Capítulo 15- Estupidez??
Roberta chegou ao hospital para saber de Carolina, e viu Carlos na recepção, ele parecia preocupado, roía as unhas, e sacudia uma das pernas. Pelo horário ela estranhou que ele não estivesse na UTI com a irmã, a presença dele sempre mexia muito com ela, as lembranças e sensações vinham como uma cachoeira.
-- Oi Carlos. – Chamou sua atenção –
-- Oi Roberta. – Olhou para cima –
Carlos levantou e cumprimentou a ex-namorada com beijos no rosto, ainda sentia o corpo arrepiar quando tocava sua pele, exatamente como acontecia quando eram namorados. Aquele toque foi como um bálsamo para sua pele, os lábios tocando o rosto que eles tanto conheciam provocavam sensações tão latentes que os dois não conseguiam descrever com palavras, e nem precisavam. Carlos ficou sem graça e colocou as mãos nos bolsos da calça jeans.
-- Por que você não está lá na UTI? Aconteceu alguma coisa?
-- Sim, Carol está em cirurgia.
-- De novo? – assustou-se –
-- Sim, ela teve uma hemorragia por causa do acidente e uma parada cardíaca, Izabel está operando agora.
Carlos mostrou a cadeira ao seu lado e Roberta sentou-se quieta, em seus pensamentos, estava apreensiva com o estado de saúde da melhor amiga, mas também ficou abalada com a presença de Carlos, tinha medo de acabar cedendo aos seus sentimentos e magoando Lucas.
-- Ela disse quanto tempo levaria?
-- O que? – Estava admirando Roberta --
-- A cirurgia.
-- Não, mas já tem mais de três horas, desde a hora que ela me ligou e que eu estou aqui.
-- Que Deus proteja minha amiga. – Segurou a cabeça com uma das mãos –
-- Vai dar tudo certo. – Fez um carinho em suas costas –
Roberta arrepiou inteira ao sentir o toque do ex-namorado. Disfarçou e levantou o corpo para encostar-se na cadeira, Carlos retirou a mão encabulado. Existia uma tensão imensa entre os dois ainda, mesmo depois de tantos anos.
-- Você está muito diferente desde a última vez que eu te vi. – Carlos comentou –
-- Sim, eu estava em uma depressão terrível, tinha engordado muito. – Lembrava-se da ocasião – Mas Carol me ajudou e conseguiu uma cirurgia de redução de estômago para mim. – Apertava a bolsa no colo – Ela sempre esteve ao meu lado. – Emocionou-se—
-- Sim, Carol sempre foi muito madura para a idade que tinha. Enfrentou tudo de frente, todas as perdas. – Lágrimas vieram em seus olhos também – O que eu não consigo entender é o que essa mulher tem que sempre deixou Carolina de quatro por ela.
-- Samantha é muito manipuladora, ela sabe ser sedutora, ela sempre fez o que quis com Carol. Eu sempre disse a ela que Samantha nunca ia mudar. Mas sabe como Carol é, ela sempre acredita no melhor das pessoas.
-- Eu sei, ela tem um coração enorme.
-- Enorme e bobo. E acaba sofrendo sempre. – Revirou os olhos –
-- Verdade. Eu me lembro de quando ela me contou sobre a opção sexual dela. Ela tinha reencontrado essa Samantha, e estava apaixonada. – Carlos relembrava –
-- Eu lembro que eu falei pra ela numa dessas idas e vindas das duas pra ela pular fora desse barco, que ela ia afundar. – Riu – Mas é claro que a teimosa mais teimosa do mundo não me deu ouvidos. Ela sempre acreditou que Samantha poderia mudar.
-- Ela é muito teimosa mesmo. – Sorriu --
Setembro de 2000
Samantha insistia em procurar Carolina que hesitava em ceder aos caprichos da moça rica. Mas até a mais forte de todas um dia se rende aos desejos do corpo.
Mais uma noite, Samantha aguardava Carolina na saída da faculdade. A garota já não tinha mais desculpas para dar a Raquel que sempre perguntava porque uma amiga aparecia tanto para dar uma carona a ela.
-- Samantha. – Abaixou na janela do carro –
-- Entra meu amor. – Ligou o carro –
-- Samantha, isso tem que parar. Você não pode ficar aparecendo aqui todo dia.
-- Por que não? Entra Carol.
Carolina suspirou e entrou no carro. A presença de Samantha era um perigo que ela gostava de sentir, e queria viver.
-- Samantha, o que você quer?
-- Eu já te disse, eu quero você. – Dirigia –
Carolina olhou para a janela do carro, via o movimento na rua, os carros passando por elas, e pensava se isso poderia dar certo, ela queria viver essa paixão, mas sentia muito medo por ser Samantha.
-- O que você quer de mim?
-- Eu quero namorar você. Aceita namorar comigo.
-- E como seria esse namoro? – Levantou uma sobrancelha--
Samantha acabou rindo com a pergunta de Carolina. – Como outro qualquer, ué. – Deu de ombros – Eu vou vir te pegar na faculdade ou no hospital quando der, vamos sair, ir ao cinema, jantar fora, fazer juras de amor, beijar muuuuuuito. – Riu –
-- Sei. – Olhou para a janela novamente –
-- Carol, me dá uma chance. Eu não vou te decepcionar. – Segurou a mão dela--
A médica olhou para a modelo e ficou a observando, acreditava que Samantha estava sendo sincera em suas intenções, mas não acreditava que essa promessa fosse cumprida, a vontade de se entregar era enorme, mas sua mente sempre a traía, estar com a modelo estava sendo novamente gostoso, ela adorava a presença de Samantha em sua vida e depois de pensar muito, resolveu arriscar.
-- Samantha, talvez essa seja a coisa mais estúpida que eu vou fazer na minha vida, mas eu vou aceitar o seu pedido.
-- Nossa, você sabe ser romântica! – Franziu a testa --
As duas acabaram rindo. – Sou muito prática, acostume-se com isso.
Samantha segurou a mão de Carolina e a beijou, sorriu e continuou dirigindo, parou em um restaurante e levou a namorada para seu primeiro jantar de comemoração.
-- Precisamos comemorar. – Parou o carro no estacionamento –
-- Samantha, não pode ser no fim de semana? Eu estou cansada.
-- Não, tem que ser hoje. Vou marcar no meu calendário, o dia que você disse sim.
Samantha puxou Carolina para um beijo ardente, a abraçou e a médica aceitou de bom grado aquele momento. Gostava muito quando Samantha a beijava, tinha um gosto bom de perigo, era como uma escalada sem cordas, a qualquer momento ela poderia cair sem proteção, mas ela queria seguir e subir mais e mais.
Samantha a olhou após o beijo e sorriu, acariciou seu rosto e ficou em silencio.
-- O que foi?
-- Nada, eu só estou te admirando. Você é tão linda! – sorriu –
Carolina se sentiu bem recebendo aquele elogio. Sorriu de volta, ela percebia que Samantha realmente tinha sentimentos por ela e resolveu arriscar.
-- Vamos entrar. – Samantha convidou –
As duas mulheres entraram no restaurante, Carolina ficou encantada com o lugar, lindo, bem arrumado, muito elegante, tinha a decoração rústica, mesas e cadeiras de madeira com acolchoamento em couro. Uma moça com um sorriso estampado no rosto veio recepcioná-las, como na churrascaria, ela reconheceu Samantha e a chamou pelo nome.
-- Boa noite, Senhora Samantha! Seja bem-vinda.
-- Boa noite, eu não tenho reservas para hoje, você consegue uma mesa pra duas pessoas?
-- Eu tenho certeza que eu consigo sim. Um minuto.
A moça saiu e deixou as duas esperando no hall.
-- Você é bem conhecida nesses restaurantes. – Carolina ficou incomodada –
-- Eu venho muito a esses lugares com algumas pessoas do meio da moda, fazer reuniões, encontros sociais, essas coisas. – Deu de ombros --
-- Sei. – Levantou uma das sobrancelhas --
A recepcionista voltou com o mesmo sorriso simpático e anunciou sua conquista.
-- Senhora Samantha, temos uma mesa perfeita, me acompanhe, por favor.
A moça as levou até uma mesa pequena, acomodada perto de uma janela, tinha apenas dois lugares, percebia-se que fora posta ali apenas para atender Samantha.
-- Obrigada.
A recepcionista saiu e o garçom apareceu com os cardápios, entregou às moças e saiu. Samantha abriu o cardápio de capa dura, e começou a olhar, Carolina fez o mesmo e não sabia por onde começar, viu os preços dos pratos e se arrepiou inteira.
-- Samantha, isso aqui é o olho da cara! O preço desse vinho é o que eu vou receber por uma semana de plantão, tem certeza que é aqui mesmo? – Disse olhando por cima do cardápio –
Samantha riu do espanto da namorada. Abaixou o cardápio e olhou para ela com ternura, sabia que Carolina não estava acostumada a ambientes caros e sofisticados, mas ela queria oferecer o que conhecia de melhor para a namorada.
-- Meu amor. Não se preocupe, estamos no lugar certo. Hoje nós vamos comemorar. Acostume-se a isso, pois eu sempre te levarei para jantar.
-- Não pode ser uma pizza? -- Levantou uma sobrancelha – Ou um cachorro quente?
-- Hoje não, da próxima vez eu te levo em um rodízio. – Piscou –
Samantha chamou o garçom e começou a listar os pratos que queria comer com Carolina, as duas optaram por massas com acompanhamentos simples e a modelo pediu uma garrafa de vinho.
Carolina estava incomodada com o absurdo que Samantha iria pagar, mas a moça estava feliz por ter enfim conquistado seu maior troféu. A futura médica era sua namorada.
O jantar transcorreu calmamente, as duas conversaram amenidades, trocaram olhares de desejo, Samantha buscava os pés de Carolina debaixo da mesa e a garota estava sem graça, reclamava com Samantha que estava gostando de brincar com a timidez de Carolina.
-- Samantha, para de ficar procurando meu pé debaixo da mesa. – Ralhou com a namorada –
-- Você está linda coradinha de vergonha. – Riu –
-- Você não perde a mania de implicar comigo, não é? – Reclamou –
-- Meu amor, não é de mau gosto, desculpe, não vou mais fazer isso. – Recolheu as pernas –
-- Desculpa, é que eu ainda tenho receios. – Olhou para o copo – É difícil pra mim pensar que uma mulher como você poderia gostar de mim.
-- Por que? Você é linda, encantadora, meiga e tantas outras qualidades, eu me admiro você estar solteira até hoje. Achava que você iria casar e ter filhos e tudo o mais.
-- Eu nunca quis esse tipo de coisa. – A encarou –
-- Mas eu achava que era só uma fase, não acreditava que você realmente ficaria sozinha.
-- Nunca me envolvi. Eu não me vejo casada, cuidando de homem. E nunca me passou pela cabeça que poderia namorar uma mulher. Principalmente se essa mulher é você. – Sorriu—
-- Isso ajuda muito. – Levantou o copo em sua direção --
-- Samantha, eu vou te pedir uma coisa. – Olhou séria –
-- O que você quiser. – Segurou a mão da médica sobre a mesa –
-- Eu vou te pedir paciência. – Suspirou – Eu tenho questões pessoais sérias e relacionamentos não são fáceis para mim. – Trançou os dedos nos de Samantha – Eu não sou como as outras mulheres que já passaram pela sua vida.
-- Eu sei, e é por isso que eu me apaixonei por você. Você é diferente das outras meninas.
As duas estavam alheias ao ambiente em que estavam, algumas pessoas repararam que estavam de mãos dadas e começaram a comentar, Carolina percebeu que isso estava incomodando no ambiente e retirou sua mão, colocando no colo debaixo da mesa.
Samantha viu o rosto da namorada ficando vermelho de vergonha, e percebeu que ela ficou incomodada com aquele gesto simples. Normalmente faria um barraco, mas inexplicavelmente não queria expor Carolina.
-- Carol, você está com vergonha de nós?
-- Não Samantha, é que eu não estou acostumada a isso, além do relacionamento ser novo, estar em um ambiente público assim. – olhou em volta – Esse é outro motivo para você ter paciência comigo. Não vai ser fácil.
-- Não se preocupe, é mais fácil você ter que exercitar seu lado espiritual comigo do que eu com você. – Gesticulava – Vai por mim, benzinho.
-- Isso é pra eu ter medo? – Levantou a sobrancelha –
-- Não. Eu acho que não. – Riu – Olha Carol, eu sei que você é diferente de todas as mulheres e homens que eu já tive até hoje.
-- Homens? – interrompeu –
-- Sim, homens.
-- Você me disse na escola que era lésbica.
-- Eu sou bissexual. Eu saio com homens e mulheres. – Balançou os ombros –
-- Sai? No presente? – Cruzou os braços –
-- Saía. – Tentou corrigir – Saía, agora eu sou só sua.
-- Está vendo quando eu digo que eu não consigo me entregar totalmente? Você mesmo se entrega.
-- Hoje é o nosso primeiro dia, não me cobra tanto, a partir de hoje eu sou uma mulher comprometida e não tenho olhos para mais ninguém.
-- Sei. – Desconfiava –
-- Carol, eu terei paciência com você, é claro. Eu vou cuidar de você.
-- Samantha, vamos embora? Minha mãe deve estar preocupada comigo, já está tarde.
-- Liga para casa.
-- Eu não tenho telefone, esqueceu?
-- Usa o meu. – Pegou na bolsa –
Entregou o aparelho para Carolina, que não sabia como usar. A garota ficou olhando para o telefone e não conseguia desbloquear.
-- Samantha, eu não sei usar esse troço. – Devolveu contrariada –
A modelo pegou o telefone e desbloqueou o aparelho, devolveu para a futura médica.
-- É só digitar os números.
Carolina fez como Samantha ensinou e ligou para casa, falou com Carmem que realmente já estava preocupada e tranquilizou a mãe.
-- Mamãe, eu estou com Samantha, estamos jantando, daqui a pouco eu vou para casa.
-- Minha filha, eu não sei se eu fico mais calma ou mais nervosa. Eu não sei o interesse dessa moça por você, mas isso não está me cheirando nada bem.
-- Não se preocupe, já estamos saindo. Beijos.
Desligou o telefone e devolveu para Samantha.
-- Vamos logo, senão minha sogra vai ter outra Carolina em casa se eu não devolver a filha dela inteira. – Chamou o garçom – Fecha a conta para mim.
-- Ela não gostou muito de eu estar com você. – Riu –
-- Sua mãe me conhece bem, né. – Fez uma careta – Menos um ponto pra mim.
Carolina riu, estava se sentindo bem, estava leve, apesar do medo do desconhecido, apesar de estar entrando em águas turbulentas, sabia que esse relacionamento não seria fácil, mesmo assim resolveu arriscar.
As duas moças entraram no carro e Samantha a levou em casa. No portão, antes de sair do carro, Carolina deu um beijo apaixonado na namorada.
-- Quando eu te vejo agora? – Samantha perguntou –
-- Quando você quiser. Sabe onde me encontrar. – Piscou –
Samantha sorriu e a beijou novamente. Carolina agradecia aos céus pelo insulfilme do carro de Samantha ser tão escuro. A garota desceu e entrou no portão, viu o carro da modelo fazer uma manobra e sair em direção à rodovia.
Quando entrou em casa, encontrou Carlos sentado no sofá assistindo TV. O rapaz a olhou e percebeu que a irmã ficou encabulada.
-- Boa noite. – Ia passando direto –
-- Carol. – Ele a chamou – Não vai jantar?
-- Não, Samantha me pegou na faculdade e me levou para comer. – Sorriu –
-- Carol.
Ela estava saindo para o quarto tentando escapar da curiosidade do irmão, mas Carlos a chamou e bateu com a mão no sofá. Indicando para que ela se sentasse. Carol sabia que o irmão ia falar sobre Samantha. A menina sentou-se ao lado do irmão depois de soltar um audível suspiro.
-- Carol, você está certa do que está fazendo? Eu não me importo por você estar namorando uma mulher, mas o que me preocupa é que essa mulher é essa Samantha que sempre te fez mal na escola.
-- Como você sabe?
-- Eu sei. – Virou-se de frente para a irmã – Você está diferente, está mais alegre, com um sorriso no rosto. Está chegando tarde, está andando mais com ela. Com certeza vocês estão tendo um caso.
-- Então, não é bem um caso, ela me pediu em namoro mesmo, e eu aceitei hoje. – Cruzou uma das pernas sobre o sofá – Eu resolvi arriscar, eu não sei o que esperar dela, sabe, mas com certeza eu vou com os dois pés no chão, pois Samantha é imprevisível.
-- Esse é o meu medo. Você se machucar com essa mulher, você é uma mulher forte para muitas coisas, mas é tão frágil no coração. – Tocou o ombro da irmã – Eu não quero que você se perca por causa de um amor não correspondido.
-- Eu não sei o que eu sinto ainda. É tudo novo, eu não sei bem o que eu estou fazendo. – Riu – Mas eu prometo que não vou me abater por causa dela, eu espero que ela tenha mudado de verdade, como ela diz.
-- Boa sorte, e seja feliz. – Beijou a testa da mais nova – E sempre que precisar, eu estarei aqui.
-- Obrigada. Boa noite, Carlos.
Levantou-se e foi tomar seu banho para ir dormir.
**************
No dia seguinte, Carolina foi para a faculdade, estudou durante o dia inteiro, à noite, avistou Samantha a esperando do lado de fora dos portões, a loira estava sentada dentro do carro como sempre fazia, e mexia no celular.
Carolina se despediu de Raquel, que começou a desconfiar da relação das duas, mas não falou nada.
Chegou perto do carro e bateu no vidro, Samantha olhou para a janela e abriu a porta para Carolina entrar. Deu-lhe um beijo na boca e acelerou o carro.
-- Samantha, você vai vir me buscar todos os dias?
-- Sim, se eu não estiver em nenhum trabalho, eu irei. – Olhava para a rua – Pega uma sacola aí no banco de trás.
-- Onde? – Olhou para a parte de trás do carro –
-- Essa sacola azul que está atrás de você.
Carolina esticou o braço e alcançou uma bolsa de papel, com uma logomarca de uma loja de telefonia celular. Pegou e trouxe para frente.
-- Essa?
-- Sim, é sua.
-- Como assim?
-- É seu. Abre aí. – Sorriu –
-- O que é isso Samantha? – Tirou a caixa da sacola –
-- É um celular, para você não ficar mais incomunicável. Agora eu posso falar com você a qualquer hora.
Carolina ficou espantada, abriu a caixa e viu o aparelho pequeno, sabia que aqueles telefones eram caros, e o modelo escolhido por Samantha conseguia ser mais caro ainda, nem em sonhos ela achava que teria algo parecido.
-- Samantha, eu não posso aceitar, você é maluca! – segurava o aparelho –
-- Eu sou maluca por você, bebê! – Soprou um beijo – É claro que você vai aceitar, é um presente meu, por você ter aceitado meu pedido.
-- Mas eu não posso manter um telefone desses, é tudo muito caro.
-- Não se preocupe, eu fiz um plano de conta, junto do meu, você não precisa se preocupar com os gastos, é só usar. Eu vou te ensinar.
Carolina não estava acostumada a esse tipo de luxo, vivia com muito pouco, somente o básico para conseguir se formar médica, não tinha esse tipo de ambição ainda, e não se incomodava com isso.
-- Samantha isso é demais pra mim. Eu não sei nem o que dizer, -- uma pausa -- obrigada.
-- É só isso que eu queria ouvir, Darling. Eu vou fazer tudo para te fazer feliz.
Para Samantha, a felicidade estava em coisas materiais e em dinheiro, achava que se suprisse a pessoa com presentes seria suficiente para o relacionamento dar certo, aprendeu assim com os pais. Mas Carolina não era assim, não fazia questão de riquezas, sempre viveu com pouco e o que importava era o sentimento, era o carinho, as ações e atitudes das pessoas.
-- Vamos para a minha casa? – Samantha convidou –
-- Você ainda mora no mesmo lugar? – Olhava o celular –
-- Não, eu estou morando sozinha, meu pai me deu um apartamento de presente.
-- Ah, claro! – revirou os olhos –
-- O que foi?
-- Nada.
Carolina não conseguia se acostumar coma vida fácil de Samantha, tudo o que a moça possuía vinha de seu pai, os trabalhos de modelo pareciam um hobby para não dizer que não trabalhava, mas mesmo esses trabalhos, pareciam que nunca aconteciam.
Samantha entrou na garagem do prédio de luxo na zona sul da cidade, estacionou o seu carro em uma vaga e desceu com a namorada. Segurou a mão de Carolina e seguiu para o elevador. A futura médica ficou constrangida e puxou a mão para o bolso da calça.
-- O que houve, Darling?
-- Samantha, assim em público não, as pessoas podem implicar.
-- Carol, não estou preocupada com o que os outros pensam. – Apertou o botão do elevador –
-- Mas é melhor não provocar. – Olhou para a loira – Por favor.
-- Tudo bem, só porque você pediu.
A porta do elevador abriu e as duas entraram, Samantha apertou o botão da cobertura e Carolina se surpreendeu novamente. Parecia que as surpresas vindas da modelo nunca teriam fim.
-- Cobertura?
-- Sim, lógico! – sorriu –
Chegando ao rol de entrada, estilo moderno, o corredor era pequeno, apenas duas portas, uma era a de Samantha. A loira girou a chave na porta e abriu o apartamento. Carolina ficou boquiaberta, a sala do apartamento da modelo conseguia ser maior do que sua casa inteira.
Um conjunto de sofá preto no centro da sala, de frente para uma estante imensa com uma TV de quarenta polegadas, a maior na época, aparelhos de som e DVD, vários CDs e revistas de moda sobre uma mesa de centro. No canto oposto um bar abastecido com inúmeras bebidas. Uma escada dava para o segundo andar, onde ficavam os quartos. Podia-se ver a cozinha americana ao fundo, toda montada com eletrodomésticos de última geração.
-- Você quer beber algo?
Samantha jogou a bolsa no sofá e foi direto para o bar. Carolina ainda estava sem reação.
-- Carol? – Colocava um copo no balcão –
-- Oi. – Olhou para a namorada –
-- Você quer beber alguma coisa? – Mostrou o copo –
-- Água?
-- Meu amor, água? Eu tenho os melhores vinhos e whiskies do mundo, e você quer beber água?
-- Eu não bebo álcool, lembra? – Caminhou até o bar –
-- Ai como é Caxias! -- Revirou os olhos –
Carolina deu uma careta para a loira.
-- Eu tenho refrigerante, pode ser? Não é melhor?
Carolina sentou-se em um banco de frente para a bancada do bar. – Pode ser. – sorriu –
Samantha serviu a namorada com uma soda e colocou um whisky com gelo de água de coco para si. Brindaram e beberam seus drinques. Carolina não cansava de observar os detalhes da casa de Samantha.
-- Seu apartamento é muito bonito! Você que escolheu a decoração?
-- Algumas coisas, mas minha mãe comprou praticamente tudo. – Debruçou sobre o balcão –
-- Samantha, você faz alguma coisa realmente? Porque eu vejo você com essa vida boa, com tudo do bom e do melhor, mas eu não ouço você dizendo que vai trabalhar, não tem nenhuma foto ou campanha para fazer? Eu não consigo entender esse seu estilo de vida.
-- Você não precisa entender meu amor, apenas desfrutar dele comigo. – Bebeu um gole – Até porque, eu não preciso trabalhar, meu pai tem dinheiro para sustentar gerações da nossa família, e eu sou a única herdeira. As fotos são apenas para um hobby, digamos assim.
-- Mas você já parou para pensar que seu pai não vai viver para sempre? Um dia tudo isso pode simplesmente acabar, você não se interessa pelos negócios dele para perpetuar, se ele sair da empresa ou morrer, quem vai assumir? Já parou para pensar nisso?
-- Ai Carol, você é muito preocupada com coisas bobas. Isso não vai acontecer.
-- E por que? Seu pai é imortal, por acaso? Se for pede a ele o endereço dessa fonte.
Samantha riu da namorada. Não considerava a possibilidade de perder tudo. Pensava ser intocável, não se preocupava em economizar, gastava tudo o que tinha em futilidades e festas, bebidas e drogas.
-- Relaxa meu amor, nada acontecerá, apenas aproveite comigo.
Saiu de trás do balcão e parou na frente de Carolina, aproximava-se devagar, a estudante a observava, sabia o que a loira pretendia, estava apreensiva, Samantha foi se encaixando entre as pernas da outra e segurou sua cintura com desejo.
Olhava para Carolina como se fosse um lindo mistério a ser desvendado, sabia que teria que ir com calma, lembrava-se da reação da namorada anos atrás quando tentou levá-la para a cama.
Segurou o rosto da morena, acariciou com o polegar, e aproximou-se devagar, como se estivesse guardando aquele momento na memória, tocou os lábios de Carolina de leve, e aos poucos invadiu sua boca com sua língua quente, beijando e se deliciando naquela boca que ela tanto desejava.
Carolina a abraçou e a envolveu com suas pernas, cedendo ao beijo que lhe invadia e ganhava espaço dentro de si. As mãos percorriam os corpos sedentos de desejo, que se encontravam e pareciam queimar. As duas estavam ofegantes.
Samantha se afastou e observou Carolina que ainda permanecia de olhos fechados, queria fazer amor com ela, mas não sabia como iria abordar esse tema novamente, mas antes que ela pudesse dizer algo, Carolina resolveu falar.
-- Samantha, eu te pedi para ter paciência comigo. Você acha que consegue?
-- Sim, eu consigo. – Beijou-a novamente—
-- Dorme aqui comigo hoje. – Colou a testa na outra – Vamos só dormir.
-- Minha mãe vai ficar preocupada.
-- Liga pra ela do seu celular novo. – Sorriu – Diz que vai dormir na casa de uma amiga.
Carolina riu. Consentiu com a namorada. As duas começaram uma etapa diferente para ambas, um relacionamento sério, nenhuma das duas tinha experimentado algo parecido, mas ambas tinham visões diferentes sobre namoros.
A intimidade iria mostrar pedaços lindos, mas também obscuros das duas moças, que nem sempre saberiam lidar com esses traços.
Caberia a elas escolherem seguir em frente ou desistir pelo caminho.
Fim do capítulo
Olá meninas
Tudo bem? Sextou! Ah não, Quartou! Amanhã é feriado! E pra animar o feriadão, capitulo novo.
Samantha conseguiu o que tanto tentou, namorar Carolina, mas sabemos que Samantha não é flor que se cheire, portanto fiquem atentas, tudo pode acontecer.
Carlos e Roberta, será que dá pra consertar esse passado que está entre os dois?
Comentem, quero saber a opinião de vocês.
Obrigada pelo carinho, Lai, Mille, Patty_321, Lis, NovaAqui e meu amor Luce Lima, que voltou a me presentear com seu comentário.
Divirtam-se meninas e bom feriado.
Lu, amo você!
Beijo
Cris Lane
Comentar este capítulo:
Zaha
Em: 29/11/2018
Amigaaaa,
Vou dizer, esse capítulo foi tranquilo, ainda bem, pq voltar já lendo danação n rola! Kkkkk.
Já basta lendo Sam tomar o whisky com gelo e de água de coco??? Gelo???É com um poquito de agua fresca pq ajuda a expresar os aromas..alguna alguna gelo, mas esse n é o serviço correto!
Bom, tive q reclamar algo, esse capítulo tava água com açúcar kkkkk.
Só digo algo....Carol devia se fazer de difícil por mais tempo, ainda q n ia adiantar, Sam vai ceder as tentações....mulher complicada. O que vem fácil perde valor...ela tem TD por isso n dá valor, n sabe o q é perder, mas eu apoio para a o pai morra e ela sei lá, gaste TD e aí começará o aprendizado dela Hahahahahahahahaha. Mas vc é tão ruim que n vai fazer isso....mas pense com carinho! Eu sei q todos podemos mudar, nem todos nessa vida, mas só necessito encontrar a motivação ou as consequências que levariam Sam a aprender...pelo amor se aprende, mas quase nunca, pela dor sim, aprendemos pq perdemos algo e só assim com a dor podemos limpar nossas impurezas.. o q Sam mais valoriza?O djnheiro, material n? Sexo...Se vc tira o meio dela obter esses prazeres.... Podemos começar a transição..
Carol c esse problema pra confiar na cama sendo Sam assim tão sexual,terá paciência pq estará c outras.. Sam n é do tipo de esperar e n terá paciência com as dificuldades dela pq ela nunca teve isso. Sempre fez o q quis e nunca teve quem a posasse e nem medos ou traumas, apenas mal amada o q a torna incapaz de amar como se deve, assim q ama dando objetos e sexo...
Esse trabalho dela é misterioso, modelo q ela n é ou algo tem no meio...
Sendo assim, Sam acha q pode tá num relacionamento, acho q sempre pensou q podia,sentiu culpa ao longo dos anos, mas nunca soube como mudar...sempre achando q podia fazer melhor é sempre fazendo Carol sofrer...por isso: Morte aos pais de Sam hahahahaha. Perde TD....fica na....eu n xingo!!
Agora diz...tá feliz??? Vou ler um por dia pq tenho q pensar no comentário e ainda tô c a cabeça cansada das coisas q passei antes da prova.. cansada!! Nem pude descansar direito, mas Lailinha tá voltando, um pouco enferrujada c o comentário, mas sempre viajando nas ideias kkkk.
Beijooooooo
PS: Amanhã ela lerá e catapumba... vai sorrir quando ver o e-mail e rir c o comentário...Hihihi
Fuiii
Ahh, n esculhambe ,tá ligada?(nem lembro mais hahaahaha)
Resposta do autor:
Oi amiga.
Te falei que você ia pedir música, três comentários! pode pedir música no Fantástico. kkkkkkkkk
Que bom que você achou tranquilo, alguns eu dou um descanso, rsrs.
Meu bem, pode não ser o correto, mas o povo gosta do gelo de água de coco, não vem destilar seus conhecimentos de sommelier não, tá podre depois desse curso, kkkkkkkkkkkkkkkk
Realmente, Sam tem tudo de mão beijada, aí não dá valor às coisas como Carol dá, e pra ela sentimento é como dinheiro, você pode comprar, e não é assim que funciona, isso acaba afastando quem lhe quer bem.
Você escreveu muito, não consigo nem organizar a resposta, rs.
Mas os traumas de Carol estarão lá, elas precisam descobrir uma forma de passar por isso, e irão, se Samantha não vai esperar é outra coisa.
Tá desejando morte aos pais de Sam, que malvada! O destino deles já está escrito, então, aguarde. kkkkk
Estou feliz sim, deixei até você pedir música, rsrs.
Beijo
Cris
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Sem cadastro
Em: 29/11/2018
Amigaaaa,
Vou dizer, esse capítulo foi tranquilo, ainda bem, pq voltar já lendo danação n rola! Kkkkk.
Já basta lendo Sam tomar o whisky com gelo e de água de coco??? Gelo???É com um poquito de agua fresca pq ajuda a expresar os aromas..alguna alguna gelo, mas esse n é o serviço correto!
Bom, tive q reclamar algo, esse capítulo tava água com açúcar kkkkk.
Só digo algo....Carol devia se fazer de difícil por mais tempo, ainda q n ia adiantar, Sam vai ceder as tentações....mulher complicada. O que vem fácil perde valor...ela tem TD por isso n dá valor, n sabe o q é perder, mas eu apoio para a o pai morra e ela sei lá, gaste TD e aí começará o aprendizado dela Hahahahahahahahaha. Mas vc é tão ruim que n vai fazer isso....mas pense com carinho! Eu sei q todos podemos mudar, nem todos nessa vida, mas só necessito encontrar a motivação ou as consequências que levariam Sam a aprender...pelo amor se aprende, mas quase nunca, pela dor sim, aprendemos pq perdemos algo e só assim com a dor podemos limpar nossas impurezas.. o q Sam mais valoriza?O djnheiro, material n? Sexo...Se vc tira o meio dela obter esses prazeres.... Podemos começar a transição..
Carol c esse problema pra confiar na cama sendo Sam assim tão sexual,terá paciência pq estará c outras.. Sam n é do tipo de esperar e n terá paciência com as dificuldades dela pq ela nunca teve isso. Sempre fez o q quis e nunca teve quem a posasse e nem medos ou traumas, apenas mal amada o q a torna incapaz de amar como se deve, assim q ama dando objetos e sexo...
Esse trabalho dela é misterioso, modelo q ela n é ou algo tem no meio...
Sendo assim, Sam acha q pode tá num relacionamento, acho q sempre pensou q podia,sentiu culpa ao longo dos anos, mas nunca soube como mudar...sempre achando q podia fazer melhor é sempre fazendo Carol sofrer...por isso: Morte aos pais de Sam hahahahaha. Perde TD....fica na....eu n xingo!!
Agora diz...tá feliz??? Vou ler um por dia pq tenho q pensar no comentário e ainda tô c a cabeça cansada das coisas q passei antes da prova.. cansada!! Nem pude descansar direito, mas Lailinha tá voltando, um pouco enferrujada c o comentário, mas sempre viajando nas ideias kkkk.
Beijooooooo
PS: Amanhã ela lerá e catapumba... vai sorrir quando ver o e-mail e rir c o comentário...Hihihi
Fuiii
Ahh, n esculhambe ,tá ligada?(nem lembro mais hahaahaha)
Resposta do autor:
Oi amiga.
Te falei que você ia pedir música, três comentários! pode pedir música no Fantástico. kkkkkkkkk
Que bom que você achou tranquilo, alguns eu dou um descanso, rsrs.
Meu bem, pode não ser o correto, mas o povo gosta do gelo de água de coco, não vem destilar seus conhecimentos de sommelier não, tá podre depois desse curso, kkkkkkkkkkkkkkkk
Realmente, Sam tem tudo de mão beijada, aí não dá valor às coisas como Carol dá, e pra ela sentimento é como dinheiro, você pode comprar, e não é assim que funciona, isso acaba afastando quem lhe quer bem.
Você escreveu muito, não consigo nem organizar a resposta, rs.
Mas os traumas de Carol estarão lá, elas precisam descobrir uma forma de passar por isso, e irão, se Samantha não vai esperar é outra coisa.
Tá desejando morte aos pais de Sam, que malvada! O destino deles já está escrito, então, aguarde. kkkkk
Estou feliz sim, deixei até você pedir música, rsrs.
Beijo
Cris
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Esyal
Em: 15/11/2018
Olá Cris Lane. Estou adorando a história. Parabéns!
Definitivamente Samantha não é confiável. Mas será que ela cai na real depois do acidente da Carol?
Aguardando anciosa cenas dos próximos capítulos.
Resposta do autor:
Oi Esyal
Bem vinda aos coméntários. Que bom que está gostando.
Samantha realmente não demonstra nenhuma confiança, tem pessoas que não conseguem mudar, mas vamos ver o que acontece.
Espero te encontrar novamente nos comentários.
Obrigada pelo carinho.
Beijos
Cris Lane
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patty-321
Em: 15/11/2018
Queria q sam prestasse mas Ela é muito fdp vai fazer a Carolina dofer muito. Tô curiosa pra saber se carol vai acordar e aí termina a estória ou se a estória recomeça . Bjs
Resposta do autor:
Oi Patty
Samantha tem uma natureza muito egoísta, foi criada assim, e para mudar é muito difícil. Carol vai sofrer sim com ela, agora toda essa dinâmica começa a ser explicada.
Então, vai ficar curiosa, rsrs, não me bate, estamos na metade da história da Carol. No final eu conto o que vai acontecer com ela, rsrs.
Obrigada pelo carinho.
Beijos
Cris Lane
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Mille
Em: 14/11/2018
Olá Cris
Enfim a Samantha teve o tão esperado sim mesmo que não seja como ela deseja, espero que ela seja paciente com a Carol.
E tenha certeza que o Carlos e Roberta terão a chance de se entenderem. O passado deles não foi fechado e ainda bem amor em ambas as partes.
Bjus e até o próximo capítulo
Resposta do autor:
Oi Mille
Pois é, Samantha conseguiu o que tanto queria, só resta saber se ela será leal a esse relacionamento.
Carlos e Roberta precisam de uma boa conversa, só resta saber se eles irão deixar o orgulho de lado para resolver esse passado.
Obrigada pelo carinho.
Beijos
Cris Lane
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Pryscylla
Em: 14/11/2018
Sei não viu, esse namoro ainda Vai dar dor de cabeça pra Carol k?kkk
Bjus e bom feriado :)
Resposta do autor:
Oi Pryscylla
Que bom que veio comentar.
Não é, no próximo comentário traz uma aspirina pra Carol, kkkkkkkk.
Obrigada pelo carinho.
Beijos e ótimo feriado pra ti também.
Cris Lane
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NovaAqui
Em: 14/11/2018
Carlos e Roberta cada vez se aaproximam mais. Acho que teremos um revival.
Carol cedeu. Samantha não é confiável. Carol vai sofrer
Abraços fraternos procês aí!
Resposta do autor:
Oi NovaAqui
Suspense! Carlos e Roberta, será? Quem sabe...
Até Carol sabe que Samantha não é confiável, mas ela fez o que o coração mandou, melhor se arrepender de ter feito do que não tentar.
Obrigada pelo carinho.
Beijos
Cris Lane
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