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A garota favorita por leoniramirez

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Palavras: 5261
Acessos: 1907   |  Postado em: 20/11/2018

Capítulo 4

Recaída

Adentrei o apartamento e Analu estava ainda mais furiosa do que ao telefone. Suas mãos grandes e firmes me pegaram pelos ombros e me sacudiram com fúria. Seus olhos verdes e grandes eram agora portadores de um tom avermelhado, como se fosse um ser humano se transformando em algum vampiro ou algo parecido.

   — Eu quero que me explique o que diabo pensa que está fazendo. Está louca por um acaso? O que deu em você?! Vamos, responda filha da puta.

   — Pare com isso, me solte. – eu gritei.

   — Desculpa, por favor, princesa, eu estou desesperada...

Eu sentei-me na cama. Ela foi até o frigobar pegou uma garrafa de cerveja e abriu. Sorveu quase a metade da garrafa de uma vez só.

   — Explica Enya... estou esperando, quero que me diga que isso é um mal entendido.

   — Estou cansada disso Analu, eu lhe disse isso no último encontro nosso... não quero mais continuar como sua amante...

Os olhos dela estavam marejados. Meu coração estava acelerado e meu corpo sacudia como folha ao vento. Eu não devia ter vindo, pensava isso, quando ela ajoelhou-se aos meus pés.

   — Não faça isso comigo, conosco... eu a amo demais e não conseguirei viver sem você...

Sua mão quente e macia ia deslizando pela minha perna. Outra mão acariciava meu rosto, enquanto uma lágrima desceu daquele olhar verde. Seus lábios trêmulos buscaram os meus e sua língua passeou pela minha boca em busca da minha. Depois senti meu corpo arrepiar quando ela sussurrou baixinho em meu ouvido.

   — Faço o que você quiser, mas não me deixe... eu faço o que você quiser...prometo...

Suas mãos erguiam a minha blusa deixando a mostra meus seios livres do sutiã. Sentindo meu corpo inteiro amolecer quando ela circundou lentamente com a língua um dos meus seios, tendo a mão sobre o outro comprimindo o entre os dedos, eu gemi... “eu não devia ter vindo”...

Ela me deitou na cama devagar sufocando minha boca com a sua e travando uma luta prazerosa da sua língua com a minha. Ela tirou a saia que ainda cobria parte do meu corpo. Sua mão quente acariciou minha intimidade sobre a calcinha pequena e de renda azul celeste. O calor que eu exalava denunciava o tesão que eu sentia e ela tirou a última peça que a impedia de me tocar por inteira. Sua boca subiu aos meus seios e presenteou cada um deles com minutos de carícias e mordidas deliciosas, fazendo meu corpo fremir num desespero por sex*, por amor, por ela.

   — Eu preciso de você...

Ouvindo isso Analu massageou meu corpo inteiro com sua língua até atingir o meu sex* que pulsava e quase doía tamanha a vontade que eu sentia dela em mim. Sua língua vasculhou-me e depois me penetrou e meu ser foi assolado por uma avalanche de sentimentos ambivalentes.

   — Você é gostosa demais... e sempre será minha... adoro você assim... molhada desse jeito...

Ia falando sobre minha intimidade, ora beijando ora ch*pando meu clit*ris devagar e soltando, depois me penetrava com a língua e tirava me fazendo sentir aflição com tudo aquilo. Suas mãos não esqueciam meus seios e ora acariciava outra vez comprimia o bico deles em seus dedos, arrancando de mim gemidos de prazer.

   — Vou comer você... bem gostoso... está bom assim ou quer que eu pare?...

   — Nãoo... por favor, não pare... me penetre...

   — Você é minha?... Não é?

Ela indagava me penetrando com o dedo, depois voltava a colocar sua língua dentro de mim. Eu não consegui responder a sua pergunta, sentia medo de dizer que ainda era dela ou de dizer que não era mais. Uma confusão se fez dentro de mim e eu ouvi sua pergunta mais uma vez e não disse nada.

E assim eu explodi num orgasmo saudoso e desesperado. Depois Analu puxou meu corpo para o dela e deixamos nossos sex*s dançarem unidos e molhados, até acontecer uma nova explosão de orgasmo exasperado.

   — Você não pode me deixar... – ela disse. — Não faça isso comigo, minha princesa, eu te amo...

   — Quando vai pedir o divórcio? – era isso o que me interessava saber.

Ela ficou calada. Acho que seu silêncio queria me dizer que não faria tudo o que eu quisesse para ficarmos juntas.

   — Você disse que faria tudo o que eu quisesse... eu quero que se divorcie de Marília...

   — Enya... meu amor, por favor, princesa, ouça... eu não posso... eu...

Eu levantei. Vesti minha roupa sem sequer tomar banho.

   — Enya, mas que diabo... você sabia que eu era casada quando saímos pela primeira vez... não faça isso. Eu nunca lhe disse que me divorciaria de Marília, pare com cobranças infundadas.

Eu a empurrei devagar, barrando nela o desejo de me abraçar novamente e saí. Um ódio de mim invadiu todo meu ser e eu desejei nunca ter vindo ali. Caminhei pela praia, depois de passar numa loja e comprar um biquíni para mergulhar. Eu precisava acreditar no que Edson dizia sobre o mar, que ele, o mar levava as dores que sentíamos, quando nos dispúnhamos a nos libertar delas. E tudo o que eu mais queria naquele domingo era entregar aquela dor para o mar. Tirei minha roupa, deixei ali na barraca onde eu havia pedido uma cerveja e segui para o mar. Sentei-me na areia, sorvi um gole da cerveja olhando para a imensidão do mar e fazendo a ele um apelo. “Tire de mim esse amor maldito... eu não quero mais viver assim, amar alguém que não me ama, que não me assume...”.

Deixei a garrafa vazia e caminhei devagar para a água. Mergulhei por alguns segundos. Ao sair da água me deparei com Ingrid sorridente vindo em minha direção.

   — Como vai Enya?

   — Estou bem, agora... e você?

Ela me beijou no rosto e sorriu novamente dizendo que estava bem. Eu segui para a barraca onde tinha deixado minha roupa e pedi outra cerveja e duas tulipas. Alguns minutos depois avistei Ingrid saindo da água e vindo em minha direção.

   — Esperando alguém? Ou posso lhe fazer companhia?

   — Esperando você, se não estiver acompanhada.

   — Eu cumpro o nosso acordo... lembra-se?

   — É verdade, obrigada. Sente-se. Vou pedir algo para comermos...

Ingrid me olhava de maneira estranha como se fizesse uma leitura do que eu carregava dentro de mim, quando o garçom trouxe um prato com petiscos.

   — Recaiu?!...

   — O que? Eu não entendi...

   — Se você recaiu, se esteve com ela de novo?

Eu estava envergonhada diante a observação de Ingrid, mas não podia negar.

   — Sim. Hoje cedo... estou com muita raiva de mim...

   — Não fique desse jeito, um amor não se acaba assim da noite para o dia. Muitas vezes precisamos purgar devagar o que sentimos, caindo, recaindo e levantando com passos mais firmes, para então seguirmos libertos do peso do passado.

   — Você já amou um dia Ingrid? Ah desculpa...

   — Não tem motivo para se desculpar. Sim. Eu amei uma vez, somente.

   — E o que aconteceu? Digo o que houve com o seu amor?

   — Ela me deixou. Optou por se casar com um homem rico... mas já passou, superei isso.

   — Eu sinto muito. E como resolveu ser garota de...

   — No começo não era minha intenção. Conheci uma mulher muito rica e ela havia sido abandonada pelo marido que a deixara por um homem. Ela me conheceu numa boate, eu era garçonete, estudava de dia e trabalhava a noite. Ela estava chorando e eu me sentei um pouco ao seu lado. A dor dela me comoveu. Ela pediu para que eu bebesse com ela, claro que eu não podia, então expliquei isso a ela, indo em direção ao balcão onde o gerente já me olhava com olhar indignado. Ela levantou-se da mesa e foi até ele, pagou a minha noite de trabalho em dobro explicando para ele que precisava de mim. Diante o valor pago, ele sorriu e consentiu com o meu afastamento do trabalho. Ela pediu que eu fosse tirar o uniforme e eu voltei logo em seguida. Sentei-me, quando um garçom veio nos servir. Então ela me disse: — você é lésbica? Eu ri e confirmei. Ela disse que me pagava o dobro do que eu ganharia naquela noite para que eu lhe fizesse companhia na cama, queria conhecer o sex* com uma mulher. Eu fiquei pasma, mas topei o convite. Depois dessa noite, ficamos outras e ela, eu não sei por que começou a fazer propaganda de mim para suas amigas. Depois de algum tempo comecei receber convites de amigas dela, casadas. Saí com uma e ela gostou, ficamos um ano, claro que nesse período apareceram outras interessadas e fui entendendo que não havia mal naquilo e que em um mês eu ganhava o triplo ou mais do que sendo garçonete. Então é essa minha história. Terminei a faculdade e pretendo exercer a minha profissão, depois que encerrar o trabalho com você.

   — E que curso você fez na faculdade?

   — Gastronomia. Eu sonho um dia, quem sabe montar algo para mim... é um sonho...

   — E o que foi feito da mulher que você amou?

   — Eu era ainda uma garota e ela também. Nós nos apaixonamos e tivemos uma história de amor e de sex* avassaladora. Mas, um dia ela conheceu um rapaz que estudava com ela e ele era rico. Ela me deixou e se casou com ele. Quando soube que eu fazia programas, tentou várias vezes me convidar, mas eu nunca aceitei.

   — Ainda a ama?

   — Eu acho que não mais, mas não quero sair com ela, acho que nem por todo o dinheiro do mundo. Ainda tenho mágoa, talvez. Mas, isso é passado e o amor, eu acho que não é para todos, não é mesmo?

   — Eu não sei... Ingrid eu acho que o amor é a seiva da vida, mas não sei, talvez não seja mesmo para todos. Mas, eu estou me sentindo muito mal, Analu nunca vai se divorciar de Marília, eu não quero mais essa relação para mim. Cedi, fui fraca, covarde...

   Silenciei quando a mão macia e perfumada de Ingrid cobriu meus lábios dizendo:

   — Não se maltrate tanto... É normal que tenha cedido, o amor não morre assim porque decidimos não querer mais amar... ele vai morrendo com o tempo. Isso vai passar, acredite. O importante é que você deseje se libertar disso, isso já é meio caminho andado.

   — Você acha mesmo?

   — Sim. Quando determinamos algo e lutamos em prol daquilo, o universo se encarrega de fazer o restante. Mas, estou aqui, se quiser desabafar.

O sorriso de Ingrid apareceu e seu olhar iluminou-se como se me cobrisse de luz e uma sensação estranha de bem estar me tomou de conta. Respirei profundamente e foi como se o mar estivesse mesmo levado parte, acho que grande parte da dor que eu sentia quando saí do quarto de hotel.

   — Obrigada. Creia que estou bem melhor.

Ingrid ergueu a tulipa e brindamos. Mudamos de assunto quando ela disse:

   — Fale-me de você, um pouco.

   — Bem... eu não tenho muito o que falar. Nasci no Morro da Rocinha. Minha mãe era garota de programa, não igual a você, não. Ela era tradicional, saía somente com homens. Perdoe-me Ingrid, você já saiu com homem alguma vez?

   — Não. Nunca beijei um homem, sempre gostei de mulher e me assumi assim. Sair com homem seria violentar a minha essência. Mas, continue...

   — Um dia ela saiu com meu pai, ele era muito rico. Ela engravidou, mas escondeu esse fato dele. Eu nasci. Minha mãe poderia ter optado pelo aborto, mas decidiu seguir com a gravidez. Depois de algum tempo ela se envolveu com um traficante, se apaixonou por ele, eu acho. Mas, com o tempo ela percebeu que ele era um homem violento e com medo das ameaças dele, ela falou de mim para meu pai. Um mês depois ela foi assassinada por ele, que não aceitou o fim do relacionamento. Meu pia me levou para o Leblon que era onde ele morava. Eu vivi com eles anos maravilhosos, porque mesmo nunca tendo tido qualquer tipo de contato até aos quatorze anos, nós nos amamos no primeiro olhar. Mas o destino resolveu levar meu pai também, que morreu alguns anos depois vítima de um câncer fulminante. Hoje vivo com Marina que era a governanta da casa onde meu pai viveu e Maria a cozinheira que mora lá mesmo. Eu acho que é isso.

   — E antes de Analu, você teve outra pessoa, amou alguém?

   — Quando eu ainda morava no Morro, eu conheci Lizandra, éramos amigas desde crianças, crescemos juntas na favela. Descobrimos o amor em nossas brincadeiras. Um dia ela me beijou e eu achei maravilhoso aquilo. Eu tinha quatorze anos e ela dezesseis. Um mês depois desse beijo, nós fizemos amor. Ela era a negra mais linda do Morro, eu estava apaixonada por ela e sabia que ela me amava, fazíamos planos para o futuro. Ela dizia que um dia nos casaríamos, mas Deus fazia outros planos para nós, e um dia de tiroteio na favela, Lizandra foi assassinada. Chorei muito. Sofri como nunca imaginei que uma pessoa apaixonada podia sofrer. E depois da morte dela, perdi minha mãe. Segui com meu pai para o Leblon e nunca mais voltei no Morro, não havia mais nada lá que eu amasse. É essa a minha história.

   — Lamente por tudo isso.

O olhar de Ingrid me cobriu como se fosse um manto e sua mão acariciou a minha, quando meu corpo sentiu leve fremir. Uma brisa amena balançou meu cabelo e eu os prendi num coque no alto da cabeça. Ela sorriu.

   — E seus pais Ingrid?

   — Minha mãe morreu. E meu pai mora no sul de Minas com a esposa e meus irmãos, que vez ou outra eu vou visitar. Mas, vamos falar de coisas boas, o que acha?

   — Eu acho uma ótima ideia. E por falar em coisa boa, eu adorei a boate que fomos aquele dia, será que podíamos ir novamente?

   — Sim, o dia que você quiser.

   — Que tal hoje a noite?

   — Sim, está perfeito.

Ela concordou quando Edson chegou. Eu a apresentei a ele e logo os dois conversavam feito grandes amigos. A tarde já caía quando nos despedimos, combinando o horário que nos encontraríamos na boate. Ao chegar em casa senti meu coração acelerado com a presença de Enzo que sem me avisar havia antecipado a sua viagem.

   — Minha nossa senhora que alegria ver você Enzooo!!! Aiii que coisa maravilhosa!!!

Enzo me tomou em seus braços e me rodopiou no ar. Seus lábios deitavam sobre minha face diversas vezes em beijos carinhosos, falando da saudade que tinha sentido e que ficaria comigo alguns meses.

   — Edson, veja...

Enzo tomou a mão de Edson e a apertou suavemente. Os olhos azuis e expressivos de meu primo deitaram sobre o rosto bonito de Edson quando ele disse:

   — Como vai Edson? Quantos anos nós não nos vemos, não é mesmo?

   — Estou bem e você? Sim, muitos anos mesmo.

E os dois conversaram um pouco, depois Enzo seguiu para o quarto que era o seu ali no meu apartamento. Papai amava Enzo e sempre fizera questão de que ele nos visitasse. Hoje Enzo era adulto e não precisava mais do consentimento de sua mãe para fazer isso, o que nos deixava mais livres para viver o amor que nos unia. Éramos família e valorizamos isso.

   — Enzo... – eu bati suavemente em sua porta, — posso entrar?

   — Oh sim, entre minha amada, estou finalizando o banho, a porta está aberta.

Eu adentrei seu quarto. Ele saiu do banheiro, seu cabelo estava solto e cobria parte do ombro, dando a seu rosto delicado ainda mais a beleza de uma ninfa.

   — Eu tenho um compromisso, bem... mas posso cancelar.

   — De maneira alguma, não vamos magoar o coração da jovem... – ele disse isso e rimos alto.

   — Mas claro que poderá nos acompanhar, vamos a uma boate, nada demais...

   — Eu agradeço muito minha amada, mas vou preferir ficar em casa e descansar da viagem, fico com o convite para outro dia. Teremos muito tempo para isso. Vá tranquilamente, depois conversamos sobre tudo...

Eu beijei seu rosto e saí. Segui para meu quarto, tomei um banho demorado. Depois tirei do guarda-roupa um vestido vermelho, com decote na frente que deixava parte discreta dos meus seios à mostra. O vestido descia grudado ao corpo até a cintura e depois se fazia em saia rodada com renda delicada na barra. Calcei uma sandália alta e preta. Deixei meus cabelos soltos e usei um dos meus perfumes preferidos. Olhei-me no espelho, estava bem.

   — Como estou? – eu perguntava para Edson que abriu e fechou a boca ao mesmo instante. — Puta que pariu que delícia de mulher, eu confesso que se gostasse dessa fruta, eu não lhe deixaria para ninguém...

   — Posso levar você até a boate...

   — Não precisa bicha, eu vou de uber. – disse isso e saí.

A entrada da boate logo eu avistei Ingrid, que veio ao meu encontro. Seus olhos grandes me cobriram com admiração e ela assim como Edson, abriu e fechou a boca no mesmo instante e depois de me abraçar, disse:

   — Você está simplesmente... tentadora!!!

Seguimos para o interior da boate. A garçonete estava ainda mais linda e veio ao nosso encontro sorridente. Cumprimentou-nos com delicadeza e saiu em busca do que Ingrid tinha pedido. Dois chopes vieram e brindamos. O olhar dela parecia diferente naquele dia e eu me sentia hipnotizada com sua beleza. Seu corpo esguio vestia uma calça azul marinho e uma camisa branca de seda, com as mangas dobradas. Depois do brinde, o ar foi saturado por uma música lenta.

   — Quer dançar? – ela perguntou baixinho levando a tulipa com cerveja a boca e sorvendo um gole generoso.

   — Sim.

A pista de dança já estava com alguns casais, na grande maioria homossexual. Ingrid me enlaçou em seus braços, quando o cheiro de seu corpo rebuliçou minha narina. Ela me comprimiu um pouco mais pra perto de seu corpo e eu pude sentir a rigidez da carne de suas pernas malhadas quando elas encostaram-se às minhas. Eu respirei aquele aroma e senti que meu corpo se encaixava de forma agradável nos braços dela. O movimento lento de nossos corpos e o roçar dos meus seios nos seios pequenos de Ingrid ia me fazendo sentir vontade de fazer sex*. Nesse instante tentei imaginar Analu, mas sua imagem não veio até mim, fazendo-me sentir medo do que o corpo de Ingrid estava despertando em mim. A música foi sucedida por outra e nós continuamos a dançar. O corpo dela se juntou ainda mais ao meu e eu senti um tremor com aquilo, mas não relutei. Depois de mais uma música, voltamos para a mesa e pedimos mais chope.

   — Você está maravilhosamente linda Enya... – ela me disse sorvendo mais um gole de chope. Depois sorriu de uma maneira maliciosa com seus olhos grandes deitando sobre meus seios.

   — Obrigada.

O olhar de Ingrid abriu-se mais quando olhou em direção a escada que dava acesso ao andar que estávamos. Eu o segui e me deparei com a imagem de Analu de mãos dadas com Marília.

   — Quer ir embora? – ela me perguntou.

   — De maneira alguma, eu acho que não vou me importar tanto com a presença delas.

   — Tem certeza?

   — Sim. A menos que você não queira mais ficar... – eu parei a frase, recordando-me que ela não poderia decidir isso, eu a pagava. Ela sorriu, piscou para mim e tomou minha mão beijando-a com suavidade, quando o olhar de Analu nos avistou. Senti meu corpo estremecer lentamente com aquele gesto. O olhar de Analu nos fuzilou, eu podia ver mais nitidamente conforme ela se aproximava de nós, ainda de mãos dadas com a esposa.

   — Que coincidência agradável, veja Marília.

E nos cumprimentou, seguida de Marília que lançou um olhar um tanto estranho em direção a Ingrid que somente sorriu e balançou a cabeça em cumprimento. Elas seguiram para uma mesa afastada de nós. Ingrid pediu licença e foi ao banheiro. Logo em seguida vi quando Marília também seguiu e sentindo uma curiosidade mórbida eu segui ao banheiro também.

   — Ela é sua nova dona?! – pude ouvir a voz de Marília quando me aproximei do lavabo que ficava num compartimento anterior ao banheiro. — Por isso, então se recusa a sair comigo? É propriedade privada dela, agora? Eu pago o dobro que ela está te pagando...

   — Pague o triplo, Marília e ainda assim, eu não sairei mais com você... com licença...

   Eu ouvi isso e voltei para a mesa. Minutos depois Ingrid retornava. Meu corpo estava trêmulo e eu não sabia precisar se era medo de Analu descobrir ou se era por outro sentimento que eu preferia ignorar ou ainda não tinha tomado ciência. Talvez fosse mais correto eu fingir que não tinha ouvido nada, mas não me contive e indaguei.

   — Marília e você... já saíram junta? Eu não tive como não ouvir...

   — Sim. Mas faz tempo.

   — Por que nunca me disse isso? Eu não sabia que ela traía Analu, como pode isso? Você não me falou...

   — Enya, eu sou discreta, não faz parte do meu trabalho falar com quem eu saí ou deixei de sair. Analu também trai a esposa, não é verdade?

   — Sim... você tem razão, desculpe-me. Eu só fiquei chocada... surpresa...

   — Pois não fique. Muitas mulheres traem, pagam garotas porque dizem que é mais seguro, então... deixemos esse assunto de lado.

   — E porque não quer mais sair com ela? O que ela lhe fez?

O olhar de Ingrid me fez ver que eu estava sendo invasiva e eu mudei de assunto.

   — Você quer dançar? – eu indaguei sentindo os olhos de Analu sobre nós.

Ela levantou e me estendeu a mão. Seu corpo junto ao meu me fez esquecer o assunto e um prazer delicioso inundou meu ser quando ela sussurrou em meu ouvido.

   — Seu perfume é maravilhoso!

Seus braços me comprimiram um pouco mais e eu me deleitei com aquele estreitamento. Seus lábios roçaram devagar meu pescoço e ela disse:

   — Ela está olhando...

Sua boca deitou sobre a pele do meu pescoço beijando-me suavemente. Meu corpo eriçou-se me fazendo sentir um júbilo com aquilo. O olhar de Analu cruzou com o meu quando meu corpo contornou mansamente o circuito da dança e eu pude sentir o ódio naquele olhar esverdeado. Eu beijei o pescoço de Ingrid imitando o gesto anterior dela. Senti sua pele arrepiar-se ou desejei sentir isso? Eu não sei.

   — Delícia... – ela sussurrou em meu ouvido e eu sorri, repetindo o beijo suavemente em seu pescoço, mas não sei mais se era somente para Analu ver ou se era por desejo meu.

Dançamos mais algumas músicas e depois seguimos para a mesa. Tomamos mais alguns chopes e pedi a conta.

   — Deseja mesmo ir embora? – ela me perguntou de repente. Eu não queria ir, mas não sabia o que fazer.

   — Podemos ver o nascer do sol na praia... talvez...

   — Podemos ver de uma janela? – eu indaguei inesperadamente. Ela sorriu sem entender o que eu dizia quando abri a porta do carro uber que estava estacionado ali. Ela me deu passagem para entrar primeiro, depois sentou-se ao meu lado. Senti vontade de rir quando falei o nome de um motel, do olhar de espanto que ela fez.

   — Não precisa fazer nada, eu quero apenas ver o nascer do sol de uma janela ao lado de alguém.

Ingrid balançou a cabeça sem dizer nada. Abriu o frigobar e pegou uma cerveja e duas taças. Encheu as duas e me entregou uma. Eu agradeci. Ela sentou-se ao meu lado na cama. O sol ainda ia demorar um pouco a acordar. Brindamos. Os olhos de Ingrid desceram aos meus seios e eu senti um tremor pelo meu corpo, imaginando se ela não fosse uma garota de programa, se eu não a estivesse pagando, talvez sua língua pudesse deslizar sobre eles. Imaginando isso eu podia sentir que eles iam ficando turgescidos. Eu sorri com esse pensamento e ela me indagou o que era.

   — Estava pensando bobagens... nada demais...

Os olhos dela cruzaram com os meus. Sua mão tomou da minha a taça e depositou numa mesinha ao lado da cama. Minhas pernas estavam cruzadas nesse instante e acho que minha calcinha aparecia um pouco. Ingrid levantou e colocou uma música. Tomou a minha mão e enlaçou a minha cintura, fazendo com meus seios ficassem comprimidos aos dela. Percebi desconcertada que ela sentiu o enrijecimento deles. Sua boca bafejou em meu pescoço um hálito quente e perfumado e eu estremeci, quando a língua dela passeou sobre ele. Uma mão macia e leve abria o zíper do meu vestido e ele desceu para meus pés, quando eu os ergui um por um e mudei de lugar e continuamos a dançar lentamente. Minhas mãos caíram do pescoço dela e celeremente abriam os botões de sua camisa e eu a atirei sobre o sofá. Desabotoei seu sutiã e seios pequenos e firmes surgiram. Ela fez o mesmo e meus seios grandes e firmes uniram-se aos dela, fazendo meu corpo sentir uma satisfação intensa. E dançamos. A música acabou e ela pegou as taças com cerveja e me entregou uma e bebemos, sentadas na cama e com o nosso olhar imerso um no outro. Estávamos hipnotizadas, tentando entender o que os nossos olhos conversavam tão silenciosamente. A língua dela caminhou vagarosamente em torno dos seus lábios, quando seus olhos desvencilharam-se dos meus e deitaram sobre meus seios enrijecidos denotando o desejo. Ingrid me deitou lentamente sobre a cama, depois que pegou a minha taça e colocou novamente sobre a mesinha. Seus olhos voltaram-se novamente para os meus como se buscassem consentimento para me tocar. Eu sorri, fechei os olhos e abri novamente devagar. Sua boca beijou-me o pescoço, correndo a língua molhada e macia por sobre ele de maneira suave. E foi descendo devagar, beijando meu colo, depois recostou seus lábios sobre os meus de maneira suave, macia e deliciosa. Eu corri a língua devagar em torno dos seus lábios e ela me beijou com sofreguidão, eu correspondi e travamos uma brincadeira de pega-pega no interior de nossas bocas, onde minha língua adentrava a dela e ela ch*pava, depois ela me presenteou com a sua língua e senti a maciez e fiz o mesmo com ela. Ficamos assim por segundos, minutos, não sei precisar. Ingrid tirou os seus lábios dos meus e desceu pelo meu pescoço, fazendo meu corpo arrepiar. Sua boca quente engoliu devagar um dos meus seios e eu estremeci, depois ela o soltou também devagar e mordeu vagarosamente o bico que estava enrijecido demais para eu negar o prazer que ela me causava. Ela o circundou com a ponta da língua e o engoliu novamente, enquanto tomava o outro entre seus dedos o massageando deliciosamente. Cada vez que ela mordiscava ou massageava o bico do outro seio eu sentia pontadas agudas em minha vagin* que me denunciava o quanto estava úmida. Eu gemi quando ela tirou o seio que estava na boca e tomou o outro ch*pando o bico e engolindo todo o seio que sua boca alcançasse. Suas mãos iam deslizando pela minha barriga como se fossem bailarinas e minha pele ia arrepiando de tal forma que me fazia sentir dor, uma dor maravilhosa! Ela tirou a boca dos meus seios e desceu pela minha barriga, eu gemia baixinho. Sua mão macia ia contornando ao redor enquanto a língua descia e subia pelo meio, chegando até perto da minha intimidade que implorava por ela. Suas mãos abriram suavemente minhas pernas e sua cabeça mergulhou no calor que eu exalava e ela disse:

   — Quer que eu pare? O sol já está quase nascendo...

   — Somente pare se esse for o seu desejo... – ali eu tinha esquecido que havia um contrato, eu a desejava e queria que ela sentisse o mesmo por mim.

Ela me penetrou com sua língua, depois gem*u baixinho e circulou-a por toda a minha cavidade sentindo o quanto eu estava molhada. Tomou meu clit*ris nos lábios e o ch*pou fazendo meu corpo subir e descer num movimento cadenciado. Novamente ela me penetrou com a língua e depois me ch*pou demoradamente, sentindo meu corpo subir e descer num desespero prazeroso até sentir minha explosão de orgasmo. Eu tremia tamanho o deleite que sentia quando ela me penetrou com aquele dedo macio e grande, deixando que eu também a tocasse com desejo intenso e juntas nós explodimos. Eu denotava vontade de descansar, mas Ingrid tomou meu corpo e juntou ao dela, unindo nossas intimidades encharcadas pelo gozo e começou e friccionar na minha, num vai e vem desesperador e eu a acompanhei sentindo meu corpo em febre pelo tesão que ela me causava. E depois de minutos naquela dança de acasalamento eu e ela goz*mos de maneira deliciosa. O sol já anunciava o seu nascimento. Ela levantou-se e abriu uma cerveja, eu agradeci e sorvi um grande gole, estava com sede. Ela sentou-se ao meu lado e acariciou meu rosto.

   — Você é deliciosa... maravilhosaa!!!...

Eu ri. Ela também era, mas eu não disse nada. O sol estava em contração e logo nasceria o seu brilho dizendo que mais uma manhã era parida. Eu segui para a janela, nua. Ingrid me abraçou por trás e ficamos ali vendo o sol parir mais um dia. Depois de algum tempo abraçadas, nós nos desvencilhamos. Seus olhos cruzaram com os meus e ficamos assim por minutos, eu acho. Sua mão suave acariciou meu rosto e eu senti uma paz imensa me envolver com aquele gesto, mas não disse nada, eu não sabia o que dizer. Ela tocou seus lábios nos meus e nós nos beijamos com desespero e sofreguidão e voltamos para a cama. Ingrid me amou com mansidão, com enlevo e meu corpo respondia a cada toque seu com um prazer ainda maior do que a primeira vez. Uma onda de orgasmo sacudiu nossos corpos e explodimos juntas num gozo sensacional e quase inexplicável.

   — Eu... bem... você é maravilhosa Ingrid... eu...

Eu não sabia o que dizer, nunca havia pagado ninguém para fazer sex* comigo. E ela sorriu. Depois beijou meus lábios com suavidade e me estendeu a mão para levantar da cama. Tomamos banho juntas. Depois nos despedimos e segui para casa. Deitei-me na minha cama sentindo algo estranho demais para entender o que era. Busquei em mim a imagem de Analu, mas não a encontrei em meus registros de amor, estranhei tudo aquilo. Adormeci saciada sem a imagem de Analu. Meu corpo cheirava ao de Ingrid Maralha a minha garota favorita.




 

Fim do capítulo


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Comentários para 4 - Capítulo 4:
Brucourt
Brucourt

Em: 20/11/2018

Verdade, esqueci de pontuar isso kkkk :-D mass no caso delas, caiu bem, eu acho hehehe...

Mais um capítulo essa semana ? Aí meu core S2. Amei ? :-D.

 


Resposta do autor:

Verdade Bru, caiu bem essa música kkkkkk... e a amante um dia casa, não é mesmo? Então vamos ver o que vai acontecer com Enya, que pelo jeito não quer mais ser amante. Segura que hoje tem mais um capítulo. kkkkk... Obrigada lindona pelo carinho comigo, que sou uma aprendiz de escritora. Bjs.

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Brucourt
Brucourt

Em: 20/11/2018

Imagina a alegria da pessoa quando viu que a história foi atualizada :-D heuheu...

"E o preço que eu pago é  nunca ser amada de verdade [..] Amante não tem lar, amante nunca vai casar",  só me veio à mente essa música durante a "conversa" da Enya e a Analu(vaca).

Analu cornaaa, ADOREEEEI haha :-D

Ingrid, já te adoro guria :-D , e Enya não deixa a Ingrid escapar, viu ?

Capítulo maraaaa, adorei...

Abraço.


Resposta do autor:

kkkkkkkk.... imagina a alegria da pessoa com esse comentárioooo... demaisss Brucourt, encheu meu coração de prazer. kkkkkk e nossa achei engraçado você recordar essa música de Marília Mendonça kkkkkk que nem sempre é verdade, não é mesmo?! A amante um dia casa, mesmo que seja com outra, ou outro... kkkkkkkk... Confesso que sou fã da Ingrid Maralha também. Ohhhh Bru... que alegria o seu comentário. Vamos torcer para que Enya não perca essa garota favorita. Aguarde, acho que ainda teremos mais um capítulo essa semana, estou trabalhando firme para isso. Beijos queridona e obrigada mesmo!!! Comentário é o que me faz sentir que valeu a pena!!

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