Desculpem a demora.
Espero que gostem do capítulo. Beijão
CONFUSÕES MENTAIS
POV Emma
Os dias seguiam seu fluxo normal. Entre terapias e trabalho eu ia levando a vida do jeito que dava. Já tinha se passado 1 ano desde meu retorno. 10 meses de trabalho e 9 de terapia. Não tinha como negar que as terapias estavam me fazendo bem. Mas eu ainda tinha crises de pânico e nesses momentos sentia que ia desfalecer.
Nunca mais tinha ligado para a Regina durante meus surtos. Não queria que ela se sentisse obrigada a bancar a babá comigo, afinal esse não era o trabalho dela. Durante as sessões sempre comentava das crises e consequentemente levava um puxão de orelha por não ter ligado.
Eu ainda me sentia insegura e não conseguia confiar em ninguém além do Archie e da Regina, com isso não conseguia fazer amigos. Falava com todos no trabalho, mas sempre mantinha distância. A Belle procurava me cercar de carinho, mas no fundo eu tinha medo do seu julgamento, então preferi me reservar. A Ruby estava cada vez mais próxima, como ela era amiga intima da Belle, as vezes que saímos elas sempre estavam juntas. Se não conhecesse as duas diria que elas tinham algum trê-lê-lê, mas eu sabia que elas eram como irmãs. No final das contas a Ruby cuidava de nós duas.
Elas sempre insistiam para que eu saísse com elas, mas eu quase nunca ia, porque todas as vezes que cedi e as acompanhei era surpreendida com os mais diversos caras que elas tentavam arrumar pra mim. Achavam que meu problema era falta de sex*.
Eu nunca tinha parado para pensar nisso mais já tinham 5 anos que eu não sabia o que era sex*. Pra ser sincera nem beijo na boca. Teve o episódio na cadeia com uma das guardas, mas eu não considerava aquilo como sex*, primeiro porque eu não queria e segundo porque ela basicamente se satisfez sozinha. A mulher era tão louca que só de me ver pelada goz*va. Praticamente não encostou em mim, o que eu agradeço eternamente. O fetiche dela era me ver dançando pelada sobre ela enquanto ela se satisfazia pura e simplesmente em me olhar.
Não sentia falta dessas coisas, sentia falta das terapias. Contava as horas para que chegassem as segundas e sextas feiras. Ali conseguia ser eu mesma e não precisava de mascaras.
As sessões demoravam em média 2 horas, mas parecia que passavam em segundos. Apesar de poder ser eu mesma naquele local, era ali que eu me sentia mais viva, mais protegida. Regina me deixava tão à vontade que meu desejo era ficar ali indefinidamente.
O Archie via apenas uma vez por mês. Ele apenas acompanhava a evolução da terapia e revia meus remédios, mas também era ótimo estar com ele. Geralmente conversávamos sobre as coisas da terapia e impreterivelmente eu falava no bem estar que a Regina me proporcionava.
Em uma das minhas reflexões comecei a prestar atenção em todo o sentimento que estava direcionando a Regina, já fazia um tempo que não a via como terapeuta. Evitava ligar para não incomodá-la e não por falta de vontade. Minha cabeça começou a formar um pequeno nó.
Amava estar com ela, ela era leve, amável, suave... Simplesmente diferente das outras pessoas. Tudo bem que de uns tempos para cá tenho a sentido um pouco mais distante, mas ainda assim amável como sempre.
Essa constatação me tirou o sono. Será que estou fazendo ela de bengala emocional? Não posso fazer isso! Perdida entre devaneios lembrei-me da Sapa.
Flashback on
_ Você deu muita sorte de ter caído nas graças da Duda princesa. Se não fosse ela você já estaria morta.
Ela me olhava com tanto rancor que dava pra sentir na alma. Desde o episódio da água fervente ela nunca mais mexeu comigo, mas eu não vacilava. Colei ainda mais na Duda. Fiz dela quase minha parceira inseparável.
_ Que bom que nos entendemos Sapa. Falava sem graça.
O tempo correu tranquilo no presídio, até que surgiu o boato de uma fuga em massa. Me desesperei, apesar de não aguentar mais ficar ali, sabia que com dois terços da pena poderia pedir condicional e não poderia ter nenhuma falta disciplinar. Já estava presa a 3 anos e meio e em pouquíssimo tempo poderia me ver livre daquele inferno.
Assim que comecei a ver que os boatos tinham fundo de verdade, comecei a me aproximar de uma das guardas. Sabia que ela era vendida para as presas e poderia ser útil. Não podia deixar que minha vida fosse decidida ao bel prazer daquelas mulheres.
Procurei saber o dia da tal fuga. Na noite anterior, peguei uma boa quantidade de drogas com a tal guarda e as usei sem dó nem piedade. Por nunca ter usado, comecei a convulsionar. A própria guarda que me deu as drogas me carregou para a enfermaria. Como ela também estava no esquema da fuga, fui sincera com ela sobre meus objetivos de estar o mais longe possível daquilo tudo e ela me ajudou. Ali foi, não só a primeira vez em que usei drogas, como foi também foi à primeira fez que “transei” com uma mulher. Como não tinha dinheiro para pagar a guarda pelas drogas e pela cobertura na enfermaria perguntei o que poderia fazer em troca do auxílio. Ela sem pestanejar falou que queria fuder comigo. Disse que há muito tempo que me olhava, mas como eu era protegida da Duda ela nunca chegou perto.
Mentalmente agradeci a Duda pela proteção. Não tenho ideia do que seria de mim se não a tivesse por perto. Sem escolhas tive que ceder, qualquer coisa era melhor que correr o risco de ficar mais tempo naquele lugar. Mas por sorte o fetiche da mulher era me ver dançando pelada em cima dela. Ela basicamente não me tocou e eu agradeci mentalmente aos céus por isso. Não sei se conseguiria esconder minha repulsa caso ela me tocasse mais intimamente.
Chegou o dia da fuga, algumas presas começaram um alvoroço no pátio, provavelmente para chamar a atenção. Mentalmente agradeci a Deus estar presa na enfermaria entre uma lavagem estomacal e outra. As coisas saíram do controle e propositalmente iniciou-se uma rebelião.
O presídio ficou em polvorosa, muito repórter no lado de fora e muita polícia do lado de dentro. Da enfermaria dava para ouvir os gritos, os tiros e algumas vezes dava para sentir o cheiro forte da bomba de efeito moral.
O motim durou dois dias, no final as presas resolveram se render, mas contabilizavam-se 12 mortes e várias feridas. Dentre as mortas estava a Sapa, algumas presas aproveitaram a confusão e a atacaram por trás. Mais tarde fiquei sabendo que todas elas tinham sido violentadas pela morena. Por mais que quisesse não conseguia sentir pena dela.
Passados 3 dias voltei para minha cela, estava refeita e salva. Agora era só aguardar aproximadamente 1 ano e pedir minha condicional. Ariel a essa altura já estava morando na Itália, mas afirmou categoricamente que cuidaria de tudo para que eu não ficasse sequer 1 dia a mais dentro daquele lugar.
Flashback off
Novamente via meus pensamentos presos em Regina. Não entendia o que sentia e tinha medo de tentar descobrir.
Nesse momento fui arrancada do meu mundo interior com o celular tocando.
_ Alô.
_ Emma é a Belle, tudo bem?
_ Trocou de número mulher?
_ Não, meu celular descarregou e eu peguei do Maurício. Deixa eu te falar. A esposa do Mauricio entrou em trabalho de parto e vou precisar liberar ele. Você poderia quebrar o galho pra mim hoje à noite. Eu sei que está cansada, mas se não tiver um bartender não vou poder abrir o segundo andar hoje. Prometo que te dou uma folga extra no dia em que escolher.
_ Tudo bem chuchu, daqui a pouco estarei aí. Beijos.
Regina pov
Já fazia quase 10 meses que eu estava cuidando do caso da Emma com extrema dedicação. Meus sentimentos andavam cada vez mais confusos, mas eu me mantinha firme, pois não podia ser leviana e colocar o tratamento da menina por água abaixo por um simples impulso.
Tentando fugir dos meus sentimentos, procurava manter-me o mais distante possível dela, limitando-me a orientá-la somente nas sessões. Em minha vida pessoal tornei-me verdadeiramente uma baladeira. Já me tornara figurinha repetida em algumas boates e já arrasava corações por algumas delas. Gostava de várias boates, mas a minha preferida era a The Girls, o ambiente lá era ótimo, as donas eram hiper hospitaleiras e os drinks eram divinos. De tanto ir lá me tornei amiga do bartender. O Maurício era um bom rapaz. Esforçado e carismático. Como sabia seu esquema de plantão ia somente nos dias dele, afinal ele além de me tratar com todo carinho do mundo ainda caprichava na minha bebida.
Era domingo e mais uma noitada me aguardava, tinha marcado com a boquinha caliente, que no final das contas se tornou uma grande amiga, mas eu nunca mais consegui chamá-la pelo nome. Coitada da Tinker ganhou um apelido na marra, kkkk...
Enquanto tomava meu banho ouvi meu celular apitar, ao pegá-lo vi uma mensagem do Maurício dizendo que seu filho estava nascendo e que ele não trabalharia naquela noite.
Mandei uma mensagem desejando sorte para eles e comentei que iria a outra boate. Mas ele foi categórico e disse que já tinha orientado a outra bartender a fazer o drink do jeito que gostávamos e nos atender da melhor forma possível. Agradeci e me despedi.
Nessas minhas andanças pelas boates de copa, nunca encontrei a Emma em nenhuma delas, vivia me perguntando em qual boate ela trabalhava se nunca a encontrava em nenhuma. Algumas vezes me repreendi por certos pensamentos. As únicas boates que eu não frequentava eram as com garotas de programas, será que ela trabalha em uma delas? Simultaneamente lembrava dela dizendo que eu não frequentaria o tipo de boate em que ela trabalhava.
Confesso que essa simples desconfiança fez meu mundo tremer, durante algumas sessões até tentei perguntar onde ela trabalhava, mas ela sempre dizia que aquela era uma conversa que teríamos em um passeio, pois tinha sido esse o combinado. Ela até tentou me chamar umas duas vezes para um passeio. Uma vez me chamou para ir ao cinema e a outra pra ir ao museu, mas eu sempre recusava com uma desculpa esfarrapada. Não podia permitir nenhum tipo de aproximação e correr o risco de fazer besteira.
Pensar na Emma me era motivo de angústia, por isso me enchia de trabalhos durante a semana e aos finais de semana caía na gandaia. Geralmente estava com as meninas, mas com certeza em todas estava com a Tinker, vulgo boquinha caliente.
Terminei de me arrumar e desci. A Tinker já me esperava na recepção. Entrei no carro e partimos para Copacabana. Chegamos lá por volta das 22h e estava tudo lotado. Ao longe avistamos a Ruby orientando alguns garçons.
_ Fala gata, nem guardou uma mesa pra gente hem? Falei fazendo charminho enquanto a abraçava com carinho a cumprimentando.
_ Se uma de vocês tivesse se dado ao trabalho de me avisar eu teria guardado. Não consigo adivinhar o dia que as mocinhas vão vir. Faz o seguinte, sobem e sentem no bar. Abram os trabalhos lá em cima, a primeira mesa que vagar aqui em baixo eu trago vocês.
_ Combinado chuchu...
Subimos entre sorrisos e algazarras. Era sempre bom ver a cara da Ruby quando nos via. Ela tinha uma quedinha pela Tinker, mas não tomava nenhuma atitude. Talvez pelo fato de estar em seu ambiente de trabalho, mas eu não perdia a oportunidade de alfinetar e todas as vezes que ela aparecia fazia questão de chamá-la de boquinha caliente. Chegava ser engraçado vê-la com o olhar perdido na boca da Tinker.
Assim que chegamos ao andar de cima, vimos um pufe gigante completamente vazio, rapidamente nos apoderamos dele. Larguei a Tinker com as bolsas e me dirigi ao bar. Estava com a boca seca, precisava beber alguma coisa e azarar algumas gatas.
A bartender estava virada em direção oposta a minha entretida com uma bebida. Tentei chamar sua atenção, mas não consegui. Analisei a guria de cima a baixo. Era difícil decifrar suas curvas por baixo do uniforme todo preto, mas dava pra sentir que era gata. Estava com o cabelo solto e um boné meio de ladinho.
_ O que preciso fazer para que a loira me dê atenção?
Falei quase que sussurrando em seus ouvidos, uma vez que eu estava em direção às costas dela. Ela se assustou com a proximidade e deu um pulo virando na minha direção.
Nessa hora eu reconheci aqueles olhos verdes, os mesmos que andavam me tirando o sono. Então era aqui que ela trabalhava. Como nunca nos esbarramos? Idiota.... eu sempre fiz questão de vir nos dias do Maurício, por isso nunca nos vimos, pensava enquanto ficava com o olhar fixo na loira mais gata que já tinha visto.
_ Emma você trabalha aqui? Falei quebrando o clima pesado instalado no momento.
_ Sim. Foi a única coisa emitida por aquela boca perfeita. Eu conseguia ler em seus olhos o turbilhão de coisas que passavam por sua cabeça. Com certeza ela se questionava acerca da minha sexualidade, afinal ali era uma boate gay.
_ Emm você está bem? Perguntei tentando entabular uma conversa.
_ O que você quer beber? Ela respondeu saindo do transe.
_ Uma pinã colada no capricho, por favor. Ela fez a bebida e eu voltei para o pufe onde a Tinker estava.
_ Loira lembra aquela paciente que comentei com você que andava mexendo com minha cabeça?
_ Sim, o que tem?
_ Pois bem, é aquela bela bartender ali.
Nesse momento Tinker deu um pulo do pufe e foi em direção ao bar. Pegou uma bebida e voltou sorridente. _ Ela é gata amiga, investe nela, senão eu invisto, kkkk.
_ Tá louca, qual parte dela ser minha paciente você não entendeu?
Enquanto a Tinker gargalhava da minha cara eu não conseguia tirar os olhos da Emma. Vagaram duas cadeiras no bar e rapidamente eu puxei a minha amiga comigo e fomos para lá. Vi várias garotas se aproximarem com uma conversinha mole para o lado dela que sempre sorria gentilmente. Aquilo me incomodava profundamente. Mais que deveria para ser sincera.
Nesse momento a Ruby apareceu dizendo que a mesa estava pronta ao nosso dispor. Automaticamente mandei ela liberar a mesa para outro cliente e disse que essa noite ficaríamos exclusivamente no segundo andar.
Aproveitei que a Emma foi ao banheiro e corri atrás dela.
_ Então Emma, qual música você vai dançar comigo? Lembra que isso faz parte da terapia e você não pode recusar.
_ A menina que está com você é sua... hum...
_ Namorada? Não, ela é apenas uma amiga. Eu sou solteira, lembra, te falei isso uns meses atrás.
_ Regina eu estou trabalhando. Não vou poder dar a atenção que você merece. Me perdoa mas eu preciso voltar.
Ela saiu correndo do banheiro e me deixou completamente desnorteada lá dentro.
Emma pov
Minha cabeça girava, o que a Regina estava fazendo ali. Ela era filha de pastor e a boate era gay. E se não me engano o jeito que ela falou no meu ouvido não parecia nada inocente. Nesse momento pensei, gente será que ela é lésbica? Impossível, eu notaria. Convivi com lésbicas durante 4 longos anos da minha vida. Com certeza eu saberia identificar caso ela fosse.
E se ela for, o que eu tenho com isso? Porque isso me afeta tanto? Por que me incomodou ver aquela garota ao lado dela? Porque a presença dela aqui me é tão desconfortável? Concentra-se Emma Swan, não arruma ideia. Ela é sua médica, é filha de um pastor e você não é gay! Não converta essa carência em um sentimento que não te pertence. Falava mentalmente como querendo me convencer daquilo que falava.
A noite foi mais longa que o habitual. A Regina ficou boa parte da noite sentada no bar. Vez ou outra aparecia uma menina com um sorrisinho bobo tentando ganhá-la. Aquilo me incomodava ainda mais. Por volta das 5h da madrugada a boate começou a esvaziar e ela cismou que me esperaria para me dar uma carona pra casa. A muito custo consegui fazer ela ir embora. Não tinha a menor condição de dividirmos um carro, eu mal conseguia olhá-la. Eu estava mais perdida que barata tonta. Precisava urgentemente da minha cama. Eu tinha que organizar meus pensamentos, afinal no dia seguinte teríamos uma sessão e eu precisaria saber me portar.
Cheguei em casa por volta das 07h da manhã, me joguei na cama e apaguei, não conseguia pensar em mais nada. Acordei as 13h com a cabeça doendo, parecia que estava de ressaca. Tomei um banho gelado, comi uma coisa rápida, troquei de roupa e saí de casa.
_ Boa tarde Emm, tudo bem?
_ Está sim Regina.
_ Emma antes de começarmos a sessão eu queria conversar com você sobre ontem.
_ Você não precisa me explicar absolutamente nada. Nos encontramos em uma boate e nada além disso.
_ Emma eu vi no seu olhar as interrogações que passavam por sua cabeça, não precisa disfarçar, não tem problema, nós podemos conversar.
_ Regina, não existem interrogações nenhuma. O máximo que me caberia perguntar é se os drinks estavam à altura do Maurício, sei que você prefere os dias que ele trabalha.
_ Estavam sim...
A sessão começou, mas não existia mais aquela espontaneidade que me encantava. Percebia que as palavras eram escolhidas e os olhares vigiados. Sabia que a culpa era minha, pois ela quis conversar comigo e me recusei. Mas eu não sabia o que falar e nem como me portar. Na verdade aquela deveria ser uma situação corriqueira. Se tivesse esbarrado com o Archie lá não teria feito a menor diferença. Por com ela estava fazendo?
Definitivamente não poderíamos conversar. Precisava dela enquanto terapeuta e não podia correr o risco de estragar essa relação.
Ficamos nesse clima tenso por várias sessões. Coincidências a parte as crises aumentaram vertiginosamente. Basicamente em todas as folgas entrava em crise. Sentia-me sozinha, pois agora não poderia mais contar com a Regina nesses momentos.
No ápice do desespero liguei para o Archie, conversei com ele por telefone e ele alterou a posologia do meu remédio para que conseguisse dormir. Estava jogada em minha cama perdida em meus pensamentos quando meu telefone começou a tocar. Era um número residencial desconhecido. Atendi com a voz ainda embargada pelo choro.
_ Emma o Archie me ligou, como você está?
_ Regina? Falei quase num sobressalto.
_ Porque você não me ligou? Você sabe que estou sempre disponível para você.
_ Desculpa, mas no momento eu estava precisando de uma dose extra de remédio e não de uma conversa. Regina desculpa ser grossa, mas já estou meia grogue e preciso dormir.
_ Sem problemas. Quero te ver amanhã. Beijos
Desliguei o telefone praticamente muda. Pra ajudar essa semana teríamos uma sessão extra. Com certeza ela me cobraria às ligações e eu não teria o que falar. Dormi de cansaço, mas meu sono foi agitado e repleto de pesadelos reais.
Bad Dream on
_ Filho eu tô aqui com você! Fica calmo que o ar vai entrar... Eu falava tentando não demonstrar meu desespero. Queria gritar, chorar até morrer, mas tinha que ser forte, meu filho precisava de mim.
_ Mãe, por favor, me livra desse sofrimento! Ele repetia essa frase com os olhos marejados. _ Eu não aguento mais tanta dor. Por favor, mãe me livra disso.
Eu não sabia o que fazer, estava sozinha e desamparada. A única pessoa que permanecia forte ao meu lado era a Ariel. Eu precisava raciocinar, colocar minha dor de lado e pensar somente no meu filho. Resolvi ligar para a Ariel, pois ela era a única em quem podia confiar.
_ Ariel preciso dos seus conselhos como advogada.
_ O que aconteceu?
_ Nada, ainda, mas...
_ Emma, o que você está pensando? Não faça nada enquanto eu não chegar.
Desliguei o celular. Minha cabeça girava, só conseguia pensar no clamor do meu filho. Olhava para ele dormindo e não conseguia controlar meu choro.
Bad dream off
Acordei assustada, olhei para o lado com receio, a sensação que tinha era que estava vivendo aquele calvário novamente.
Fim do capítulo
Nos vemos em breve. Beijão
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NovaAqui
Em: 05/11/2018
Menina! Que babado! Regina é do brejo kkkkll Acho que dá caldo ela com Emma. Isso se Emma não surtar mais ainda kkkkll porque a bicha não conversou com Regina kkkkll depois começam os desencontros. Aí para consertar dá trabalho kkkk
Vamos ver como será agora que elas parecem que estão na mesma sintonia.
Abraços fraternos procês aí!
Resposta do autor:
Claro que a Regina é do brejoooo, kkkk... Uma gata como ela precisa ser, kkk...
A Emma está meio surtada com os próprios sentimentos, tentando se libertar das amarras que ainda a prendem e descobrindo que pode muito mais que sobreviver.
Obrigada pela companhia e pelos comentários.
Mais tarde tem capítulo novo.
Beijão
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