Capítulo 3- Meninas malvadas
Samantha estava sentada na recepção do hospital, aguardando alguma notícia de Carolina. Estava abaixada com a cabeça apoiada nas mãos, seu corpo tremia inteiro com medo do que poderia acontecer com a médica. A culpa corroía sua consciência. Estava envolvida com suas lembranças, ainda sentia o gosto amargo de suas atitudes.
Roberta chegava assustada ao hospital acompanhada do namorado, não percebeu a presença da antiga colega de escola e foi direto para a recepção.
-- Boa noite, eu estou procurando minha amiga, ela sofreu um acidente de carro.
-- Qual o nome? – olhava direto para o computador –
-- Carolina Andrade.
Samantha ouviu o nome de Carol e levantou a cabeça para ver quem estava na recepção. Não reconheceu Roberta de imediato, ela estava de costas, vestia um jeans apertado, com alguns rasgos no joelho, uma camiseta amarela e os cabelos estavam presos em um rabo de cavalo, nos pés um all star bem confortável. Reconheceu a voz, mas apenas quando a moça virou na sua direção que ela identificou suas feições.
Roberta reconheceu Samantha na mesma hora em que colocou os olhos sobre ela, continuava a mesma pessoa da época da escola, apenas com o semblante cansado e mais envelhecido. Ela sabia que Samantha mantinha um ritmo de vida muito conturbado através dos relatos de Carolina, que manteve contato com a ex-colega por um tempo.
-- Samantha!
-- Roberta? – não disfarçou o espanto --
-- Qual é o espanto? – aproximou- se – Não esperava me encontrar magra?
-- Não é isso, é que você está muito diferente. – Olhou-a de cima abaixo – Eu sabia que você tinha emagrecido, mas não achei que você ficaria assim. – Estendeu a mão --
-- Sim, eu estou diferente, eu emagreci, e estou arrumada, você não dizia que eu era uma gorda desleixada? – falava com deboche – Era esse mesmo o termo não era? – olhou a outra dos pés à cabeça – Já você, continua a mesma perua de quinta categoria de sempre, não mudou nada, só apareceram algumas rugas, não é?
Samantha sentiu o rosto queimar de raiva, costumava ridicularizar Roberta na época da escola junto com as amigas, e agora a moça estava na sua frente, linda, acompanhada do namorado que mais parecia um modelo, e ela estava realmente com a aparência desgastada, pela opção de vida que fez.
-- Não vai apresentar seu namorado? – dizia provocante para irritar a outra –
-- Não, ele não precisa conhecer você, infelizmente eu não tive essa sorte que ele tem. Você já pode ir embora.
-- Não, eu vou ficar e esperar Carol sair da cirurgia. – Ameaçou sentar --
-- Você vai embora agora! – caminhou para frente intimidando Samantha –
-- Mas o que aconteceu com você garota? Perdeu a noção do perigo? – colocou as mãos na cintura --
-- Acho que você não entendeu, você não é bem-vinda aqui. Se Carol está naquela sala e você aqui na recepção, com certeza a culpa foi sua, toda vez que você aparece na vida dela acontece uma tragédia Samantha! Vai embora e não volte nunca mais!
-- O que você está insinuando?
-- Que você é um encosto na nossa vida! Agora vai embora! – apontou a porta do hospital --
Samantha ficou olhando para a antiga colega e engoliu em seco as afirmações de Roberta, para não causar um escândalo no hospital e chamar atenção de seguranças ela resolveu sair, e foi para o carro no estacionamento.
Sentou-se no banco do motorista e deitou a cabeça sobre as mãos dispostas no volante. Chorou sozinha a dor de estar sempre com sua vida de cabeça para baixo, sempre vivendo nos extremos e sofrendo com tanta intensidade.
No fundo ela sabia que Roberta tinha razão, se Carolina estava correndo perigo de vida naquele hospital, a culpa era sua, aquela enxurrada de sentimentos estava minando suas forças, ouviu o celular tocar na bolsa, pegou e viu aquele nome no visor, estava chorando e recusou a ligação, não queria falar com ninguém, principalmente com a responsável pelos últimos acontecimentos.
Ligou o rádio para ter um pouco de ruído e tentar não enlouquecer e a música preencheu o ambiente, não o vazio que ela sentia, mas permitiu que ela viajasse em suas lembranças.
Ordinary World (tradução)
https://www.youtube.com/watch?v=dDLiVwpv89s
Ordinary World Mundo normal
Came in from a rainy Thursday Chegando de uma quinta feira chuvosa
On the avenue Na avenida
Thought I heard you talking softly Pensei ter ouvido você conversando baixinho
I turned on the lights, the tv Eu liguei as luzes, a tv
And the radio E o rádio
Still I can't escape the ghost of you Ainda assim, não consigo escapar de seu fantasma
What has happened to it all? O que está acontecendo com tudo isso?
Crazy, some say "louco! " alguns diriam
Where is the life that I recognize? Onde está a vida que eu conhecia?
Gone away Foi embora
But I won't cry for yesterday Mas não vou chorar pelo ontem
There's an ordinary world Existe um mundo normal
Somehow I have to find Que de algum modo tenho de encontrar
And as I try to make my way E enquanto eu tento trilhar o meu caminho
To the ordinary world Para o mundo normal
I will learn to survive Eu aprenderei a sobreviver
Passion or coincidence Paixão ou coincidência
Once prompted you to say Certa vez induziu você a dizer
"pride will tear us both apart" "o orgulho nos rasgará em pedaços"
Well now pride's gone out the window Bem, agora o orgulho saiu pela janela
Cross the rooftops Atravessou os telhados
Run away Fugiu
Left me in the vacuum of my heart Me deixou no vazio do meu coração
What is happening to me? O que está acontecendo comigo?
Crazy, some say "louco! " alguns diriam
Where is my friend when I need you most? Onde está minha amiga quando mais preciso de você?
Gone away Foi embora
But I won't cry for yesterday Mas não vou chorar pelo ontem
There's an ordinary world Existe um mundo normal
Somehow I have to find Que de algum modo tenho de encontrar
And as I try to make my way E enquanto eu tento trilhar o meu caminho
To the ordinary world Para o mundo normal
I will learn to survive Eu aprenderei a sobreviver
Papers in the roadside Jornais às margens da estrada
Tell of suffering and greed Falam sobre sofrimento e ganância
Fear today, forgot tomorrow Temidos hoje, esquecidos amanhã
Ooh, here besides the News Ooh, ooh, aqui em meio as notícias
Of holy war and holy need De guerra santa e necessidade divina
Ours is just a little sorrowed talk A nossa é apenas uma conversinha triste
And I don't cry for yesterday Mas não vou chorar pelo ontem
There's an ordinary world Existe um mundo normal
Somehow I have to find Que de algum modo tenho de encontrar
And as I try to make my way E enquanto eu tento trilhar o meu caminho
To the ordinary world Para o mundo normal
I will learn to survive Eu aprenderei a sobreviver
Every one Qualquer um
Is my world, I will learn to survive É meu mundo, aprenderei a sobreviver
Any one Nenhum
Is my world, I will learn to survive É meu mundo, aprenderei a sobreviver
Any one Nenhum
Is my world É meu mundo
Every one Qualquer um
Is my world É meu mundo
Carolina estava em cirurgia ainda, sua condição era muito crítica. Estava alheia ao que acontecia entre suas amigas do lado de fora, em seus devaneios e sonhos dentro da escuridão que se encontrava, mais uma passagem de sua vida era recordada.
Maio de 1996
Carolina estava no banheiro do colégio, lavava as mãos para sair, para sua infelicidade Samantha entrou e a viu pelo espelho. A garota já abriu um sorriso maldoso e Carolina já sentiu que viria alguma provocação.
Tentou sair rápido do banheiro, mas Samantha a segurou pelo braço. Arrepios incontroláveis alcançaram os corpos das duas adolescentes. A adrenalina que as acometeu fez o sangue das duas ferver. Tentando manter a altivez, Samantha continuou com as provocações.
-- Vai aonde gentalha? Por que tanta pressa? – puxou o punho de Carolina com força –
Carolina já não aguentava mais as provocações e injúrias da menina rica e quando foi puxada, não pensou nos seus atos, no impulso de toda raiva guardada dentro de si, já virou com a mão espalmada dando um tapa no rosto de Samantha.
O barulho estalado da palma da mão de uma no rosto da outra ecoou no banheiro vazio. Com o susto a menina rica soltou o braço da filha da cozinheira e olhou incrédula para sua adversária. Samantha não teve reação. Ficou apenas observando o ódio que habitava o olhar de Carolina.
Ambas sentiram o corpo estremecer com aquele toque das peles. Cada uma com seus motivos, Carolina sentiu um choque quando a mão de Samantha segurou seu braço e a outra quando sentiu a mão estalar em sua face, não sabia mensurar o quanto ficou surpresa com aquela atitude audaciosa.
A troca de olhares foi intensa, havia fogo nas duas adolescentes, um misto de raiva e paixão, tudo entre as duas era muito intenso, as provocações e a atração que as atingia. E silenciosamente, uma guerra foi declarada.
-- Nunca mais você vai encostar em mim novamente, ouviu? – pôs o dedo em riste no rosto da mais rica – Nunca mais toque em mim.
Carolina saiu do banheiro sentindo-se vitoriosa, pela primeira vez enfrentou Samantha com sucesso, impôs sua vontade sobre a arrogância da menina mimada que tudo que queria conseguia. Seu coração estava acelerado a mil por hora, suas mãos formigavam.
Samantha amargava o gosto da inércia, olhou no espelho e viu em seu rosto a derrota, passado o momento de transe que ficou após apanhar da colega a raiva tomou conta de si, finalmente reagiu ao acontecido, mas já era tarde demais, Carolina não estava mais ali.
-- Insolente! Abusada! Quem te deu o direito de encostar essa mão suja em mim? – gritava sozinha no banheiro –
Abriu a torneira e jogava água no rosto, como se quisesse limpar da face aquele toque de Carolina, sentia na pele o desafio que foi lançado pela garota pobre que ousou enfrentar Samantha Monte Alto.
Seu corpo tremia inteiro, não sabia se era raiva, ou o arrepio que sentiu percorrer sua espinha quando sua mão tocou o braço de Carolina, mas não teve tempo de sentir aquele calor, pois em seguida recebeu aquele tapa carregado de muita mágoa.
-- Você me paga Carolina de merd*!
Apesar de começar uma guerra interna com a garota, Samantha não contou para as amigas que apanhou de Carolina, seria muita humilhação, resolveu comprar essa briga sozinha e a relação das duas ficou muito mais tensa e intensa a partir daquele momento.
Chegando na sala de aula com o rosto limpo e os olhos vermelhos, sem maquiagem nenhuma depois de lavar no banheiro, Samantha parecia outra pessoa, as amigas estranharam a falta de maquiagem, toda a turma percebeu que algo estava errado. Carolina a olhava triunfante, enquanto o olhar que recebia era de puro ódio. Mentalmente Samantha prometia retorno para a jovem que começou a se preocupar com a repercussão do seu ato.
Para surpresa de Carolina, Samantha saiu da sala que nem um foguete quando a aula terminou e não foi tomar satisfação com ela, isso a preocupou. Percebeu que Lucia e Gabriela ficaram se olhando sem saber o que havia acontecido e saíram logo em seguida tentando alcançar a amiga, mas foi em vão.
Roberta que não deixa passar nada, já foi perguntar para a amiga o que estava acontecendo.
-- O que aconteceu Carol? Desembucha. – Segurou o braço da amiga –
-- Como assim? Não aconteceu nada. – Olhou assustada para a amiga –
-- Não me enrola, eu vi como Samantha chegou na sala depois de voltar do banheiro, o que só eu percebi, porque eu sabia que você também estava lá. Então pode ir falando.
Carolina riu e resolveu contar para sua amiga o ocorrido. Roberta em um primeiro momento ficou espantada, mas depois caiu na gargalhada.
-- Nãaaaao! Você não fez isso! – Balançava a cabeça negativamente –
-- Siiiiim! – Carolina riu imitando a amiga – Eu fiz sim.
-- Meu Deus, eu daria tudo para ser uma mosca e ver Samantha apanhando de você. – Ria –
-- É, mas eu sinto que agora vai vir chumbo grosso, eu achei que ela ia fazer um escândalo, mas ela ficou quieta demais. Isso que me preocupou.
-- Mas ela estava merecendo, quem sabe agora ela fica quieta e se coloca no lugar dela.
-- Não sei Roberta, acho que ela vai armar alguma para mim, e eu estou com medo disso. – Caminhavam para a cantina – É que na hora eu senti tanta raiva, que eu nem pensei, quando eu virei já estava com a mão no rosto dela. – Balançou a cabeça – Não sei o que acontece comigo quando estou perto dela.
-- Ela estava pedindo por isso a muito tempo, amiga. Quantas provocações, e apelidos você já aguentou?
-- Muitos. Nem sei quantos. – Revirou os olhos --
As duas caminhavam pelos corredores da escola. Foram em direção à cozinha, Carmem as aguardava para servir o almoço.
-- O problema é que agora eu estou com medo do que pode vir, Samantha não vai deixar isso barato.
-- Eu te ajudo amiga. Fica tranquila.
-- Ah tá, você fica colada comigo o dia todo?
-- Não.
-- Então pronto, danou-se. – Pausou – Mas que foi gostoso bater naquela cara falsa dela, foi. – Riram novamente –
*************
Em casa Samantha andava em círculos pelo quarto. Indignada pela audácia da filha da cozinheira e pior ainda, pela falta de atitude que ela mostrou, não reagiu, somente assistiu a outra sair pela porta sem dizer nada.
Estava mais zangada com isso do que com o próprio tapa, se perguntava por que não bateu de volta? Por que não xingou? Por que não gritou? Apenas observou Carolina sair andando normalmente.
No fundo ela sentiu-se desafiada por Carolina, a atração que ela sentia ficou ainda maior. Assim como a luta para negar que essa atração existia.
*****************
Samantha passou algumas semanas tentando pegar Carolina desprevenida, mas a menina nunca ficava sozinha, finalmente a menina rica teve a oportunidade que estava esperando em uma quinta-feira chuvosa, Carolina estava sozinha no banheiro, no final do intervalo quando Samantha entrou, a encarou pelo espelho e Carolina depois de secar as mãos com calma, tentando aparentar uma confiança que nem ela sabia que tinha, virou-se de frente para a outra e a olhou nos olhos. Foi uma luta silenciosa onde os corações batiam acelerados, sem saber o que esperar.
A adrenalina daquele encontro corria pelas veias das duas, olhos cerrados, dois tons de castanhos se misturavam e denunciavam a tensão entre elas, aquela atração que ambas sentiam estava ali se manifestando, estava ali presente naquele ambiente. Os olhares se sustentavam e ninguém queria cortar aquele contato.
Samantha ameaçou andar na direção de Carol, que já tencionou o corpo com medo da outra.
-- Não se aproxime! – estendeu a mão para Samantha –
-- Por que? Vai me bater de novo? – continuou caminhando –
-- Se for preciso eu vou sim. – Dizia com confiança –
Samantha pediu para suas amigas vigiarem o banheiro para ninguém entrar e atrapalhar a surra que ela planejara dar em Carolina, e a medida que se aproximava da morena, seu coração acelerava mais e mais. O que Samantha não percebia, era que sua aproximação também despertava o coração de Carolina, em intensidade igual ou maior que o dela.
A filha de dona Carmem estava esperando a investida da menina mimada, e quando Samantha ameaçou lhe estender o braço, Carolina a segurou com presteza, e lançou-se revidando o tapa que também foi defendido. As duas estavam se segurando e fazendo força contra a outra.
Os olhares se encontraram e se encaravam, foram segundos eternos de troca de olhares misturando raiva, ressentimentos, despeito e paixão. Sim, paixão, o coração acelerado e o calor que tomava conta dos corpos das adolescentes, era mais que adrenalina pela eminente agressão.
Nenhuma das duas por mais que tentassem, estavam conseguindo sair daquela hipnose que se encontravam, Carolina deu um passo para trás e encostou-se na pia e Samantha forçava seu corpo contra o dela, encostando barriga com barriga, o que fez as duas arrepiarem.
Sentiram o corpo estremecer inteiro com aquele contato, as bocas quase encostaram, podiam sentir a respiração quente e ofegante uma da outra, o hálito fresco de bala de menta que Carolina tinha quase fez Samantha perder o pouco juízo que tinha. Mais uma vez, a aproximação das duas foi maior fazendo seus lábios roçarem despretensiosamente.
Samantha se assustou e soltou Carolina. As duas estavam em choque. De repente, a vontade de surrar a morena mudou para uma vontade incontrolável de beijá-la. E sem dizer nada, Samantha saiu correndo do banheiro.
Carolina lembrou-se de respirar, seu corpo dava sinais de excitação, e ela sentia o calor subindo pela sua espinha, virou novamente para a pia e lavou o rosto com a água fria, tentando entender o que havia acontecido ali a poucos minutos. Seu sex* pulsou entre suas pernas, estava ofegante, e ali pela primeira vez, ela sentiu desejo.
Samantha passou pelas duas amigas sem dizer nenhuma palavra, as duas se espantaram e foram atrás dela.
-- Samantha, o que houve? – Lucia gritava –
-- Lucia ela não está bem, não está vendo? – Gabriela tentava argumentar –
-- Samantha? O que aconteceu? – andava atrás da garota – O que ela fez?
-- Vai embora Lucia! – andava rápido – Eu quero ficar sozinha!
-- Aqui? Difícil ficar sozinha gata! O colégio tem milhares de pessoas. – Conseguiu alcançar a outra –
-- Vai embora Lucia. Não quero falar com ninguém. – sentou em um banco –
-- Você é engraçada, pede ajuda para sapecar a cara da gentalha, e agora está aí, toda transtornada, o que foi? Ela que te bateu? -- Tentava segurar o rosto da amiga -- Você não teve coragem de arrebentar a cara de retalhos daquela sonsa?
-- Cala a boca Lucia! – Samantha gritou – Vai embora daqui! Me deixa em paz!
-- Vem Lucia. – Gabi puxava a amiga – É outra crise existencial dessa maluca. – Cochichou –
-- Eu vou, mas eu quero saber direitinho o que está acontecendo. – Saiu olhando para trás –
Lucia não se convenceu daquela suposta crise existencial, sabia que tinha algo a mais naquela reação, percebeu o quanto Carolina estava mexendo com a amiga e não ficou muito satisfeita com as conclusões que estava tirando.
Samantha sentia o corpo quente, lembrava o cheiro da pele de Carolina, a sensação de sentir o corpo reagir ao toque da colega. O que era para ter sido uma briga quase foi um beijo. Sentiu a umidade evidente em sua calcinha. Apertava as pernas tentando conter aquele desejo que quase tirou sua razão.
-- O que está acontecendo comigo? – pensava alto – Ela não!
As duas adolescentes, descobriam que toda a implicância poderia ter um fundo muito maior do que simplesmente antipatia, poderia ser algo muito mais forte escondido, que nenhuma das duas esperava sentir ou descobrir que existe, ambas estavam assustadas com a reação diante da outra, onde o desejo de destruir já começava a virar desejo de ter e possuir.
Carolina estava tão transtornada que inventou que estava passando mal e pediu para ir embora, e como nunca faltava, foi atendida em seu pedido, Roberta achou estranho, e mais ainda sua mãe. Ela não queria reencontrar Samantha, não naquele dia, precisava respirar, precisava pensar, tinha que se afastar dali.
-- Carol, o que você está sentindo? – acariciava seu rosto em busca de febre –
-- Enjoada mamãe. Só enjoada. – Fazia cara de doente – Posso ir para casa?
-- Mas você vai ficar sozinha em casa?
-- Eu já sei me virar, mãe. Pode confiar.
A senhora concordou e deixou a filha ir para casa, com uma certa contrariedade, mas a instruiu no que fazer ao chegar em casa.
Naquele dia, a relação das duas colegas começou a mudar, dentro das provocações e implicâncias de Samantha, elas começaram uma batalha silenciosa contra o sentimento que estava crescendo dentro de si. A atração já não podia mais ser controlada e o desejo já era palpável.
Fim do capítulo
Oi meninas.
Segue um novo capítulo, Samantha mostrou a que veio, só não contava com a astúcia de Carolina, e nenhuma das duas contava com esse sentimento crescendo dentro delas. E agora?
Samantha tem salvação? Carolina vai sucumbir ao desejo?
Aguardem as cenas dos próximos capítulos.
Beijo Grande!
Cris Lane
Lu, amo você!
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Zaha
Em: 07/10/2018
Oie Amiga!
Desculpa, ando muito ocupada!!
Tenho algo a falar e vc n vai gostar!! Rs. Logo hj, né?!!
Então, sobre Roberta...teria achado legal vc deixar ela gorda e que 5ivesse conseguido um namorado pelo que ela é e não ter q emagrecer pra encaixar num padrao de beleza.Magra e bem arrumado. Pq isso da uma mensagem diferente.
N parece MT coisa Roberta
Sobre Samantha e Carolina...parece que Carolina não tem tido MT sorte e foi sentir logo atração por quem a discriminada...
Claro que Samantha tenta tapar algo. Vaidade dela é apenas uma forma de querer a admiração do outro, esse complexo de superioridade na verdade é que é uma pessoa insegura, ela construiu um personagem e dentro está toda a insegurança e carência de afeto.
Carolina ainda estou pensando...mas já sabemos como terminará...ela continua sendo abusada...diferente, mas continua.
É isso...posso demorar a responder, Oka?!
Beijao
Resposta do autor:
Oi Lai,
Nossa, que pessoa ocupada! rsrs. Sem problemas, sei que você sempre aparece.
Então, no caso de Roberta, mais a frente, será explicado o motivo do seu emagrecimento, como a história mistura o passado e o presente, muitas coisas surgirão nos capítulos mais tardios. Aguarde e confie. :)
A relação de Samantha e Carolina está longe de terminar e ser algo dito "normal", realmente dizem que quando a pessoa sofre algum tipo de abuso acaba procurando manter essa situação mesmo que inconsciente. Espere, veremos o que vai acontecer.
Você matou a charada Samantha, rsrs. Boa observação.
Espero por você.
Beijo
Cris
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Sem cadastro
Em: 07/10/2018
Oie Amiga!
Desculpa, ando muito ocupada!!
Tenho algo a falar e vc n vai gostar!! Rs. Logo hj, né?!!
Então, sobre Roberta...teria achado legal vc deixar ela gorda e que 5ivesse conseguido um namorado pelo que ela é e não ter q emagrecer pra encaixar num padrao de beleza.Magra e bem arrumado. Pq isso da uma mensagem diferente.
N parece MT coisa Roberta
Sobre Samantha e Carolina...parece que Carolina não tem tido MT sorte e foi sentir logo atração por quem a discriminada...
Claro que Samantha tenta tapar algo. Vaidade dela é apenas uma forma de querer a admiração do outro, esse complexo de superioridade na verdade é que é uma pessoa insegura, ela construiu um personagem e dentro está toda a insegurança e carência de afeto.
Carolina ainda estou pensando...mas já sabemos como terminará...ela continua sendo abusada...diferente, mas continua.
É isso...posso demorar a responder, Oka?!
Beijao
Resposta do autor:
Oi Lai,
Nossa, que pessoa ocupada! rsrs. Sem problemas, sei que você sempre aparece.
Então, no caso de Roberta, mais a frente, será explicado o motivo do seu emagrecimento, como a história mistura o passado e o presente, muitas coisas surgirão nos capítulos mais tardios. Aguarde e confie. :)
A relação de Samantha e Carolina está longe de terminar e ser algo dito "normal", realmente dizem que quando a pessoa sofre algum tipo de abuso acaba procurando manter essa situação mesmo que inconsciente. Espere, veremos o que vai acontecer.
Você matou a charada Samantha, rsrs. Boa observação.
Espero por você.
Beijo
Cris
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Mille
Em: 07/10/2018
Tô achando que a Lucia gosta da Samantha.
O confronto das duas deu vazão aos sentimentos de ambas e com isso confusão das duas para admitir e fugir do que sentem.
Bjus e até o próximo capítulo
Resposta do autor:
Oi Mille
Lucia e Samantha? Seria uma dupla explosiva, hein!
Esse confronto foi bem intenso mesmo, mas com essas duas, não poderíamos esperar nada menos que isso. Agora é esperar para saber o que elas vão fazer.
Espero que esteja gostando.
Beijos e bom domingo.
Cris Lane
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