Capítulo 5
Dias atuais...
POV Ágatha
Após algumas horas do Eduardo e a menina estranha saírem, sem nem falar nada, entra uma moça dentro do quarto.
- Boa tarde Ágatha, sou a Psicóloga do hospital, como está se sentindo?
- Estou bem, mas por qual motivo preciso de psicóloga?
- Então você sofreu acidente, isso pode trazer um trauma.
- Estou perfeitamente bem.
- Ágatha vou fazer só algumas perguntas pra você, e quero que tire suas dúvidas depois de eu terminar pode ser?
- Pode, vamos terminar logo com isso.- sério as pessoas já estavam me irritando.
- Então, quantos anos você tem ?
- Tenho 16 anos. - lá vem as perguntas de novo.
- Qual eu ano da escola que você está ?
- Já respondi pra doutora, mas vamos lá de novo estou no primeiro ano.
- Ágatha você namora, se sim a quanto tempo e com quem?
- Sim, já faz um mês, namoro com o Lucas somos da mesma escola.
- Ágatha em que ano nós estamos?- como assim em que ano ela só pode estar de brincadeira.
- Está brincando comigo né ? Estamos em 2017.
- Ágatha, você sofreu um trauma muito grande, não estamos em 2017 e sim em 2018, pelos seus exames essa perda de memória não decorreu de nenhuma fratura, mas sim pelo acidente mesmo. Você deve ter sofrido um choque muito grande é bloqueado tal memória.- não estava entendendo como assim perca de memória?
- Como assim 2018? Só pode estar brincando comigo, eu me lembro muito bem estava com o Lucas ontem.
Ela levante sem dizer nada e vem me trazendo um calendário. E aponta pra data.
- isso não quer dizer nada pode ser muito bem o calendário do ano que vem, que você trouxe pra brincar comigo. - Já estava berrando com a psicóloga.
- Calma Ágatha, estou te falando a verdade, o melhor agora e você tentar processar isso devagar. Me diga como você estava dirigindo um carro se não tem nem idade pra isso?
- Eu posso ter pegado escondido, não sei dirigir mas é bem fácil aprender.- olho pra ela duvidando das minhas próprias palavras, até eu estava com dúvidas de como peguei um carro.
- Olha a data no seu celular Ágatha.- ela me entrega um aparelho que não reconheço, esse não era meu celular.
- Esse não é meu celular.
- É sim, passe sua digital e olhe a foto.
Quando passo me digital o celular desbloqueia, e nele estava uma foto minha olho a data. Não pode ser, está marcando que estamos em 2018, deve ter algo de errado. Olho a foto de novo e no meu braço tem uma tatuagem de uma âncora. Olho imediatamente pro meu braço, e a mesma âncora esta lá.
Eu travo olhando para âncora, não pode ser? Mas será que isso está acontecendo mesmo? Ontem eu não estava com essa âncora, eu nem se quer tenho, ou tinha tatuagem.
- Ágatha tenha calma, isso acontece em vários casos, e aos poucos você vai recuperar sua memória. Já conversei com sua mãe e você vai passar por um psicólogo especializado e aos poucos tudo vai se encaixar.
Não estava entendendo nada, mas aquilo estava acontecendo mesmo, eu tinha pedido a memória, não sabia o que fazer.
Flashback
POV Ágatha
Não sei de onde dei a ideia de fazer uma festa na minha casa, só de pensar que depois vou ter que arrumar tudo e ainda que minha mãe provavelmente vai me matar, porque falei que era só uma reunião de amigos.
Tinha pessoas que nem eram da escola na minha festa, já estava ficando preocupada.
Depois de um tempo me tranquilizei, aparentemente ninguém iria colocar fogo na casa. Eduardo me manda uma mensagem pra subir no quarto. Quando abro me deparo com uma garota linda, por conta do álcool acabo encarando ela mais do que deveria.
-Ágatha essa é a Eloise, a menina que o Carlos estava falando que ia chegar. Acabei derramando bebida nela tem como emprestar uma blusa?
Carlos havia falado mesmo que chegaria uma menina nova, olho pra ela e vejo sua blusa toda ensopada.
- Claro que sim, e aliás seja bem vinda na nossa escola. Vou pegar umas pra você escolher.
- Vou deixar você se trocar, espero vocês lá embaixo.
- Acho que uma dessas vai servir, vou deixar você a vontade para ser trocar.- não ia me sentir confortável com ela se trocando, mas ela me impede no meio do caminho.
- Ei, pode ficar não tem problema o quarto é seu.
Ela tira blusa e me encara na hora fiquei vermelha, senti uma calor que quase comecei a me abanar. Calma Ágatha se controla.
- Ficou boa?
- Ficou linda em você, melhor que em mim, pode ficar com ela se quiser.- tento descontrair o clima pesado que tinha surgido antes.
- Brigada, pode ficar tranquila depois te devolvo na escola.
Saímos do quarto e encontro com Eduardo.
- Ei ela é bonita né, acha que eu tenho chance? - ele sussurra no meu ouvido, fico um pouco brava, mas me controlo, a menina mal chegou e ele já quer graça.
- Claro que sim, mas vai com calma.
Deixo os dois sozinhos e vou conversar com as outras pessoas. O resto da noite me manti afastada, não queria ficar alimentando minhas paranóias.
Depois de terminar com o Lucas meus olhos se abriram pras outras pessoas, aí veio meu interesse por meninas. Quando dei conta já estava olhando de forma diferente, acredito que devemos nos apaixonar pelo que a pessoa é e não pelo gênero.
Mas meus pais nunca iriam aceitar eu namorando com meninas também, e eu gosto de me relacionar com garotos também e tudo vai ser tão mais fácil me relacionando com um. Por isso já tenho que tirar essa garota dos pensamentos e a melhor coisa que faço, e o Eduardo já falou que tem interesse nela, não vou ser talarica.
Durante a semana temos algumas conversar mas nada de mais, em algumas aulas trocamos alguns olhares, e ela até parece ter interesse quando olha pra mim, ou é só coisas da minha cabeça.
Combinamos de ir no cinema, e acabou sentando uma do lado da outra, ela estava meio estranha, parecia tensa. Uma hora nossas mãos quase se tocam, quando percebo retiro rapidamente. Eduardo deu em cima dela a noite toda, mas ela parecia não contribuir direito. Fomos embora e deixo ela por último em sua casa.
- Está entregue são e salva.- rimos juntas.
- Obrigada pela carona e pela companhia.- ela fala meio nervosa.
- Não há de quê, tchau tenha uma boa noite.- não sabia se dava um beijo no rosto de despedida ou não, mas acabado dando.
Quando me aproximo ela vira o rosto de uma vez, beijando minha boca, fico toda vermelha, derrepente ela para o beijo e sai rapidamente.
- Boa noite.- saio quase correndo
Minha consciência vem me assombrar e vejo que não deveria ter feito aquilo, tinha o Eduardo ele me mataria se soubesse disso, e ainda ela nem deve gostar de garotas só está confusa.
Os dias passam e ela nem olha na minha cara, toda vez que ela está com os meninos e eu apareço ela simplesmente sai, sem dizer um a.
Estava quase batendo o sinal quando ela vem em minha direção no armário aonde estou,
- Aqui está sua blusa. A,cabei esquecendo, desculpa.- ela mal olha pra mim e estica a mão me entregando a blusa.
Já que seria assim então está bem.
- Não tem problema. - pego a blusa fecho meu armário e vou pra sala, ela parecia querer me falar algo, mas já estava irritada de mais e sai andando.
Na hora do intervalo vou ao banheiro, depois de entrar em uma das cabines chegam algumas meninas e reconheço a voz de uma, Eloise estava com elas.
- Nossa meninas vocês ficaram sabendo da Raquel, que ela virou sapatão?- quando ouço aquilo tenho vontade de sair brigando com elas, mal sabia que o pior estava por vir.
- Nossa que nojo, mas ela tem cara mesmo.- diz Eloise, meu coração quebra, como ela podia falar uma coisa dessa, se ela tão nojo disso porque me beijou.
A partir daquele momento decidi que não iria mais olhar na cara daquela garota.
Fim do capítulo
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