Capítulo 25
Parei junto à porta e senti meu coração dar um solavanco quando pude finalmente ver o que havia ali dentro. A música começou a tocar mais alto e meu coração pareceu acompanhar as batidas. Senti meus olhos molharem. Levei as mãos a boca.
-- Meu Deus!
-- Oi minha princesa. – a voz mansa chegou ao meu ouvido, por trás.
Estava dividida, sem saber se continuava com meus olhos em uma das coisas mais lindas que eu já tinha visto, ou se virava para encarar a dona daquela voz. Meus olhos se encheram de lágrimas quando senti aquelas mãos se alojando em minha cintura e ela sussurrar em meu ouvido “É pra você, amor!”.
Todo o quarto estava decorado, repleto de pequenos balões vermelhos no formato de corações. Estavam presos ao chão por um cordão da mesma cor, ligado a pequenas bases. O quarto tinha um cheiro gostoso e suave exalado por velas espalhadas pelo chão. A cama estava repleta de pétalas de rosas vermelhas. E acima da cabeceira da cama, letras recortadas de um papel vermelho formavam a pergunta “Aceita ser minha namorada?”.
Meu coração estava descompassado e eu não consegui mais segurar as lágrimas. Levei as mãos ao rosto em uma tentativa de conter aquela vazão, mas era inútil. Uma emoção tão grande e tão impactante tomou conta de mim.
-- Ei amor! Olha pra mim. – Adele me girou para ela – Por que está chorando? O que houve? Essa não era a intenção.
Me joguei em seus braços, apertando-a contra meu corpo e enterrando meu rosto na curva de seu pescoço. Em meio ao choro suspirei sentindo que estava em casa, que estava completa. Minha loira me apertou contra ela, deitando suaves beijos em meus cabelos.
Eu me apertava a ela cada vez mais, como se quisesse me certificar de que ela estava mesmo ali, de que eu não estava sonhando. Aspirei aquele cheiro profundamente, sentindo meus pulmões se enxerem da essência dela, da minha namorada.
Sorri ainda lutando para controlar as lágrimas que ainda vertiam sem vergonha alguma. Deus! Adele estava aqui, estava aqui e me pedindo em namoro da forma mais linda que eu já vi na vida.
Separei-me um pouco de seu corpo ainda mantendo meus braços em volta de seu pescoço. Sorri pra ela que estava séria e ganhei aquele sorriso galanteador de volta. Meu coração aqueceu.
-- Oi meu amor. – ela disse olhando no fundo dos meus olhos.
-- Oi.
-- Está tudo bem?
-- Não acredito que você está aqui... – a voz quase não saia.
-- Não consegui agüentar a saudade que eu estava sentindo de você princesa, precisava te ver, precisava...
Não esperei mais palavra alguma, venci a pequena distância que ainda existia entre nós e beijei seus lábios. Estava sedenta deles, e senti o chão sumir debaixo de meus pés ao encontrar com eles novamente. Um beijo suave e intenso ao mesmo tempo, cheio de saudade e de amor.
Ela sorriu e interrompeu o beijo.
-- Amor, eu preciso de uma reposta. – disse dividindo o olhar entre meus olhos e meus lábios.
-- Que resposta? – me fiz de desentendida.
A loira ficou séria, respirou fundo e tentou se afastar de mim. Percebi que ela começava a ficar nervosa, e antes que ela mordesse seus lábios, fechei os olhos e respirei profundamente antes de deixar que as palavras guardadas em meu peito fossem finalmente libertas.
--Você se antecipou. – ela tentou falar e eu a calei pousando meu indicador em seus lábios – Eu tinha planos de te pedir em namoro quando essa viagem acabasse, tive trabalho pra imaginar tudo, e ai você vem, toda linda, toda perfeita e arrasa meu coração com uma surpresa dessas, com esse pedido.
-- Desculpa.
Inacreditável que ela ainda sinta que há motivos para me pedir desculpas. Só Adele mesmo! Sorri e dei-lhe um selinho.
-- Eu aceito! Aceito ser sua namorada, sua amiga, sua amante, aceito ser o que você quiser Adele, porque sinceramente, eu não sei, e não quero de maneira alguma imaginar minha vida sem você. Eu te amo, te amo muito e todo e qualquer passo que eu imagino dar na minha vida, é contigo do lado, segurando a minha mão. Eu aceito meu amor!
A loira sorriu largamente, e ainda sim seus olhos se encheram de lágrimas. Adele era uma mulher sensível e intensa, não esperava que ela reagisse de maneira diferente. Talvez nós duas fôssemos muito parecidas nesse ponto.
-- Ah amor, eu não tinha intenção de chorar. – Adele diz passando a mão sobre o rosto – Eu também não me imagino sem você minha princesa. Eu te quero. Eu te amo!
A inglesa passou os braços em volta de minha cintura e me ergueu com uma facilidade que eu nunca entenderia. Apoiei-me em seus ombros e passei minhas pernas em volta dela.
-- Eu tava com tanta saudade de você... – ela diz enquanto desce beijando meu pescoço.
As palavras sumiram de minha mente, e eu só conseguia senti-la, sentir o corpo dela junto ao meu e me concentrar nos toques firmes e certeiros. Prendi minhas mãos nos longos fios loiros e puxei quando ela sugou a base de meu pescoço. Isso com certeza deixaria uma marca.
De forma desajeitada e apressada, usando apenas uma mão ela tentava me livrar do roupão, e como não obteve sucesso, sinto que ela perdeu um pouco a paciência e bufou resignada. Sorri diante de uma Adele ávida.
Adele se aproximou da cama, puxou a coxa trazendo junto todas as pétalas que a enfeitavam e com delicadeza me colocou sobre o colchão. Se afastou para se livrar de suas próprias roupas e eu fiquei hipnotizada, presa em cada movimento que ela fazia com uma sensualidade gritante e natural.
Rapidamente fiz o mesmo que ela e me livrei de minhas próprias peças de roupa.
Senti meu sex* pulsar apenas por vê-la nua na minha frente. Cada canto, cada curva e cada parte do corpo esbelto daquela loira me instigavam, me provocavam sensações adversas sem que fosse preciso que ela encostasse ao menos um dedo em mim. Adele me ascendia, ou melhor, dizendo, me incendiava.
A loira me lançou aquele olhar felino, me comendo com os olhos e mais uma vez senti meu sex* pulsar em antecipação. O tom escuro daquele azul me contava sem palavras o tamanho do desejo e do tesão que ela sentia.
Ela se aproximou de mim, curvou seu corpo sobre o meu e beijou minha boca com gula. Abri mais as pernas para que ela pudesse se encaixar melhor. Senti-me exposta, no entanto, isso me fez delirar. Sua língua logo invadiu minha boca e eu a suguei com intensidade, com fome. A loira gem*u e a umidade em meu sex* se intensificou. Ah como eu adorava ouvi-la!
Sua boca abandonou a minha e desceu mordendo e lambendo meu pescoço, a área abaixo de minha clavícula, a parte de cima de meus seios e enfim sua boca alcançou um dos montes, prendendo entre os dentes o bico túrgido. Suspirei com a sensação gostosa.
A mão de dedos longos embrenhou-se por entre os corpos que permaneciam unidos e alcançou o meu sex* enquanto ainda mantinha o meu seio dentro da boca. Agarrei firmemente suas nádegas quando seus dedos encontraram com maestria o nervo rígido. Adele me masturbava e friccionava o seu próprio sex* em minha coxa, ela estava muito molhada e sua excitação molhava minha pele.
Os longos dedos me invadiram sem aviso. Não consegui evitar um grito de surpresa e ao mesmo tempo de prazer. Enquanto me preenchia, Adele ergueu o rosto e passou a me olhar, intensamente.
O movimento de vai e vem era profundo, rápido e preciso. Meu corpo balançava com o movimento frenético. O ápice estava próximo, e eu tendi a fechar os olhos, mas ela chamou-me impedindo que eu o fizesse.
-- Pra mim amor, olha pra mim.
Mordi o lábio inferior e me esforcei para manter a rosto dela como o meu foco. A expressão de deleite dominava cada traço. A umidade que molhava a minha perna aumentava e eu já não tinha mais controle sobre meu corpo que começou a tremer.
-- Goz* pra mim minha princesa, goz* nos meus dedos.
Fechei os olhos sem conseguir me controlar e instintivamente cravei minhas unhas em suas costas, arranhando-a. O orgasmo veio me tirando de órbita. Foi intenso e longo. Sentia como se tivesse deixado o meu corpo. A respiração irregular, o coração acelerado e os tremores me fizeram desfalecer debaixo de seu corpo.
Quando ela retirou os dedos de dentro de mim senti um novo tremor. Estava sensível. Adele deitou-se ao meu lado e me puxou para junto dela, apoiando minha cabeça sobre o seu peito. Eu ainda ofegava e não conseguia abrir os olhos, estava sem forças.
Até pensar naquele momento não estava sendo uma tarefa fácil. Não sei bem o que houve, mas esse foi um dos orgasmos mais arrebatadores que Adele me proporcionou, e antes dela, nunca provei nada tão intenso.
Sorri ao me tocar de um detalhe: meu orgasmo sempre vinha quando a loira pedia, quando ela verbalizava. Sua voz parecia ter um controle sobre mim, era só ela falava que eu me derretia literalmente.
-- Eu estava morrendo de saudades de você. – disse quando comecei a ter o mínimo controle sobre meus sentidos.
-- Já estava ficando louca naquele apartamento. Sentia um vazio quando chegava a casa e não te encontrava.
-- Como veio parar aqui?
-- Já estava tudo planejado, só precisei mexer alguns pauzinhos e de uma ajudinha aqui, e outra acolá. Comecei a preparar tudo desde o dia que você disse que teria que fazer essa viagem. Queria te fazer essa surpresa.
-- Você realmente me surpreendeu.
-- Eu tive medo de você não aceitar o meu pedido.
-- Realmente passava pela sua cabeça que eu não ia querer namorar você? Sério mesmo? – perguntei erguendo o corpo pra olhá-la.
-- Claro que passou! Ah Bia, é que você podia achar que estava tudo caminhando rápido demais, que não era a hora.
-- Eu não conhecia esse seu lado inseguro. – comentei.
-- Não é realmente uma característica minha. Mas temos que convir que nos apaixonamos bem rápido.
-- Eu acho que demorou, podíamos ter nos conhecido mais cedo – fali piscando um olho pra ela. E como eu disse, eu tinha planos de te pedir em namoro, mas você se adiantou. Namorar você era tudo o que eu queria nesse momento amor.
-- Espera um pouco.
Sentei na cama e acompanhei sua movimentação. Adele levantou nua, e caminhou até uma bolsa que estava sobre o recamier ao pé da cama, vasculhou um pouco e em seguida retornou com um sorriso nos lábios. Aquele sorriso devia ser proibido de tão provocante que ele era.
Ela sentou ao meu lado e estendeu sua mão esquerda, relevando em sua palma um delicado par de alianças prateado. Eram lindas. Perfeitas!
-- Nunca te perguntei o que você pensava sobre o uso de uma aliança, até porque não queria dar nenhum indício do que eu queria fazer, mas, eu queria poder representar de alguma forma essa nova fase da nossa relação. Espero que não ache clichê demais.
Funguei sentindo a vontade de chorar voltar. Peguei a aliança que era um pouco maior e segurei sua mão direita. Coloquei a aliança e sorri ao ver o quão linda havia ficado em sua mão. Adele fez o mesmo comigo e beijou minha mão ao terminar.
-- Você é a mulher mais linda que eu já conheci, tanto por dentro, quanto por fora. E eu tenho a sorte grande de agora te chamar de namorada. – eu disse encantada.
Adele beijou minha boca, sem pressa, com carinho e delicadeza, mas logo as coisas começaram a esquentar, o beijo se tornou exigente e eu prontamente atendi. Prendi a língua dela entre meus dentes e levei minha mão ao meio de suas pernas, que naquele momento estavam um pouco abertas, me dando acesso ao seu sex*.
Ela gem*u contra meus lábios quando prendi o pequeno nervo entre o dedo indicador e polegar. Ela já estava pronta pra mim, completamente pronta. Com o peso de meu próprio corpo a fiz deitar, e não perdi tempo em descer beijando sua barriga até chegar ao seu centro. Precisava urgentemente sentir o seu gosto.
Passei a ponta da língua, abrindo os grandes lábios, e como resposta ela se agarrou aos meus cabelos. Com o auxílio dos dedos a expus pra mim. Passei a língua com mais ousadia e ela gem*u curvando o corpo sobre o colchão.
Passei a língua por toda a extensão, subindo e descendo, e depois me dediquei o pequeno nervo. Prendi entre os dentes e depois passei a sugar. Leve dois dedos até a sua entrada e ameacei invadi-la.
-- Shit! Bia!
Meus dedos ainda passeavam por ali, ameaçando, mas sem entrar.
-- Bia?
-- Hum?
-- Por favor. – sua voz era falha e sua respiração pesada.
-- O quê?
-- Me fode de uma vez!
Sorri diante da voz irritadiça e do pedido. Era a primeira vez que ela me pedia algo assim, que falava dessa forma. Mas eu tinha que admitir, ouvir isso me excitou muito! Entrei em seu sex* de forma rápida, deslizando facilmente. Adele agarrou ainda mais forte os meus cabelos, me fazendo visitar a linha tênue do prazer e da dor.
Voltei a ch*par seu clit*ris, cadenciando a força e o ritmo empregado, sem deixar de me mover dentro dela. Aumentei o ritmo quando sua vagin* começou a contrair, prendendo meus dedos.
-- Amor! Não...não para.
E eu não parei até que ela explodisse em um orgasmo maravilhoso. Eu mesma estava quase lá, quase chegando ao ápice, e só por proporcionar prazer a ela. Tive até vergonha de minha excitação que provavelmente molhava a cama.
Escalei seu corpo distribuindo beijos por onde passava até capturar sua boca em um beijo profundo.
-- Vem cá.
Ela diz agarrando com força as minhas coxas. De imediato não compreendi o que ela queria, mas deixei ela me guiar. Arregalei os olhos quando compreendi o que ela queria. Adele me posicionou sobre o seu rosto, deixando meu sex* exposto e ponto pra ela.
-- Segura na cabeceira, se apóia e rebol* pra mim, rebol* gostoso.
Me arrepiei com aquela voz rouca e autoritária. Adele agarrou meu bumbum, e meio incerta, fiz o que ela pediu. Quando sua língua me alcançou, senti vertigem e mesmo que eu não quisesse, teria que realmente me segurar.
O movimento de sua língua despertou os instintos de meu próprio corpo. Buscando mais contato comecei a rebol*r sobre seu rosto, me movendo, sentando sobre sua língua. Soltei a cabeceira e busquei suas mãos quando ela me penetrou. Arqueei o corpo e apertei suas mãos sentindo que eu não agüentaria por muito tempo.
Aos poucos fui perdendo a coordenação, o ápice se aproximava cada vez mais. Já não conseguia mais nem gem*r, só chamava o seu nome. Juro que estava quase vendo estrelas na minha frente, mesmo de olhos fechados.
Eu que achava que o orgasmo anterior havia sido intenso, acabei de perceber que estava errada, esse foi ainda mais do que o outro. Ah meu Deus, sempre era melhor, sempre era mais intenso, eu estava perdida na mão daquela inglesa.
Mais uma vez naquela noite eu desfaleci! Adele me segurou e com carinho me ajeitou sobre a cama, deitando ao meu lado. Abri os olhos e enxerguei um sorriso contente diante de mim.
-- Você tem um gosto incrível, sabia?
-- Para com isso Adele. – disse constrangida.
Ela riu e fez carinho em meus cabelos, tirando os fios que estavam presos à minha testa devido ao suor.
-- Você ta acabando comigo Adele.
-- Estamos só aquecendo.
-- Assim você vai me matar.
-- Só se for de prazer.
E realmente aquilo havia sido só o aquecimento. Adele parecia estar empenhada em acabar com as minhas forças, em me deixar esgotada, ou talvez fosse apenas a saudade. Ela me amou das mais diversas formas e posições – em algumas delas eu era até inexperiente. Nunca em toda minha vida tive tantos orgasmos em um espaço de tempo tão curto.
Quando finalmente fomos dormir, já era madrugada, as horas correram. Adele se aconchegou em meu corpo, apoiando sua cabeça em meu peito para um cafuné. Sorri sentindo novamente aquela sensação de abrigo. Uma sensação plena que me deixava leve, eu tinha certeza de que por ela eu sentia o verdadeiro e mais puro amor.
Eu estava cansada, exaurida, com o corpo gostosamente dolorido, mas feliz, extremamente feliz. Tudo por causa daquela mulher que agora dormia agarrada a mim. Encarei aquele rosto sereno, e meu peito transbordava.
Minha namorada era a coisa mais linda desse mundo, e quando dormia, parecia até um anjo. Agarrei-me um pouco mais a ela sentindo que eu tinha em meus braços o meu maior tesouro. Continuei com o cafuné em seus cabelos e fechei os olhos. Suspirei e me entreguei aos apelos de descanso.
**********
Meu dia não podia ter amanhecido melhor. Acordei com beijos e dedos fogosos passeando por minha barriga, indo até o monte de Vênus. Ela já acordava com gás, como podia? Nem parece que a criatura tinha passado a noite e parte da madrugada fazendo amor.
Acabei me atrasando, porque como já disse outras vezes, não resisto à Adele, e bastaram alguns beijinhos, uma mão boba aqui, e outra acolá, e eu já estava em chamas por ela. A danada sabia o poder que tinha sobre mim, e sabia usar muito bem.
Tomei um banho rápido e desci até o quarto em que eu estava hospedada até ontem. Minha mala e todas as minhas coisas estavam lá. Bati a porta e no mesmo pé que eu entrava, Cléo me dava bom dia e passava por mim. Me arrumei com pressa, mas também me atrapalhei no mesmo nível.
Quando desci, todos já estavam correndo de um lado para o outro, tentando finalizar as últimas tarefas do cronograma que nos foi passado. Eu fui a última a chegar no grande salão, então tive que me concentrar e recuperar o tempo perdido. Gostosamente fodido, digo, perdido.
Balancei a cabeça para tentar afastar as lembranças e os pensamentos impróprios e com meu cronograma em mãos comecei a realizar os tópicos ali constantes.
Em um dado momento me aproximei de Cléo que acompanhava as últimas palestras com os atletas mais famosos e os organizadores do evento. A garota olhou pra mim com um sorriso tão contente nos lábios que eu tive que sorrir de volta.
-- Tudo bem no paraíso do meu casal preferido?
-- Tudo perfeito! – disse estendendo a mão direita na direção dela.
-- Como você não voltou para o quarto, eu tive certeza de que você tinha aceitado o pedido dela.
-- Desde quando você e Adele possuem essa intimidade toda?
-- Não é intimidade, ela me pediu ajuda, e eu, com prazer dei uma mãozinha.
-- As duas armaram pelas minhas costas, não foi?
-- Ah, mas ficou lindo, não ficou?
Sorri e balancei a cabeça concordando. A fotógrafa era mesmo fã da nossa relação. Gregório passou ao nosso lado fazendo uma careta, então rapidamente nos separamos e voltamos a nos concentrar no trabalho.
Passei a manhã inteira com a minha mente na loira que me esperava na suíte daquele hotel, estava doida pra poder voltar pra lá e me jogar nos braços dela. Sinto que a noite passada/madrugada não foi suficiente para aplacar a falta que eu tava dela.
Não queria ter que deixar Adele me esperando sozinha no quarto, mas ela disse que seria melhor não dar as caras, e eu não questionei os motivos, apenas aceitei. A ansiedade estava me deixando dispersa, e vez ou outra eu perdia o foco do que estava fazendo, ou deveria fazer.
Quando o último palestrante encerrou agradecendo a presença de todos, busquei Gregório com o olhar. Não sabia o que ele ia fazer, e torcia muito para que o próximo passo fosse nos liberar. Quando o enorme aglomerado de gente se dispersou, com um gesto Edson nos chamou, e juntos fomos para a cabine.
-- Pessoal, hoje foi o nosso último dia de trabalho. Acabaram as competições, as apresentações e as palestras, nosso papel foi cumprido, e muito bem cumprido. Agradeço muito a colaboração de cada um – nesse momento ele me encarou – e digo que estou satisfeito com o resultado que obtivemos. A partir de agora estão livres para fazer o que quiser, se optarem por ficar, boa sorte, e se decidirem ir com o resto da equipe, nos encontramos no saguão as 14h, almoçaremos e depois vamos direto para o aeroporto. Obrigado.
Um burburinho se instalou e eu só queria que todos saíssem de uma vez, não queria ser eu a primeira a deixar a pequena sala. Quando o primeiro saiu, suspirei e agarrei a mão de Cléo, puxando-a para fora da li.
-- Vais ficar? – ela pergunta.
-- Ainda não sei bem. Adele e eu não falamos nada a respeito disso, tenho que conversar com ela. Porém, acho muito pouco provável que ela queira voltar com o resto. – ela não suporta o Edson, pensei - Mas e você, vai ficar?
-- Ah não, vou voltar com os outros. Estou louca pra ver a minha namorada. Caso vocês fiquem por aqui, aproveitem a cidade, ela é maravilhosa.
-- Pode deixar que vamos aproveitar bem. Cléo? – chamei sua atenção quando entramos no elevador na direção do quarto que ocupamos antes.
-- Hum?
-- Muito obrigada viu?
-- Tá me agradecendo porquê?
-- Pela companhia, pela ajuda que deu a Adele, por tudo. Você foi um anjinho pra mim.
-- Imagina Bia. – disse ajeitando os óculos – Gostei de conhecer um pouco mais de ti. Você é uma pessoa legal, e sinceramente, é alguém que quero levar pra vida. Quem sabe não marcamos alguma coisa? Você, Adele, Melissa e eu!
-- Você é especial Cléo! E eu sei que daqui vai surgir uma amizade. E vamos marcar esse programa o quanto antes, quero conhecer a futura veterinária que faz seus olhinhos brilharem.
A garota ficou rubra e voltou a ajeitar os óculos sobre o nariz. Sim, tinha certeza de que aquela viagem me trouxe de presente uma amiga. Eu queria que fosse assim.
Reuni o restante de meus pertences e joguei tudo dentro da mala. Será que se eu pedisse com jeitinho pra Adele ela me ajudava a arrumar aquela bagunça? Dei mais uma checada pelo lugar pra ver se não estava esquecendo nada e fechei a mala.
Me aproximei de Cléo que também já arrumava a sua mala e nos abraçamos meio sem jeito por ser uma primeira vez, mas sem deixar de ser sincero.
-- Te vejo segunda! – disse piscando pra ela.
-- Até segunda.
Quando entrei na suíte que Adele ocupava, senti um cheiro maravilhoso de comida. Chamei-a e ela não respondeu, mas pude ouvir o barulho do chuveiro. Caminhei até lá já tirando minhas roupas e largando-as pelo caminho mesmo.
Entrei no banheiro e fiquei admirando o corpo maravilhoso a minha frente. A loira estava de costas e não havia percebido a minha presença ainda. Era só estar perto dela, vê-la, senti-la para o meu coração entrar na mais perfeita desordem.
Adentrei o boxe e abracei seu corpo, deixando minhas mãos deslizarem por cada canto. A loira grudou seu corpo no meu e descaradamente moveu aquele bumbum maravilhoso de encontro ao meu sex*.
-- Oi namorada. – ela disse girando o corpo e me empurrando contra a parede.
-- Oi.
E aquele banho durou mais do que deveríamos. Acabamos decidindo por almoçar fora já que a comida que ela pedira já havia esfriado há tempos. Adele queria me levar a um restaurante que ela conhecia, e é claro que eu me deixei levar.
Deixamos o quarto de mãos dadas e sorridentes. Paramos junto ao elevador e apertamos o botão do térreo. A loira olhou para os lados e com aquele sorriso sapeca me roubou alguns selinhos. Passei a mão por sua cintura e apertei.
A porta do elevador se abriu e eu senti meu corpo enrijecer instantaneamente. Acabei apertando mais do que devia a cintura da loira, que me olhou curiosa e depois voltou a olhar para a figura sorridente a nossa frente. Meu coração se inquietou e senti que a mulher ao meu lado ficou tensa.
O que ele estava fazendo aqui?
Continua...
Fim do capítulo
Olá meninas! Como vocês estão?
Acho que eu exagerei um pouquinho na parte caliente né? Ficou grande.
E então, o que acharam da surpresa que Adele fez para a Beatriz? E quem vocês acham que é a pessoa do elevador?
Beijos e até o próximo capítulo!
Música inspiração do capítulo: Is this love? - James Arthur
https://www.youtube.com/watch?v=_EkGGDo9yAg
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Raisa
Em: 03/10/2018
Uaau...que capitulo foi esse! Que tesão...ai.ai autora, ta me castigando desse jeito...rsrs. Esse casal é muito show me traz boas lembranças haha.
Resposta do autor:
Olá Raisa! Tudo bem?
Deu calor né? Vixe! Fiquei curiosa. Posso perguntar pq tô castigando hahaha. Esse casal é demais mesmo. Oh, espero que as lembranças sejam boas...
Beijos amore!
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Mandyletta
Em: 03/10/2018
Capítulo em seguida como amo essa autora hahah
Coisa mais linda esse pedido de namoro, e esse hot?? Uiii me deu até calor
Bjs pra minha autora preferida!!
Resposta do autor:
Ow mo deuso! Ama mesmo né? Será que vou ser amada mais um pouquinho? (segredo)
Essa inglesa sabe como fazer as coisas! Imagina ai o calor que eu senti imaginando e escrevendo a cena. Adele tá se saindo uma bela de uma safadinha né?
P.S.: Quando me chama de autora preferida eu fico com cara de retardada lendo.
Beijos amore!
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LeticiaFed
Em: 03/10/2018
Mas geeeente, que calor! Hahaha Estava ótimo, caliente na medida certa da fofura das duas.
Eu, como fiz parte do esquema pra ajudar Adele, ja sabia de tudo, porisso adivinhei (quase) certinho as surpresas... Aham! ;) E no elevador só pode ser o encosto coisa ruim do Édison...sai pra lá assombração! Ja não chega o irmão da Bia a incomodar?
Capítulo novo dois dias seguidos? Acho ate que vou comentar mais uma vez pra alegrar beeeem a autora. Rsrsrs Beijo!!
Resposta do autor:
Imagina o calor que eu sinto aqui imaginando as cenas é escrevendo. Ui! Essas duas são assim mesmo né, fogosas, mas sem deixarem de ser fofas.
Adivinhou mesmo viu? Algumas coisas foram em cheio. Pois é, pela reação da Bia só pode ser essa assombração mesmo. Só espero que ele não venha se meter com as duas. A gringa não é tão calma quanto parece. Verdade, como se já não bastasse Diego, ainda vem essa coisa ruim aí. Cruzes!
Opa! Gostei da ideia de comentar mais uma vez. Me deixaria beeeeeem alegre mesmo. Cê já sabe como eu sou né? Comente, vou adorar!
Beijos amore! Até o próximo.
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Mis
Em: 02/10/2018
Oi minha autora preferida!
Amei o capítulo caliente e fofo ao mesmo tempo.
Só pode ser o mala do Edson no elevador. A Bia tem que contar pra Adele do assédio, isso é coisa séria e pode complicar a vida delas mais pra frente
Bjos!
Resposta do autor:
Olá amore! Tudo bem? Você falando assim eu fico até boba :D
Que bom que gostou do capítulo, tentei mostrar os dois lados das duas, que apesar de serem fogo, também são essa coisa fofa.
Tudo nos leva a crer que é esse mala mesmo. Será que ele vai ficar importunado nosso casal? Verdade, Bia tem que contar logo o que esse nojento insinuou e fez, e evitar que algum problema futuro (nem tão futuro assim) surja!
Beijos e até o próximo!
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preguicella
Em: 02/10/2018
O encosto do Edson, só pode ser ele! Preguiça desse mala!
Bju
Resposta do autor:
Olá Preguicella! Que bom lhe "ver aqui de novo.
Pois é, será que esse mala vai ficar importunado no casal mesmo? Pela reação da Bia, tudo indica que seja ele mesmo. Está aí mais um motivo pra Beatriz contar logo tudo pra Adele.
Beijos e até o próximo.
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preguicella
Em: 02/10/2018
O encosto do Edson, só pode ser ele! Preguiça desse mala!
Bju
Resposta do autor:
Olá Preguicella! Que bom lhe "ver aqui de novo.
Pois é, será que esse mala vai ficar importunado no casal mesmo? Pela reação da Bia, tudo indica que seja ele mesmo. Está aí mais um motivo pra Beatriz contar logo tudo pra Adele.
Beijos e até o próximo.
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