deus, só Ele mesmo. 

-- Judas teve o melhor Pastor, Judas teve o melhor sábio, Judas tinha o melhor amigo. No entanto, ele fez o que fez. A verdadeira transformação ocorre de dentro para fora e não de fora para dentro. Caso contrário não é uma transformação, mas sim, uma mera aparência! -- Alexandra falou com tanta propriedade que todos olharam para ela admirados -- O que foi? Eu disse alguma coisa sem noção, por acaso? 

-- Muito pelo contrário, Girani -- Bruna tocou de leve no ombro dela -- Dessa vez você mandou muito bem. 

-- Quanto tempo, Erivaldo? -- Natasha perguntou ansiosa.  

-- Cinco minutos -- devido ao barulho, Erivaldo falou-lhe próximo ao ouvido, e Natasha mudou, mais uma vez, a expressão do rosto. 

-- Essa viagem nunca foi tão demorada -- Olhando para frente, através da janela do helicóptero, Natasha ficou mais tranquila ao ver ao longe, palmeiras e coqueiros balançando com o vento forte que soprava na costa da ilha -- Finalmente -- suspirou aliviada. 

 

Leozinho e Leandro caminharam alguns metros e se viraram. 

-- Vamos voltar -- disse Leozinho -- Não quero me afastar muito das bolsas -- ele lançou um olhar de soslaio para Leandro, que respondeu com uma expressão de desagrado no rosto -- A gente pode dar um passeio mais tarde. O que você acha? 

Leandro olhou bem no fundo dos olhos do gerente, levantou o queixo e abriu um sorriso largo. 

-- Acho ótimo -- disse ele, e em seguida viraram-se e voltaram a caminhar em direção as bolsas. 

Márlon choramingou. Leozinho diminuiu o passo e deu um beijo no rostinho do menino. 

-- O que foi meu garoto? -- o menino olhou-o com seus grandes olhos castanhos, idênticos aos de Andreia -- O tio Leandro é um bobão. Nem esperou por nós. 

Leandro resmungou alguma coisa e continuou andando muito rápido, distanciando-se rapidamente de Leozinho. 

-- Deixa ele né Márlon -- disse o gerente para o bebê -- Leandro é tão fofo! Você não acha? Estou perdidamente apaixonado de amor por ele. Me sinto como estivesse levitando, no mundo da lua. Mas, ainda não conta pra ninguém. Ouviu? 

-- Como o garoto cresceu! -- disse uma voz masculina, atrás dele. 

Assustado com aquela abordagem inesperada, Leozinho se virou para trás e viu um homem jovem e alto bem no seu encalço. 

-- Quem é você? 

-- Desculpe. Não queria assustá-lo. Sou amigo da Natasha, nos conhecemos quando ela estava no hospital -- ele se aproximou e tocou o rosto do pequeno Márlon -- Que bonitinho. Está com que idade? 

-- Está com um mês. Vai fazer dois no dia 28 de janeiro. 

-- Eu e minha esposa tivemos um filho, mas... -- ele fez uma pausa, respirando fundo, como se estivesse tentando conter o choro -- Ele morreu atropelado ano passado. Posso pegar o menino no colo? 

Leozinho sentiu muita pena do homem. Deve ser horrível perder um filho. Ainda mais assim, de forma tão trágica. 

-- Tome muito cuidado. Se algo acontecer com essa criança, sou um gay morto -- Leozinho disse enquanto passava o bebê para aquele estranho, que lhe parecia tão sofrido. 

Ele pegou Márlon em seus braços. 

-- Que coisinha mais fofa. Que sorte de Natasha, ter um garoto tão lindo como você -- ele sorriu de forma diabólica para Márlon depois, olhou para onde estavam as mulheres -- Natasha também está lá? 

-- Não, Natasha foi para Florianópolis atrás de um bandido perigoso -- Leozinho deu alguns passos e parou -- Aquelas são Andreia, a mãe de Márlon, e as suas amigas Victória e Isabel -- Leozinho se virou. O homem estranho estava andando na direção do calçadão. O que ele estava querendo fazer? Onde é que estava indo? 

-- Ei, volte aqui -- Leozinho berrou, desesperado -- SOCORROOO... -- ele clamava por ajuda e gritava o nome do bebê -- Márlon! 

Andreia se levantou em um pulo. 

-- Meu Deus, meu filho! -- ela começou a correr na direção do estranho -- Pare. Pare agora. Socorro estão tentando sequestrar o meu filho. 

-- Pare -- Leozinho correu atrás do homem. 

Ignorando-o, Ivo apressou os passos e se livrou dele. 

-- Pare aí, seu marginal! -- enfurecido, Leandro alcançou o homem justamente no momento em que ela estava atravessando a avenida -- Devolva o garoto -- o médico o puxou pelo ombro e quando estava quase pegando o menino, Ivo apontou uma arma. 

-- Eu mato a criança -- o homem gritou.  

-- Márlon, meu filho! -- Andreia se aproximou chorando -- Meu filho! Oh, Deus, me ajude. Por favor, por favor! -- lágrimas escorriam pelo rosto enquanto ela corria. 

Leandro deu um passo em direção a ele, mas Ivo encostou o cano do revólver na cabeça do bebê. 

-- Não faça isso, por favor! -- pediu Leozinho, aos prantos. 

-- Então, não se aproximem. 

-- Devolva o meu bebê, pelo amor de Deus. Ele não tem culpa de nada. É apenas um anjo -- Isso não está acontecendo, Andreia disse para si mesma. Isso não pode estar acontecendo.  

-- Natasha vai sofrer. Ela vai sofrer da mesma forma que estou sofrendo -- Ivo caminhou de costas por alguns metros -- E não me sigam, se não, mato o garoto na frente de vocês. 

Andreia olhou impotente Ivo se virar e sair correndo com o bebê no colo. Ela perdeu o equilíbrio e caiu na areia. 

Ouviu as pessoas se aproximando. Depois escutou vozes. Olhando do chão, a única coisa de que foi capaz foi levantar as mãos, implorando ajuda. Reconheceu então Sofia e Jessye que chegavam naquele momento. 

-- Viemos o mais rápido possível -- disse Sofia, esbaforida. 

-- Mas, infelizmente ele chegou antes de nós -- completou Jessye -- Sinto muito Andreia. 

A garganta de Andreia estava fechada e ela não conseguia emitir um som. Havia uma dor profunda, amarga, dentro dela. Não! Ela gritava por dentro. Não machuque o meu filho! Por favor não machuque o meu filho!  

 

 

O helicóptero fez sombra sobre a praia, cortando o ar quente, agitando as copas das árvores e levantando areia. 

Natasha viu que as pessoas lá embaixo circulavam sobre a areia. Ela percebeu que todos protegiam os olhos contra o sol e observavam o helicóptero.  

-- Nat! -- Andreia a chamou pelo celular -- Ivo levou o nosso bebê! Ele vai matar o nosso filho. 

Natasha estava branca como cera. 

-- Eu sei meu amor. Jessye acabou de me avisar -- Natasha lutava para manter o controle -- Tente se acalmar. Estou indo buscar o nosso Márlon. Me espere. Prometo retornar com ele são e salvo. 

Natasha desligou e olhou para as amigas.  

-- Vou cumprir a promessa que fiz para Andreia mesmo que custe a minha vida. 

-- Tô dentro! -- disse Alexandra. 

-- Nós também! -- disseram juntas, Bruna e Carolina. 

-- Eu também -- Erivaldo manobrou o helicóptero e seguiu pela orla. Enquanto sobrevoavam a praia, olhavam atentamente à procura de Ivo. 

-- Tá usando o meu presente, coisinha feia? 

Carolina fez uma careta para Alexandra. 

-- Claro que não! Eu hein!  

 

Leozinho e Leandro estavam desolados. Sentiam-se culpados. 

-- Onde eu estava com a cabeça quando entreguei o menino para aquele estranho -- lamentou-se Leozinho. 

-- Eu não devia ter deixado você sozinho com o bebê -- Leandro estava arrasado. 

-- Parem de se lamentar -- disse Isabel, cerrando os punhos com firmeza -- Nota-se que vocês não conhecem a Alexandra -- ela apertou a mão de Andreia entre as suas, para acalmá-la -- Nenhum problema é páreo para a Xanda. Pode confiar. 

-- Você tem razão, Isa -- Andreia secou as lágrimas -- Vou confiar nelas. Para Natasha nenhum problema é grande demais. Ela diz que faz e faz mesmo.  

-- Sem contar que minha Bruna consegue amolecer o coração do mais frio dos seres humanos. 

-- Você não vai falar nada sobre a Carolina? -- perguntou Sofia, com uma pontinha de provocação. 

Talita preferiu ficar em silêncio. Porém, Sofia insistiu no assunto. 

-- Ainda estão juntas? 

-- Acho que não. Carol está indo morar na Ilha Carolina. 

-- Hum, entendo. Então ainda posso ter esperanças. 

Talita meneou a cabeça de um lado para outro. 

-- Por favor Sofia. Estamos no meio de uma tempestade. 

-- Você está certa, doutora. Esse não é o momento -- ela sorriu -- Mas, pode ter certeza que voltaremos ao assunto.  

Talita respondeu com um olhar triste no rosto. 

-- Pode deixar. No momento certo, eu te procuro. 

 

O coração de Natasha deu um grande pulo. Seus olhos verdes brilhavam, cheios de raiva e preocupação. 

-- Lá está ele -- disse ela, muito séria, e, jogando a cabeça para atrás, apertou os dentes -- Vamos descer em rapel e cercá-lo. 

-- Vamos fazer um círculo e deixá-lo no meio -- disse Alexandra 

-- Como faziam os índios? 

-- Sim, Carolina.  

O rosto de Natasha se contraiu, desfigurado por uma prazerosa ansiedade. 

-- Não vejo a hora de torcer o pescoço desse imbecil. 

-- Deixa um pouquinho pra mim -- Alexandra calçou as luvas e agarra-se ao cabo que a levaria do helicóptero ao solo. 

-- Vai com calma Natasha. E você também Girani -- pediu Bruna -- Nossa missão é resgatar o menino são e salvo. 

-- Verdade Bruna -- concordou Alexandra -- Esfolar o cara fica pra depois do resgate. 

Comandante Erivaldo se virou e deu as últimas instruções. 

-- Vou manter a aeronave estável, em voo pairado, para a descida de vocês, bem como compensar de forma adequada a variação de peso/potência durante o flutuar. 

-- Ok, comandante! É só dizer quando -- Carolina fechou os olhos e orou. 

-- "Não olhe para a luz Carol Anne" -- brincou Alexandra. 

-- No três -- avisou o comandante -- Um, dois...Três! 

 

Ivo corria desajeitadamente em direção as pedras. Agora não tinha mais volta. 

-- Sinto muito garoto, mas vou ter que te levar comigo -- ele deixou escapar um grito de dor. Suas pernas pesavam. Seus olhos se embaçaram de repente. Não havia chorado desde que era pequeno, mas não pôde impedir que se formassem as lágrimas -- Você vai pagar pelo pecado da sua mãe. 

-- Ivo, desista!  

Ele brecou e girou a cabeça para olhar. A cor abandonou sua cara e deixou brilhando seus olhos assustados. 

Natasha caminhava lentamente em sua direção. 

-- Desista enquanto é tempo!  

-- Tempo para o que, Natasha? -- Ivo perguntou entre os dentes. 

-- Para ser perdoado! -- respondeu Natasha. 

-- Para conversarmos -- disse Bruna. 

Ivo se virou para ela. 

-- Para você se abrir e contar o porquê de tudo isso.  

-- Você está querendo se vingar da pessoa errada Ivo -- foi a vez de Carolina falar.  

Ivo se virou para ela. Parecia tonto  

-- É a mim que você quer -- Carolina começou a caminhar em direção a ele -- Fui eu quem destruiu o seu casamento. Não a Natasha. 

-- Não faça isso, Carol -- Natasha olhava atentamente para Ivo. Temia pela reação do homem. 

-- Você está mentindo -- Ivo afirmou, confuso. 

-- Não estou. Quer que eu diga aonde ela tem uma tatuagem de girassol? 

-- Ora sua... sua... -- Ivo apontou a arma para Carolina. Sentia-se ofendido. 

-- Atira em mim seu covarde. Atira aqui, bem no meu coração seu corno! 

Foi à última coisa que Carolina falou. Sem pestanejar, Ivo apertou o gatilho. De repente, o silêncio foi quebrado pelo som forte, seco da arma de fogo e o corpo de Carolina caiu ao chão. 

Enfurecida, Natasha deu um chute na mão dele, fazendo a arma voar longe. 

-- Você nunca vai tirar o garoto de nós seu imundo -- agilmente, ela arrancou o bebê do colo dele. 

Alexandra o agarrou pelas costas e jogou-o para trás, afastando-o da criança. Ivo lutou com todas as forças, mas não era páreo para os golpes de Judô da loira.  

Ela o derrubou e chutou-o na altura dos quadris. Sentindo fortes dores, Ivo gritou. 

Bruna muito atenta percebeu que ele olhava para a arma no chão.  

-- Girani, ele vai pegar a arma. 

Ivo tentou se levantar, mas Alexandra prendeu suas mãos para trás e deu-lhe vários socos. Sua boca e seu nariz sangravam. Sentia dores por todo o corpo. Ainda assim, arrastou-se pela areia e com dificuldade se levantou. 

-- Vocês não vão me pegar -- Ivo desesperado, escalou a parte rochosa da praia -- Eu jamais serei preso. Jamais! Ouviram? 

-- Ivo, não faça isso. É perigoso -- alertou Natasha. 

Contudo ele a ignorou e o próximo passo foi fatal. Pisou em uma pedra solta, perdeu o equilíbrio e foi deslizando, batendo contra as pedras até cair no mar. 

Tudo ocorreu em questão de segundos. A cena foi tenebrosa. Bruna deu um grito e cobriu o rosto com as mãos. 

- Meu Deus! Será que ele morreu? 

- Se ele morreu eu não sei. Mas que vai dar um trabalho enorme pra montar novamente o corpo, ah, isso vai. 

- Girani! - Bruna berrou com ela. 

- Quem manda fazer pergunta boba. 

Natasha enxugou a testa, respirou fundo e se ajoelhou ao lado da irmã. Atônita, ela sentiu-se furiosa consigo mesma. Sentia-se culpada e aflita. 

-- Carol, por favor não morra! -- ela entregou o bebê para Bruna e colocou a cabeça da irmã sobre o colo -- Por que você fez isso? Por que provocou ele? 

-- Porque eu amo o meu sobrinho. Amo você e amo a Deia. 

Natasha arregalou os olhos. 

-- Você está bem? -- ela tocou o corpo da irmã procurando algum ferimento -- Impossível. Eu vi você levar um tiro. 

-- Eu levei -- Carolina gem*u em voz alta e procurou Alexandra com os olhos -- Você não disse que ia doer tanto -- ela falou para a loira.  

-- Está doendo? 

-- Muito! Como se tivesse levado um soco da lutadora Amanda Nunes. 

-- Você estava de colete -- gritou Natasha. Então não pôde seguir contendo as lágrimas, que começaram a correr pelo seu rosto. As enxugou com o dorso da mão e caiu na risada -- Você é muito esperta -- Natasha abraçou a irmã, aliviada e feliz. 

Carolina olhou para Alexandra cheia de gratidão. 

-- Obrigada loira. Você é uma pessoa especial. 

Alexandra fez um gesto de pouco-caso e estendeu a mão para Carolina se levantar. 

-- Sou apenas uma pessoa experiente em combates e missões de resgates. Já resgatei vinte putas na África. Sabia? 

-- Sério? 

Bruna colocou Márlon no colo de Natasha e deu um passo para trás. Olhou nos olhos dela e viu duvidas e perguntas. E uma das perguntas ela fez questão de responder. 

-- Sim, deves perdoar! Perdoar e esquecer as maldades que Ivo te fez. Perdoa-o com a maior dose de compaixão e amor. Ele devia estar enfermo, credor, portanto, da misericórdia do perdão. O perdão beneficia aquele que perdoa, por propiciar-lhe paz espiritual, equilíbrio emocional e lucidez mental. 

Natasha olhou para o mar que batia de forma violenta contra os rochedos. 

-- Hoje sinto que me tornei uma pessoa melhor. Descobri que a felicidade não se encontra na vingança ou no remoer de sentimentos como a raiva. A felicidade está no altruísmo, no amor, no perdão, em todos os bons sentimentos e gestos -- Natasha beijou a cabeça de Márlon e sorriu -- Quero construir um mundo melhor para o meu filho, Bruna. E isso só vou conseguir começando por mim mesma.  

-- E já deu um grande passo perdoando esse infeliz -- Bruna passou a mão pelo cabelinho de Márlon -- Só Deus tem o poder para julgar. É Ele que conhece o profundo das pessoas. Somente ele. 

Natasha concordou com um largo sorriso. Depois, pegou o celular e ligou para Andreia. 

 

 

Créditos: 

https://www.mundodasmensagens.com/mensagens-perdao/ 

 

 

 

 

Feliz Ano Novo Querida Leitora 

Mais uma etapa de nossas vidas foi concluída. Mais um ano que passou e eu espero que você tenha aproveitado tudo de bom que Deus lhe proporcionou. 

Desejo a você, leitora, que na paz do Senhor encontre o seu caminho e que ele seja trilhado com muita fé para que cada vez mais você acredite nesse sentimento que é capaz de transpor obstáculos e nos fazer felizes.  

Tenha coragem para assumir e enfrentar as dificuldades. Persevere para que cada dia seja regado de esperança e jamais desista ou desanime de seus sonhos.  

Aguarde por novos horizontes que o nosso Senhor Deus tem a proporcionar para você. Muita saúde, paz, alegria, harmonia são os meus desejos a você e sua família para este ano que está começando.  

Feliz Ano Novo! 

Da sua amiga, Vandinha 

 

 

 

Fim do capítulo


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Comentários para 82 - Capítulo 82 -- As Pedras:
patty-321
patty-321

Em: 04/01/2019

Obrigada van. Desejo em dobro pra vc e família. Ivo aprontou mas as super gatas conseguiram resgatar o.pequemo Marlon. Ufa. Bjs


Resposta do autor:

Olá Patty.

Um beijão!

Responder

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Keilaspm
Keilaspm

Em: 02/01/2019

Que cap maravilhoso vandinha não importa a sitisitu temos que perdoar sempre 

Um feliz ano novo pra vc também deus abençoe seus caminhos nesse novo ano com muita paz amor saúde  vc merece 

Mais uma vez parabéns pelo seu aniversário tudo que a de melhor nesse mundo pra ti 


Resposta do autor:

Olá Keilaspm

Obrigada por tudo. Vamos fazer de 2019, um ano cheio de histórias com final feliz.

Beijos. E que o amor vença sempre. 

Responder

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Em: 02/01/2019

Capítulo reflexivo, parabéns!

Desejo-te que em 2019 você é toda a sua família possam desfrutar do melhor desta.

Que o Senhor Deus realize todos os seus sonhos!

Felicidades!


Resposta do autor:

Amém darque.

Vamos fazer de 2019 um ano inesquecivel. Cheio de paz, vitórias e comentários. Conto contigo.

Beijão.

Responder

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Alci
Alci

Em: 02/01/2019

_Candinha do céu!

_Vandinha!

_Foi o que eu disse!

Que historia legal. Já li todas as suas postadas aqui, me divirto muito.Fico ate imaginando um seriado.

Essas quatro juntas, fica me lembrado os trapalhões dos anos 80, com a diferenca que no seu conto tem dois DiDi, Alexandra e Natasha, dois Dedé, Bruna e Sofia. E um sargento Pincel Ruivo,Carol. E as Quatro Xuxa;isa,Vic,Talita,e Andréia. Sem falar nos 4 Jorge Lafond.

Amor,perdão e segundas chances! Adoro! E stand up nem te conto.

Agora e esperar Mariana e seu parceiro dar o bote e receber a rasteira!

Marcela e Sibele estão transformadas.Só não entendo porque elas conseguiram e o Judas não!

Valeu!!!

 

 

 

 


Resposta do autor:

Boa Alci. Gostei das comparações. 

Obrigada, meu anjo por acompanhar minhas histórias. É um prazer para mim.

Que em 2019 continuemos juntas. Conto com você.

Beijos.

 

Responder

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Mille
Mille

Em: 01/01/2019

Muito emocionante o capítulo 

Ivo não quis pagar na justiça e preferiu se matar um cara covarde que usou o Marlon como justificativa para a Natacha sofrer.

Leozinho que se cuide a Nat ainda vai puchar a orelha dele. 

Bjus e até o próximo capítulo 

Que 2019 seja excelente e repleto de paz, saúde e que possamos sempre está aqui reunidas curtindo suas histórias que sempre trás reflexões para nossas vidas.


Resposta do autor:

Amém Mille.

Mais um ano hein amiguinha! Já faz tempo. Estou tão acostumada com seus comentários, que quando não fizer, vou ficar muito preocupada. Então, nunca me abandone.

Beijão. Vamos fazer um 2019 cheio de histórias felizes e comentários entusiasmado.

Até.

 

Responder

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NovaAqui
NovaAqui

Em: 01/01/2019

Feliz Ano Novo, amiga Vandinha!

Obrigada por estar nos ajudando a nos tornarmos pessoas melhores com seus romances cheios de ensinamentos

Que seu Ano Novo  e de sua família seja de paz, alegria, harmonia, saúde e felicidades. São meus votos e de minha família!

Sinta-se beijada e abraçada por mim!

Abraços fraternos procês aí!


Resposta do autor:

Amém NovaAqui

Que em 2019 o papai do céu nos mantenha firme nessa amizade, que apesar da distancia fisica, é tão forte espiritualmente.

Paz e Luz. 

Responder

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