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  • A Ilha do Falcão
  • Capítulo 76 - É assim que sou

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A Ilha do Falcão por Vandinha

Ver comentários: 5

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Palavras: 3634
Acessos: 3065   |  Postado em: 06/12/2018

Capítulo 76 - É assim que sou

 

A ILHA DO FALCÃO -- CAPÍTULO 76  

 

É assim que sou  

 

Alexandra empurrou a porta e colocou somente a cabeça para dentro. 

- Oiê, será que já podemos entrar? 

Natasha sorriu e olhou para Isabel, e então novamente para Alexandra.  

-- Claro, Girani. Pode entrar e chame os outros também.  

-- Já estamos aqui -- Bruna apareceu ao lado de Natasha. A seguir apareceram Isabel e Victória. E por último, André.  

-- Bom dia, senhora Gavião -- falou Alexandra, com seu largo sorriso.  

Andreia fixou os olhos na loira a sua frente. Era ela! Alexandra Girani em pessoa! Pensou, entusiasmada.  

-- Você é a dona da Vision? -- rapidamente, ela olhou para ela, incrédula -- Eu e a minha irmã éramos clientes assíduas da sua casa noturna. Que demais! -- vibrou. 

-- Boate -- Natasha murmurou, quase que para si mesma.  

-- A própria. Linda, engraçada, inteligente, talentosa, humilde e que ainda beija muitíssimo bem -- disse Alexandra, com o ego absurdamente inflado.  

-- O problema de gente convencida é que, normalmente, elas não são nem metade do que acham que são -- a médium se aproximou com a mão estendida para cumprimentar Andreia.  

-- Eu convencida! Que nada! Apenas me agrada muito o que vejo no espelho todos os dias -- Alexandra apertou a bochecha do bebê que continuava no colo de Natasha. 

-- Meu nome é Bruna Sontag. Muito prazer. 

Andreia controlou suas emoções e se forçou a corresponder ao caloroso aperto de mãos.  

-- A médium mais famosa do Brasil! -- exclamou. 

-- Prefiro ser considerada uma apóstola do Espiritismo -- Expressou um sorriso doce e gentil -- Quero lhe apresentar a minha esposa, Victória.  

-- Muito prazer, Victória -- Andreia estendeu a mão.  

Victória se virou para ela, para cumprimentá-la, os dentes muito brancos e perfeitos.  

-- Você é tudo o que a Natasha sem nenhum exagero descreveu para nós -- Victória comentou gentilmente.  

-- Obrigada - Andreia agradeceu, sorridente.  

Isabel deu alguns passos em direção a ela.  

-- Já que a minha digníssima esposa não me apresentou, eu mesma o faço. Meu nome é Isabel -- ela disse, levantando o queixo -- É um prazer te conhecer, Andreia -- E esse é o nosso amigo André -- fez um gesto com a mão em direção ao rapaz.  

-- Você está uma mamãezona linda, nem parece que teve bebê a tão pouco tempo.  

-- Muito obrigada, André. Você é um amor -- então, Andreia se virou para Sofia e Leandro -- Quero lhes apresentar meus amigos, Sofia e Leandro.  

-- Foi essa louca aí que trouxe a Andreia para esse fim de mundo, Natasha? -- Alexandra tirou Márlon do colo de Natasha, pegando-o desajeitadamente nos braços.  

-- O que você falou? -- Sofia perguntou, indignada -- Quem te disse isso?  

-- A Natasha. Ela também disse que você é uma metida, tagarela e que seu apelido é assistente do demônio -- Alexandra disse, calmamente. Mudou o bebê para o outro braço e pegou o celular -- Vou fazer uma self e enviar para o meu Instagram. É sempre bom fazer uma média com os meus eleitores.  

André olhou para ela com os olhos admirados.  

-- Vai se candidatar? Isso é sério?  

-- Na próxima eleição, vou me candidatar a vereadora e lutar pelos direitos das pessoas sem sobrancelhas.  

Natasha voltou a pegar o bebê no colo.  

-- Não tem vergonha de usar o meu garoto para fazer marketing pessoal?  

-- Não -- Alexandra arrancou o bebê do colo de Natasha -- Crianças sempre causam comoção.  

-- Devolve o meu filho, sua maluca -- Natasha puxou o menino pelos pés.  

-- Ahhh... Que horror! Você arrancou os pés do bebê! -- André gritou e tapou os olhos com as mãos.  

-- São os sapatinhos dele, seu boboca! -- Natasha fez um gesto de enfado, revirando os olhos.  

-- Ah, tá. Que susto.  

-- Para com isso, Alexandra. Devolva o filho da Natasha -- Victória olhou para ela com os olhos arregalados e os braços abertos -- Ele está em fase de desenvolvimento, você pode causar alguma lesão que venha a dificultar o seu desenvolvimento adequado, isso sem contar que pode também influenciar no seu estado emocional 

-- Quanta frescura. Eu agradeço se me der uma cerveja, Vic, ao invés da sua opinião.  

-- Xanda! -- furiosa, Isabel puxou-a por uma orelha -- Devolve a criança para ela. 

Alexandra fez uma careta de dor e devolveu o menino aos braços de Natasha. Ela pegou o bebê e colocou-o no berço, arrumando a pequena manta sobre a criança para protegê-lo do frio.  

-- Você viu isso, Déia. Ainda admira essa louca?  

Andreia estava pasma e sem reação. Olhou para o filho e depois para Natasha. Desfalecida, caiu sentada no sofá. Sofia foi para o lado dela e lhe segurou a mão com força.  

-- Olha só o que vocês fizeram! Deixaram a minha amiga catatônica.  

Seu Pedro abriu a porta num rompante e entrou na casa batendo a lama das botas.  

-- Mas a la pucha quantos viventes! -- comentou, olhando para os visitantes.  

-- Esse guasca bigodudo só pode ser o chefão do pedaço -- Alexandra cruzou os braços e olhou o homem de cima a baixo -- Sou Alexandra Girani, precisamos conversar.  

Seu Pedro a olhou surpreso.  

-- Se aprochegue guria.  

Alexandra deu um passo à frente, porém, Bruna se antecipou.  

-- Sou Bruna Sontag, muito prazer -- ela estendeu a mão e cumprimentou o pai de Sofia -- Desculpa a invasão. Estamos aqui acompanhando a Natasha.  

-- Não precisa se desculpar guria. Os amigos de Andreia são meus amigos. Sejam bem-vindos à nossa humilde casa.  

-- Obrigada -- Bruna sorriu agradecida.  

Seu Pedro tirou o chapéu, coçou a careca e olhou ao redor, procurando pela loira.  

-- Mas o que tu querias guria?  

-- Acho melhor não... -- Bruna meneou a cabeça de um lado para outro,  

-- Por que não? -- Alexandra empurrou a médium para o lado e deu uma palmadinha de leve no ombro de seu Pedro -- Por favor, bigodão. Vamos até o seu escritório, precisamos conversar.  

-- Não tenho escritório.  

-- Pode ser na lavanderia, mesmo.  

-- Girani! -- Bruna olhou para ela com os olhos azuis arregalados -- Vê se não apronta.  

-- São apenas negócios. Vem Cabeça de Rolon.  

Seu Pedro coçou a careca novamente.  

-- Cabeça de Rolon? O que é isso?  

-- Nem queira saber -- Bruna disse a si mesma -- Para evitar uma tragédia, prefiro estar presente nessa conversa -- a médica jogou um beijo para Victória e foi atrás dos dois.  

-- Vamos sentar? -- Natasha convidou, apontando para o sofá confortável -- Precisamos esclarecer alguns pontos antes de pegarmos a estrada -- ela sentou ao lado de Andreia no sofá e ficou em silêncio por um momento -- Você está linda, com essa roupa -- olhou-a com admiração -- Ah, estava com tanta saudade de você.  

Andreia praticamente pulou para os braços de Natasha, colando seu rosto e seu corpo no dela, dizendo quase sussurrando:  

-- Ah, Nat, também estava louca de saudades.  

Sofia se levantou do sofá.  

-- Vou até a cozinha preparar um café para nós.  

Andreia consentiu com um sinal de cabeça.  

-- Excelente ideia, Sofia -- comentou Isabel.  

-- Mas, como você conheceu eles? -- Andreia virou-se sorrindo para Isabel, Victória e André.  

-- Elisa me convenceu de que a doutora Bruna era a única pessoa que podia nos ajudar a encontrá-la. Então, ela e Pedrita foram para o Rio de Janeiro conversar com a doutora.  

-- Que maravilhoso! E deu certo?  

-- Sim, foi tudo perfeito.  

-- Você esqueceu de comentar que junto com a Bruna, veio de brinde a Alexandra -- disse Victória, com ironia.  

-- E você também, Vic -- comentou Isabel.  

-- E você também, Isa -- replicou Victória.  

André se levantou, com os seus olhos castanhos cravados nelas.  

-- Credo. Parecem pólvora. Explodem com uma simples faísca. Vou ficar na varanda. Qualquer coisa é só me chamar -- o rapaz girou sobre os calcanhares e saiu esbaforido da sala. 

- Eu também vou - disse Leandro.  

-- Na realidade, não sei como agradecer a Alexandra -- Natasha disse, com o olhar baixo -- Se não fosse por sua insistência, não estaríamos aqui. Ela não mediu esforços em nos ajudar.  

-- Não precisa muito para recompensá-la, é só dizer que ela é o máximo que já é o suficiente para a Xanda sentir-se realizada -- disse Isabel, sorrindo levemente - Vai por mim. Essa louca mafiosa, adora ajudar as pessoas. 

-- Conte-me o que aconteceu. Por que vocês saíram da ilha e vieram para tão longe? Foi a Carolina, não foi? O que ela fez para vocês? Quando pensavam em voltar? -- perguntou Natasha, aflita por respostas.  

Antes que Andreia pudesse responder, Sofia voltou com a bandeja do café e colocou sobre a mesinha de centro.  

Andreia examinou a bandeja. Além do bule de café e de biscoitos, havia um pratinho de sanduíches e uma torta muito apetitosa de fubá.  

-- Vamos tomar o café antes que esfrie -- enquanto servia, Sofia perguntou para Andreia: -- Você não acha que está na hora de contar a verdade para ela? -- ela terminou de servir o café, acrescentou leite e estendeu a xícara para Isabel e Victória.  

Andreia engoliu em seco.  

-- Fale-me sobre o que aconteceu! -- suplicou Natasha, indiferente ao café que esfriava na xícara.  

Andreia deu um suspiro fundo e olhou para Natasha.  

-- Você sabe o que aconteceu, não preciso nem falar -- disse Andreia com um sorriso para Natasha. 

--Preciso ouvir de você. 

--Você não vai tomar o café? -- Andreia tentou mudar de assunto. 

-- Mas, mulher! -- interrompeu Sofia com os olhos arregalados -- Conte para ela. Por que ainda tenta encobrir as maldades daquela garota?  

Natasha apanhou automaticamente a xícara e deu um gole. Ela colocou a xícara em cima da mesinha e olhou séria para Andreia.  

-- Você não precisa encobrir as maldades da Carolina. Eu sei muito bem do que ela é capaz. Inclusive, já tomei algumas providências.  

-- Ela é a sua irmã desaparecida há mais de vinte anos -- Isabel balançou a cabeça com vivacidade -- Deveria ter mais paciência com ela.  

-- Cansei. Mandei ela sair da Ilha do Falcão.  

-- Que maravilha! Então ela e a doutora Talita não estão mais juntas -- observou Sofia, encarando Natasha fixamente, sem piscar.  

-- Ela não tá nem aí pra você -- Natasha bebeu mais um gole de café.  

-- Como você pode saber disso? -- perguntou Sofia, com o rosto vermelho, surpresa com o comentário -- Ela falou algo para você?  

-- Sim. Infelizmente ela está apaixonada pela Carolina -- Natasha mordeu o lábio -- Quem manda deixar a doutora dando sopa?  

Sofia deu um suspiro. Tinha a impressão de que no amor sairia sempre perdendo. Mas era um pouco culpada, afinal. Abandonou tudo e saiu fugida da ilha. Queria o que?  

-- Está bem -- admitiu por fim -- Você tem toda razão. Eu deixei o caminho livre para a Carolina.  

-- Não sei se entendi direito, mas você está desistindo de lutar pelo seu amor? -- comentou Victória com uma certa ironia na voz -- É preferível a tristeza da certeza de que as coisas não deram certo, do que a dor de desistir sem saber que fez tudo o que estava ao seu alcance. Será que não há uma chance de fazer as coisas darem certo entre vocês?  

-- Você já passou por uma situação dessa?  

Victória assentiu com a cabeça.  

-- Muito pior. Quando a Bruna descobriu que eu era a amante do pai dela, jurou nunca mais olhar na minha cara.  

-- E você? -- insistiu Sofia.  

-- Em nenhum momento desisti do nosso amor.  

Sofia deu um sorriso e, durante alguns segundos, pareceu anos mais jovem. Os lábios dela se entreabriram num sorriso esperançoso. A amiga de Andreia encarou Victória sem saber o que dizer. Inclinou-se para colocar a xícara vazia na bandeja e virou-se para Natasha -- Quando vamos voltar para a Ilha? -- indagou, levantando as sobrancelhas.  

Natasha e Andreia trocaram um olhar de cumplicidade.  

-- As estradas estão ruins? -- perguntou Andreia.  

-- Está chovendo muito, mesmo, mas as estradas ainda estão transitáveis -- respondeu Natasha. Ela já sabia qual seria a próxima pergunta antes mesmo de Andreia perguntar, então, acrescentou: -- Pretendo sair daqui amanhã bem cedo. O que vocês acham? 

- Por nós tudo bem. Né Isa! 

- Com certeza - ela concordou, prontamente. 

Naquele instante, Alexandra, Bruna e seu Pedro voltaram para a sala.  

-- Tudo bem, eu sou careca. Mas não tinha necessidade de me chamar de Cabeça de Rolon -- o pai de Sofia se instalou à mesa de madeira escura e as duas se sentaram à sua frente. 

-- O seu Pedro tem toda razão de estar bravo com você, Girani. Pede desculpas a ele. 

-- Se isso é tão importante para ele, eu peço -- Alexandra fez um gesto de pouco-caso -- Desculpa aiê. Mas, deve ser ruim ser careca. Você vira uma referência sem saber. Tipo: Isa, estou aqui perto de um careca de camisa azul. 

Bruna mexeu-se sem jeito na cadeira. 

-- Não adianta seu Pedro. O melhor é ignorar. 

Seu Pedro se levantou empurrando a cadeira com as pernas. 

-- Vamos até o pasto separar um boi para o abate. 

-- Um boi para o abate? -- indagou Sofia, surpresa. 

-- Eu comprei um boi do seu pai para fazer uns espetinhos para a minha deusa. Ela está com desejo. 

-- Ai que romântica! -- Isabel disse, com uma voz exageradamente melosa. 

-- Um boi? Poxa! -- Victória dirigiu o olhar espantada para Alexandra que estava de pé ao lado do sofá.  

-- Quem vê essa carinha de princesa, não imagina que come mais que pedreiro em jejum -- disse Alexandra enquanto abria a porta e saía atrás do seu Pedro e de Bruna. 

-- Aceitam mais café? -- perguntou Sofia para Victória e Isabel. 

Elas balançaram a cabeça negativamente. 

-- Vou ver o que a Xanda está inventando. Vem comigo, Vic? 

-- Está chovendo demais. 

-- Temos algumas sombrinhas lá na varanda. Eu levo vocês até onde eles estão -- Sofia indicou o caminho e elas saíram da casa.  

Natasha se virou para Andreia. Os olhos verdes tinham uma expressão curiosa. 

-- Por que você está se esquivando em responder minha pergunta? -- insistiu Natasha, com impaciência.  

-- Não é isso, amor. Apenas não quero que vocês duas briguem por minha causa -- disse ela com voz delicada.  

-- Nós já brigamos! -- ela exclamou franzindo a testa. Natasha ajeitou-se no sofá resignada. Andreia estava realmente decidida a não lhe responder -- Se você não quer falar, tudo bem. Eu sei que a Carolina ameaçou vocês duas. Só queria saber se ela te maltratou... Porque se... 

-- De qualquer maneira, você não precisava se preocupar com isso, meu amor. O que importa é que tudo está bem agora. Você podia ter morrido lá -- A voz dela era baixa, sonora e no primeiro instante Andreia sentiu um arrepio ao se lembrar da terrível cena. 

-- Você fez muito mal de não avisar ninguém sobre seu paradeiro. Não lhe ocorreu que eu poderia enlouquecer de preocupação? -- ela fitou-a com atenção.  

-- Desculpa, me senti perdida sem você. 

Natasha abraçou-a e beijou-a. 

-- Senti sua falta cada minuto, cada segundo desde que partiu. 

-- Nunca mais me afastarei de você. 

Natasha fitou-a por um longo momento. 

-- Eu te amo. E nunca me imaginaria amando alguém com tanta intensidade, nem sabia que tinha tanta capacidade pra amar assim.  

-- Eu também te amo imensamente. Te amo desde o primeiro dia que te vi na televisão -- Andreia apoiou-se no encosto do sofá, enquanto segurava o rosto de Natasha entre as mãos. 

-- Eu estava horrível naquele vídeo. 

-- Você estava linda. Você é linda. 

Natasha puxou-a para si e beijou-a com extrema paixão. 

Dona Marta abriu a porta e todos entraram na maior algazarra. A jovem senhora abriu um sorriso amável assim que viu Natasha. 

-- Então você que é a famosa Falcão! 

Natasha confirmou com um pequeno gesto de cabeça e um sorriso amigável. 

-- Essa é a minha mãe, Natasha -- Sofia sentou-se no sofá ao lado da poltrona de Andreia. 

-- Seu Pedro já abateu o boi? -- Perguntou Andreia. 

-- O espetinho foi pro espaço! -- disse Isabel, desanimada -- A Alexandra mudou de ideia. Agora ela está pensando em uma forma de levar o boi para o Rio de Janeiro. 

-- Estou esperando o dia em que a poderosa vai ter pena das verduras e legumes, retirados da terra violentamente e picados de forma impiedosa. 

-- Nem dá a ideia, André -- Isabel jogou-se no sofá, irritada -- Droga! Estava louca pra comer um churrasco bem suculento. 

-- E tirar a vida daquele pobre inocente? -- Alexandra apareceu repentinamente na porta -- Os homens pensam que os animais não sentem. Claro que sentem -- ela meneou a cabeça de um lado para outro -- Vão comer porco-espinho, que serve pra fazer tira-gosto e ainda vem com os palitos de brinde -- disse irritada -- Vocês precisavam ver os olhinhos tristes que ele fez quando o bigodão apareceu.  

-- Me poupe Alexandra! -- Sofia cruzou as pernas, apoiou o cotovelo no braço da poltrona e se inclinou na direção dela -- Já estava contando com uma bela churrascada gaúcha para essa noite. 

-- Tudo bem! -- disse dona Marta -- Já que não tem churrasco, vou matar umas galinhas e preparar uma verdadeira galinhada gaúcha. 

-- NÃO!!! -- gritou Alexandra -- Matar galinhas? Jamais! As coitadinhas já têm uma vida tão sofrida, não merecem parar em uma panela de ferro e virar galinhada gaúcha. 

-- Deixa de ser exagerada, Alexandra -- dona Marta franziu a testa -- Desde quando galinha tem uma vida sofrida? 

-- Ah é! Experimente botar um ovo, então -- Alexandra se encostou na porta -- Nem vem. Só passando por cima do meu cadáver. 

 

 

A maré estava baixa. Leozinho descalçou os sapatos e caminhou pela praia, sentindo a areia macia nos pés.  

Absorto nos seus pensamentos, só percebeu a aproximação do jipe, quando o carro já estava quase em cima dele. 

-- Está louco é? -- afastou-se com um pulo para o lado. 

Sidney desligou o motor do carro, desceu do veículo e caminhou em direção ao rapaz. Mantinha a cabeça erguida, olhando fixo para ele. 

-- Não devia ter saído sem avisar. Fiquei preocupado. 

-- Não tem com o que se preocupar, Sidney. Eu estou bem -- Leozinho se sentou na areia, olhando o mar iluminado pela Lua, ouvindo o murmúrio das ondas que rolavam suavemente. 

-- Vamos esclarecer uma coisa -- disse ele -- Nunca dei motivos para que acreditasse num futuro entre nós. Se criou expectativas, infelizmente o erro foi seu. 

Os olhos azuis de Leozinho brilharam intensamente, 

-- Não precisa refrescar a minha memória -- Leozinho protestou, irritado -- Eu sei disso. Se eu pudesse não teria nunca me apaixonado por um tarado, libertino. 

Sidney respirou fundo. 

-- Tarado, libertino? -- sorriu ele, ironicamente -- Não me lembro de ter usado a força física. 

Corado, Leozinho admitiu que a escolha da palavra havia sido infeliz e inadequada. 

-- Então, sedutor -- corrigiu-se, reunindo forças para vencer a vergonha. 

-- Não fale assim. Nós havíamos combinado que seria apenas uma amizade-colorida. 

-- É que... Eu nunca imaginei que você encontraria outra pessoa. Não aqui na ilha.  

-- Você não devia ter se apaixonado por mim. 

-- Seu crápula! -- Leozinho se pôs de pé -- Como se a gente pudesse escolher entre amar ou não amar -- afirmou, indignado, dando meia volta para ir embora, antes que Sidney pudesse ver as lágrimas em seus olhos. 

-- Leozinho, espera! -- seguiu-o, agarrando-o pelos ombros -- Eu não devia ter dito aquilo. 

Leozinho fechou os olhos quando Sidney colocou a mão sobre seu ombro. 

-- Por que não? -- indagou ele -- É verdade. Eu é que fui um bobão. 

-- Mas eu não devia ter correspondido. A culpa foi minha. 

Conseguia sentir o calor dos dedos dele através da roupa e a sensação provocava-lhe lembranças que preferia manter enterradas para sempre.  

-- Tira as mãos de cima de mim! Não me toque nunca mais!  

Ele assentiu de imediato, recuando com as mãos erguidas, num gesto defensivo. 

-- Lamento muito -- disse -- Não quero perder a sua amizade. Você é muito importante para mim. 

Devido a construção do parque, não havia dúvida de que se veriam todos os dias, e a única coisa que lhe restava fazer era aprender a conviver com a sua presença.  

-- Bem, tenho de ir -- suspirou, procurando uma forma digna de sair dali, antes que sucumbisse à tristeza. 

-- Espera -- pediu Sidney -- Tem algo que preciso saber. 

-- Não há mais nada para dizer, Sidney.  

-- Só quero saber se poderei continuar o meu trabalho na administração do parque temático? 

Leozinho ficou em silêncio por alguns instantes, examinando o belo rosto do rapaz. Estava ciente de que não havia maneira de alterar aquela situação. Precisava agir com profissionalismo e maturidade. Encarar a situação com calma. O que aconteceu entre eles não poderia interferir em sua capacidade profissional e de julgamento. 

-- Amigos, amigos, negócios à parte. Lembre-se de que sou um profissional. 

-- Que bom -- Sidney hesitou, por um momento, como se pretendesse dizer mais alguma coisa, mas depois abanou a cabeça e voltou para o jipe, acenando com a mão, numa despedida silenciosa. 

Leozinho deixou-se ficar onde estava, vendo-o afastar-se, em direção ao hotel. Tinha que aprender a aceitar o fato de que agora, Sidney, tinha outra pessoa.  

"É difícil admitir que amar não necessariamente quer dizer estar junto, mas sim desejar profundamente a felicidade da outra pessoa mesmo que isso signifique abrir mão de nossa própria felicidade.  

É assim que sou e é assim que serei sempre". 

(Professor Galvão) 

 

Fim do capítulo


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Comentários para 76 - Capítulo 76 - É assim que sou:
Anny Grazielly
Anny Grazielly

Em: 10/10/2020

Aiaiaiai que momento lindo entre elas... tão feliz... que pena que Leo e Sid não estão juntos...

Responder

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jake
jake

Em: 06/12/2018

Vandinha que saudades amando e matando SDS da xanda ... Andreia tem que volta o mais rápido possível para a ilha a Dra tem q avisar a Naty quem foi o autor do disparo seria ótimo o quinteto passar uns dias na ilha ia ser muito gostoso....


Resposta do autor:

Olá meu anjo!

E lá vamos nós para a ilha.

Beijão!

Responder

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Mille
Mille

Em: 06/12/2018

Oi Vandinha 

Tava com saudades.

Essa Xanda é uma graça e a Isabel puxando a orelha dela foi muito engraçado kkkkk

A Vic está certa Sofia tem que desistir não por enquanto a Thalita está com a Carolina vai que ela se decepcione outra vez a doutora.

Bjus e até o próximo capítulo 


Resposta do autor:

Olá Mille.

Pelo que percebi, você torce pela Sofia, não é mesmo?

Será que ela conseguirá reconquistar a doutora?

Beijos

Responder

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Keilaspm
Keilaspm

Em: 06/12/2018

Como tava com sdd dela hiathist meu deus dois os 15 dias mais demorados da minha vida kkkk exagerada só um pouco ne parabéns cap tava maravilhoso ansiosa por mais beijos e não some assim não sua história faz falta pra gente amo essa quatetoq tudo na mesma história deixando as meninas doidas 


Resposta do autor:

Olá meu anjo.

Não costumo demorar tanto, mas fim de ano é sempre mais complicado. Também fico ansiosa em postar.

Beijão.

Responder

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NovaAqui
NovaAqui

Em: 06/12/2018

Alexandra já foi perturbar seu Pedro kkkkll doida

Acho que Andreia temvqie falar e ponto. A outra foi desumana

Agora é voltar para a ilha e comemorar, enquanto os outros loucos não aparecem

Abraços fraternos procês aí!


Resposta do autor:

Olá meu anjo.

Voltando para a ilha para a última parte da nossa história. Que venha os finalmentes.

Beijão!

Responder

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