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  • Capítulo 65 Preambulo: Descobertas (Parte 1)

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An Extraordinary Love por Jules_Mari

Ver comentários: 5

Ver lista de capítulos

Palavras: 3713
Acessos: 2226   |  Postado em: 30/09/2018

Notas iniciais:

Boa noite a todxs. 
Mil perdões pelo horário... Mas hoje quase que eu não conseguia ter vindo por aqui. Mas não conseguiria ficar tranquila sem lhes oferecer nada no nosso dia. Então, em respeito a vocês leitorxs que são super importantes e para quem eu escrevo, trouxe um pequeno Preambulo do momento mais esperado da estória. 
Deixo aqui a minha promessa de redenção o mais breve possível. 

Ps: Ganhamos mais uma semaninha de estória. Pois todxs sabemos que estamos na iminência do fim. E confesso que está sendo extremamente difícil para mim, essa despedida. 
Ps2: Não tive tempo de reler e corrigir. Relevem os absurdos que possam aparecer, mas irei corrigir muito em breve. 

Capítulo 65 Preambulo: Descobertas (Parte 1)

Os escombros e entulhos cercados por faixas plásticas que tentavam afastar os curiosos e jornalistas que ansiavam por maiores explicações acerca do ocorrido na Sorbonne. As justificativas dadas pela administração da instituição não estavam sendo aceitas, pois aquele prédio era relativamente novo e fora construído sob os mais rigorosos esquemas de segurança.

Teorias da conspiração já surgiam acerca de algum atentado terrorista e o argumento de um inusitado terremoto não era bem aceito, pois apesar dos especialistas afirmarem registros sísmicos significativos, não conseguiam explicar como um evento como esse poderia ser concentrado num espaço confinado e recluso. Era como se o terremoto tivesse seu epicentro naquele prédio e só tivesse atingido ele. Dessa maneira, as especulações acerca de uma ação provocada era cada vez mais forte.

- Gente! Isso tudo é uma loucura. Não foi um terremoto! – René argumentava enquanto ainda terminava de mastigar o seu croissant.

- Pois é... Estávamos lá e não foi terremoto mesmo! -  Sophie balbuciou ainda atônita. A jovem continuava indiretamente se culpando pelo ocorrido com Cosima, apesar de toda a tentativa de seus amigos de convencê-la do contrário. E o estado da jovem só piorou quando soube das notícias de que o responsável pelas facadas fora encontrado morto.

- Pois é! Estamos em Paris! – René continuava deixando sua comida a mostra enquanto argumentava. Os dois discorriam suas teorias bizarras, enquanto um estranhamente calado Marc era observado por Amélia. A mulher percebia que o amigo parecia ter suas próprias conclusões e que certamente elas deveriam ser atordoantes, para deixa-lo daquela maneira. Então decidiu instiga-lo e externar o que pensava.

- Só consigo pensar que está tudo conectado! – Amélia atraiu a atenção de todos os amigos para si. Eles sabiam exatamente o que ela queria dizer.

- Pensem comigo... Primeiro foi o Louis. Até hoje ninguém sabe quem o matou ou o motivo para isso. – Ela olhou fixamente para Marc que a encarou angustiado. Eles sabiam que o amigo estava estanho pouco antes do ocorrido e ela sabia que o amigo tinha mais informações.

- Ele estava realmente transtornado... E – Marc finalmente se pronunciou. Ele via que, assim como ele, os amigos estavam aflitos por algum tipo de explicação, especialmente Sophie, que se martirizava a todo instante. – Ele dizia que só a Cosima poderia ajuda-lo! – Os demais o olharam atentos.

- Mas porque a Cosima? – René questionou.

- Eu não tenho certeza gente... Mas tem alguma coisa a ver com a pesquisa dela. – Os três pareceram momentaneamente incrédulos com aquela afirmação, mas aos poucos foram juntando as peças daquele intricado e perigoso quebra-cabeça.

- Sim! E isso não só custou a vida do Louis... – Amélia disse e virou-se para Sophie.

- A própria Cosima perdeu sua vida por isso... – A jovem ruiva disse cabisbaixa.

- Mas gente... Porque diabos um estudo sobre uma antiga sociedade de mulheres pode custar vidas? É maluco demais! – René jogou-se no encosto do banco que ficava no estacionamento logo a frente de onde ficava o Bloco A.

- Bom... Cosima e Louis falavam sobre isso, pouco antes dele ser... Morto. – Marc complementou.

- Tudo bem! Vejamos então essa pesquisa... – Amélia sugeriu e de imediato os demais sabiam o que ela queria dizer. A morena retirou de sua bolsa o livro de Cosima e antes de abri-lo, acariciou o capa com carinho e devoção, demorando-se sobre o nome da querida amiga que ela acreditava piamente que havia morrido.

Tão logo ela fez isso, Sophie fez o mesmo e os quatro se posicionaram numa mesa sob uma cerejeira que já possuía suas folhas perdendo a cor devido ao outono. Estavam numa área de convivência agradável, contudo naquela tarde, com as atividades suspensas em todo campus, um clima carregado imperava naquela sempre vivida universidade.

Com exceção e alguns poucos estudantes e dos policiais e peritos que trabalham na investigação do “acidente”, a Sorbonne estava parecendo um mausoléu. Aquele seleto grupo de pesquisadores sabiam exatamente o que deveriam fazer e com notebooks, cadernos e livros em mãos, começaram a dissecar a obra da sua amiga, tentando, de alguma forma, encontrar respostas para suas dúvidas.

O trabalho e as discussões estavam tão intensos que nem mesmo com o cair da noite eles desistiram. Apenas mudaram-se para o apartamento de Amélia, que ficava a poucas quadras de onde estavam.

- Então... O que sabemos sobre a Ordem do Labrys? – Marc espreguiçou-se após horas de leituras e discussão.

- Trata-se de uma instituição milenar que remonta a... – Amélia alcançou seu bloco de anotações. – Ao século VII a.C. e tem suas origens na antiguidade grega, mais especificamente na ilha de Lesbos. – Trocou um olhar sugestivo com Marc e os outros dois pareceram não compreender a que eles se referiam.

- A ilha de Lesbos foi o lar de Safo... – Marc fez uma expressão de obviedade, mas René e Sophie continuavam confusos com aquelas informações. – Nossa! Foi devido a ilha de Lesbos ser o lar de Safo e... Aparentemente só de mulheres – Indicou o livro que tinha em mãos – que a prática afetivo-sexual entre mulheres ficou conhecida como Lesbianismo. – Olhou para Amélia buscando aprovação à sua breve explicação.

- E, segundo as pesquisas de Cosima, Lesbos também foi o lar de um grupo de Amazonasm cuja a rainha era Hipolita, alguém que eu pensei que só tivesse existido enquanto mito, mas que parece ter sido uma pessoa real e uma das fundadoras da Ordem do Labrys. – Amélia contribuiu.

- Certo! E o objetivo dessa irmandade entre mulheres sempre esteve ligado ao empoderamento das mulheres, ao longo dos séculos, lutando contra uma sociedade patriarcal e todo tipo de opressão que historicamente foi imposta a nós das mais variadas formas. – Sophie concluiu seu raciocínio. – Gente! Como ninguém nunca falou nada sobre isso? – Exaltou-se, externando a opinião que era compartilhada pelos amigos e pelas críticas elogiosas que se acumulavam em relação ao trabalho de Cosima.

- O interessante é que, apesar de sabermos que os inimigos de algo como a Ordem serem os mais variados, existiu um grupo que parecia rivalizar diretamente com aquelas mulheres. – Marc analisava suas anotações.

- O Martelo! – René gritou da cozinha, onde preparava uma rodada de café para os amigos.

- Isso mesmo! – Amélia confirmou. – E foi bastante auspicioso da Igreja em utilizar a referência desse grupo para nomear a sua cartilha da Inquisição. O Malleus Maleficarum... Ou simplesmente...

- O Martelo das Bruxas! – Marc estalou os dedos após aquela constatação. – E como Cosima nos indicou muitas daquelas que foram taxadas como bruxas ao longo dos séculos XV ao XVIII pertenciam a Ordem.

- Então isso significa que muitos dos membros do Clero pertenceram ao Martelo. Uma sociedade secreta e obscura dentro da toda poderosa Igreja Católica! – René concluiu assim que retornou com a garrafa de café fumegante. – Não me surpreenderia se a própria Caça as Bruxas não tenha sido uma ideia disseminada pelo Martelo dentro da Igreja.

- Exato! E inclusive é justamente com a Inquisição que a Ordem parece ter fim! – Amélia folheou as ultimas páginas do livro da amiga, onde ela concluía suas pesquisas. – Mas sabem o que mais me chamou atenção? – A morena atraiu a atenção dos amigos para ela que demorou um tempo para organizar as suas ideias e arrumar as melhores palavras para se fazer entender. – Eu estranhei isso assim que li o livro na primeira vez. Achei curioso que, no momento em que a Ordem era mais forte, possuía uma Mestra poderosa e influente...

- Emanuelle Chermont! – Sophie emendou e recebeu uma aceno positivo da amiga.

- E sua sucessora era cotada para ser ainda mais poderosa... Evelyne. – Imprimiu um tom de quase adoração ao pronunciar aquele nome.

- Sim gente! Pela forma que a Cos a descreveu, ela deveria ter sido uma mulher sensacional e que, supostamente, possuía poderes metafísicos inexplicáveis. Como, aliás, algumas outras mulheres dessa sociedade. Verdadeiras bruxas – Marc disse, mas não havia nenhum resquício de descrença ou desdém em relação às questões paranormais que envolviam a mística da Ordem do Labrys.  

- Pois é! Podemos dizer que foi a Era de Ouro da Ordem e ela simplesmente tem fim? Some? Não há mais nada? – Amélia pareia inconformada com o fechamento daquela pesquisa.

- E o Martelo? – René gerou mais interrogações nas mentes dos amigos que já davam indícios de cansaço após horas a fio mergulhadas naquela “investigação”. – Eles também sumiram?

- De jeito nenhum! – Marc virou o seu notebook que mostrava uma página de um jornal americano que estampava a notícia do crime cometido na noite do lançamento do livro de Cosima. Ele grifou a passagem em que trazia o nome do suposto grupo que assumiu a autoria do crime.

- O Martelo! – Sophie suspirou com os expressivos olhos verdes arregalados.

- Não pode ser coincidência gente! – René atropelou a fala da amiga.

- O que foi Siphie? – Amélia percebeu a reação exagerada da amiga.

- O Peter... – A ruiva falou com denotado desconforto e os amigos a olharam apreensivos. – Quando ele se apresentou pra mim... – A jovem levantou-se e foi até sua bolsa, sacando de lá a sua carteira e sob o olhar dos amigos ela retirou um pequeno cartão de visitas e o entregou para Amélia. A mulher o recebeu e arregalou os olhos.

- Martelo Assessoria de Segurança! – Era o nome da empresa para a qual o assassino de Cosima dizia trabalhar. – Gente! – A jovem ruiva voltaou a chorar, mediante a culpa que se infligia. – Ei ei moça! Pare com isso! Quantas vezes eu precisarei dizer que você não teve culpa alguma? Ele se aproximou de você, mas poderia ser qualquer um de nós. – Os amigos reforçaram aquela ideia.

- Mas espera! – Marc se sobressaltou e quase derrubou o café que bebia capturando a atenção dos demais. – Gente... – Fez um gesto de algo que deveria ser óbvio, mas que não foi alcançado pelos outros. – Isso só pode significar uma coisa... – Seus expressivos olhos castanhos pareciam lançar a mensagem que desejava que os amigos captassem.

- Caramba! Quer dizer então que... – René pausou sua fala que foi complementada por Amélia.

- O Martelo ainda existe! – Os quatro trocaram olhares sugestivos. – E da mesma forma truculenta e violenta que agiam no passado, continuam ainda hoje.

- De fato... E não poderiam perdoar o lançamento de uma obra que ressaltava o grupo que lhes fazia contraponto no passado. – René concluiu. Porém Marc e Amélia se olharam intrigados. Parecia não estar satisfeitos com aquela conclusão.

- Mas tem alguma coisa estranha! – Ele inquietou-se.

- Será que a publicação de um livro que fala de uma sociedade que teve seu fim a mais de três séculos é motivo suficiente para tirar a vida de pessoas? – A mulher deu voz ao que o amigo estava pensando.

- Exato! – Ele estalou os dedos.

- Espera um pouco... – Sophie os alcançou e se pôs de pé bastante exacerbada. – De acordo com as pesquisas de Cosima, o Martelo e a Ordem do Labrys são inimigos históricos, certo? – Todos anuíram positivamente com a cabeça e partilharam da excitação crescente da descoberta que se avultava. – Todos concordamos que o fim da Ordem foi, no mínimo, estranho não é? – Novo consenso. Sophie não prosseguiu sua fala, pois já era mais necessário. Simultaneamente todos estavam pensando a mesma coisa.

- A Ordem do Labrys ainda existe! – Amélia levou as mãos a boca. Todos anuíram positivamente com a cabeça vagarosamente.

- Caramba! – René jogou-se no sofá incrédulo. Todos estavam surpresos da intricada trama que estavam descobrindo. Um antiguíssimo duelo parecia que ainda estava acontecendo até os dias de hoje e as consequências dele eram as mais graves possíveis.

- Tá! Mas ainda não consigo entender porque a Cosima precisou morrer por isso! – Sophie disse tristemente. Todos trocaram olhares apreensivos, como se temessem externar a inevitável conclusão que se mostrava para eles.

- Seria um... Tipo de recado para as mulheres da Ordem que ainda existem nos dias de hoje? Mas a Cos é só uma pesquisadora... Fazendo seu trabalho! – René estava visivelmente confuso.

- E se... – Marc freou sua fala arregalando os olhos.

- Cosima se aproximou das mulheres da Ordem? – Amélia novamente contribuiu com o amigo. – Só assim para ela poder ter acesso a algo tão inédito assim.

- E isso a colocou em perigo... – Sophie ajudou. E como se uma luz fosse acesa no centro daquela sala, todos juntaram as peças restantes.

- Wow! Vocês estão pensando o mesmo que eu? – Marc pareceu estar um pouco a frente em suas conclusões e decidiu externar o que, de alguma forma ele já havia quase que inconscientemente concluído. – Lembram-se da apresentação da Cos? Na aula da Profa. Cormier? – Todos se entreolharam um pouco confusos, mas acusaram a lembrança. – Como foi a reação da Toda Poderosa e Inabalável Cormier as informações que a Cos trouxe?

- Espera um pouco! – Amélia levantou-se com um olhar que misturava incredulidade e cumplicidade. – Você está querendo dizer que...

- Caramba! – Sophie soltou e logo após deu um longo assovio.

- A Professora Delphine Cormier faz parte da Ordem do Labrys! – René verbalizou o que todos haviam concluído.

- E sabem do que mais? – Amélia decidiu ir mais além. – Alguém como ela, tal altiva, influente e poderosa certamente não é qualquer uma. Um simples membro da Ordem.

- Isso mesmo! – Sophie concluiu com um brilho intenso nos olhos e mostrando o braço com os pelos eriçados devido ao arrepio deixado pela emoção que estava sentindo. – Ela é alguém bastante importante na hierarquia dessa sociedade. Eu diria até que... Cacete! – Todos se surpreenderam com o palavrão dito pela amiga, que sempre os evitava, mas a surpresa em nada se comparava com o poder daquela descoberta. – Será que ela é a... Mestra da Ordem do Labrys?

 

______

 

Todo um verdadeiro esquema médico foi preparado para atender e os supostos ferimentos daquele homem poderoso e importante e que havia se negado veementemente a ser levado ao hospital. Seus médicos particulares e todas as demais pessoas que poderiam ser compradas por elevadas quantias, ajudaram para que ele conseguisse o que queria.

Ao contrário do que se poderia imaginar, de alguma maneira, Delphine havia conseguido ferir Lamartine com certa gravidade. Obrigando-o a usar um incomodo colar cervical, uma tala no braço esquerdo e gesso na perna esquerda também.

- Me deixem sozinho! – A voz ríspida e nada amigável dele imperou naquele luxuoso quarto.

- Tem certeza Sr.? – Ferdinand o questionou, mas se arrependeu imediatamente da pergunta, baixando a cabeça.

- Saiam daqui seus imprestáveis! – A vontade dele de ficar sozinho não tinha nada a ver com a habilidade ou não dos médicos e de seus homens. A verdade era que se havia algo no mundo que aquele homem detestava quase tanto quando Delphine era parecer fraco diante de seus seguidores. E era exatamente isso que estava acontecendo. Ele havia ido até aquele Memorial certo que de encontraria sua inimiga completamente derrotada e que beberia ao sofrimento dela.

O fato era que ela estava sim derrotada e para ele, foi quase orgástico vê-la no mais completo e miserável sofrimento. O seu êxtase teria sido completo se ele tivesse conseguido fazê-la explodir em pleno descontrole e causar uma pequena catástrofe para aumentar a culpa já imensa que aquela mulher carregava nas costas. Mas, para sua total frustração, um alarme soado, retirou os inocentes que teriam suas vidas ceifadas pela ira de Delphine.

- Inferno! – Resmungou e gem*u em seguida, devido a pontada que sentiu na base de sua nuca. Sua voz ecoou pela sala vazia e ele se viu, mais uma vez completamente sozinho. Naquele lugar que tanto conhecia, e por vezes apreciava e que escolhera para si, mas Delphine conhecia suas fraquezas e odiava-se por isso.

E seu ódio aumentou ainda, pois assim como ela, ele sabia que de fato já havia provado o amor. De um jeito completamente deturpado e que, há muito, havia escolhido não mais amar, pois isso só atrapalharia seus planos. Contudo, o que Delphine nem se quer desconfiava era que aquele homem ainda era capaz de amar e havia uma pessoa a quem ele devotava seu amor.

Afastou aquele pensamento, mas foi em vão e logo sua mente foi levada para o encontro que tivera com sua inimiga na noite anterior e da forma como ela conseguiu subjugá-lo com tanta facilidade. E o pavor que sentiu naquele instante, voltou a assombrá-lo. Desconhecia aquela assustadora faceta dos poderes dela. O de conseguir fazer o outro experimentar sua dor. Lamartine recostou a cabeça no travesseiro e cerrou os olhos, lutando para não se deixar levar pela dor que aqueles pensamentos deixaram em sua alma.

Nem mesmo quando levou a própria filha à fogueira, não sentiu uma dor como aquela. Pois havia optado por odiá-la a amá-la. Só assim seria possível para ele fazer o que foi preciso para conseguir tudo o que mais desejava. Esfregou os olhos com vigor e detestava sentir aquelas dores. Sabia que sua imortalidade ainda estava com ele, pois só assim para explicar ter sobrevivido com ferimentos não tão sérios, quando qualquer pessoa teria sido dilacerada sob a força com que seu corpo foi lançado contra a parede, ou quando aquela mulher praticamente derrubou um prédio sobre ele. Um barulho de passos o alertou.

- Quem está ai? – Questionou imperativamente.

- Desculpe meu senhor! – Uma doce e suave voz feminina se fez ouvir. Lamartine moveu-se na cama tentando ver quem estava ali, quando havia solicitado para estar sozinho. Para sua grata surpresa, uma mulher trajando roupas brancas de enfermeira aproximou-se e parou sob um feixe de luz proveniente de uma luminária no teto. Foi inevitável para ele não surpreende-se com a aparência dela. Tratava-se de uma mulher lindíssima, de longos cabelos castanhos cor de mel. Sua pele era tão branca como o mais puro dos mármores e a roupa inadequadamente apertada para aquela função, demarcava um corpo que deveria ser escultural.

- Quem é você? – O tom de voz dele já foi mais suave.

- Sou a sua cuidadora da noite. Estou aqui para servi-lo. – Todos os sentidos subtendidos naquela informação não passaram desapercebidos por ele, que deixou evidente em sua expressão a gula que começou a tomar conta de seu corpo.

- Cuidado com o que oferece mocinha.

- Como eu disse senhor, estou aqui para fazer o que me pedir. –Sorriu, fingindo algum tipo de inocência que era evidente que ela não possuía.

- Posso ter gostos nem um pouco convencionais. – Ele a alertou e abriu um largo e assustador sorriso quando a viu se aproximar.

- Bom... Fui mandada aqui para cuidar de suas necessidades.

- Muito bem! – Posicionou-se melhor na cama, sentando-se e recostando as costas no espelho da cama. “Muito bem Ferdinand!” Pensou em recompensar o seu capanga pelo pequeno agrado enviado para melhorar o animo dele. Só lamentou por ela não preencher todos os seus fetiches, pois ele havia errado na cor dos cabelos.

- Podemos começar por uma... Massagem em seu pescoço? – O homem estremeceu levemente quando sentiu a pressão dos dedos dela subindo por sua perna.

- Podes fazer massagem onde quiseres! – Deixou que sua língua percorresse seus lábios finos enquanto afastava a colcha que lhe cobria até pouco acima da cintura. A mulher continuou subindo com seus dedos tocando agora sobre o fino tecido do pijama que ele vestia e, com um aperto repentino na cocha dele, percebeu o quanto suas investidas estavam surtindo efeito, pois logo um protuberante volume se fez dentro da calça dele.

Para a frustração momentânea de Lamartine, a mão da enfermeira não foi até seu membro pulsante. Estava agora subindo por seu abdômen, levando-a sentar-se na beira da cama.

- Vejo que seu coração está muito bem! – Ela disse após sentir as vigorosas batidas do coração dele sob sua mão espalmada. – Não está sentindo nenhuma dor? – Questionou enquanto subia sua mão para o pescoço dele, deslizando-a até o velcro que prendia aquele colar cervical. Nessa posição ela debruçou-se sobre ele e deixou seu rosto bem próximo ao dele, que literalmente salivou ao ver parte dos volumosos seios pelo decote da roupa que ela vestia. Engoliu em seco quando focou sua atenção nos carnudos lábios dela e teve uma estranha sensação de estar diante de algo extremamente familiar.

O som do velcro sendo aberto o acendeu ainda mais, e ele tentou envolve-la com os braços, mas foi gentilmente advertido.

- Calma senhor! Eu irei cuidar de você! – Ele se surpreendeu pela ousadia da mulher que passou a trata-lo com mais intimidade do que poderia ser esperado. – Não se preocupe... O tratarei muito bem! – E um calafrio gélido desceu pela espinha dele ao reconhecer aquela voz.

O susto foi potencializado imensamente quando sentiu a mão da mulher apertando o seu já machucado pescoço. Ele surpreendeu-se com a força dela e imediatamente percebeu que não era mais capaz de se mover. E o tesão que tivera início a poucos instantes, deu lugar a um crescente pavor e, como se uma neblina passasse diante de seus olhos, o rosto daquela mulher pareceu derreter, obrigando-o a fechar e abrir os olhos algumas vezes e na terceira delas, os arregalou para não mais fechá-los por um bom tempo.

- Não pode ser... – Ele disse com extrema dificuldade e o pânico tomou conta de todo o seu ser quando percebeu quem realmente estava diante dele. Brincado com sua mente, ludibriando todo o seu esquema de segurança... Ela estava lá!

Ela debruçou-se sobre ele e o envolveu em um abraço que não tinha nada de reconfortante. Novamente Lamartine passou a experimentar as mais terríveis dores, o mais puro sofrimento e voltou a perder toda e qualquer vontade de viver.

- Eu disse que ia machuca-lo muito! – Disse uma fria e gélida Delphine.  


Fim do capítulo

Notas finais:

Ah sim... Não desejarei "uma boa semana!" 
Entendedorxs, entenderão! (risada maléfica muahahahahaha)


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Comentários para 65 - Capítulo 65 Preambulo: Descobertas (Parte 1):
LeticiaFed
LeticiaFed

Em: 01/10/2018

Ah, agora com capítulo lido,  novo comentário ;)

Tudo se decidindo, a gurizada esperta descobrindo a verdade sobre a Ordem e o martelo, eu curiosa com a sala em que Manu e Cosima estão e super animada com a furia de Delphine. Conseguiu se infiltrar e quero que Lamartine sofra muuuuuito. Nem precisa morrer por agora. Ainda. Mas tem que sofrer muuuuito! E ele tem muito medo da Del, que bom. Piora o sofrimento hahaha

Nao sei porque mas estou achando que teremos um capítulo extra durante a semana. Será? Não custa sonhar, né?

beijo grande!

Responder

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Flor de Liz
Flor de Liz

Em: 01/10/2018

Ansiedade me define.....

Responder

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patty-321
patty-321

Em: 30/09/2018

Oi . Mais um capítulo sensacional. Del ta sedenta de vingança .que esse canalha sofra muito. Pq diz q a estória terminou?

 

Responder

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Portelinha29
Portelinha29

Em: 30/09/2018

Mais um capítulo maravilhoso! Pequeno, mas maravilhoso.

Ansiosa pelo reencontro da Del com a Cos  e pelo embate final com o Lamartine.

Lamartine demonstrou ter medo da Del, mas como não ter medo dela?! 

Estou curiosa para saber o que a Cos vai descobrir na sala onde Manu a levou. Acredito que essa sala vai ser de grande importância para a Cos juntar as peças que faltam nesse quebra cabeça.

Querida autora, bem que você poderia postar um novo capítulo durante a semana para nos alegrar :)

Mais uma vez, parabéns pela sua história! É perfeita! :)

Beijos

Responder

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LeticiaFed
LeticiaFed

Em: 30/09/2018

Oie! Obrigada por ter vindo, você é uma autora nota DEZ com maiúscula. Mas quase me mata de susto porque a história está como “finalizada”. Não infartei por um triz... Claro que sabemos estar no final e eu pra variar ja sofrendo por antecipação mas não precisava um susto desses né? Hahaha  ;)

Ta, agora mais calma vou ler. E muito obrigada pela atenção e carinho conosco.

Ótima semana! Beijo!

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