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Teorias Linguísticas: o efeito Carol por srtaanalaura

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Palavras: 2082
Acessos: 1041   |  Postado em: 29/12/2018

Entre parênteses, Carol

O intervalo passou, eu atualizei meu Instagram e todas aquelas fotos e stories me fizeram, por algum momento, esquecer a professora Carolina. Não que esse fosse o meu objetivo, na verdade eu nunca me obrigo a parar de pensar em alguém, sabe, eu acho que a gente não deve se privar de sentir nada e já que pensar é reforçar para a alma essa sensação, não me negaria meus próprios pensamentos. Porém, eram só pensamentos mesmo, eu odiava me iludir. Não sabia nem se a professora também gostava de mulheres, ou mesmo nada a seu respeito além do que ela já havia dito em sala. 

 

O intervalo acabou e o professor da outra disciplina chegou. Assisti à aula com a mesma vontade da aula anterior, mas ele não conseguia ter o mesmo sucesso que a Carolina no quesito nos prender a atenção. Sorri mentalmente enquanto me lembrava disso. Dez minutos antes do previsto, o professor Carlos terminou a sua aula e assim todos fomos liberados. Como só teria aulas no período da manhã naquele dia, voltei para a minha casa. Estranho pensar isso "minha casa". Eu havia chegado lá na manhã anterior, ou seja, já tinha dormido lá noite passada e, muito tranquilamente afirmo isso, eu estava me sentindo muito bem, me sentindo em casa mesmo. 

 

A tarde passou meio entediante, assisti a uns episódios da minha série, fiquei no ócio das redes sociais. Em determinado momento, no Facebook, recebo uma solicitação de amizade de um menino da minha turma. Decidi aceitar, afinal queria mesmo conhecer a galera. Já estava participando do grupo da turma no WhatsApp e, talvez por todos estarem eufóricos com o começo do curso, quase todos eles falavam bastante, sobre muitas coisas. Em determinado momento, o Juliano – o mesmo que mais cedo me mandou convite no Facebook – sugeriu que todos falassem seu nome, idade, signo, situação amorosa e orientação sexual. Fui lendo para conhecer as pessoas e ter essas informações sobre elas, inclusive, descobri que algumas das meninas eram lésbicas ou bissexuais e os meninos, dos seis que tinham (de um total de quarenta pessoas), só um era hétero. Na verdade, dos outros cinco eu só não suspeitava de um. E outra coisa, que turma pra ter leonino, meu Deus. Pra quê isso?  

 

Enquanto lia as "fofocas" sobre as pessoas, eu nada falei, mas eis que o tal Juliano solta: 

 

[12/03 14: 19] Juliano Letras: Mirela, por que a senhora só visualiza e não responde? Kkk 

 

Fiquei sem jeito, é óbvio, né? Mas realmente não vi problemas em responder. 

 

[12/03 14: 21] torresmirela: Calma, Juliano rsr. 

Vamos lá 

Sou Mirela Torres, tenho 18 anos, sagitariana, solteira e lésbica. 

 

[12/03 14: 21] Juliano Letras: Hmmm 

 

Olhem só, meninas, fiquem de olho na Mirela. 

 

[12/03 14: 22] Samara Letras: Oi, Mirela. 


Não liga pro Juliano, ele fica enchendo o saco assim porque ainda não arrumou um boy. 


[12/03 14: 23] torresmirela: Tô ligada kkk 

 

Eu já tinha notado a Samara, ela era bonita, magrinha, de busto farto, cabelos enrolados e castanhos, mas eu também não era de cair de amores por toda e qualquer rabo de saia bonita por aí, né? (risos). Não entendi o "oi" dela como cantada; seria muita prepotência minha pensar isso. Outras pessoas comentaram as minhas informações e eu interagi com todas elas. Não faço a linha pop, mas também não faço a linha antissocial. Eu não forço intimidade, mas também não tenho dificuldades em fazer amigos. 

 

Morgando um pouco mais nas redes sociais, adicionei algumas pessoas da minha turma no Facebook e também segui algumas no Instagram. Entre as sugestões de amizade, eis que vejo uma que mexeu com o meu coração. "Carolina Moraes". Entre parênteses, Carol. 

Me rendi à curiosidade e decidi vasculhar um pouco o seu perfil, na tentativa de descobrir alguma coisa a respeito daquela mulher que tanto mexera comigo. Havia apenas um amigo em comum, o Juliano. Como esse menino é metido, pensei. Então imaginei que ela adicionava qualquer um – já que provavelmente também não o conhecia – e o único motivo para ela ter adicionado somente o Juliano era que ele devia ser o único com ousadia suficiente para mandar convite para ela no Facebook. 

 

Seguindo a minha pequena investigação, descobri que a professora Carolina era muito fã de poesia; todas as suas publicações eram públicas e a maioria delas continha versos lindos, acredito que a maioria seja de sua autoria, já que em alguns ela colocava o nome do autor ou autora. Ela tinha uma escrita quente, desenhada, livre, apesar de ordenada. Vi que há uns três dias ela tinha colocado um assim: 

 

"Choque o mundo, 

Revele-me as tuas cores. 

Pois tu és muito arco-íris 

Para permanecer em preto e branco."

 

Eu sei que poderia ser muito precipitado, mas, ao ler aquilo, de cara eu suspeitei que a professora poderia não ser hétero, afinal, ela mencionava cores e arco-íris, que são símbolos reconhecidos do movimento LGBT, mas, poderia ser algo sem nenhuma referência à sexualidade dela. Como eu já disse, eu odeio me iludir. Em seguida, eu encontrei algo que poderia reforçar a minha suspeita: uma foto da professora sorrindo – inclusive, que sorriso lindo essa mulher tem – com o filtro da bandeira LGBT. A legenda dizia assim: 

 

"O amor realmente assusta aqueles que vivem à sombra do ódio. 

Eu canto sem medo de estar fora do tom."

 

Aquilo realmente parecia confirmar as minhas suspeitas, mas antes de mais nada eu percebi uma coisa: a orientação sexual da professora não seria – se caso ela fosse heterossexual – o único impedimento para que eu me aproximasse dela, afinal, somos professora e aluna. Então, fiquei nesse impasse. Eu não queria me obrigar a parar de pensar na Carol – por que diabos eu a estou chamando de Carol? – mas também não queria me iludir. Fiquei tentando colocar algumas coisas na minha própria cabeça: "Mirela, essa mulher não é pro teu bico, mas admirá-la não vai arrancar pedaços, então, não hesite!". 

 

Enquanto tentava reorganizar meus pensamentos e organizar a minha casa, que ainda estava uma bagunça, eu coloquei umas músicas aleatórias para tocar no Spotify; era uma playlist que eu mesma tinha feito e a batizei de "Canta, Sapatão". Não, não era uma seleção feita minuciosamente para representar todas as mulheres homossexuais do Brasil; eram músicas que eu gostava de ouvir – e de cantar, como o nome sugere – mas nesse meio tinham músicas desses chamados ícones da sapataria brasileira. Inclusive, vale confessar que eu só escuto músicas brasileiras, pelo menos por enquanto. Quando eu tinha pouco mais de dezesseis anos, fiz uma promessa junto com a minha melhor amiga, a Júlia, de que escutaríamos somente músicas nacionais durante cinco anos, se nossas mães nos deixassem ir para o show da Ana Carolina. Gente, não precisa nem dizer o desespero que a gente estava para ir a esse show e era óbvio que não faria diferença nenhuma para as nossas mães se escutássemos músicas brasileiras, francesas ou tailandesas; era só um acordo com nós mesmas. Nessa época, tanto a minha mãe quanto a mãe da Júlia já sabiam que nós não curtíamos meninos. A Ju era um ano mais velha que eu e nossas mães deveriam achar que rolava algo entre a gente, mas nunca aconteceu. Ela se mudou para Fortaleza no ano anterior para cursar Educação Física, na mesma universidade. Minha mãe ainda sugeriu que eu ficasse a princípio na casa dela para me adaptar, mas resolvi pular o modo teste e já começar para valer, além do mais, não queria atrapalhar a vida dela com a Giovana, sua namorada, que conhecera na faculdade, com quem Júlia morava. Deusa me livre de ser uma maior abandonada adotada pela minha amiga e sua namorava.

Eu já estava com muita saudade da Júlia, não nos víamos há meses e o encontro em Fortaleza ainda não fora possível, porque, além do campus dela ser outro, os horários dela eram bem complicados. A situação dela era diferente da minha; sua mãe não tinha condições de bancá-la e, portanto, ela estudava à noite e trabalhava o dia inteiro. A nossa cumplicidade poderia ser notada a quilômetros e os quilômetros que nos separavam (e que agora foram drasticamente reduzidos) eram amenizados pelo WhatsApp e horas ao telefone.

A minha mãe falava comigo insinuando que tinha algo mais entre Júlia e eu. Não que isso fosse um problema para ela pelo fato de sermos duas garotas. Ela lidou muito bem com a questão da minha orientação sexual desde o começo. Inclusive, ela foi a segunda pessoa para qual eu falei que era lésbica -- a primeira foi a Júlia, claro. Era só uma questão de curiosidade mesmo, porque pense numa mulher curiosa quando o assunto é minha vida. 

Ela fazia a linha good vibes, sabe? No jeito de se vestir, nas coisas que lia, que ouvia e até nos namorados que arrumava – me arrisco dizer que 90% deles tinha barba por fazer, usava colares de miçanga e camisas de botão floridas. Eu sempre achei homem um negócio bizarro, mas esses que a minha mãe namorava eram bem mais que isso. Depois que fui ficando adolescente, vivia enchendo o saco dela e perguntando ironicamente:  

– Mãe, por que a senhora só namora homem ridículo?

E ela sempre me dizia assim:  

– Porque o importante é que a energia deles bata com a minha, entende? Tanto faz se são feios, mas se eles têm uma compatibilidade espiritual comigo é o que importa. 

Mas um dia eu perguntei: 

– Então por que você não fica só com um? Está sempre trocando. 

– Mirela, minha filha, nenhum homem é capaz de me preencher totalmente por muito tempo. 

– Acho que você deveria tentar ficar com mulheres, só pra ver se elas conseguem te completar, já que os homens não são capazes – falei rindo, vale dizer que na época ela nem sabia, mas eu nunca tive medo de ela não me aceitar, pelo número de amigos gays que ela tinha e por sua forma paz & amor de ser. 

– Não dá certo; elas não me atraem – falou rindo bastante. 

Minhas conversas com ela sempre eram leves, nós nos tratávamos como amigas e tudo era bem tranquilo entre a gente. Mas aquele show em especial ela estava em dúvidas se me deixaria ir, porque era em Fortaleza e iríamos somente eu, a Ju e uma prima dela, a única maior de idade entre nós. Depois de muita insistência ela me deixou ir, assim como a mãe da Ju. Talvez nós não precisássemos fazer aquela bendita promessa, mas posso dizer que valeu muito a pena. O show foi ótimo, a interação da Ana com o público era incrível e aquele lugar estava cheio de sapatões à procura. Uma delas era eu, que, pela primeira vez na vida, fiquei com duas meninas na mesma noite e foi muito bom. 

Lembrar de todas essas coisas era inevitável, principalmente agora que estou longe da minha mãe, que, apesar de meio maluquinha, sempre cuidou de mim de uma forma muito bonita, sendo que o seu principal objetivo era me dar autonomia. Não no sentido de que eu sempre fui dona do meu nariz, mas sim que sempre ela estimulou a minha responsabilidade comigo mesma e com os outros. Inclusive é por isso que eu não tive medo de morar sozinha. Claro que bate um nervoso por ser uma experiência nova, mas a minha mãe tinha me dado uma educação que garantiria que eu me desse bem longe dela. 

Depois de, finalmente, terminar de arrumar as minhas coisas, eu preparei um jantar simples para mim, assisti a um filme e fui dormir. No dia seguinte, eu acordei cedinho e fui para a aula de novo. Eram outras disciplinas, com outros professores e nesse dia eu teria aula também à tarde.  

Não preciso nem dizer que cheguei em casa extremamente cansada, mas, antes de dormir, fui dar mais uma olhadinha nas redes sociais e acabei não resistindo e olhando o perfil da – entre parênteses – Carol no Facebook. Agora parece que ela adicionou todos os calouros. Imediatamente, enviei um convite que, depois de eternos sete minutos, foi aceito. Já que ela tinha adicionado todos, não me senti especial, mas ainda assim fui dormir muito feliz. Amanhã era quarta e quarta tem aula de Teoria Linguística I. Quarta tem – entre parênteses – Carol. 

Fim do capítulo

Notas finais:

Ainda hoje eu posto mais algum.

Me falem se estão gostando... <3


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