Lorenza

Eita, diacho!  Pensei ao ver a chiliquenta ali, bem na minha frente. Ela estava simplesmente uma delícia no estilo Barbie Primavera.  Estava usando um vestido tão curtinho que me fez viajar naquelas pernas maravilhosas. Sorri achando o máximo a coincidência e tendo a certeza que realmente o mundo é um ovo.

— Filha, isso é jeito de falar com a Dra. Lorenza? – Carolina ralhou com ela por ter sido tão grosseira

— Como é? – Ela disse incrédula, me olhando com os olhos arregalados.

         — Lorenza, essa é minha netinha Patrícia.

Surpresa mais deliciosa que essa eu tenho certeza que nunca mais me acontece. A puxei para um abraço e beijei seu pescoço cheiroso. Ela se arrepiou e eu fiquei molhada só de sentir seu perfume.

— Prazer – Eu disse completamente desarmada.

— Não posso dizer o mesmo.

— Paty, o que é isso? Lorenza, me desculpe. Essa menina não anda a mesma esses dias! – Carolina brigou novamente com ela, que saiu para o quintal pisando duro, desta vez me deu dó da garota. Ela estava na razão em não gostar de me ver ali, afinal eu azucrinei demais a mente dela.

— Lorenza, minha filha, me perdoe. Eu nunca vi Paty fazendo uma grosseria dessas. Não justifica, mas ela esta passando por um período conturbado. Esta se separando do marido, se mudando pra cá...

— Esta tudo bem, Carolina. Eu entendo e tenho uma parcela de culpa nisso...

Contei tudo à elas que riam as gargalhadas. Claro que omiti as cantadas e o Tzão que aquela menina despertava em mim.

Pelo que notei, para elas, através das coisas que diziam, a granfininha era bem diferente do que ela se apresentava. Mas eu ainda tenho minhas dúvidas, para mim ela não passava de uma gostosa, mimadinha, esnobe e sem educação. 

              Quando ela voltou, notei o quanto estava deslocada com o assunto. Zefa já tinha caído dentro da garrafa de pinga e contava causos da infância da chiliquenta. Só coisas engraçadas!

— A doutora Lorenza disse que você achou que ela fosse uma peoa, Paty.

Olhei para ela que me fitava em um misto de raiva e vergonha. Cortei o assunto voltando a cuidar da carne. Eu não estava suportando o calor. Os olhos dela em cima de mim e eu não podendo fazer nada misturado com o calor da churrasqueira estava quase fritando o meu juízo.

Mergulhei a cabeça debaixo da bica d’água deixando aquela água gelada aplacar um pouco a quentura que eu já não sabia mais se vinha só da churrasqueira. A peguei olhando fixamente para meu corpo, ela desviou o olhar quando sorri para ela. “Essa está querendo reza”.

—  Mudando de assunto, Patrícia, Carolina me disse que você é veterinária de pequenos animais. Então, eu estava pensando se você poderia me ajudar em um dia de castração. Será na Fazenda Rio Negro na quarta-feira.

— Mas eu não tenho prática em grandes animais.

— Desculpe, não expliquei... É que em dia de castração eu castro até a gataiada e a cuscarada. Se você for me ajudar será bom demais da conta!

— Ah, sendo assim... Eu aceito.

Sorri abertamente com sua resposta. Juro que achei que a primeira reação dela seria perguntar sobre valores. Me surpreendeu ao se mostrar tão simpática e se dispor a ir sem nem ao menos saber se receberia algo. Confesso que aquilo me desarmou.

— Mas não desconversa não, Lorenza, que você também tem seus causos! – Zefa falou. — Lembra Carolina? Lembra quando a Lorenza fez uma serenata pra você? Ela era pititinha! Sumia atrás da viola! Veio aqui com uma rosa na mão cantando “Beijinho Doce” das Irmãs Galvão. – Zefa falou animada conseguindo me deixar envergonhada. Eu flertando com a neta, e Zefa me solta uma dessa...

— Carolina é linda demais da conta!! – Beijei as mãos daquela que um dia me arrancou suspiros... Ô mulher linda!

— Paty é cuspida e escarrada Carolina quando jovem! Cuidado hein, Paty? Essa daí pega e não se apega! Não vai cair na lábia dela não! – Olhei para a granfininha que me fitava como quem tivesse descoberto a américa. Retribui o olhar, com sorriso cafajeste, assim que ouvi de Carolina a seguinte frase:  — Mas aqui a Lorenza não tem chance! Essa aqui não gosta da fruta!

“Será?” Resolvi dar um passo atrás e a observar de longe. Eu a encarava em alguns momentos, em outros eu a ignorava de propósito. Sentia seus olhos em mim.

Fiz alguns testes básicos para ter certeza que era minha sua atenção. Como é isso? Explico: lendo o corpo dela. Quando eu a olhava, ela tocava o cabelo, se inclinava para frente, algumas vezes fixava o olhar no meu. Nos momentos em que eu a sentia me olhando, eu olhava para o relógio ou as unhas, ela repetia o gesto. 

Olhava admirando o quão linda ela era, desejando passar as mãos por cada centímetro daquelas pernas torneadas. Mas dei uma maneirada, pois peguei Carolina nos observando algumas vezes. Eu já estava bem alegrinha com a cerveja e a pinga que tomava com Zefa, e achei estranho do nada Carolina pedir a Dona Onça que me mostrasse os carneiros que lhes mandei, mas fui. Era uma oportunidade de estar a sós com ela.

— Lorenza, desculpe o modo que eu te tratei. Eu... – Ela disse toda encabulada. Que coisinha mais linda, meu senhor!!!

— Dona... – Brinquei com ela e ela sorriu. Respondi que tudo bem, que Carolina tinha me contado pelo que ela estava passando. Disse parando a sua frente. Foi visível sua tensão ao tocar no assunto. Achei estranho, mas aquilo realmente não me interessava naquele momento. Não resisti ao vê-la encostada na parede da baia. Parecia literalmente outra mulher.

— Mas uma coisa é verdade... Você é gostosa demais da conta morena... – Me aproximei a encarando, eu não seria capaz de responder por mim se ela me desse espaço. Encaixei-me nela sem a tocar com minhas mãos, que estavam loucas de vontade de levantar aquele vestido para que minha boca explorasse seu corpo todinho. Quando ela levou suas mãos a minha cintura, tive certeza que ali eu teria chances. — E eu tô louca... – Ela gem*u quando pressionei minha coxa na sua bucet*, ela deu um gemidinho rouco que aumentou ainda mais o meu tesão — Louquinha pra te provar... Porque você deve ser doce... doce – Minha boca encheu de água ao sentir seu calor na minha perna, e eu pressionei mais. — E eu tô loca pra te comer bem gostoso...

Respirei fundo ao vê-la sair praticamente correndo ao ouvir a voz da avó.

Já de volta, os doces estavam sendo servidos. Provoquei-a da forma mais direta que consegui, sem chamar a atenção dos demais. Patrícia estava sem posição na cadeira. Tenho certeza que a calcinha dela estava no mínimo encharcada. Como eu estava desejando aquela mulher! Agora ela não estava mais me parecendo tão esnobe assim.

Trocamos contatos, e eu fiquei de lhe enviar a localização da fazenda onde seria a castração.

Ao final daquele dia só me restou um banho bem gelado e fazer justiça com as próprias mãos. Me imaginei ajoelhada entre suas pernas ch*pando-a bem gostoso dentro da baia em que visitamos mais cedo.

         Quarta-feira chegou trazendo uma ansiedade gostosa por saber que eu passaria o dia com aquela Dra. Delícia.

— Bom dia, Joaquim – Gritei de dentro da camionete para meu amigo e cliente. — Preciso estacionar o mais próximo de um ponto de energia. Ele fez sinal para que estacionasse do lado direito do curral, onde tinha uma parte mais plana e cascalhada.

— Bom dia, doutora. Chegou cedo!

— Ah, hoje quero acabar o trabalho cedo pra poder ganhar de você no truco.

— Vai sonhando. Bora começar os trabalhos? Disse ele me oferecendo uma latinha de cerveja.

— Opa... Vou deixar pra mais tarde.  Vou organizar aqui para Dra. Patrícia poder fazer as castrações dos pequenos. Ela já deve estar chegando.

— Ok, vou mandar separar os carneiros enquanto ela não chega.

Pedro me ajudou a deixar o consultório pronto para a Dra. Onça, ele iria auxilia-la durante os procedimentos.  Assim que desci do trailer vi o carro de Paty estacionado ao lado da camionete. Ela desceu visivelmente encabulada, mas com a pose esnobe de sempre. Caminhei em sua direção.

— Bom dia, Dra. Tudo bem?

— Bom dia, Dra. Lorenza! Que lindo esse trailer! – Disse se voltando para meu xodó! — É bem maior do que eu imaginei.

— Ele tem 9 metros ao todo. Vem, deixa eu te mostrar... – Disse fazendo sinal para que ela entrasse.

— Patrícia, este aqui é o Pedro, meu assistente, ele que vai te auxiliar aqui enquanto eu cuido dos outros animais da fazenda.

— Prazer, Pedro. — estendeu a mão para ele que retribuiu o cumprimento.

— O prazer é meu, Dra. Patrícia.  Dra. Lorenza, já terminei aqui, vou fazer a contagem dos animais a serem castrados. Já volto. Saiu nos deixando sozinhas. Ela evitava olhar em meus olhos e eu a admirava. Hoje ela estava estilo Barbie Ano Novo, toda de branco e linda como sempre.

— Bem, este aqui é meu consultório. Como não é o meu nicho de mercado deixei-o de um tamanho bem funcional. Você vai achar praticamente tudo que precisar.

— Mas o tamanho é perfeito!  Tudo em aço inox... – Ela disse tocando a porta de um dos armários.

         — Realmente é mais prático e melhor para higiene e desinfecção. Pedro agradece! – Sorri pra ela e ela retribuiu enquanto colocava uma mecha de cabelo atrás da orelha. Que fofinha! — Mas venha. – Abri a porta que dava acesso ao laboratório. Dei espaço para ela entrar. — Esse sim é o meu mundo! – Ela andava olhando todos os detalhes, encantada.

            — Nossa, adorei!

— Legal, né? Aqui embaixo deste balcão ficam os botijões de sêmen e embriões, estes são os descongeladores, os hormônios, aqui outros equipamentos...

— Realmente muito legal. Lá em Sampa tem algumas clínicas veterinárias móveis, mas eu nunca achei que poderia ser uma boa.

— Meus clientes são grandes criadores. Tenho armazenado sêmen dos melhores reprodutores das principais raças bovinas do Brasil e do Mundo – Ela prestava atenção em tudo que eu dizia quase sem piscar — E uma grande vantagem é que meu laboratório me acompanha por quase todo Brasil e América Latina.

— Realmente impressionante. E essa porta? Disse apontando atrás de mim.

— Meu apartamento. Quer ver? – Ela ficou sem jeito, mas fez que sim.

Novamente abri a porta e dei passagem a ela. O espaço para movimentar dentro do quarto era muito pequeno, ficamos muito próximas.

— Aqui é onde mato a Bá de preocupação – Ela sorriu com cara interrogativa. Abri o armário da cozinha e mostrei a quantidade de enlatados, macarrão instantâneo, saquinhos de salgadinhos e barra de chocolates. Ela abriu um largo sorriso.

— Agora entendi tudo. Isso é um paraíso calórico, né? Muito bonito tanta porcaria junto, Dra. – Encarou meus olhos e senti meu corpo todo se arrepiar.  Sem jeito ela desviou olhar.

— Aqui é o banheiro – Ela apoiou uma das mãos no batente da porta observando todos os detalhes do pequeno cômodo.

— Todo lindinho.  E aqui o que é?

— Aqui é onde guardo algumas roupas, botas, laço, chapéus, produtos para higiene pessoal, roupas de cama e toalhas... – Fechei a porta do armário.

— Que maneiro! Tão pequenininho que parece uma casinha de bonecas. – “Isso, chiliquenta, tô doida pra brincar de casinha com você... te mostrar a minha boneca... ” —  Mas muito confortável. Ahh, aqui encima uma pequena adega! ADORO!

— Gosta de vinhos? Quem sabe mais tarde tomamos um vinho para relaxar o corpo depois do trabalho.... – Olhei sua boca e ela umedeceu os lábios.

— Quem sabe... – Desviou o olhar. — Se não terminarmos muito tarde... – Sorri ao constatar o rubor em seu rosto.

— Bom, e por fim o lugar mais desejado depois de um dia todo de trabalho. Minha cama!

— Nossa, mas ao contrário de tudo, sua cama é imensa. Agora eu consigo entender o porquê de um carro de velho babão.

— Desculpa, não entendi – Falei rindo. Ela ficou encabulada, e explicou.

— Sua camionete é muito grande, quando você me fechou lá na cidade, eu pensei que devia ser de um velho babão de pinto pequeno para poder aparecer para as novinhas – Eu comecei a rir e ela ficou com as bochechas vermelhas. — Mas agora entendo a necessidade. Esse trailer deve ser bem pesado. Posso? – Disse apontados os degraus.

— Claro! – Dei espaço, ela subiu e inclinou-se em cima da cama apoiando uma das mãos enquanto tocava o teto solar. Sua bunda gostosa ficou a centímetros do meu rosto, tanto que minha bucet* se contraiu na mesma hora, e minha boca salivou de vontade de morder e beijar aquela delícia volumosa.

— Muito legal o aproveitamento de espaço.

— É... O aproveitamento é muito... Muito bom... – Disse sem desviar os olhos daquela obra de arte.  A segurei pelos quadris quando ela fez menção em descer, me aproximei mais do degrau de forma que assim que ela desceu o último, seu corpo estava completamente colado ao meu.

— Me desculpa, eu sou desastrada demais – Ela falou levando a mão até minha coxa sem se afastar. Encaixei-me mais em seu corpo. Afastei seus cabelos deixando sua nuca desnuda... Aspirei seu cheiro.... Senti sua respiração descompassada.

— Você me dá um Tzão louco, coração – Beijei e mordi seu pescoço. Mantive minhas mãos segurando seu quadril, sua bunda deliciosa contra minha bucet*. – Você é linda... Chiliquenta... Gostosa demais! Tô louca pra te sentir na minha boca... Te ch*par bem gostoso!

Continua ...

Apartamento Lorenza no trailer: Um exemplo para melhor visualização https://www.youtube.com/watch?v=mWclvYf1DfI

Fim do capítulo