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A garota favorita por leoniramirez

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Palavras: 3987
Acessos: 1689   |  Postado em: 24/11/2018

Capítulo 7

 

A sociedade

Pov Enya

O dia nascia. Ingrid estava radiante, ela havia escolhido o restaurante de Ronaldo, o amigo de Edmundo e atuava como chefe da cozinha. Ingrid agora era a minha namorada e isso me dava uma sensação deliciosa de pertencimento. Eu levantei e segui para o desjejum onde encontrei Enzo cabisbaixo. A demora de Edson o preocupava, percebendo isso eu sentei-me ao seu lado. Comemos silenciosos.

   — Não sofra com isso meu amado, logo ele estará de volta, - eu disse tomando a mão de Enzo e seguindo com ele após o café da manhã, para a sala de visitas.

   — Temo que ele tenha desistido, prima, depois de ter contato com George novamente...

   — Não sofra com isso, Edson não é assim, se decidiu pelo amor que sente por você, é porque estava ciente disso. Ele já explicou que teve algumas complicações e que não tardará a retornar ao Brasil. Enzo, mas agora eu queria que me contasse o que houve com você e a minha tia, porque resolveu sair de casa?

   — Eu contei para ela que eu era gay... minha mãe insistia no meu namoro com Gislaine, a filha de uma amiga dela, muito rica. Eu sempre me esquivei, mas um dia não consegui mais e falei para ela que eu não gostava de mulheres.

   — Meu Deus, ela deve ter surtado...

   — Você não tem noção do tanto, ela gritou, chorou... falou horrores para mim e depois de um mês insistindo que eu devia ter me equivocado, que ela não poderia ter um filho assim... Então pediu que eu saísse de sua casa. Eu fiz minhas malas e fui para a casa de uma amiga, depois de ter pensado bem, resolvi vim para cá. Vou tentar montar alguma coisa para mim, talvez um restaurante...

   — Um restaurante, primo? Sério?! Minha nossa senhora isso é maravilhoso! Eu posso entrar de sócia com você, o que me diz?

   — Você?!

   — Sim, não exatamente eu, mas Ingrid, ela é maravilhosa na cozinha e também sabe administrar muito bem finanças. Outro dia ela me disse que pensa em abrir algo, um restaurante, quem sabe, nós três juntos possamos abrir algo bem legal... o que você me diz?

   — Eu acho fantástico!!!

Quando Enzo terminou de falar a campainha soou. Maria abriu a porta e cumprimentou Edson que sorrindo adentrou a sala onde conversávamos. Enzo abriu um sorriso enorme e envolveu seu corpo no de Edson num abraço carregado de saudades, fazendo-me sentir emoção forte. Depois Edson me abraçou e me cobriu o rosto de beijos, falando que tinha sentido saudades.

   — Bichaaa... que alegria você está de volta. Sente-se aqui conosco.

Edson sentou-se ao lado de Enzo. Maria trouxe café e alguns biscoitos e ele comeu, enquanto ia narrando sobre a viagem.

   — Foi difícil acertar as coisas com George, - ele parou um pouco e sorveu mais um gole de café, como se estivesse revivendo a cena e continuou.

   — Falei para ele que estava apaixonado por Enzo, expliquei que não havia planejado nada disso... ele ficou exasperado. — Chorou muito, gritou, tentou me agredir... aii foi uma coisa muito constrangedora. Eu evitei a briga, as agressões, mas ela ainda assim me agrediu e tive que dar queixa dele na delegacia. Depois me pediu perdão, disse que amava e que morreria caso eu não voltasse atrás na decisão. E por fim, tomou uma dose forte de remédios e foi parar no hospital. Foram dias difíceis. A mãe dele veio da Flórida e então ficou com ele e eu pude finalmente vir embora, apesar de toda a compaixão que estava sentindo por ele.

   — Minha nossa senhora das bichas!!... Que loucura meu amigo, mas foi melhor agora, não é verdade?

   — Sim. Claro que sim... agora estou em paz com a minha consciência. E o que importa é que ele um dia vai superar isso e terá a liberdade de encontrar alguém que o ame. Eu estou em paz. Bem... vou tomar um banho, descansar um pouco da viagem e na hora do almoço, estarei inteiro. Você vem comigo Enzo?

Enzo pediu licença e seguiu a escada de mãos dadas com Edson. Eu fiquei olhando para os dois e estava verdadeiramente feliz. Fiquei pensando em como um dia eu havia desejado que Analu separasse de Marília, como eu um dia tinha sonhado subir aquela escada de mãos dadas com ela, mas isso agora parecia tão distante. Eu tinha amado aquela mulher com veneração, mas agora, depois de Ingrid Maralha, tudo isso parecia tão longe. A verdade é que eu não amava mais, tinha sido apaixonada por ela, isso era fato, mas o tempo, a indecisão de Analu, o seu apego por Marília fizeram-me entender que ela não me amava o bastante. E depois da chegada de Ingrid na minha vida, ela foi ficando cada dia mais distante do meu amor e me apaixonei pela garota de programa que eu tinha contratado e então Analu perdeu definitivamente o caminho do meu coração. Pensando nisso meu celular tocou. Era Analu, eu não atendi. Ela enviou áudio. Sua voz era lamuriosa. Eu ouvi. Nunca imaginei que ela fosse ser tão persistente. Não respondi. Peguei a chave do carro e a minha bolsa e saí. A loja estava movimentada, estávamos quase em dezembro e os piscas-piscas já embelezavam algumas lojas, inclusive e Maison perfumaria, que era a minha loja. Esmeralda havia contratado o melhor decorador e a loja estava realmente fabulosa! Verifiquei algumas coisas, parabenizei Esmeralda e todas as funcionárias. Passei o restante da manhã por lá e segui depois para casa. O almoço já exalava um aroma delicioso. Enzo e Edson desciam a escada e nos encontramos na sala de refeições quando Maria servia. Comemos depois de brindarmos a volta de Edson com um vinho delicioso.

   — Eu estava com saudades de você Bicha...

   — Fico feliz em saber, mas agora vou procurar um lugar para mim, Eny... e não quero que fique brava com isso...

Eu sentiria falta de Edson ali, mas entendia que ele desejava o seu espaço mais privado.

   — Eu entendo...

Comemos. O assado que Maria tinha feito de costelinha de porco na cachaça e com ervas finas estava divinamente saboroso. Depois do almoço voltei para a loja. Estava imersa em muito trabalho quando Esmeralda tocou levemente na porta.

   — Entre...

Antes que Esmeralda pudesse falar qualquer coisa, eu vi Analu que parecendo um furacão adentrou a minha sala. Dispensei Esmeralda que constrangida pediu desculpa.

   — O que deu em você?! – eu indaguei furiosa quando a porta foi fechada.

   — Perdoe-me meu amor, por favor. Estou desesperada sem você... estou morrendo aos poucos sem o seu amor, sem o seu cheiro... – ela dizia isso aproximando-se de mim que estava em pé diante dela. Tomou meu rosto em suas mãos com força, quase me machucando.

   — Está louca? Solte-me, - e me desvencilhei de suas mãos. — Pare com isso, eu já lhe falei, acabou. E agora, por favor, vá embora, chega. Eu não a amo mais, entenda isso Analu...

   — É mentira sua. Eu sei que é mentira, eu sei que ainda me ama, está ficando com essa caminhoneira para me punir... meu amor, já chega, eu faço tudo o que quiser, eu juro...

   — Vá embora daqui Analu, eu vou repetir pela última vez, eu não a amo mais. Por favor, entenda isso, vá embora. Pare de me ligar, pare com tudo, eu estou apaixonada por Ingrid, é verdade, por mais que não aceitar. Ouça, eu lhe amei muito, muito mesmo, sonhei com você ao meu lado, mas passou...

   — Nunca. Eu não acredito nisso. Você é vingativa, está com ela pra me espezinhar, filha da puta maldita... Eu amo você princesa, pare com isso...

E ao dizer isso vinha novamente para mais perto de mim. Meu corpo estremecia, sim, mas não de prazer, não mais. Eu sentia estremecimento de indignação, com a sua arrogância. Não tinha mais desejo por ela, nem amor, nem ódio, nem mais nada.

   — Solte-me, vá embora daqui, ou vou chamar um segurança para lhe tirar, - eu disse isso quando ela intentou segurar meu rosto novamente.

Eu vi naquele olhar de mar uma ira que eu nunca tinha visto. Os lábios de Analu tremiam, quando ela mordeu o inferior e aquele gesto era sinal de que ela estava profundamente irritada. Eu abri a porta, passando por ela fingindo não ver o seu estado de consternação. Ela saiu. Seus pés pareciam agredir o chão demonstrando a sua ira, mas eu não me importei. Não tinha mais volta, o amor não existia mais e eu desejava ardentemente seguir novo caminho de mãos dadas com Ingrid. E nada que Analu fizesse ia me demover desse desejo. Eu voltei para o meu trabalho depois de tomar um copo com água. Esmeralda adentrou minha sala depois de me pedir licença.

   — Eu tentei impedir, Enya, mas ela não me ouviu...

   — Sente-se querida, peça um café para nós.

Logo em seguida Louise trazia dois cappuccinos e tomamos devagar. Depositei a xícara no pires e voltei meu olhar sereno para Esmeralda.

   — Não se preocupe com isso Esmeralda, eu conheço a fúria de Analu. Mas, ela não virá mais aqui, eu creio. Agora vamos pensar em como nós organizaremos o período do natal, você acha que precisaremos contratar funcionários extras?

   — Eu acho que será uma boa ideia, ano passado foi muito bom o movimento e acredito que esse ano será melhor ainda.

   — Sim. E também foi melhor para a organização da semana de recesso, que eu acho muito importante para os funcionários, não é verdade?

   — Eu não posso discordar, Enya, isso realmente é maravilhoso! E a Maison é a única no shopping que faz isso. Dar uma semana de recesso no final do ano é muito bom mesmo, os funcionários ficam muito felizes com isso. Podemos anunciar quantas vagas excedentes?

   — Eu acho que umas seis, o que você acha?

   — Eu acredito que está bom. O ano passado teve quatro, o movimento esse ano vai dobrar, eu acredito que seis é o bastante.

Esmeralda era uma exímia gerente, de uma competência admirável e minha grande amiga de anos. Ficamos mais um tempo conversando quando meu celular tocou, pedi licença e atendi.

   — Oi meu amor... – era Ingrid. — Sim, já estou saindo da loja, clarooo... estou morrendo de saudades de você. – desliguei. — Perdoe-me Esmeralda, obrigada, eu acho que por hoje é só. Eu vou para casa. Qualquer coisa você sabe que pode me ligar.

Ela sorriu. Eu abri a porta e saí. Eu estava louca por um banho, um bom perfume e um sex* delicioso com a mulher amada e que era a minha namorada. Senti meu coração exultar de alegria, eu nunca tinha tido uma namorada e isso era maravilhoso! Ao chegar em casa tomei um banho demorado. Escolhi um vestido florido e longo, calcei uma sandália, perfumei meu corpo. O cheiro do jantar ia adentrando a minha narina quando adentrei a cozinha.

   — Maria, faz uma salada de bacalhau com azeitonas, Ingrid adora e eu também claro. Enzo e Edson não vão jantar em casa. Eu agradeço. – a campainha tocou e eu segui para abrir a porta, poupando Maria disso, que sorriu com a minha euforia.

Ingrid apareceu na porta. Meu rosto iluminou-se com um sorriso e seus lábios cobriram os meus num beijo carregado de carinho. Adentramos a sala. Eu busquei uma garrafa de vinho e brindamos depois que ela serviu as taças.

   — Ao nosso amor... eu te amo Enya... – seus olhos brilhavam e meu coração cantava alguma canção de amor que ele acabava de compor.

Sorvi um gole do vinho sobre o olhar amoroso dela, que depois depositou a sua taça na mesinha de vidro que tinha ao lado de onde estava sentada e me beijou novamente. O jantar estava pronto, Maria serviu. Comemos em silêncio. Ao terminar tomamos mais uma taça de vinho e seguimos para o quarto. O desejo acirrava nossos corpos quando nos entregamos ao amor num desespero incontrolável. Adormecemos. Era madrugada. Ingrid passou suas mãos sobre o meu corpo nu e eu acordei.

   — Quer mais?... – eu a indaguei tomando a sua mão e colocando em minha intimidade que estava úmida. Ingrid sorriu. Tomou minha boca na sua e com loucura me beijou. Seus lábios percorreram meus seios, ora mordendo devagar, ora os engolindo com sofreguidão. Sua cabeça encontrou espaço entre as minhas pernas e sua língua vasculhou dentro de mim a umidade que ia aumentando conforme ela vinha me tocando. E me engoliu inteira sentindo o gozo que ia anunciando a sua chegada. Depois disso virou meu corpo para o dela e pude sentir o quanto ela estava molhada. Eu a deitei e minha boca tomou sua intimidade por inteira, fazendo Ingrid amolecer o corpo e iniciar um orgasmo maravilhoso. Então entreguei meu corpo ao dela e nos unimos numa dança suave inicialmente, e não demoramos muito, nós atingimos o êxtase do prazer.

   — Gostosa... demais... – eu disse beijando sua boca.

Ela levantou-se da cama. Abriu a janela e me chamou. Colocou-me a sua frente debruçada sobre o parapeito. O sol estava mais uma vez em final de gestação e já anunciava o parto de mais um novo dia. Meus olhos estavam deslumbrados diante o espetáculo que se formava. As mãos de Ingrid acariciavam lentamente meus seios, mordendo devagar as minhas costas, me fazendo arrepiar. Sua vagin* roçava suavemente na minha bunda e isso ia me dando um prazer indecifrável, enquanto eu ia rebol*ndo lentamente. Sua língua corria pelas minhas costas e suas mãos apertavam deliciosamente meus seios, enquanto isso eu ia rebol*ndo sobre sua vagin*. Eu gemia... um desejo maravilhoso ia se acumulando dentro de mim e eu queria sentir todo aquele sofrimento de prazer até o final. Ingrid desceu sua mão e atingiu minha intimidade, estava inacreditavelmente molhada.

   — Eu fico louca com isso... gostosa... – e percorreu toda a minha cavidade com seu dedo macio, depois tirou me fazendo sentir quase que um desespero.

   — Não faz isso... me penetra de novo...

Ela afastou-se um pouco do meu corpo, e acariciou a minha bunda com as pontas dos dedos, me dando arrepios maravilhosos! E por trás penetrou novamente meu sex*, sentindo o quanto ele estava ainda mais umedecido.

   — Hummm... que delícia... adorooo você assim... molhadinha... fico desesperada de desejo... de prazer...

Seu dedo saiu da minha vagin*, quando ela me fez deitar sobre o tapete que tinha ali perto. Fiquei de quatro, foi o pedido dela. Sua língua atingiu o início da minha intimidade e ela veio acariciando. Eu estremeci. Um prazer delicioso me sacudiu, enquanto ela ia fazendo um passeio por todo meu corpo. E depois me penetrou por trás me acomodando de lado, ao mesmo tempo em que seu dedo entrava e saía da minha intimidade molhada. Gemi.

   — Não para, aiiii Ingrid meu amor, não para... eu... aiiii que delícia... eu... vou... aiii... delícia demais...

E ela continuava. Gemia me chamando de gostosa, dizia que me amava, que nunca havia amado ninguém dessa forma e me penetrava com loucura. E eu desabei num orgasmo quase único, delicioso, maravilhoso!!! Ela me puxou para o seu corpo e num bailado cadenciado nós seduzíamos nossas intimidades, as despertávamos para mais um deleitar de prazer e não demorou muito para que nossos corpos fossem novamente sacudidos, feito folhas ao vento e goz*mos. Ficamos ali, deitadas, ofegantes, saciadas.

   — Nunca houve outra igual a você, meu amor. – eu disse e não estava mentindo. Ingrid Maralha era única no jeito de fazer amor, ela tinha o dom de me levar aos picos mais altos do amor e do prazer, do desespero e da serenidade ao mesmo tempo.

   — Eu posso lhe dizer o mesmo.

   — Verdade? E será que devo acreditar nisso? Você já teve tantas mulheres, já transou com tantas...

   — Exatamente isso, eu já transei com tantas, mas amor... isso é diferente. E amor eu nunca fiz com outra pessoa assim...

   — A mulher que você amou foi Suzane? Ou estou enganada?

   — Sim, foi ela. Mas, faz muito tempo. Suzane optou pelo casamento tradicional, mesmo jurando me amar. Eu levei alguns anos para esquecer-me disso, mas hoje, eu não sinto mais nada por ela. Não sinto mais nada por ela, algum tempo.

   — Ela ainda ama você? Eu senti isso no dia da festa de Edmundo, percebi que o olhar dela ainda fala de amor... suas provocações na noite... o seu desespero pela sua indiferença.

   — Isso, meu amor, eu confesso, não me interessa mais. Desde que ela decidiu-se pelo casamento com Carlos, eu passei a não me interessar mais pelo seu amor e agora menos ainda. Sou somente sua... e nada mais me interessa além do seu amor...

   — Aiii meu amor, isso me enleva. Agora eu preciso lhe dizer uma coisa, que já estava me esquecendo. Vamos tomar um banho primeiro, e depois comer algo que estou como dizem os nordestinos, varada de fome.

Tomamos banho e seguimos rumo à cozinha. Ingrid fez um cuscuz com coco e queijo e eu um café. Sentamos e comemos.

   — Venha para cá, - eu tomei sua mão e seguimos para a sala. — Ingrid meu amor, eu estive conversando com Enzo, bem... ele está pensando em abrir um restaurante. Ele decidiu firmar residência aqui no Rio, depois de romper com minha tia em São Paulo onde morava com ela. Mas, então, ele quer montar um negócio, Enzo também fez gastronomia e mestrado em São Paulo, é maravilhoso na área.

Ingrid me olhava denotando não está entendendo onde eu desejava chegar com tudo aquilo e eu ri, depois me coloquei séria e continuei.

   — Eu pensei que você poderia ser sócia dele, inclusive conversei com ele sobre essa possibilidade e ele gostou muito da ideia. Eu não sei se tem o capital preciso, mas eu posso lhe ajudar... Por favor, deixe-me ajudar você.

Ingrid ficou calada por alguns minutos como se estivesse digerindo a ideia. E eu aguardava silenciosamente, quando sua voz encheu o ar.

   — Eu acho que será uma boa ideia. Quanto ao capital, eu realmente não terei o suficiente, mas se puder me ajudar, eu vou lhe restituindo aos poucos de volta.

   — Claro meu amor, claro que sim.

A manhã ainda não tinha nascido completamente e retornamos ao quarto e adormecemos. O dia já estava acordado no céu, quando Ingrid levantou-se. Era seu dia de folga e ela depois de um banho, voltou para a cama e me enlaçou em seus braços. Eu gemi baixinho esfregando meu corpo no dela. Depois levantei-me e tomei banho. Enzo e Edson já tomavam o desjejum quando adentramos a sala.

   — Enzo, eu conversei hoje com Ingrid e ela achou a ideia do restaurante maravilhosa! Então podemos firmar o compromisso e providenciar o que for necessário. O que me diz?

   — Maravilhoso prima! Eu já estive olhando uns locais. Eu vi um espaço aqui mesmo no Leblon, embora esteja um pouco caro, mas é perfeito. Depois podemos ir ver juntos, o que acham?

   — Vamos sim, depois do café já poderemos seguir. E quanto ao preço, tentaremos negociar, caso gostemos de verdade, daremos um jeito.

O local era simplesmente perfeito. Amplo, com dois ambientes, espaço para as mesas e local separado para dançar. A vista para a praia era maravilhosa. Ingrid ficou encantada, olhava admirada e imaginando a cozinha, as mesas dispostas no salão imenso e ia falando maravilhada sobre os detalhes, enquanto Enzo também comentava eufórico. Depois de algum tempo contemplando a beleza do lugar, voltamos para casa. Dias depois fomos conversar com o dono do imóvel. O aluguel era realmente muito caro, mas eu queria que fosse exatamente aquele depois olhar outros e não ter gostado tanto quanto daquele. Eu pedi ajuda do meu advogado para entrar em contato com o dono e saber dele a possibilidade da venda ou de troca. Uma alegria imensa me invadiu quando Rogério me ligou dizendo que o proprietário tinha se interessado numa troca do local por uma casa de praia de que eu tinha em Parati e mais algum valor em espécime. O valor foi acessível a Enzo e Ingrid, então fechamos o negócio.

   — Eu não sei como lhe agradecer meu amor, mas saiba que vou lhe pagar cada centavo...

   — Eii... não se preocupe com isso, podemos ser sócios, o que me diz, você, Enzo e eu, o que acha? Eu não vou trabalhar com vocês, porque não tenho como e porque não entendo nada, mas posso degustar os pratos, o que me diz disso? – ela aceitou.

   — Enya... – era Enzo que adentrava a sala, — estou maravilhado com o local. Olha, eu tenho certeza que vai ser um sucesso. Nós temos que pensar no nome, não é verdade Ingrid? E em tantas coisas para providenciarmos, eu sei do seu bom gosto Enya, eu acho que poderá nos ajudar. E ouça, prima, assim que tivermos como, vamos lhe ressarcir o valor da casa de praia.

   — Enzo eu estava falando com Ingrid que podemos ser sócios, mas caso não concorde fique tranquilo com o dinheiro que eu investi. A casa estava mesmo parada, vez ou outra eu emprestava para algum amigo, então, não lamentemos a venda. Tenho certeza que o proprietário a usará de maneira mais significativa.

   — Sim, para mim não tem problema algum, acho boa à ideia de sociedade. Se Ingrid concordar...

   — Sim, claro, Enzo... por mim, tudo bem.

Era noite de alegria. Enzo seguiu para o seu quarto e me chamou.

   — Sente-se aqui, - e afastou-se um pouco, me cedendo espaço em sua cama. — Veja isso... – e abriu uma gaveta do criado-mudo, pegou uma caixinha de veludo. Abriu. Meus olhos brilharam diante o mimo que eu via. Era um par de alianças de ouro branco com uma pedra de brilhante em cima.

   — Eu vou firmar um compromisso com Edson, acha que ele vai querer?

   — Minha nossa senhora das bichas!!! Que mimo, é claro que ele vai querer. Estou impressionada, eu acho que tivemos a mesma ideia. – levantei-me e fui até meu quarto, trouxe uma caixinha e mostrei para ele que riu alto diante a sintonia de nossos pensamentos.

   — Enzo o que acha se fizermos uma festa? Nada muito grandioso, podemos alugar um espaço e chamar alguns amigos. Edmundo e Moisés com certeza virão, mas acho que precisamos comunicar a Edson e Ingrid, para que eles possam também partilhar o convite com seus amigos, não é verdade?

   — Sim, claro.

A noite chegou e Ingrid me abraçou com carinho e saudade.

   — Eu queria muito lhe mostrar algo, - eu disse depois que adentramos meu quarto. E pegue a caixinha de veludo azul marinho. Eu abri diante os olhos de Ingrid que brilhavam diante o par de alianças. — Eu queria selar nosso compromisso de namoro... e com o tempo, se me der a honra, desejo que seja minha noiva e depois a minha esposa...

   — É sério isso meu amor?! Claro que aceito...

   — Eu quero que façamos um evento, nada grandioso, mas acho que será importante compartilharmos esse momento com Edmundo, Moisés e alguns outros amigos, não concorda?

   — Claro, vou falar com Edi hoje mesmo. Meu amor, eu estou emocionada. Eu te amo muito e prometo lhe fazer feliz...

   — Eu sei que me fará feliz, porque eu também lhe farei...


 

 

Fim do capítulo


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Comentários para 7 - Capítulo 7:
Brucourt
Brucourt

Em: 24/11/2018

E o pedido saiu haha :-D, capítulo maravilhoso como sempre...

Só acho que esse evento oficializando o compromisso delas  vai ferir o brio de certas pessoinhas.. E falando nisso, essa Analu não toma jeito hein, pelo visto ainda vai aprontar algumas... af...

Infelizmente, na vida real, ainda existem muitas "mães" como a do Enzo. Não apenas mãe né, nossa sociedade está tão cheia de pessoas assim, uma pena. Mas o bom é que em contrapartida, existem pessoas maravilhosas, e que dão lição de amor e respeito ao próximo. 

Amando cada capítulo dessa história S2... 

Abraço.


Resposta do autor:

Bom dia Bru!!! Obrigada pelo comentário. Hoje mais um capítulo. Espero que você goste. Infelizmente a nossa sociedade ainda é muito carregada de preconceito e a mãe do Enzo é só um exemplo, não é mesmo? Mas vamos lutando e contrubuindo com a nossa parcela de ajuda a tantas pessoas que ainda carregam esse mal em si. Vamos ver se o compromisso de namoro de Enya com Ingrid vai ser aceito de forma suave.... kkkkkkkk

Abraço.

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