Olá leitoras maravilhosas!
Desculpem a demora, estava bastante em choque com o cenário político do país.
Mas pra espantar essa tristeza está aí mais um capítulo do "Flutua".
As músicas que aparecem no capítulo são:
Castigo - Trio Balancê
Devagarinho - Sorriso Certo
Acalanto -Bárbara Greco e Black do Acordeon
No mais, boa leitura!
3. Xiboquinha
3. Xiboquinha
Eu não sei quando tempo eu fiquei ali estática, só sei que a sensação foi de alguém ter tirado o meu chão.
- Antônia? - Perguntou balançando a mão em frente os meus olhos de um lado para o outro. - Tem alguém aí nessa cabeça?
- Hã?... D..desc... desculpa... é que eu não sabia... sinto muito Mari. - Respirei fundo tentando me recompor. - De verdade.
Ela olhou pra mim com um olhar de total compaixão, acho que no fundo ela se comoveu com minha própria comoção.
- Relaxa, já passou. - Sorriu. - Eu consegui me curar. -
- Ah, que coisa maravilhosa. - Respirei aliviada. -
Ficamos por alguns instantes sem saber o que dizer uma pra outra. Com aquela confusão toda, nossa discussão já estava sendo alvo dos olhos de todas por ali. Eu precisava dizer algo, mas antes que eu tivesse idéia do que falar ela indagou.
- Bom, será que a gente pode conversar sobre isso em outro lugar em outra hora? - Olhou pras próprias roupas. - É que eu tenho trabalho pra fazer aqui... estamos pintando a ocupação. - Se virou pra mim. - Então, o que me diz? -
- Oxe, estamos em janeiro ainda, minhas aulas começam em março, eu estou louca de tédio. - Dei risada. - Eu posso ajudar vocês, se a senhorita deixar. - Encarei-a. -
- Ora ora, você está disposta a sujar sua roupinha? - Disse entre risos de espanto. - Eu vou ficar aqui até o início da noite. Tudo bem pra você então? - Desafiou minha boa vontade. -
- Arre égua bichinha! Eu pinto isso aqui melhor do que esses cabra bigodudo que cobra o olho da cara pra pintar uma parede. - Botei a mão na cintura e olhei-a nos olhos. - Por onde eu começo? -
Demos boas gargalhadas e seguimos para nosso trabalho. As meninas da ocupação me emprestaram uma roupa velha pra que eu não sujasse a minha. Peguei meus instrumentos de trabalho e começamos pelo o muro da rua. Éramos como formiguinhas juntas fazendo a mesma função, rapidamente concluíamos e mudávamos de lugar.
O prédio da ocupação era um casarão muito antigo, abandonado em uma briga de herança entre famílias havia mais de 30 anos. Apesar do tempo, ele ainda era imponente, tinha um leve cheiro de mofo, suas paredes precisavam urgentemente de uma reforma, mas era pra ver aquele lugar habitável e seguro para aquelas mulheres que Mariana estava ali dando o seu melhor durante praticamente todo o seu tempo livre. Aquilo era tão bonito nela, ver uma garra de mulher forte, a todo o momento eu me pegava olhando pra ela e me esquecendo completamente de todo o resto.
Em meio a um sol escaldante, risadas e tinta para todos os lados, conseguimos concluir os muros internamente e externamente e as paredes externas do primeiro andar. Pintamos os muros de branco e a casa seria da cor mais representativa do movimento, lilás, a cor que é a fusão do azul e do rosa, que foi usada desde a década de 70 como símbolo de quebra de padrões de gênero impostos pelo patriarcado.
Eu confesso que estava adorando conhecer um pouco daquelas pessoas, da realidade delas. Havia ali 27 mulheres e seus 12 filhos, alguns já adolescentes, outros, crianças de colo. Existia um sentimento de família entre elas, uma cuidava da outra, uma amparava a outra, era algo muito bonito e de se encher os olhos.
Quando acabamos o trabalho do dia já passava das 18:00, após um café da tarde em meio a conversas e risadas, Mariana e eu nos arrumamos e saímos de lá. Ela deixou os girassóis na ocupação pra evitar problemas com os pais, pois segundo ela, eles ainda não sabiam sobre a sua condição sexual, e ela não queria mentir falando que ganhou as flores de um homem, também preferi que ela deixasse lá com as meninas do que inventasse aquela mentira.
Entramos no carro, dei partida e comecei a andar, mas sem saber direito pra onde iríamos, já que ainda não tínhamos tido "aquela conversa" apesar de estar do lado dela o dia inteiro. Então resolvi romper o silêncio.
- Então, para onde vamos? - Virei-me para ela.
- Eu não tenho a mínima idéia. Essa cidade é um ovo, sem muitos lugares para duas lésbicas irem ter uma "DR" prematura. - Debochou olhando pra janela. -
- Já que você não conhece essa cidade direito pelo visto, vou te mostrar um lugar arretado de verdade.
Virei bruscamente o volante dando uma virada 360 graus na via de mão dupla que estava vazia naquela noite. Mariana se assustou com aquela manobra e não pude conter minha risada.
- Calma bichinha, quem ta comigo ta com Deus. - Olhei pra ela. - Você não vai se arrepender. -
- Cada vez que pego carona com você é uma aventura diferente. O que a gente vai colocar no tanque hoje? Catuaba? - Disse em tom sarcástico. -
- Super engraçadinha você né? - Passado um tempo, parei o carro de frente a um bar com uma varanda enorme. - Chegamos! -
- Nunca nem vi esse bar na minha vida. - Falou enquanto saiu do carro. -
- Oxe, mais respeito, por favor! Não vamos a um bar, vamos na "Sala de Reboco", o melhor forrozin que existe nessa cidade. - Puxei ela pela mão. -
- Eu nunca fui a um forró! Sou péssima dançarina Antônia.
- Pra tudo tem sua primeira vez, visse? - Disse já entrando no bar. - Mas antes de dançarmos pessimamente juntas, você tem que tomar uma coisa. - Nos acomodamos no balcão. - Duas Xiboquinhas, por favor. - Disse ao garçom. -
O atendente prontamente veio com dois copos duplos cheios de gelo, com rodelas de limão e com aquela bebida típica do forró. Era uma bebida forte mista de cravo, canela, gengibre e limão. Aquele aroma me fazia viajar dentro das minhas lembranças de quando eu adorava freqüentar aquele lugar toda semana com Adriana e algumas amigas que às vezes nos acompanhavam, até mesmo a Isa já foi lá, mesmo não gostando muito, fazia isso pra me agradar, ela só odiava tomar aquela bebida, bebida esta que eu estava prestes a apresentar pra aquela menina linda de sorriso fácil.
- Já sei que a gente tem o mesmo gosto musical, agora vamos ver se compartilhamos o mesmo paladar. - Entreguei o copo. E fiquei esperando sua reação. Enquanto ela deu uma "cheirada" e depois bebericou. -
- Cê é loco mano! - Deu mais uma golada. - Essa coisa é muito boa. - Fez uma careta. - Mas da um calorzinho não dá? - Deu risada. -
- Ela é uma espécie de combustível pra que a gente dance a noite toda. - Dei uma golada. - Agora você está apta começar a se viciar no forró. - Me levantei do banco e estendi a mão. - Vamos? -
- Mas a gente não veio aqui pra conversar? - Tentou desvencilhar do pedido. -
- Oxe, se tem um lugar público que ninguém vai prestar atenção na nossa conversa é aqui, dançando. Gente de rosto colado conversando ao pé do ouvido é a coisa mais comum que você vai ver nesse espaço. - Disse mais uma vez. - Então, vamos? -
Ela se encurvou num gesto de timidez, bebeu o que restava da Xiboquinha e me deu a mão. Sorri involuntariamente, pois havia conseguido deixa - lá tímida.
Será por que quando eu olho para você
logo boto o coração para palpitar
E bem na hora que tento falar contigo parece que falta ar
Fiquei em posição de condutor da dança já que ela não era acostumada a dançar. Coloquei minha mão direita na sua cintura e segurei sua mão com a esquerda, enquanto ela enroscou a mão esquerda no meu pescoço. Aquele era um xote, lento e de ritmo tranqüilo, gostoso de dançar. Ela se movia de uma forma leve de se conduzir, sentia bem o ritmo da música, com certeza ela levava jeito pra coisa. Colei minha bochecha na dela, senti meu coração dar uma palpitada ao sentir aquele perfume maravilhoso, que persistia em estar ali nela mesmo depois de horas de trabalho.
Será que é porque eu não vivo sem você
Será que a vida ainda guarda essa surpresa
Eu não canso de esperar
- Então, você me perdoa pelo que aconteceu sábado? - Sussurrei no seu ouvido, iniciando então aquela conversa. -
- É... não tenho outra escolha. Com você me trazendo flores, me ajudando no trabalho e agora me ensinando a dançar. - Deu risada, me deixando arrepiada devido à proximidade do meu ouvido. - Não tem como ficar com raiva de você. - Completou. - E nem quero ficar. -
- Então eu acho que eu posso começar meu interrogatório. - Brinquei. - Primeira pergunta: Por que você me escolheu pra ser sua primeira pessoa a te beijar? -
- Eu não faço a mínima idéia do porquê. Você era diferente no meio daquelas meninas, eu só... segui o que meu coração mandou. - Me olhou nos olhos, colando sua testa na minha. - E eu não me arrependi em momento nenhum. Mesmo você saindo daquela forma. -
Vem ficar comigo
Vem me olhar nos olhos
Vem fazer gostoso tudo que há de bom na vida
Sem limites para sonhar
Aquele comentário me deixou extremamente tímida, sem jeito, não sei ao certo o que era, mas eu não costumava ficar assim com outras mulheres, ela tinha algo que me desconcertava toda vez que ela se aproximava, e àquela altura da música estávamos no auge da proximidade física. Ela acabou percebendo que eu estava sem jeito devido ao meu silêncio repentino.
- O que foi? Eu te deixei desconcertada foi? - Disse que sim com a cabeça. - Desculpa. - Sorriu. -
- Não precisa pedir desculpa. - Sussurei no seu ouvido. - Eu gosto de gente que me desconcerta. - E voltei a olhá-la nos olhos. -
Àquela altura nós já conseguíamos sentir o clima forte da gente se desejando, sentia sua respiração quente soprando no meu rosto esquentando ainda mais meu rosto em um misto de vergonha, com o calor da xiboquinha e da minha vontade louca de beijá-la ali já na primeira música que estávamos dançando. Ficamos em silêncio, aquele silêncio que era sempre o momento antecessor dos nossos beijos, mas não daquela vez. A música acabou e na fração de segundos que começou a tocar a próxima música eu tive um surto de empolgação involuntário. Coisa que acontecia com freqüência quando tocava alguma música que eu amava.
- AAAAAAAHHH EU AMO ESSA MÚSICA! - Dei um gritinho de empolgação. -
E não tem cura, é uma loucura
Que não tem preço, essa paixão me vira do avesso
E me domina, e alucina
E não tem hora pra ir embora
É a vitamina que alimenta
Um coração cansado de sofrer
Chamando por você
- Desculpa, é que eu me empolgo com algumas músicas. - Disse envergonhada enquanto continuávamos a dançar. -
- Tudo bem, eu achei bonitinho. - Sorriu enquanto deu uma pausa na fala. - Eu acho que é isso que eu vi em você. - Olhei pra ela sem entender. - Você me passa uma inocência, uma energia boa... me sinto bem quando você está perto. -
- Normalmente você não se sente bem perto das pessoas? - Indaguei. -
- Eu não sei ao certo. Quando eu estou na ocupação ou com assuntos relacionados a isso eu me sinto bem, mas com o resto das coisas, em casa, na escola, eu só tenho vontade de não ficar sóbria. - Respirou fundo. - Como se eu tivesse um vazio. -
- Vamos por partes para que eu absorva a informação. - Respirei fundo organizando as idéias. - Você ainda está na escola? E... aquela bomba de álcool, cigarro e comida transgênica rica em sódio e gorduras trans é sua forma de fugir da realidade na maioria do tempo? - Ok! Talvez meu lado médica tenha falado um pouco mais alto. -
- Eu comprometi dois anos letivos do ensino médio por causa do meu tratamento, eu estava muito fraca e não conseguia ir às aulas. Agora fui pro terceiro ano do ensino médio, e vou prestar vestibular pra Ciências Políticas. - Pensou um pouco antes de prosseguir, e completou. - Eu tento ficar louca a maioria do tempo porque minha vida em casa é uma verdadeira merd*. Eu tento preservar minha sanidade mental, e a forma que eu achei foi essa.
- Entendi. Foi exatamente o que eu pensei. Ninguém bebe Jack Daniel's domingo de manhã porque está feliz. - Sem querer acabei a fazendo rir. - Eu sei que a gente se conhece tem três dias, mas... se você precisar da minha ajuda, eu posso te dar meu ombro amigo. - Sorri, e ela me olhou admirada. -
- O mundo precisa de mais Antônias. - Me encarou com um sorriso escancarado. -
- E também de muitíssimas mais Marianas. - Olhei-a nos olhos admirada. - Você é uma mulher maravilhosa... - Completei. - Você me encanta. - Engoli seco. -
Minha música favorita acabou, e a que iniciou não poderia ser melhor. Acho que o DJ deve ter sacado o clima romântico e colocou logo uma seqüência de músicas românticas que faziam a gente se dançar cada vez mais agarradinha.
Esqueça o frio que passou
No meu abraço tem calor
E o teu olhar sempre me diz
Que o amor quer criar raiz
Cuide de mim, peço por Deus
Preciso desse peito seu
E esse carinho que me dá pode acalmar
Dessa vez não teve como algo atrapalhar, necessitávamos uma da outra, precisávamos daquele contato. Foi então que instintivamente mergulhei meus lábios no dela e ela nos meus em um contato quente, quase febril. Era um beijo macio, doce, fluído, abri minha boca sentindo sua língua quente, molhada, abrir passagem sobre a minha, se entrelaçando de forma harmoniosa. Subi minha mão que segurava a sua e percorri seu braço completamente arrepiado, passando pelos seus ombros até chegar na sua nuca. Entrelacei meus dedos em meio aos seus cabelos enquanto a segurava com firmeza pela cintura. Encaixamos-nos uma na outra a ponto de conseguir sentir as batidas aceleradas do seu coração, minha língua explorava cada pedaço daquela boca maravilhosa, dentro e também fora em pequenas mordidas no seu lábio inferior enquanto sua mão tateava minhas costas subindo e chegando na minha nuca. Nossas respirações estavam descompassadas, soltando pequenos suspiros de tesão. Nos faltava ar, nos separamos por um momento. Como eu previa, os nossos cheiros se misturaram formando um aroma maravilhoso que me deixou inebriada, sem movermos nossas mãos, de testas coladas, de olhos nos olhos, deixei um sorriso de felicidade escapar.
Olhei ao nosso redor, ninguém parecia ligar pro que nós estávamos fazendo, vi que estávamos próximas da parede. Dei um sorriso sapeca, girei nossos corpos colocando-a de costas para a parede e ali recomeçamos de onde tínhamos parado.
Não me lembro quanto tempo ficamos ali "encurraladas" entre bocas, mãos e todos os cinco sentidos aflorados. Separamo-nos, ofegantes e com os lábios ardendo. Olhei no relógio, já era quase 22 horas, eu não tinha falado com meus pais onde eu estava, pensei que eles poderiam ficar preocupados. Então seguimos pra nossas casas. Seguimos o caminho conversando, eu ainda queria descobrir tudo sobre ela, fui perguntando tudo o que me vinha na cabeça.
- Qual é o seu signo? - Perguntei curiosa enquanto dirigia nas ruas escuras de Caicó. -
- Tenta descobrir... qual você acha? - Me encarou com ar de mistério. -
- Touro? - Chutei. - Tu deve ser de algum signo intenso, porque você é... bastante intensa. - Completei. -
- Errou. - Deu risada. - Eu sou escorpiana. -
- Aii misericórdia. Não sabia que eu estava andando com esse tipo de gente. - Brinquei. -
- Bem que você estava gostando minutos atrás. - Alfinetou. -
- Eu? Imagina. - Disse irônica segurando o riso. -
- Sua dissimulada, tinha que ser pisciana mesmo. - Me deu um tapinha na perna. Parou, ficou com silêncio por um momento. - Você me acha intensa mesmo? -
- Oh se acho... intensa em vários sentidos. - Disse maliciosa. -
- Isso é bom ou ruim? - Indagou. -
- É ótimo, maravilhoso. Eu gosto. - Suspirei. -
Entramos nas proximidades da nossa rua, fiquei na dúvida se ela queria que eu deixasse ela na porta da casa dela, os pais dela poderiam desconfiar ou ver, mas não precisei nem perguntar, ela logo se adiantou.
- Eu acho melhor eu descer aqui, pra não dar muito na cara que a gente saiu juntas. - Olhou preocupada pra mim. - Você se importa? - Segurou firme na minha mão. - É que eu quero evitar dor de cabeça com meus pais. - Senti a sinceridade naquela fala.
- Tudo bem, eu te entendo. Tem família que é complicado mesmo. - Olhei-a ansiosa. - Quando a gente se vê de novo? -
- Amanhã? A gente arruma um lugar. - Completou. - Sabia que da janela do meu quarto eu consigo ver a frente da sua casa? - A gente pode sempre se ver. - Sorriu e me deu um selinho. -
- Pode deixar que eu arrumo um esconderijo secreto pra gente. - Disse dando vários selinhos. - Se cuida. -
- Isso de me deixar um quarteirão antes da minha casa é provisório viu? Uma hora isso vai acabar... vai dar tudo certo. - Sorriu. -
- Tudo no seu tempo, sem pressa ou ansiedade. - Beijei a sua testa. - Boa noite!
- Boa noite! - Ela ia abrir a porta do carro quando ela parou o que estava fazendo porque eu a puxei pra um beijo de despedida, quente, já cheio de saudade. -
Separamos-nos, ela desceu, fiquei parada um pouco até ela sumir de vista e então eu entrei na nossa rua, quando eu cheguei à minha casa ela tinha acabado de fechar o portão da dela. Entrei, estacionei, abri a porta da sala, e me deparo com minha mãe e meu pai sentados no sofá. Cena que seria normal se não tivesse na expressão dos dois um ar de estresse total. Tentei agir naturalmente.
- Oi mainha, oi painho! - Olhei dissimulada pros dois. - Oxe, que carranca é essas suas? -
- Antônia que gracinha é essa que você ta arrumando com a filha daquele homem? - Meu pai bradou com os olhos quase saltando das orbitas. - Estão de namoro agora é? -
Pelo visto aquele anonimato acabou muito antes que eu pensava. E eu sabia que eu estava muito encrencada. Talvez encrencada seja apelido, eu estava definitivamente ferrada.
Fim do capítulo
E ai meninas?
Eu acho que todas nós já passamos por algo parecido né?
Poxa, bem que o Amaro e a Tereza poderiam aliviar a barra da Antônia né?
Até o próximo capítulo!
Obrigada por estarem comentando e curtindo a história. Vocês são demais!
Beijinhos!
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