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  • Capítulo 20 - Nada de Adeus!

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Tudo de Nós (Por que demoramos tanto?) por Leticia Petra e lenna11

Ver comentários: 6

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Palavras: 3857
Acessos: 4150   |  Postado em: 04/12/2018

Capítulo 20 - Nada de Adeus!

22 de julho de 2016.

Nicole

A casa dos meus pais estava uma verdadeira loucura.  Mulheres por toda a sala, falando ao mesmo tempo. Iriamos levar as nossas novas amigas para o aeroporto, mas eu tinha que confessar: estava preocupada com aquelas meninas todas no mesmo lugar. Não daria certo e eu já estava me preparando para isso.

Minha Isa brincava com meus irmãos, me deixando ainda mais abobalhada por ela. Seus movimentos delicados, os olhos sempre com um brilho tão único, tão dela. Isabela irradiava uma luz que nada era capaz de apagar.

- Vamos, meninas... – Flávia chamou nada animada. Ela, assim como todas, não queríamos que nossas novas amigas fossem. Até insistimos para que ficassem, mas as meninas precisavam voltar para as suas vidas. – Elas já estão esperando.

- Quando vamos em Curitiba? – Paloma perguntou dentro do carro. – Poxa, bem que elas poderiam morar aqui...

- Paloma, quem vai trocar um friozinho gostoso pelo clima maluco de Belém? – Samantha encrencou.

- E quem gosta de frio o tempo todo? – minha irmã rebateu.

A tagarela da Cássia estava extremamente calada, parecia até mesmo em outro mundo. Conheço a peça há tantos anos e era a primeira vez que a via tão distante, Paloma ainda não havia percebido.

Ou havia? Haviam brigado?

Quando estivéssemos a sós, iria perguntar a ela o que se passava.

- Chegamos! – entrei no aeroporto internacional de Belém.

Saímos do carro e logo avistamos as outras meninas. O voo sairia em duas horas, então ainda tínhamos algum tempo para nos despedir.

- É uma pena que já tenham quer ir... – minha Isa comentou. – Vocês têm uma energia tão maravilhosa.

- O convite pra ficar ainda tá de pé... – Emi sorriu. – Ainda dá tempo de ficar...

- Infelizmente não podemos, faculdade e trabalho nos esperam... – Alex bebericou a xicara de com café a sua frente. – A realidade nos espera... – a morena encarou a loira, que também a olhou de volta. Aquelas duas pareciam que iriam se agarrar a qualquer momento.

- Mas, essa viagem foi um achado, meninas. Estamos muito felizes de ter conhecido vocês. – Aly olhou para a namorada.  – Não imaginávamos que seria tão gratificante essa viagem.

- Muito mesmo. Eu achei que meu mundo já tinha gente louca o suficiente, mas eu estava, felizmente, muito errada. Queremos levar essa amizade pro resto da vida... – Nanda olhou para cada uma de nós. – Vocês são uns anjos que Deus nos deu como amigas...

- Anjos? – Camila debochou. – Só há um anjo, eu.

Tivemos que rir disso.

- Vocês são muito loucas e é maravilhoso saber que existem pessoas como vocês, como a família de vocês. – Marilia parecia emocionada. Eu também estava. – Foi a melhor trombada que poderia ter acontecido. Gente, vocês têm uns coração incríveis...

- Já podemos fazer um seriado lesbico atualizado... –gargalhamos e Juliane se sentiu um gênio por ter dito aquilo. – É verdade. Olha só o tanto de mulher. Têm capítulos para umas vinte temporadas.

- Imagina, que louco uma serie. Não, melhor ainda... – Samantha começou a viajar junto com a minha tia. – Imagina um reality com todas nós. Gente, seria o melhor programa de todos...

Gargalhamos.

- Não é uma má ideia. – Juliane coçou o queixo.

- Samantha, por favor, não dá ideia. – Mica colocou a mão no rosto. – Pelo amor de Deus!

- Viu? Vamos sentir saudades desse alto astral de vocês. Queremos que vocês nos visitem...  – Fernanda anotava algo. – Não sabemos quando iremos voltar, mas queremos muito que conheçam as pessoas maravilhosas que temos em Curitiba.

Ela entregou um pedaço de papel para Flávia.

- Esse é todos os contatos possíveis... Não queremos perder contato.

- Acha que vamos deixar? Nem que você queira... -  Sam piscou para elas. – vocês fazem parte dessa família agora.

- Eu nem sei o que dizer...

Alice lagrimou e quando percebi, estávamos do mesmo jeito.

- Voo 345, com destino a Curitiba, embarque no portão 6...

- Tudo o que é bom dura pouco... – falei, nos levantando.

- Caramba, já estamos com saudade...

- A gente volta em breve, mas queremos que vocês nos presenteiem com uma visita... – Aly começou a abraçar cada uma.

- A gente vai... Disso pode ter certeza! – Flávia respondeu sorridente.

O momento seguinte foi de lágrimas, longos abraços. Ver as meninas entrando no portão de embarque me deu uma nostalgia tremenda. Mila acenava para Nando, que queria sair correndo até a pequena e só não o fez, porque Marcela o segurava nos braços.

Mas eu sabia que era apenas questão de tempo e estaríamos todas reunidas novamente. Aquelas meninas tinham algo tão bom que emanava delas, que era impossível não se sentir bem com elas.

- Que droga! Odeio despedidas... – Emily suspirou.

- PEGUEM ESSE LADRÃO!!!

- LADRÃO!!!

Muitas pessoas começaram a gritar, me deixando confusa. Dois homens corriam atrás de um menino que corria em nossa direção. Ele olhava pra trás, com uma bolsa preta nas mãos. E quando percebi, ele se chocou contra mim, levando nós dois ao chão.

- Não, me larguem! Por favor! – ele segurava com força o meu braço direito, enquanto um segurança o pegava pela argola da camisa vermelha surrada. – Por favor!

- Seu moleque! – uma senhora de cabelos cor de cobre gritou. – Me dê isso aqui...

Ela tomou a bolsa das mãos do menino, que chorava de cabeça baixa.

O lugar todo parou para olhar e somente quando Isa se agachou ao meu lado, que eu percebi que ainda estava no chão.

- Amor, você tá bem? – balancei a cabeça que sim, ficando de pé.

- Eu não... Não queria fazer... Isso... – o menino soluçava, sem encarar as pessoas ao redor.

- Você vai pagar por isso, moleque. Vai aprender a não roubar nunca mais... Vem! – o segurança saiu o puxando, mas ele ainda me segurava.

- Senhora, por favor, não deixa ir com eles! Eu não queria fazer isso. Eu juro! – ele me olhou dentro dos olhos, me deixando com um incomodo tremendo no peito. Seus olhos castanhos, tão claros que beiravam o verde, molhados, me suplicavam também.

- Vamos garoto!

Ele me soltou e eu fiquei totalmente sem reação, o vendo se afastar.  Meu coração parecia que havia sido atingido por uma descarga elétrica e movida por ela, corri até me aproximar dos seguranças.

- Esperem! Pra onde levaram ele?  -  os dois me olharam como se eu fosse algum ET. Aquilo me aborreceu e imediatamente mudei a minha expressão e funcionou.

- Vamos levar primeiro pro conselho e registrar a queixa. De lá é problema dele. – o mais gordo falou com pouco caso.

- Como é teu nome? – o menino pareceu pensar muitas vezes antes de finalmente me responder.

- É Manoel, mas me chamam de Mano... – ele me respondeu com orgulho, me fazendo sorrir. – A senhora parece uma modelo. Iguais aquelas das revistas que minha mãe via...

- Vamos, não tenho o dia todo. Quero que isso não se repita mais! – a mulher que havia sido furtada falou com arrogância.

- Vamos, seu ladrãozinho!

- Esperem...

Os brutamontes não me deram ouvidos e o levaram, me deixando com um incomodo no peito.

 

Flávia

- Você tá muito estranha. – Cássia brincava com os pés. Estávamos esperando a Nick, que havia saído correndo. Até agora eu estava tentando entender o que aconteceu. – Vai me responder? Cássia?

- Eu? – ela me olhou como se nem ao menos me conhecesse.

- Vamos meninas. – ouvimos Isa chamar. Nick estava ao seu lado, parecia distante também.

O que estava acontecendo?

- Nicole, por que você saiu correndo igual uma doida? – Emi perguntou.

- Vocês são cegas? Não viram a Nick ser atropelada pelo garotinho? – Paloma revirou os olhos. Parecia de mal humor e novamente me peguei perguntando o que estava acontecendo.

- SOCORRO! SEGURANÇA! SOCORRO!

- O que foi dessa vez? – Becca colocou a mão no rosto. Olhamos para trás e geral colocou a mão na cabeça.

Gente!

- Calma senhora. Eu só estava tentando tirar a abelha que pregou na sua bolsa. AAAIII! Calma, pelo amor de Deus. SEGURANÇAS, ME AJUDEM, PELO AMOR DE DEUS!

Samantha!

É claro que tinha que ser uma de nós envolvida naquilo. Samantha tentava a todo custo acalmar a velhinha, que lhe dava vários golpes com a bolsa preta. Havia pessoas gravando, enquanto muitas outras riam.

30 MINUTOS DEPOIS...

- O que vocês tanto olham? – a gringa perguntou com raiva. O rosto avermelhado por causa das bolsadas. O cabelo desgrenhado e a roupa amassada.

Olhei para o lado e Camila, Nicole, Micaela, Amanda, Paloma, Marcela e Becca olhavam para a loira como se fossem pular em seu pescoço. Juro que o olho esquerdo de Nick tremia, parecendo a beira de um ataque.

Tia Juliane, Emi, Cássia, Melissa, Jaque, Isabela e eu nos esforçávamos para não rir. Sim, até mesmo a olhos bonitos estava querendo gargalhar da cara de Sam.

Onde estávamos? Dentro da sala da segurança. Depois que Samantha percebeu que riamos, acabou nos colocando no meio da confusão e no fim, viemos todas parar ali. Até mesmo a velhinha que acusou Sam.

Ela tomou conta da cadeira do dono do escritório. Estava se achando a dona do lugar.

- Agora que estamos todos aqui. Me digam o que aconteceu, para acabarmos logo com isso. – o senhor alto, careca e vestido com uma blusa azul e manchada de alguma coisa gosmenta, falou visivelmente irritado. Ele estava com a aparência de cansaço. – Comece a senhora...

- Por que ela? – Sam levantou.

- Senhorita, por favor. – a gringa sentou, revirando os olhos.

- Ok...

- Conte, dona Olivia...

- Eu estava saindo do aeroporto, quando essa destrambelhada com cara de quem não toma sol faz anos, me atacou. Tentou tomar a minha bolsa... É claro, eu não deixei. – ela disse toda orgulhosa. Sam a olhava de boca aberta.

- Velha mentirosa do cara...

-SAM!

Gritamos antes que a doida terminasse a palavra.

- Não aconteceu assim... – ela fez um bico enorme, cruzando os braços. Percebi que minha tia nada normal gravava tudo.

Meu Deus, eu não sabia se ria ou ficava com medo de que aquilo ficasse ainda mais longo. Olhei o relógio e já se passava das uma da tarde. Meu estomago roncava.

- Deveria ter deixado aquela abelha picar essa vela derretida... – a loira mostrou a língua para a senhorinha que fez o mesmo gesto. – Vão ou não me deixar dizer o que realmente aconteceu?

Bateram na porta.

O chefe da segurança foi até a porta e quando abriu, entrou por ela as duas pessoas que a gente menos esperava naquele momento. Fechei meus olhos, não acreditando na falta de sorte.

Abri no momento seguinte só para olhar para Amanda. Tia Juliane havia arregalado os olhos, assim como Cássia.

- Vovozinha!!!

- As enfermeiras?

“PAI DO CÉU”.

- Meninas!

As duas gritaram ao mesmo tempo.

Elas começaram a abraçar cada uma de nós, mas quando foi a minha vez, senti o ato ser separado por uma loira nada contente. Sorri sem graça, me colocando ao lado da minha zangada namorada.

- O que fazem aqui? – elas perguntaram, todas com um sorriso de orelha a orelha.

- Você conhece essas terroristas? – a velha nos olhou com pouco caso.

- Claro que sim, vó. Essa aqui é a Flávianha, a Paloma, a Nicole, a Cássia e a Ju... – tia Juliane não sabia aonde se enfiar, pois Micaela a olhava como se quisesse lhe queimar viva. – Todas são parentes dos donos do hospital...

A velha mudou de expressão.

- É o que? Minha neta, tenho remédio pra tomar as três. Vamos pra casa, sim? Senhor, obrigada pela atenção...

E ela simplesmente saiu da sala, como se nada houvesse acontecido.

- Mas, vó... – as enfermeiras olharam para nós. – Tchau meninas!

- Tchau... – Cássia fez um gesto com a mão, mas levou um tapa no braço da Paloma.

- É sério isso? Depois de tudo que passei? Aaaah, não... Isso não pode ficar assim...

Samantha saiu da sala, totalmente zangada. Nos olhamos e depois para o chefe da segurança, que parecia abobalhado por causa das duas.

- Então, acho que já podemos ir. – Becca tomou a frente. – Nos perdoem o incomodo. Boa tarde...

E saímos sem esperar por mais nada.

- Eu mato a Samantha!!! – Camila saiu pisando duro, indo atrás da gringa.

- Deus tenha pena da gringa! – tia Juliane fez o sinal da cruz.

- Vamos pra casa. Minha esposa já passou por emoções demais por um dia... – Emi segurou a esposa pelos ombros.

- Vamos... Minha barriga tá implorando por comida. – reclamei.

- Espero que não aconteça mais nada! – Jaque colocou as mãos para o céu, nos fazendo rir.

Dentro do carro, mesmo depois de tudo que aconteceu, não podia parar de pensar que a minha amiga estava com algum problema. Cássia é a vida e alegria em pessoa, mas o seu olhar andava distante naquele dia.

Assim que chegássemos, iria dá um jeito de conversar com ela a sós e tirar aquilo a limpo. Vê-la triste acabava comigo e imaginar que ela possa esta passando por algum problema me enchia de angustia.

Ela é a minha irmã.

 

Fernanda

Curitiba.

Flávia me fez prometer que avisaria quando chegássemos e o foi o que fiz, assim que pousamos, mandei uma mensagem no grupo em que fomos colocadas por Cássia. Elas contaram da confusão no aeroporto depois que embarcamos. Alex e Marilia não paravam de rir dentro do táxi, pois até mesmo vídeo tinha.

Aly e eu até tentamos segurar, mas foi impossível. Samantha ficou uma fera, pois Juliane havia postado o conteúdo em sua rede social e YouTube. A loira xingava Juliane de todos os palavrões existentes, nos fazendo chorar de rir.

Depois de alguns minutos, chegamos.

- Lar doce lar... – olhei para o meu apartamento. Totalmente arrumado e isso me cheirava a uma certa senhora. Ela com certeza esteve limpando o lugar. Até mesmo flores nos jarros tinha.

Danada!

Camila dormia em meus braços, a pequena simplesmente desmaiou.

- Coloca ela no quarto... – Aly, que terminava de colocar nossas malas dentro do apartamento, falou. Me deu um beijo no rosto e sorriu. – Ela capotou...

Aquele sorriso.

- Estamos aqui... Só pra lembrar! – Alex se jogou no sofá, agarrada a Marilia.

- Vou colocar a Camila na cama... – segui para o cômodo. O cheiro de lavando estava por toda parte.

Angel era mesmo uma coisa divina.

- Vou fazer algo pra comer... – ouvi Alex dizer.

Coloquei Mila na cama, tirei seus sapatos e olhei para a face rosada. Ela parecia totalmente relaxada e isso me trazia uma paz imensa. Mas, não era para menos, afinal, conhecemos tantas pessoas e nos divertimos muito. Ela brincou, correu e pegou sol. Fez tudo o que podia.

Será que ela tinha mesmo que crescer?

Respirei fundo.

- Você é uma mãe muito babona...

- O que? Não, nada disso... – limpei a garganta.

 Aly gargalhou baixinho.

- Amor, olha essa cara? – ela segurou meu rosto com as duas mãos. – Tá toda boba. Literalmente na cara.

- Ok, senhorita. Você é muito espertinha, não é? – a abracei pela cintura. – Você é linda demais, Alice... – me perdi no azul mais lindo que existia. Não importava quantas vezes a olhava, a sensação era a mesma.

Eu me sentia embriagada só em olhar para ela. Queria emprestar meus olhos a vocês!

Ela sorriu e o meu coração respondeu.

- Você consegue me deixar sem jeito... – respirei fundo.

- Jamais vou cansar de dizer... – toquei seus lábios com os meus. Os deixei assim por uns segundos. – Eu te amo e sou louca por você!

- Eu te amo, minha metida. Sou doida por você! – não havia nada melhor para se ouvir.

- Alguém ai sabe cozinhar de verdade? – Aly e eu olhamos para a porta. – Não sei, mas acho que a Alex deixou o frango queimar.

De repente um o cheiro de queimado invadiu o cômodo.

- Minha cozinha!

 

Camila

20:04hrs.

- Não a vi, mas se eu tiver alguma notícia, ligarei. Não, tudo bem Paloma. Boa noite! – desliguei o celular, não gostando nada daquilo.

- O que foi? – Sam me perguntou, mexendo em uma gororoba que a mesma havia feito. Melissa estava no banho, pois havia passado a tarde arrumando o próprio quarto. Segundo ela, estava precisando daquilo. Alguma espécie de calmante.  Eu não entendia para quê, se nos mudaríamos amanhã para o condomínio da tia Carol.

Ela estava um pouco estranha.

- Paloma queria saber se a Cássia estava aqui. – sentei na cama, tentando entender o que estava acontecendo. – Ela sumiu faz horas.

- A Cássia? Ela vive grudada na Paloma. Será que aconteceu alguma coisa? Devemos nos preocupar?

- Você não notou o quanto ela estava estranha hoje? Aquela confusão no aeroporto... – Sam revirou os olhos. – Seria uma diversão pra ela, mas não a vi se animar.

- Eu nem havia percebido. – a loira fez uma careta. – Que péssima amiga eu sou. – ela realmente ficou desanimada.

- Cami? – Melissa entrou no quarto. O cheiro de sabonete de camomila invadiu o cômodo, me deixando extasiada.

Sorri.

- Oi Mel... Senta aqui. – bati na cama.

- Amor, a Cássia me mandou uma mensagem. Ela tá vindo pra cá. – Mel fez o que pedi. – Mas, pediu pra não contarmos nada. Ela queria ficar um tempo sem muita gente por perto.

Como assim?

- Mas, logo ela? O que tá acontecendo? – minha cabeça começou a trabalhar. – Paloma ligou agora há pouco, muito preocupada. O que faço, amor?

- O que tá havendo? Isso tá tão estranho. – Sam colocou sua comida de lado. – Espero que não seja nada de grave.

A campainha tocou. 

A casa estava uma bagunça por conta da mudança de amanhã, então acabei esbarrando em algumas coisas no caminho até a porta. Ai abrir, me deparei com uma pessoa extremamente triste e bagunçada. Os cabelos estavam desgrenhados, ela estava com um capacete nas mãos, mas parecia que não havia usado.

- Cássia... O que te aconteceu? Entra! – ela suspirou baixinho e fez o que pedi. – Vamos pro quarto.

- Desculpa aparecer assim, mas eu queria sumir um pouco, sei lá. – passei a mão por seus fios bagunçados, a fazendo me olhar. Seus olhos estavam avermelhados, denunciando que havia chorado.

- Vamos cuidar de você. Vem! – a conduzi até o quarto, onde Sam e Melissa estavam. Ainda bem que meu pai e nem a mãe de Mel estavam em casa.

Acomodamos Cássia na cama, que tirou a jaqueta preta e deixou o capacete de lado. Ela olhava para as próprias mãos. Em uma concordância mutua, a deixamos contar o que se passava por seu próprio tempo. Jamais havia visto ela daquela forma e se estava assim, era porque o motivo não devia ser dos melhores.

Peguei meu celular e avisei Paloma, que disse que iria até lá, mas eu a convenci a não fazer aquilo agora. Ela obviamente ficou muito decepcionada, mas aceitou esperar até que pudesse ver a namorada.

Nick e Flávia também queriam ir até lá, mas disse o mesmo a elas.

- Eu não sei o que fazer... – Cássia disse de repente.

- O que aconteceu? – perguntei segurando sua mão.

- Faz uns dias que venho notando que Paloma se afastou, sabe? Ela não me deixa mais nem tocar no celular dela. – franzi meu cenho. – E há dois dias, fui pegar uns documentos da moto no closet da minha mãe e encontrei isso aqui...

Ela retirou do bolso da sua calça jeans um envelope. O peguei, abrindo sem entender muita coisa. Li algumas linhas e depois o nome da pessoa, era o da mãe da Cássia e a data já tinha um mês.

Eu não acredito!

- Como ela pode esconder isso, como? – olhei para as meninas, que me encararam com uma interrogação enorme sobre suas cabeças.  – Ela não podia... Eu já tentei falar com ela, mas ainda não consegui nem tocar no assunto.

- Eu tô boiando... – Sam franziu o cenho.

- Mãe dela tá com câncer de mama, Sam. – a loira, assim como minha Melissa, abriram a boca.

O silencio foi mortal e pareceu durar mais do que realmente durou.

- Minha mãe vai morrer? Eu não posso ficar sem a minha mãe. Eu não posso... – ela começou a chorar, fazendo meu coração de contrair.

Melissa a abraçou imediatamente, depois erámos as quatro. Eu não sabia nem ao menos o que dizer a ela. O que falar em um momento daquele? Desespero tomou conta dela, que até mesmo soluçava.

- Paloma precisava tá com você agora, Cássia... – Sam levantou, pegando o meu celular. Cássia não se opôs, apenas continuou a chorar.

Aquele momento durou por mais meia hora, que foi o tempo em que Paloma entrou desesperada pela porta. Ela não esperou convite e simplesmente se jogou nos braços da namorada, que chorava sem parar.

- Vamos deixar elas sozinhas... – Mel me pegou pela mão e Sam nos acompanhou.

Fomos para a sala e Flávia e Nick estavam lá.

- O que aconteceu? – Flávia parecia a ponto de chorar.

- Gente, por favor, olha a nossa condição. – Nick fechou a cara.

- Meninas, acho melhor a Cássia mesmo contar. É um assunto da família dela. – ponderei.

- Ela mesma vai contar, deixa ela com a Paloma. Elas estão precisando conversar. – Mel concluiu.

- Vou avisar a tia que a Cássia tá aqui... – Flávia levantou com o celular na mão. – Ela estava bastante preocupada.

- Devemos avisar a mais alguém? – Mel perguntou.

- Acho que não. Vamos ver o que ela vai dizer. Notei que ela estava estranha, só não imaginei tanto assim. Fiquei preocupada com essa menina... – Nick sempre tão séria, mostrava seu lado sensível. Só a via ficar assim por causa da Isabela.

- Ela precisa muito da gente... – Sam deitou no sofá, colocando sua cabeça sobre minhas coxas. O seu rosto estava marcado de um hematoma devido as bolsadas da senhora. Nem iria dizer a ela que Lívia havia mandado um link do vídeo que havia acabado no YouTube.

 

Paloma

Ela não dizia nada e o meu desespero só aumentava. Fazia mais de vinte minutos que a mulher da minha vida chorava em meus braços e eu não estava conseguindo fazer absolutamente nada.

Nunca me senti tão inútil como naquele momento.

- Você ainda me ama?

A pergunta me pegou de jeito, fazendo meu coração acelerar mais que o normal.

Que história era aquela?

- Responde Paloma. Você ainda me ama?

Fim do capítulo

Notas finais:

5...

 

boa noite meninas!


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Comentários para 20 - Capítulo 20 - Nada de Adeus!:
Andreia
Andreia

Em: 12/02/2021

Boa noite Lê vc e mais suas duas amigas estão parabéns por esta história ter ficado linda, com emoções, superações, companheirismo, amizade, família, lealdade, honestidade, humildade e assina de tudo muito amor entre este pessoal e uma lição de vida para nossas vidas e forma para pensar em nossas ações é uma história fantástica estás duas partes são perfeitas

Não desista de escrever suas histórias são lindas já li todas elas que estão terminadas que VC escreveu.

Bjs.

Responder

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Bia08
Bia08

Em: 05/12/2018

Essas meninas chamam confusão hahahahah.

Coração ficou pequeno agora pela Cássia, que tudo se resolva da  melhor  maneira possível. bjss

Responder

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NeyK
NeyK

Em: 05/12/2018

No Review

Responder

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Lutz_07
Lutz_07

Em: 05/12/2018

Oieee, boa noiteee!

Nossa, que surpresa mega legal entrar aqui e ver que vocês voltaram com a história!!!

Autorinha do meu core, fico feliz que as coisas estejam começando a fluir na sua vida ( como vc falou em um dos capitulos anteriores). 

Sobre a historia... ÉEEEEGUAAAAA, MANA! TÉDOIDÉ! ELA TA DEMAIS!(aquele sotaque paraense bem carregado) haha. Sério,  a historia é fodastica. Estou ansiosa para o proximo capitulo. Desde ja, to rezando pela cassia hehe que as meninas e a juliane possam pagar muitos micos pra cassia se distrair neste momento que ela ta passando...

 

Um grande abraço! 

Responder

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Cleide
Cleide

Em: 04/12/2018

Cap começou, com essas coisas fazendo baderna e terminou tão  triste .

Espero q de tudo certo.

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patty-321
patty-321

Em: 04/12/2018

Eita. Complicou.

Responder

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JeeOli
JeeOli

Em: 04/12/2018

Pelo amo de Deus não demora pra postar se a Paloma falar que não ama mais a Cassia eu vou chorar amo as duas, que barra que a Cassia tá passando, essas meninas só se metem em confusão senhor amado 

Responder

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