Capítulo 32
Não conseguimos chegar ao banheiro, no meio do caminho, mais necessariamente no início do corredor Adele me arrematou com um beijo, jogando meu corpo contra a parede. Suspirei com o baque, mas não foi dor, foi àquela sensação gostosa que te percorre com um arrepio, se espalha na forma da mais severa excitação fazendo o corpo ficar febril e estremecer, antecedendo a explosão maravilhosa do gozo.
Dentro da minha loucura agarrei a minha namorada apertando a sua cintura, puxando o seu corpo para colar cada vez mais ao meu. Embrenhei minhas mãos por baixo da sua camisa e arranhei as suas costas no exato momento em que ela colocou a sua perna no meio das minhas e pressionou meu sex*, me fazendo ofegar e abandonar a sua boca.
Adele segurou meu rosto com as pontas dos dedos e me encarou, o olhar penetrante, o azul ainda mais brilhante e a respiração quente batendo contra o meu rosto. Senti vertigens ao ler as promessas que aquele olhar me fazia.
A loira girou com delicadeza o meu rosto para o lado esquerdo e mordeu o lóbulo de minha orelha, em seguida desceu seguindo a linha de meu queixo, beijando, mordendo e lambendo cada milímetro de pele. Fechei os olhos por alguns segundos sentindo o líquido verter no meio de minhas pernas em abundância.
A boca foi descendo até chegar a base de meu pescoço, onde a língua voltou a trabalhar. Abri os olhos por alguns segundos e só então me dei conta de que havia outros casais fazendo o mesmo que a gente, no maior amasso. A pouca luz daquele ambiente proporcionava uma espécie de privacidade. Não sei se é certo ou errado, mas o que eu sei é que aquilo me encheu de tesão.
-- Adele?
-- Hum? – perguntou sem deixar de deixar marcas na minha pele, que agora se aproximava perigosamente de meus seios.
Quanto mais a boca dela se aproximava do decote de meu vestido mais eu delirava. Desci as mãos que ainda estavam sobre a sua cintura e apalpei com gosto o seu bumbum. Aquela bunda ficava incrível, uma coisa de outro mundo dentro daquela calça.
-- Quero você...dentro de mim...agora!
-- Shit! – ela grunhiu parando tudo o que fazia.
Adele voltou a me ‘arrastar’ pela mão rumo ao banheiro. Adentramos o lugar batendo a porta com força, mas eu pouco me importava, o que eu queria era aplacar aquele calor que eu tava sentindo, queria dar vazão aquela Beatriz ousada que havia surgido essa noite, o resto, que se danasse.
Quase esbarramos em duas mulheres que conversavam no meio do banheiro. Lugar mais esquisito para se manter um diálogo. Adele bateu a mão na porta do reservado, fazendo mais uma vez um barulho seco ecoar pelo lugar, quase, quase se sobressaindo sobre a música alta que vinha lá de fora.
Novamente fui empurrada contra a parede, mas dessa vez, fui atacada rapidamente. Não tive tempo de pronunciar uma única palavra porque a loira logo se abaixou diante de mim metendo as mãos dentro de meu vestido e baixando minha calcinha rapidamente.
Minha cabeça tava entrando em parafuso, o que estávamos fazendo era novo, completamente excitante e eu estava louca pra ir até o fim. Mas preciso dizer que vendo aquela mulher ajoelhada diante de mim dentro daquele pequeno espaço, com minha calcinha na mão...porr*, desaprendi até a respirar.
Com um toque pouco sutil minha namorada me fez afastar as pernas, e nem bem me preparei para o que estava por vir e senti um dedo dela percorrer todo o meu sex*, capturando meu líquido. As safiras estavam presas em mim quando ela levou aquele dedo até os boca e o ch*pou lentamente, torturando minha mente. Minhas pernas amoleceram de forma instantânea. Se existe cena mais sexy do que aquela, eu desconheço completamente.
-- Amo o teu gosto, amo!
Eu só consegui gem*r e morder os lábios como resposta. Segurando firme em minhas coxas a loira enfiou a cabeça no meio de minhas pernas, lambendo o monte de vênus, depois ela ergueu minha perna esquerda sobre o seu ombro, deixando meu sex* aberto e exposto para as suas investidas. Atrevidamente a ponta da língua começou a brincar com meu ponto pulsante.
Joguei a cabeça para trás me entregando a sensação e agarrei seus cabelos sem muito cuidado.Gemi alto quando senti Adele me penetrar com a língua.As mãos da loira alojaram-se em meu bumbum, ora o apertando com força e ora resvalando um dedo saliente para o meio de meus glúteos. E eu, estava adorando a sensação.
-- Dentro de mim, amor... – eu disse.
Adele me atendeu prontamente. Apertei com um pouco mais de força o seu cabelo, o que arrancou-lhe um gemido, talvez de dor, ou talvez da gostosa mistura da dor e do prazer. Os dedos longos escorregaram para dentro de mim com facilidade. A loira ch*pava meu nervo túrgido enquanto movia os dois dedos dentro de mim, num movimento ‘circular’ torturante.
Travei um pouco quando senti um dedo forçar um pouco lá atrás, mas logo me perdi quando os dedos ágeis começaram a entrar e a sair de dentro de mim com agilidade. O dedo voltou a forçar e um arrepio diferente acometeu todo o meu ser.
Meu peito subia e descia rapidamente e eu não conseguia controlar a minha respiração.Adele metia, ch*pava e me tocava. Eu estava tão perto do meu limite que não demorou para que eu enfim me derramasse na boca e dedos da inglesa.Mantive meu corpo contra a parede do reservado enquanto a loira ainda me instigava com a língua.
Não demorou e eu senti meu corpo reagir novamente, sem tempo para descansar do recém gozo. Ao perceber isso, rapidamente Adele ergue-se e se colocou de pé, buscando minha boca em um beijo exigente. Suas mãos amassavam meus seios, usando a intensidade e força que eu gostava, e ela já sabia muito bem.
Meu corpo já estava em brasas! Afinal, com ela era sempre assim, não precisava de muito. Voltei a apertar o seu bumbum e ela abandonou meus lábios, me brindando com aquele sorriso sacana enquanto me encarava.
-- Você fode o meu juízo quando sorri e me olha dessa maneira ao mesmo tempo.
-- Fodo é? – perguntou com os lábios quase encostando aos meus.
-- Sim, e você sabe.
-- Sei, mas hoje eu não quero foder o seu juízo, quero foder você!
Oh my god! Estrelas, de todas as cores e tamanhos saltaram a minha frente somente por ouvir aquela voz rouca pronunciar aquela frase, uma frase que para muitos poderia parecer vulgar ou coisa parecida, mas para mim não era, pelo contrário, a frase mexeu com minhas entranhas, fazendo meu sex* pulsar dolorosamente.
-- Então fode! – carreguei as palavras com um tom provocante.
Adele girou meu corpo rapidamente. Espalmei minhas mãos e as apoiei na parede do reservado crente que bateria meu rosto ali, mas não aconteceu. Senti o corpo dela se encostar ao meu, e sua respiração quente ir de encontro a pele de minha nuca.
Uma de suas mãos voltou a apertar meus seios, dessa vez prendendo e girando entre as pontas dos dedos os bicos eretos. A outra mão ela levou ao meu centro e me masturbou com movimentos circulares. Meu sex* pulsava cada vez mais.
-- Confia em mim? – ela murmurou com a voz entrecortada ainda me masturbando.
-- Sim...confio.
Óbvio que eu não tinha condições de dizer o contrário, não naquele estado em que eu me encontrava. Eu não sabia o que ela ia fazer, mas eu confiava nela. Além disso, levando em consideração o estado que ela própria estava eu não podia pensar que seria algo além do prazeroso.
A loira largou o meio seio apenas para me colocar em uma posição melhor, e essa, foi me deixando de costas arqueadas e bumbum empinado, quase de quatro. Ainda não falei isso pra ela, mas eu adorava aquela posição.
Adele me voltou a me penetrar com a mão direita, me preenchendo profundamente. Gemi ao sentir os dedos chegarem lá no fundo. A mão esquerda ainda se movia em movimentos circulares em meu clit*ris.
-- Não mexe, fica quietinha...
Foi o que ela disse quando meus quadris começaram a se mover involuntariamente na tentativa de aumentar todas as sensações. Foi bem trabalhoso pra mim me manter naquela mesma posição, porque eu queria mais.
Arregalei os olhos quando senti um dedo molhado – sem sombra de dúvidas com a minha própria lubrificação - me tocar lá atrás. Foi o mesmo espanto inicial que senti instantes atrás. Paralisei mais uma vez. Mas não durou muito tempo. Era difícil manter o receio enquanto Adele ainda entrava e saia de dentro de mim.
Novamente ela forçou, e dessa vez cedeu um pouco, minimamente, porém, não causou dor ou desconforto, foi gostoso, principalmente somado ao que ela causava em meu sex*.
-- Relaxa amor...
-- Adele eu nunca...nunca fiz...
-- Shiii. Só relaxa.
Fiz o que ela pediu e tentei relaxar. Agora ela não mais forçava o dedo, apenas o movia sobre o meu ânus, como uma espécie de massagem, não de forma literal, mas era tipo isso. Ela usava dois dedos, passeando por aquela área, ora friccionando e ora forçando levemente a sua entrada em meu corpo.
Nossa! Aquilo tava muito gostoso. As estocadas se intensificaram e aquela fricção gostosa lá atrás continuava. Dentro do reservado era possível ouvir o som que os dedos faziam ao resvalar para dentro de mim.
A pressão no meu ventre aumentava. Já conseguia sentir os dedos dela começarem a ser apertados. A loira gemia, ou melhor, quase urrava atrás de mim. Fechei os olhos e joguei a cabeça para trás quando senti minhas pernas fraquejarem. Adele mordeu minhas costas e gem*u mais forte. Será que...? Não deu tempo raciocinar. Um orgasmo poderoso me deixou quase inconsciente.
Espasmos longos e preguiçosos percorriam meu corpo. Minha namorada me abraçou carinhosamente enquanto aos poucos eu começava a recobrar o meu próprio controle. Sorri e suspirei ao conseguir me manter de pé sozinha.
-- Você tem certeza de que não tinha álcool naquela bebida que você estava tomando? – perguntei zombeteira.
-- Tenho. – salpicou um beijinho estalado em meu ombro – Por quê?
-- Só vejo você fora de controle assim quando você ingere bebida alcoólica.
Ela sorriu antes de responder.
-- Eu me vejo fora de controle desde que te conheci Beatriz. Bebida realmente me deixa um pouco mais...ousada, digamos assim. No entanto, não preciso dela pra fazer algumas loucuras. Você me deixa sempre a flor da pele, fico louca contigo.
-- Você se refere a loucura tipo essa: a de termos trans*do dentro do banheiro de uma boate? E de ainda por cima ainda estarmos aqui falando de sex*?
A gargalhada gostosa dela ecoou no ambiente e em seguida ela levou uma mão a boca, tampando-a e rindo baixinho.
-- Tipo isso.
-- Acho melhor voltarmos, ou as meninas vão achar que fomos embora.
-- Tem razão.
Minha namorada me ajudou com o vestido e com o cabelo. Tentamos desamassar as roupas e limpar um pouco do batom que estava espalhado pelos cantos das bocas. Passei os dedos nos cabelos da loira tentando arrumar a bagunça que eu fiz ali. Ela fica linda até descabelada. Jesus!
-- Vamos? – chamou.
-- Vamos! Mas antes... – agarrei-me em seu pescoço e beijei sua boca, mordiscando seus lábios – Posso te fazer uma pergunta?
-- Claro, princesa.
-- Será que podemos realizar mais alguns itens da minha lista de fetiches e fantasias sexuais?
Antes da resposta veio o sorriso sacana.
-- Existe uma lista?
-- Acabei de criar. – ri e salpiquei um selinho em seus lábios.
-- Bom, sendo assim, eu estou a sua inteira disposição pra cumprir com prazer – notei o tom dúbio da palavra – todos os itens da sua lista. A propósito, se quiser compartilha-la comigo, quem sabe eu posso adicionar mais alguns itens.
-- Você está me deixando tarada em sex* Adele. – falei já sentindo vontade de arrancar nossas roupas.
-- Isso é bom!
Nos beijamos mais uma vez e quando percebemos que as coisas começavam a esquentar mais uma vez, deixamos o reservado. A loira tratou de me deixar envergonhada quando disse que não lavaria mais a mão aquela noite. Fiquei roxa quando ela levou as mãos até o rosto, e detalhe, não estávamos sozinhas no banheiro. Muito provável que as outras mulheres tenham se tocado do real sentido da frase de minha namorada.
Óbvio que não deixei ela sair sem lavar as mãos. Aquela inglesa era muito engraçadinha, e fazia o tipo de coisa só pra ver minhas bochechas delatarem o meu constrangimento ao ficarem rubras.
Fomos até a mesa onde tínhamos deixado as meninas e encontramos uma Cléo pra lá de Bagdá, não bêbada, mas bem diferente daquela garota que eu conhecia. Ela estava bem alegre e sorridente, além de falante. Provavelmente era mais uma que não sabia lidar muito com a bebida. E por falar em bebida, a que eu tinha ingerido havia evaporado em forma de suor dentro daquele banheiro. Uma bela forma de expelir álcool da corrente sanguínea.
A loira saiu para buscar uma bebida para a gente no bar e eu a acompanhei com o olhar. Pescoços eram praticamente torcidos para acompanhar o andar gracioso e cheio de charme daquela mulher. Eu teria ciúmes se não fosse a minha boca que ela beija, se não fosse a minha pele que ela toca e se não fosse na minha cama que ela dorme. Mas é comigo que ela está! Ai ai.
Suspirei sem nem perceber, mas as pessoas da mesa perceberam e não perderam tempo em fazer gracinhas com o meu amor agudo pela inglesa. “Rapaz você não tem os quatro pneus e o estepe arreado por essa mulher não, você tem uma borracharia inteira!” foi o tipo de comentário que eu ouvi. O que eu podia fazer se era verdade?
-- Vocês estão juntas há muito tempo? – perguntou uma garota baixinha sentando ao meu lado.
Seu nome era Vitória, e ela era amiga de Nívea. Não devia ser tão mais velha do que Cléo, e era a simpatia em pessoa. Sorria até para um “ai” que dissessem na mesa, e sempre tinha algo para contar ou comentar.
-- Estamos juntas há pouco mais de dois meses.
-- Sério?!
-- Uhum. – respondi sem desviar os olhos da direção do bar – Por que a surpresa?
-- É que parece que estão juntas há um bom tempo. Aquele tipo de relação que você admira, venera e sabe que não tem espaço algum entre as duas, que uma é apenas da outra e nada muda isso. Sabe?
-- E é exatamente assim que eu sinto, como se estivéssemos juntas há anos, uma relação sólida e segura. Eu sou inteiramente daquela mulher, inteiramente.
-- Isso é uma pena. – lamentou-se com um leve tom entristecido.
-- Uma pena? Por quê? – perguntei finalmente olhando-a.
-- Porque eu te achei incrível! Uma mulher encantadora, mas, que infelizmente não está ao meu alcance. – disse dando uma piscadinha – Eu me toquei de primeira que eu não tinha a menor chance, tua namorada me deixa no chinelo.
Sorri para ela.
-- Obrigada pelo elogio. – disse sem jeito – Mas você não fica no chinelo, o problema é que meu coração é alucinado por ela.
-- Eu sei.
A garota também era linda, não havia motivos para se sentir menos que Adele. Em outros tempos, eu teria ficado lisonjeada e provavelmente com o ego inflado ao ouvir o que ela disse a meu respeito, mas hoje, nada me causava. Meu coração era realmente alucinado por minha namorada, era louco, descontrolado, mas só por ela.
-- Atrapalho?
Desviei os olhos da garota ao meu lado e mirei minha namorada que estava parada diante de nós com dois copos nas mãos. Sorri internamente ao ver a cara de poucos amigos que a loira tinha. A garota, quer dizer, a Vitória estava sentada ao meu lado, e falávamos quase ao pé do ouvido por causa da música. Ciúmes por algo que viu, mas não entendeu da maneira certa.
-- Ah não. Eu estava aqui dizendo para a sua namorada que esse lance de vocês é palpável, sabe? Um negócio forte! Fiquei curiosa e perguntei há quanto tempo estavam juntas.
-- Dois meses e dezoito dias. – disse Adele, séria.
Vitória e eu caímos na gargalhada. Ah ingleses metódicos! Ela sabia o tempo exato, contando os dias, bem direitinho. Se duvidasse, ela saberia até as horas. Já vi que com a inglesa eu não teria problema algum com esquecimento de datas comemorativas e datas importantes, ela sempre lembraria, por outro lado, eu era péssima com isso.
**********
Passava-se de duas da manhã quando conseguimos finalmente nos despedir de todos. Adele e eu deixamos a boate de mãos dadas. Falávamos do pessoal com o qual passamos parte da noite e da madrugada. No final Vitória e Adele acabaram se dando super bem, entrando em um papo animado e me deixando de escanteio.
Eu tinha a cabeça apoiada no ombro da loira enquanto andávamos juntinhas. Ela ria e comentava alguma coisa comigo, mas parou de falar repentinamente, deixando algumas palavras morrerem em sua boca. Ela também parou de andar, estancou. Ergui o rosto e não acreditei no que vi.
-- Mas o que...?
Adele agora andava em torno do carro enquanto tinha as mãos sobre a cabeça. Fiquei muda e estática. Olhava para aquilo na minha frente e não conseguia acreditar no que os meus olhos viam e menos ainda entender o “Por quê?”, “O que houve?”.
-- Adele?
Ela se juntou a mim, segurando minha mão entre a sua e com a mão livre sacando o celular do bolso da calça.
-- Tony, será que você pode vir até aqui? Destruíram o meu carro. Não sei, não sei o que houve. Eu estou numa boate, na Level, aqui perto do Dragão do Mar. Isso! Não, estou com a Bia. Tudo bem, estou te esperando na entrada da boate.
-- Quem fez isso amor? – perguntei debilmente assim que ela encerrou a ligação.
-- Não sei princesa. – suspirou pesado – Mas acho que tenho uma ideia.
-- Você acha que...
-- Edson! Eu queria muito estar errada, mas acho que não tenho nenhuma outra inimizade por aqui.
Apertei sua mão até que senti uma pequena dor nos nós de meus dedos. Encarei o carro completamente destruído sem querer acreditar no que acabei de ouvir. Não! Não é possível que aquele cara esteja fazendo isso conosco.
Vocês não estão entendendo o terror que me atingiu ao ver o carro de Adele completamente destruído. Os vidros, todos os vidros do carro estavam estourados. Os retrovisores foram arrancados. Os quatro pneus do carro estavam murchos, provavelmente haviam sido cortados. A lataria estava parcialmente amassada, e do lado do motorista estava completamente arranhada, e ali, podia-se ler BE CAREFUL (Na tradução: Toma cuidado). O fato do curto e direto aviso ser em inglês deixava claro que conheciam minha namorada.
Meu peito comprimiu violentamente. Aquilo era uma ameaça!
-- Vem amor, vamos voltar pra boate. O Tony está vindo.
Fui praticamente rebocada de volta até a boate porque minhas pernas já não me correspondiam. Na verdade, acho que nada em mim respondia. Ficamos ao lado dos dois armários, vulgo seguranças da casa noturna. Busquei o conforto do abraço da minha namorada e me deixei ficar ali até que meu cunhado chegasse. Eu me sentia estranha.
Tony chegou rapidamente, e ficou possesso ao ver o estado do carro. Saiu perguntando para as pessoas que estavam nas proximidades se haviam visto quem fez aquilo, ou se por acaso viram alguém suspeito rondando por ali. Estranhamente ninguém tinha visto nada. Tony insistiu para chamarmos a polícia, mas Adele disse que agiria de outra forma, que o que ela queria era ir para casa.
Antony fez algumas ligações e disse que resolveria o reboque e tudo o que fosse preciso sobre o carro. Fomos embora, no carro dele. Minha namorada e eu nos acomodamos no banco de trás. Meu cunhado dirigia bufando, falando algumas palavras que eu não conseguia compreender, visivelmente transtornado.
A irmã dele passou boa parte do tempo tentando arrancar palavras de mim, mas eu pouco falava, estava introspectiva. Sei o quanto ela odeia isso, mas, infelizmente dentro de mim estava um turbilhão de sentimentos, e o que mais prevalecia, era o medo. Eu não conseguiria falar antes de ter a chance de colocar todos os pensamentos e sentimentos em ordem.
Quando chegamos ao apartamento Antony se ofereceu para nos fazer companhia naquela noite e nós aceitamos. Seria bom poder contar com a presença dele, não sei, acho talvez a presença dele pudesse inibir algo, pudesse nos trazer um pouco de segurança.
Não conseguia parar de pensar que Edson nos seguiu, ele provavelmente esteve perto de nós essa noite. Ele sabia onde estávamos, com quem estávamos e o que estávamos fazendo. E o fato de ele, ou alguém a quem ele tenha dado ordens ter depredado o carro de Adele em público demonstrava que ele não estava com medo. Mas eu sim!
Tomamos banho juntas, na verdade ela me deu banho. Massageou e ensaboou o meu corpo com tanto carinho que acabei relaxando parcialmente, apesar de ainda sentir como se meu coração estivesse sendo amassado.
Nos aninhamos na cama, ligando o ar do quarto e puxando a pesada coberta sobre nós. Deitei sobre o peito dela, ouvindo as batidas de seu coração. Fechei os olhos e fiz uma oração silenciosa, pedindo a Deus e a todos que pudessem me ouvir que não permitisse que nada de ruim acontecesse àquela mulher.
-- Vai ficar tudo bem minha princesa! Amanhã vou resolver isso. – ela disse enquanto passeava com as pontas dos dedos suavemente por entre meus cabelos.
-- Eu estou com medo.
-- Não fique, eu não vou deixar nada de ruim lhe acontecer.
-- Eu tenho medo por você, não por mim.
-- Prometo me cuidar.
-- Promete?
-- Prometo!
-- Eu te amo tanto Adele, tanto que... – suspirei sem conseguir colocar em palavras o que vinha do meu coração.
-- Eu também te amo princesa, mais que tudo nessa vida. E eu sei que você também me ama, eu sinto, eu vejo. Eu estou e sempre estarei com você, não se preocupe.
Sorri puxando delicadamente seu rosto para junto do meu, beijando carinhosamente seus lábios. Entre carinhos e carícias ela acabou pegando no sono. Mirei o rosto alvo e pensei no quanto eu estava feliz, o quanto eu amava aquela mulher.
Fiquei alguns instantes observando o seu sono tranquilo, o ressonar suave e o modo como ela se movia e em seguida me apertava contra ela. Fiz carinho em seus cabelos e ela quase ronronou. Achei graça, parecia uma gatinha. A inglesa podia ser séria às vezes, podia ser alta e mais velha, mas no fundo ela era a pessoa mais amorosa, doce e ingênua que já conheci. Ela tinha a alma de menina.
-- Amo você de todo o meu coração. – sussurrei e encostei meus lábios nos dela.
Continua...
Fim do capítulo
Olá meninas! Tudo bem com vocês?
Cá estou! Sei que demorei, mas, realmente não consegui voltar aqui antes. As coisas sairam um pouco dos trilhos, e eu tô tentando organizar, porém, a história segue firme e forte, tá?
Bom, Edson parece que resolveu dar as caras e parece bem disposto a aterrorizar a vida das meninas. Beatriz está com medo, e Adele, apesar de não demonstrar, provavelmente deve estar bastante preocupada. O que vocês acharam disso?
Ah, desculpem por ter me prolongado na parte hot delas no banheiro, a cabeça ficou martelando nisso e eu tinha que escrever tudo que vinha.
Beijos amores! Até o próximo.
P.S.: Para as meninas que por ventura queiram falar comigo de uma forma que não seja por comentários, segue meu e-mail: brunadumasx@gmail.com
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Tango Livre
Em: 11/01/2019
Esse capitulo fodeu TB com meu juízo....
Resposta do autor:
Olá amore!
Esse capítulo foi quente, repleto de tesão né? Mas agora tá tudo bem com o seu juízo? kkkkk
Beijos e até o próximo!
LeticiaFed
Em: 19/12/2018
Oi Bruna! Onde anda você, menina? ;)
Estou bem, obrigada. As correrias usuais de final de ano, mas agora tudo em paz. E nosso casal querido? Cadê Adele??? Ta, não só ela, mas estou com saudades. Volta pra nós!
Beijo grande!
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LeticiaFed
Em: 23/11/2018
Oie! Desculpa o sumiço, estive viajando e fiz uma pequena cirurgia então fiquei fora do ar. Mas ja voltei, então manda capítulo novo aí porque estou com saudade da Adele ahahaha Essas duas são umas fofas. Beijo!
Resposta do autor:
Oi Letícia! Tá super desculpada viu?! Eu também tô meio "sumida", não é? Masjá volto.
Mas me diga, tá tudo bem depois dessa pequena cirurgia? Tá 100% já? Pode deixar que tô preparando coisa boa por aqui, já já tem mais dessas duas fofuras.
Beijos e se cuide!
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Mandyletta
Em: 09/11/2018
Ehh primeira a comentar hahah! Meu dia já ta tava incrível com o lançamento do álbum do ID e agora com esse cap fechou c chave de ouro.
More n peça desculpas por esse hot incrível, eu ameii tudo e ja quero bis.
Aff Edson desnecessário atrapalhando a vida do meu casal. Quero logo ele preso, meu core n aguenta se algo acontecer c elas.
Bom final de semana autora linda! E continue se cuidando viu!
Bjs
Resposta do autor:
Oi lindona! Ah! Que coisa boa saber que o que escrevo ajuda o seu dia a se tornar melhor. Fico muito feliz com isso, viu?
Gostou do hot? Já já vem mais por ai, porque essas duas juntas, não dão uma trégua. Dá até um calorzinho aqui quando vou escrever, sabe como é né? kkkkkk
Edson resolveu infernizar as meninas, e parece bem empenhado nisso. Tô até achando que o que ele fez, é apenas o início. Cléo sabe bem o quanto foi atormentada por ele, então acho que ele não deixará por menos o fato de ter sido impedido de entrar na revista, ter sido acusado de assédio (com o processo ainda rolando) e de quebra ainda ter levado um belo de um soco da Adele. Alguém precisa frear esse cara! E as meninas não podem dar mole de modo algum.
Obrigada amore! Se cuide por aí também. Um ótimo dia!
Beijos e até o próximo.
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