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Quando o passado se faz presente por Mandy Pescadora

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Palavras: 4910
Acessos: 2206   |  Postado em: 24/11/2018

Capítulo final!

Após uns quatro anos de casadas, Beatriz estava concentrada analisando alguns contratos de venda de cobertura, Viviane bateu a porta do escritório, não desistiria de novo, dessa vez iria até o fim.

- Oi, amor! Desde quando você precisa bater à porta pra entrar? – Beatriz notou de cara que havia algo errado com Viviane.

- Bia, a gente precisa conversar. – olhava sério pra Beatriz e ao mesmo tempo deixava transparecer um nervosismo incomum. Beatriz soltou os papéis, se ajeitou na cadeira...

- Tá! Você está me assustando, então...

- Eu quero ter um filho com você! – despejou tudo de uma vez. Beatriz passou as mãos nos cabelos. Não estava preparada para aquilo, ainda.

- Ok. E como a gente vai fazer isso?

- Esse ok é porque você concorda, ou porque não tinha o que falar?

- A segunda opção é mais plausível. Mas, me diga no que você está pensando, que com certeza, para você me falar isso, já deve ter pensado em tudo.

- Inseminação artificial, que outra forma seria?

- Sim, isso eu sei, jamais passou pela minha cabeça que seria da maneira convencional. Mas não é tão simples assim, não com você, então, comece a esmiuçar sua ideia para mim.

- Eu pensei, caso você concorde lógico, pegar seus óvulos inseminar com o sêmen do meu primo e eu ser a “barriga de aluguel”.– mais uma vez Beatriz passou a mão nos cabelos. Estava agora tão nervosa quanto Viviane.

- Então seria uma fertilização “in vitro”. E suponho que você já tenha consultado seu primo sobre ele está disposto a isso.

- No dia do nosso casamento ele disse que se um dia a gente pensasse em ter um bebê, já teria o doador. Conversei com ele, esses dias pra saber se a proposta era séria e ele disse que sim. – Beatriz levantou da cadeira onde estava, caminhou pelo escritório, olhou pela janela.

- E por que não fazer da maneira mais tradicional, usar os seus óvulos? Eles já estão aí mesmo!– Viviane baixou a cabeça, sabia que não seria fácil, nunca haviam conversado sobre isso.

- Porque eu quero ter um pedacinho de você dentro de mim.– falou num tão baixo que quase não se fez ouvir por Beatriz.

- Eu vou pensar, tá bom? Prometo lhe dar uma resposta. Agora eu preciso ir falar com Zé. Mais tarde a gente conversa.

Viviane conhecia Beatriz o suficiente para saber que se ela mesmo não desenterrasse o assunto, ele estaria definitivamente encerrado. Passaram o dia se evitando. Beatriz montou um cavalo e saiu pra cavalgar, sozinha.

Chegou em casa depois das sete. Ficou um tempo no estábulo, não deixaria aquele assunto criar um clima estranho entre as duas. Subiu direto pro quarto, foi tomar um banho frio, pra esfriar a cabeça.

- Vai jantar?

- Você já jantou?

- Não, estava te esperando. – Beatriz suspirou para então responder.

- Sendo assim, eu janto contigo. – todo jantar foi feito em silêncio, até as meninas da cozinha estranharam o silêncio das duas. Beatriz tinha um olhar perdido. Viviane não conseguia esconder a tristeza que sentia.

Deitaram cada uma de um lado da cama.

- Você já escolheu o especialista? – Viviane arregalou os olhos e a olhou com desconfiança.

- Por que?

- Se a gente vai fazer isso, tem que ter um especialista não tem?

- Você está falando isso por que está interessada em tentar ou por que quer me agradar?

- Acho que você já me conhece o suficiente pra saber que não faria nada desse tipo, pra agradar ninguém, nem mesmo você!

-Eu sei, desculpa! Só estou na defensiva porque percebi que você não aceitou a ideia muito bem...

- A gente nunca conversou sobre isso e você me joga tudo assim de uma vez, eu me assustei, oras!

- Desculpa!

- Não peça desculpas. – Beatriz se virou para olhar pra Viviane. – Será um prazer e uma honra ser mãe junto com você. Além de ser a mulher da minha vida, você será a mãe do meu, nosso, filho/a. – Viviane já estava chorosa. Abraçou Beatriz com ternura. Sabia que ela estava sendo sincera e fazia toda diferença, ela também querer ser mãe. Fizeram amor regado a muito carinho e cumplicidade, era como se estivessem assinando o “contrato”.

 

Como era de se esperar, Viviane realmente providenciou tudo. O primo concordou em ser o doador. Após vários exames, estava tudo ok tanto com ela, quanto com Beatriz.

A fertilização foi feita e dos dois embriões implantados, apenas um desenvolveu. O sorriso no rosto de Beatriz daria para iluminar uma pequena cidade, após Viviane lhe entregar o papel com o resultado do exame.

Todos os dias, antes de sair para trabalhar, dava um beijo de bom dia na barriga de Viviane.

- Agora é só ele que ganha beijo é?

- Claro que não, ciumenta, vocês dois. – deu-lhe um beijo apaixonado, bem demorado. – Bom dia, minha ruiva!

- Bom dia, meu amor! Tem certeza que isso é realmente necessário, eu ficar sem trabalhar?

- Ruiva, só de imaginar você levando um coice, uma cabeçada, um encontrão de um daqueles cavalos, fico com as pernas trêmulas. Você fica monitorando e com a parte burocrática. Quando nosso pequeno ou pequena nascer, que tiver com uns dezoito anos, você volta a trabalhar.

- O que? Beatriz, você não ouse... – Beatriz a enlaçou pela cintura, roçou os lábios em seu pescoço, deixando Viviane completamente mole.

- Não ouse o que, ruiva?

- Assim é golpe baixo. Nem lembro mais do que ia reclamar.

- Te amo! Daqui a pouco estou de volta. Vou só dar uma verificada nas coisas. – deu um selinho em Viviane e saiu em direção ao estábulo.

 

Quando Viviane estava no quinto mês de gravidez, Beatriz recebeu uma ligação dela, dizendo que tinha acontecido uma emergência, que precisava dela urgente em casa. Beatriz montou o primeiro cavalo que viu selado e saiu a galope, nem lembrou do carro. Chegou esbaforida em casa.

- Inês, cadê Viviane?

- Tá no quarto, dona Beatriz. Aconteceu alguma coisa?

- Não sei, ela me ligou pedindo pra eu vir urgente. Eu vou subir, se precisar eu te chamo.

- Tudo bem. Mas com fé em Deus, não será nada grave!

Ao chegar ao quarto, Beatriz encontra Viviane sentada na cama.

- Amor, o que houve? Você disse que tinha uma emergência...

- E tem sim! – Beatriz não entendia nada, aparentemente Viviane estava bem.

- Onde? – Viviane levantou chegou bem perto de Beatriz, segurou sua mão e a conduziu para dentro da sua calcinha.

- Bem aqui! – já falou soltando um gemido no final ao sentir o toque da mão de Beatriz que ainda estava trêmula.

- Você quer me matar do coração, ruiva? Pensei que havia acontecido algo com vocês dois!

- Eu quero que você me mate de prazer. Não estava aguentando mais de tanto tesão, nem o banho frio, nem ter me masturbado deu jeito. – Beatriz já recuperada do susto, conduziu Viviane lentamente até a cama. Fez o que ela mais gostava, um demorado sex* oral, com direito a penetração e orgasmos múltiplos. Beatriz vinha notando que o apetite sexual de Viviane havia aumentado consideravelmente, ao ponto dela ser acordada durante a noite para fazerem amor.

- Você tem que voltar? – perguntava Viviane toda manhosa, enquanto Beatriz se arrumava. “Não acredito, ela ainda quer mais?” pensou Beatriz enquanto abotoava a camisa.

- Você quer que eu fique? – lhe deu seu olhar mais cafajeste.

- Bia! Desse jeito como vou resistir?

- Você quer resistir? – já se aproximava dela tirando a roupa que acabara de vestir.

- Não... – mais uma vez Viviane conduzia a mão de Beatriz de encontro ao seu sex* que já estava em chamas.

- Ruiva... Você me deixa louca, sabia?

- E você acha que eu também não estou?!


Depois de tranquilizar todo mundo, inclusive Rosa que estava aflita na sala, pois viu quando e como Beatriz chegou, decidiu que não voltaria mais para o estábulo, ficaria resolvendo as coisas em casa.

Depois do almoço, Viviane disse que subiria para descansar um pouco, estava se sentindo muito sonolenta. Beatriz a olhava com uma cara de “Por que será, né?”, trocaram sorrisos cúmplices. Por volta das três da tarde, Beatriz teve seu escritório invadido para mais uma vez atender os “desejos” de grávida da esposa. Já cogitava a ideia de comprar umas vitaminas para aguentar essa maratona.


Quando Viviane entrou no sétimo mês de gravidez, tanto Rosa, quanto Sílvia achavam melhor que elas se mudassem para o apartamento, até o bebê nascer. Não quiseram saber o sex* do bebê, descobriria no dia do nascimento, o que causou uma revolta na mãe e na tia das duas, que segundo elas, estariam limitadas para aprontarem o enxoval do pequeno ou da pequena. Resolveram seguir os conselhos das mais velhas. Foram para o apartamento de Beatriz. Seria bem mais fácil caso acontecesse alguma emergência.




- Viviane o que está acontecendo? Que mau humor dos infernos é esse? Parece que até o fato de eu respirar, está lhe incomodando!

- Não duvide disso! - resmungou alto o suficiente para Beatriz ouvir.

- O que? O que eu fiz, me diz? Por que eu estou perdida!

- Nada Beatriz, nada! Eu só estou de mau humor. Não posso?

- Pode! Mas qual motivo?

- Não tem motivo, Beatriz! Mas que saco! Não tem nada pra você ir fazer no escritório não? Só assim você para de me fazer tantas perguntas e de ficar me pajeando, eu estou grávida, não doente, ou inválida! - Beatriz não perguntou mais nada, pegou as chaves e a carteira e deixou Viviane sozinha. Encontrou um canto sossegado no parque da cidade e ligou para tia.

“- Oi minha linda! Tudo bem por aí?”

“- Mais ou menos, tia.”

“- Aconteceu alguma coisa com Viviane e o bebê?”

“- Não tia, está tudo bem. Só Viviane que de repente resolveu ficar num mau humor desgraçado, vive me mandando sair de perto dela, dizendo que eu estou tratando ela como uma inválida.”

“- E você está?”

“- Claro que não, tia! Só tento poupar ela de esforço desnecessário. Cuido das nossas refeições, da casa, das roupas, coisas que sempre fiz e ela nunca se importou.”

“- Bia..” - diante do silêncio da tia, Beatriz insistiu.

“- O que foi tia?”

“- E o sex* entre vocês, como está?” - mesmo sem estar de frente pra tia, Beatriz corou.

“- Ahh tia, ela está com o barrigão já, vejo que ela fica desconfortável até pra dormir, eu tenho evitado, né? Não quero machucar nem ela, nem o bebê. Vai que eu aperto ela demais, ou sei lá o que… isso é constrangedor tia.”

“- Mas você tem evitado porque ela não quer, ou por que você não quer?”

“- Não é que eu não queira… e Viviane triplicou a libido depois da gravidez, santo Deus, ela está insaciável. Mas eu fico me sentindo estranha, dela com aquele barrigão, apesar de estar linda, disso não atrapalhar em nada, no que diz respeito do meu desejo por ela...” - diante do embaraço da sobrinha, Sílvia interveio.

“- Você sabe o que tem que fazer pra deixá-la de bom humor novamente, não sabe? Os hormônios de Viviane estão a mil! Qualquer coisa, por menor que seja, se torna uma tempestade e apesar de muita gente achar o contrário, que mulher quando engravida sossega, na maioria dos casos a labareda só aumenta, minha filha!” - Beatriz corou ainda mais.

“- Acho que sei…” - respondeu baixinho.

“- Então vá lá e faça! Vai fazer bem pra vocês duas. Depois me conte como foi. Lógico, sem os detalhes sórdidos!”

“- Tia!!” - se despediu da tia e voltou pra casa.

Ao chegar no apartamento, Viviane estava no quarto, assistindo TV. Estava deitada de costas para porta do quarto, mesmo percebendo a presença de Beatriz, não se virou para olhá-la. “Tomara que eu não morra!”, pensou Beatriz antes de colocar seu plano em prática, porque no jeito que Viviane estava, seria bem capaz de torcer-lhe o pescoço. Foi para o banheiro tomou uma ducha rápida, voltou para o quarto, Viviane estava na mesma posição. Ela estava com uma camisola fininha, na posição que estava ficava com a bunda bem empinada para trás. Beatriz deitou com cuidado atrás dela, encaixando seu corpo ao dela. Percebeu que ela abafou um gemido.

- Tá dormindo?

- Não. - Viviane respondeu secamente.

Beatriz começou a acariciar seu corpo com suavidade, beijava seu pescoço, roçava o nariz em seus cabelos. Levantou um pouco a camisola e percebeu que ela estava sem calcinha, encostou sua vulva nas nádegas dela, para que ela sentisse sua unidade, seu calor. Dessa vez Viviane não conseguiu segurar o gemido, o soltou como se precisasse muito sentir o que estava sentindo. Beatriz continuou as carícias tendo cuidado ao tocar os seios, pois lembrara que ela havia comentado que estavam um pouco doloridos. Mordia seu ombro, beijava seu rosto e apesar de demonstrar claramente está gostando, Viviane não se virou pra ela, um só momento. Beatriz usou sua perna para afastar as de Viviane, que cedeu sem demora. Quando sentiu ser penetrada pelos dedos famintos de Beatriz, deixou o choro correr solto. Beatriz se assustou, fez menção em tirar os dedos de dentro de Viviane. Entre soluços, ela protestou:

- Não se atreva! Você vem me rejeitando a quase um mês. Não se atreva a sair daí antes de me fazer goz*r.

- Eu não estou te rejeitando, meu amor! Eu só estava com receio de te machucar. Você tem ficado incomodada até pra dormir…

- Porque você não tem mais trepado comigo, Bia! Eu louca de tesão e você fazendo cara de paisagem. Achei que por causa da gravidez você tivesse perdido o tesão por mim.

- De jeito nenhum! Você está linda! E só eu sei como tem sido difícil me policiar.

- Então não se policie, caceta! Me fode gostoso, como a muito tempo você não faz. Se a posição ficar incômoda eu aviso. Vem fuder sua ruiva, vem!

Passaram a noite fazendo amor. Encontraram posições que deixavam Viviane confortável ao mesmo tempo que a fazia matar seu desejo insaciável por Beatriz. E como Sílvia, sugeriu, realmente o mau humor dela passou.


Beatriz não deixou mais Viviane de mau humor. Não a evitava mais, conseguiam arrumar posições que a satisfizesse sem o risco de machucá-la. O oitavo mês de gravidez parecia não acabar nunca. Até vali tinha sido fácil esperar, mas estava cada dia mais difícil fazer coisas simples do dia a dia. Viviane estava cada dia mais cansada.

Quando entrou no nono mês, o médico a aconselhou ficar alerta a qualquer sinal, até mesmo uma simples contração, era para irem até o hospital. Estipulou uma data limite, caso o bebê não nascesse até lá, fariam a cesariana.

 

Viviane estava sentada ao lado de Beatriz na cama, havia acordado ainda mais indisposta e com algumas cólicas, que ela julgava ser intestinais. Num dado momento, algo chamou sua atenção.

- Bia...

- Oi. – respondeu Beatriz distraída enquanto jogava videogame.

- A bolsa.

- Que bolsa?

- A minha!

- O que tem ela?

- Estourou!

- Tem um senhorzinho que conserta bolsas e sapatos, lá no começo da rua. Posso levar lá pra ele, ou a gente pode sair pra comprar...

- Beatriz! – Viviane segurou seu rosto entre as mãos, guiando sua cabeça em direção onde ela estava sentada. – Foi essa bolsa que estourou, Beatriz! Tem alguém querendo vir ao mundo! – Beatriz arregalou os olhos, dava pra ver o pânico tomando conta dela.

- Caralh*! E agora? Já sei, hospital, você tem que ir pro hospital.

- Bia... Calma, minha mala e a do bebê estão prontas no guarda roupa, eu vou trocar de roupa, você também, porque não dá pra você me levar de calcinha e camiseta até lá. Então, vista uma roupa, pegue as malas, a minha bolsa onde estão meus documentos, a sua carteira, a chave do carro. Aí a gente desce e você me leva pro hospital. – Beatriz apenas balançou a cabeça positivamente.

Quando saiu do banheiro e chegou na sala, Viviane quase não segura a risada. Beatriz estava de frente a porta, exatamente do jeito que ela havia mandado. Com as malas, a bolsa dela pendurada no pescoço, carteira no bolso e chaves do carro na boca. “Terei duas crianças em breve!”, pensou.

No caminho, Viviane ligou para o médico. Suas contrações começaram a aumentar e o que ela pensava ser apenas cólicas intestinais, eram as primeiras contrações. Ligou para mãe e Sílvia. Avisou que estava tudo bem e provavelmente que quando chegassem ao hospital já conheceriam o novo membro da família.

A serenidade dela era impressionante, enquanto Beatriz estava prestes entrar em colapso.

O parto foi bem tranquilo, a pequena ruiva de olhos azuis nasceu sem problema algum e sem fazer a mãe sofrer muito. Tinha ótimos pulmões, pois seu choro era vigoroso! Beatriz estava extremamente emocionada. Ficou o tempo todo ao lado de Viviane.

- Ela é linda, meu amor! Linda!

- Nossa pequena Louise. – abriu um sorriso enorme para Beatriz.

- O nome de minha mãe?! Tem certeza?

- Absoluta! Desde que você concorde!

- Como não concordar? Eu te amo! Ela é linda! – às enfermeiras colocaram Louise com o rostinho colado ao de Viviane, que também chorava de tanta emoção por aquele momento mágico. Eram uma família, agora! Estavam extasiadas de tanta felicidade.

- Vamos fazer alguns procedimentos e daqui a pouco levaremos as duas para o quarto. Pode ficar tranquila, que cuidaremos muito bem delas. – falou uma das enfermeiras, enquanto conduzia Beatriz para fora da sala de cirurgia.

Os minutos que se seguiram pareciam eternos. Ao chegar ao quarto, Sílvia e Roberto já estavam lá. Beatriz os tranquilizou dizendo que tudo tinha saído bem. Chorou mais uma vez ao contar sobre o momento que colocou sua pequena nos braços e que Viviane havia escolhido dar-lhe o nome de Louise. Foi demais para Sílvia, que também caiu em lágrimas. Sua neta teria o nome de sua amada irmã.

 

Quando as duas foram trazidas para o quarto, parecia que um pequeno sol havia se instalado ali naquele momento. Beatriz e Viviane sorriam cúmplices, o fruto do amor das duas era real e estava ali concretizado.

- Ela pode ter herdado a cor de seus cabelos e dos olhos, mas é a cópia de Bia bebê!

- Então com certeza será linda! Não só bebê, mas por toda vida. – sorriu para companheira que já se aproximava da cama, para dar-lhe um beijo.

- Você foi perfeita meu amor! Em tudo! – Beatriz dirigia o olhar para Louise que estava num bercinho ao lado da cama.

- Está na hora da primeira mamada! – falou gentilmente uma enfermeira que acabara de entrar no quarto. – Ela precisa do colostro e você de estímulo para produzir cada vez mais leite. – ajudou Viviane a posicionar Louise corretamente nos braços.

- Definitivamente ela puxou a você, Bia! É comilona! – trocaram um selinho. O sorriso não saía do rosto das duas. Sílvia tirou uma foto da cena, enviou para Beatriz. Que apesar de não gostar muito de redes sociais, queria espalhar para o mundo inteiro, sua felicidade.

“A mais nova integrante do Indomável acaba de nascer! Meu pequeno e ao mesmo tempo, enorme pedacinho de felicidade. Seja muito bem vinda, Louise!”

A foto estava linda. Ela abraçada a Viviane de olhos vidrados em Louise enquanto mamava. Era realmente um momento único!

 

Do outro lado do Atlântico, um celular era jogado contra a parede.

- Você achou que ela iria lhe esperar esse tempo todo? – perguntou uma loira de sotaque carregado enquanto se dirigia ao banheiro.

- Cala boca, Sophie! Hoje meu humor não está bom!

- Seu humor nunca está bom, Priscila. Agora deixa eu tomar meu banho que eu tenho mais o que fazer do que ficar vendo você curtir essa fossa.

 

Em dois dias estavam em casa. Os quinze primeiros dias a mãe de Viviane ficou com elas. Pra ajudar na rotina que seria completamente louca. Estavam tentando se adaptar, mas não era fácil, a vida delas havia virado de cabeça pra baixo.

No terceiro mês após o nascimento de Louise, Beatriz chegou em casa e viu uma cena preocupante: Louise chorando nos braços de Viviane, como se nada no mundo fosse capaz de consolá-la e Viviane chorando junto na mesma situação.

- O que está acontecendo com as minhas ruivas? - perguntou Beatriz baixinho, enquanto sentava do lado de Viviane.

- Eu não sei, Bia! Ela já comeu, está limpinha… Eu estou tão cansada, só queria tomar um banho direito, mas mal entrei no banheiro, ela começou a chorar e não parou mais. Eu não sei mais o que fazer. - Viviane soluçava. Estava cheia de olheiras, visivelmente abatida, a pequena Louise não estava dando trégua.

- Shiii! Calma meu amor, a gente vai resolver isso. Quer contratar uma babá?

- Não! Eu já estou me sentindo uma inútil por conseguir ser uma boa mãe, não quero uma babá!

- Você é uma mãe maravilhosa, não diga isso, só está cansada.

- Eu não deveria está, mães não se cansam. - chorava mais ainda.

- Vamos fazer o seguinte, me dê nossa pequena, que eu vou tentar acalentar ela. Ela deve sentir que você não está bem e acaba ficando de mau humor também – sorriu enquanto pegava Louise no colo e acariciava o rosto da companheira. - Vá tomar um banho bem demorada, relaxe debaixo da água morna, não se preocupe com o tempo, nós duas nos entenderemos aqui. - Beatriz já estava de pé, tentando acalmar a pequena ruiva que estava tão vermelha quanto seus cabelos.

- Você está cansada, acabou de chegar do trabalho, não é justo…

- Nós duas estamos, então vamos nos ajudar. Pode tomar seu banho sem pressa. Parece que nossa menina já está deixando a birra de lado. - aos poucos Louise ia diminuindo o choro. - Eu estou bem e quero que você também fique. - deu um selinho em Viviane, que se dirigiu ao banheiro para tomar o tão desejado banho. Lá extravasou toda sua angústia e medo de não dar conta do recado. Fez o que Beatriz sugeriu, deixou a água correr solta pelo seu corpo. Saiu do banho renovada.

Ao chegar na sala encontrou Louise nos braços de Beatriz, sendo embalada por ela enquanto cantava alguma canção que ela não conseguia entender.

- Você tem o poder de nos acalmar! - falou enquanto abraçava Beatriz por trás e encostava a cabeça em suas costas.

- Eu vou cuidar melhor de vocês. Prometo! Pode ir descansar, eu fico com ela.

- Não, Bia. Você acabou de chegar, ainda nem comeu, nem tomou um banho, eu sei como tem sido desgastante esses dias para você…

- Pra nós duas! Está tudo bem. Daqui a pouco faço um lanche, ela está quase dormindo. Daqui a pouco coloco ela no berço. Vá descansar. - Viviane apesar de relutar, foi descansar. Beatriz terminou de fazer Louise dormir, a colocou no berço, tomou um banho rápido, fez um sanduíche e comeu com refrigerante.

Quando a pequena começou a dar sinal de impaciência de novo, Beatriz trocou sua fralda e tentou contê-la o máximo que conseguia.

- Acho que agora, só você tem o que ela quer. - deitou Louise ao lado de Viviane, que a colocou pra mamar, ainda deitada mesmo. Quando já estava satisfeita, Beatriz a fez arrotar, deixou ela ali deitadinha, adormeceram as três.

No dia seguinte, Beatriz não foi trabalhar e por mais um bom tempo. Ficou em casa ajudando Viviane com a pequena. Fizeram terapia durante um tempo, para Viviane conseguir lidar melhor com as frustrações. A vida a duas, não existia mais. Eram raros os momentos que conseguiam fazer amor e que conseguiam ir até o final, mesmo com toda adversidade, estavam sempre se apoiando.


Voltaram para o Indomável, quando Louise tinha pouco mais um ano, as vistas ao pediatra deixariam de ser mensais, o que facilitaria bastante as indas e vindas. Ficaram lá até Louise completar três anos, achavam importante que ela começasse sua socialização com outras crianças, o pediatra aconselhou que a partir dos três anos, seria a idade ideal. E assim o fizeram.


No primeiro dia de aula, Beatriz bancava a forte, mas estava despedaçada em ter que deixar sua pequena uma parte do dia longe de casa. Louise adorou os coleguinhas, toda aquela novidade, chorou um pouco no começo, mas depois ficava muito feliz quando ia para escola.




A vida estava ótima. Viviane e Beatriz aproveitavam as tardes de Louise na escola para terem tórridas sessões de amor, como a muito tempo não tinham. Estavam recuperando sua rotina, sua vida de casal, planejavam inclusive uma viagem assim que a pequena entrasse de férias. As três conheceriam, Fernando de Noronha.




Em um dia como outro qualquer em um supermercado.


- Moça, pega um biscoito daquele ali, por favor! - Priscila olhou pra baixo, pra ver a dona daquela vozinha tão doce.

- O que uma menininha linda como você, está fazendo sozinha aqui no supermercado? - Louise estava com cerca de seis anos, levantou uma das sobrancelhas, Priscila conhecia aquele gesto, era idêntico ao olhar de…

- Aí está você! Quantas vezes mamãe tem que lhe dizer que não pode sair de perto da gente?

- Eu só queria meus biscoitos. - falava Louise toda manhosa, tentando se livrar da bronca.

- Eu sei meu amor, mas você tem que esperar a gente terminar as outras coisas! Não pode sair por aí sozinha! Tem muita gente ruim que pode te fazer mal. Mamãe já te explicou isso.

- Desculpa! - Louise, estava chorosa.

- Vem cá, me dá um abraço e me prometa que não vai mais fazer isso. Promete? - a pequena apenas balançava a cabeça em sinal positivo enquanto enxugava os olhos.

- Tá vendo, moça, não estou sozinha! - só então Beatriz se deu conta que tinha mais alguém com elas ali no corredor. Havia se abaixado para ficar da altura de Louise.

- Priscila?!

- Beatriz! Ela é cópia perfeita de você com a ruiva ousada…

- Por que vocês duas estão demorando tanto, vão levar todo estoque de biscoitos dessa vez… - Viviane encarou Priscila com seriedade.

- Nós já estávamos indo, amor. Estava só tendo uma conversa com essa mocinha sobre sair correndo por aí sozinha, não foi? - perguntava Beatriz, olhando para Louise já em seu braço.

- Pega meus biscoitos, mamãe?

- Pego sim, meu anjo. Quais você quer? - Louise apontou e Viviane pegou calmamente cada um dos biscoitos, ignorando a presença de Priscila. - E você, amor, os de sempre?

- Sim! - respondeu Beatriz, enquanto fazia cócegas na barriga de Louise que gargalhava gostosamente.

- Vamos? - por mais que aparentasse normalidade, os olhos da ruiva estavam em chamas, Beatriz constatou isso quando cruzaram os olhares.

- Sim! Antes que essa mocinha nos leve a falência por causa de biscoitos. - mais cócegas e mais risadas de Louise.

- Tchau, moça! - falou Louise.

- Tchau, pequena! - ficou olhando as três se afastarem. Beatriz com Louise nos braços, Viviane empurrando o carrinho de compras, enquanto segurava uma das mãos de Beatriz. Suspirou com pesar, ao perceber o que havia jogado fora.


Já em casa, antes de dormirem.

- Pensei que ela ia te comer ali mesmo no supermercado, na frente da nossa filha.

- Oi? - Viviane a fuzilou com o olhar.

- Não se faça de desentendida, Beatriz. Eu vi muito bem o jeito que Priscila estava olhando pra você!

- E daí?

- Como assim, e daí? Ela está linda, em forma… enquanto eu…

- Pode parar por aí mesmo! - Beatriz levantou da cadeira onde estava, encaixou Viviane em sua cintura, que prontamente a enlaçou com as pernas, e a levou para cama. - Não me interessa o jeito que ela ou qualquer outra mulher olhe pra mim, porque eu só consigo notar o jeito que VOCÊ olha pra mim. É a única coisa que importa! E você continua uma mulher linda! Que me enche de tesão tanto ou até mais que aquela noite que se entregou pra mim pela primeira vez a quase dez anos atrás. Nunca duvide do meu amor por você, muito menos que alguém é capaz de destruí-lo. Você é única! É a mulher que amo e sempre vou amar. - Viviane tinha os olhos marejados. Sabia que era bobagem sentir qualquer tipo de ciúmes em relação a Priscila, mas ouvir Beatriz dizer aquilo, só lhe dava ainda mais certeza do quanto realmente era amada.


Fizeram amor a noite inteira, começaram na banheira e terminaram na cama. Haviam se mudado a pouco mais de um ano para uma casa enorme, com quintal, jardim, piscina e claro, espaço para um cachorro, pois Louise e Beatriz se juntaram para fazer Viviane aceitar.


Pela primeira vez, o passado se fez presente na vida de Beatriz, quando Viviane retornou há dez anos, e não causou o caos que normalmente causava. Sem sombra de dúvidas, Beatriz reafirmava a cada dia, que Viviane, sempre foi a calmaria de sua tormenta. Estavam felizes, viveram felizes. Finalmente, sentia-se completa.

Fim do capítulo

Notas finais:

Gostaria de agradecer a todas que acompanharam, as que comentram e as que ficaram na moita rsrsrs.

Espero que tenham gostado. Um grande abraço e até a próxima!


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Comentários para 22 - Capítulo final!:
Rita Santos
Rita Santos

Em: 24/11/2023

Que adrenalina, hein? 

Parabéns, Mand(y)ou bem!

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Vanderly
Vanderly

Em: 21/09/2019

Parabéns autora, uma história complicada cheia de altos e baixos, houve momentos que quisemos te matar, mas no final tudo se encaixou 

Forte abraço e até a próxima.

Beijos.

Eudervilar

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AMANDA
AMANDA

Em: 24/12/2018

Lindo demais! Nada pode mudar o destino! 

Quando o amor é verdadeiro ele simplesmente acontece!

Parabéns história maravilhosa!


Resposta do autor:

Olá!!!

Muito obrigada!!! Ficofeliz que tenha gostado!

Grande abraço!

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Anamel
Anamel

Em: 10/12/2018

Parabéns autora ????

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Anamel
Anamel

Em: 10/12/2018

Parabéns autora ????

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cidinhamanu
cidinhamanu

Em: 24/11/2018

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