• Home
  • Recentes
  • Finalizadas
  • Cadastro
  • Publicar história
Logo
Login
Cadastrar
  • Home
  • Histórias
    • Recentes
    • Finalizadas
    • Top Listas - Rankings
    • Desafios
    • Degustações
  • Comunidade
    • Autores
    • Membros
  • Promoções
  • Sobre o Lettera
    • Regras do site
    • Ajuda
    • Quem Somos
    • Revista Léssica
    • Wallpapers
    • Notícias
  • Como doar
  • Loja
  • Livros
  • Finalizadas
  • Contato
  • Home
  • Histórias
  • Blind
  • Capítulo 22

Info

Membros ativos: 9524
Membros inativos: 1634
Histórias: 1969
Capítulos: 20,491
Palavras: 51,957,181
Autores: 780
Comentários: 106,291
Comentaristas: 2559
Membro recente: Thalita31

Saiba como ajudar o Lettera

Ajude o Lettera

Notícias

  • 10 anos de Lettera
    Em 15/09/2025
  • Livro 2121 já à venda
    Em 30/07/2025

Categorias

  • Romances (855)
  • Contos (471)
  • Poemas (236)
  • Cronicas (224)
  • Desafios (182)
  • Degustações (29)
  • Natal (7)
  • Resenhas (1)

Recentes

  • Entre nos - Sussurros de magia
    Entre nos - Sussurros de magia
    Por anifahell
  • 34
    34
    Por Luciane Ribeiro

Redes Sociais

  • Página do Lettera

  • Grupo do Lettera

  • Site Schwinden

Finalizadas

  • O
    O AMOR CHEGA SEM AVISAR
    Por patty-321
  • Na
    Na Batida do Coração
    Por Srta Prynn

Saiba como ajudar o Lettera

Ajude o Lettera

Categorias

  • Romances (855)
  • Contos (471)
  • Poemas (236)
  • Cronicas (224)
  • Desafios (182)
  • Degustações (29)
  • Natal (7)
  • Resenhas (1)

Blind por Bruna DX

Ver comentários: 8

Ver lista de capítulos

Palavras: 3760
Acessos: 2817   |  Postado em: 25/09/2018

Notas iniciais:

Este capítulo contém cenas de violência contra a mulher.

Capítulo 22

 

 

 

 

-- Que porr* é essa aqui?! - ele gritou.

 

Encarei o meu irmão, completamente aturdida, sem conseguir pronunciar uma única palavra, ou sequer, mover um músculo. No entanto, a forma rápida e enérgica com que Adele se colocou de pé me trouxe de volta. Diego deu um passo além, para dentro do quarto, e Adele, mais um, em sua direção.

 

Com esforço, sobrecarregando meus músculos que teimavam em permanecer em inércia, levantei da cama com uma velocidade assustadora pra mim e corri até meu irmão. Espalmei minhas mãos em seu peito e tentei empurrá-lo de volta para a porta, o que obviamente não consegui diante de seu tamanho.

 

-- Diego, por favor, sai daqui. – apelei para a verbalização.

 

-- Eu quero saber o que diabos essa sapatão está fazendo aqui dentro da minha casa. – ele praticamente cuspiu.

 

-- Sai Diego. – voltei a empurrá-lo, sem sucesso.

 

-- Só saio quando explicar.

 

-- Acho melhor você sair.

 

Ouvi a voz firme da loira e fechei os olhos esperando a explosão que viria do meu irmão. E aconteceu. Diego me empurrou com força para o lado e partiu pra cima de Adele. Cai sentada no chão e levei alguns segundos para conseguir me recuperar e ficar de pé outra vez, e quando consegui corri até eles e tentei me enfiar entre os dois.

 

Os dois se encaravam duramente, ambos tinham olhos preenchidos por uma intensa cólera. A respiração pesada e os pulsos cerrados indicavam que estavam prestes a partir para outro nível, o da agressão, e era isso que eu estava tentando evitar, mesmo que para isso eu tivesse que literalmente me enfiar no meio.

 

-- Sai da minha casa, sua sapatão. – Diego disse com o rosto quase colado ao de Adele.

 

-- Por que eu deveria sair? – ela pergunta calma.

 

Calma? Como ela podia estar calma diante de um homem irado que praticamente cuspia em sua face? Ah meu Deus!

 

-- Por favor, parem.

 

Eles nem me olhavam, era como se eu não existisse. E talvez, o meu tamanho em relação aos dois não fosse mesmo algo para chamara atenção, eu era a de menor estatura e força dentro daquele quarto.

 

-- Se você não sair, eu vou te colocar para fora, e garanto que não será nada agradável e gentil. Então é melhor sair com as suas próprias pernas.

 

-- Eu não vou a lugar nenhum. E quero ver você se atrever a me tocar. Tente!

 

-- Parem! – gritei.

 

Meu grito pareceu ser a pequena chama que ascendeu de vez o pavio dos dois. Diego tentou agarrar a loira, e essa o empurrou com veemência, o fazendo dar dois passos para trás. Meu irmão pareceu ficar ainda mais transtornado, e voltou a vir para cima, desferindo socos que passavam no vácuo.

 

Eu me encostei ao corpo de Adele e com o peso de meu próprio corpo, empurrando-o para trás tentei evitar que novos passos fossem dados por ela. Mas isso fez de mim um alvo fácil para Diego, que acertou um murro em meu braço. Não sei se intencionalmente, mas aquilo doeu pra caramba.

 

Quando Adele percebeu que o golpe havia me atingido, girou o meu corpo para o lado com certa força, firme, mas nada bruto ou que me machucasse.

 

-- Canalha!

 

Ela gritou e isso pareceu assustar Diego. Mas não por muito tempo, já que logo os dois se engalfinharam. Adele desferiu um murro, e esse foi devolvido, mas com força e agilidade suficiente para que ela não tivesse tempo de desviar. A mão fechada de meu irmão acertou o canto esquerdo de sua boca, deixando a área avermelhada e com um filete de sangue começando a surgir.

 

Me desesperei e com as mãos na cabeça comecei a gritar. Pedia para que os dois parassem. Tentava me aproximar, mas os golpes logo me afastavam.

 

Diego agora estava no chão, com Adele sobre ele, sentada, o prendendo com as pernas e desferindo murros e tapas que ele tentava com esforço defender com os braços cruzados sobre a cabeça.  Ela batia, batia e batia. Já não sabia mais o que fazer para parar aquilo que acontecia a minha frente.

 

-- Seu merd*! Nunca mais encoste um dedo na sua irmã! Nunca! Se você encostar nela mais uma vez eu acabo com a tua raça. Tá entendendo?

 

Agora entendia que a raiva da loira não era apenas em prol de sua própria defesa, era também por mim. Acho que isso tornava tudo pior.

 

-- Que droga! Parem! Parem com isso.

 

De nada adiantava gritar.

 

Estava prestes a sair do quarto e clamar por ajuda de qualquer pessoa que passasse na rua quando minha mãe adentrou o meu quarto, acompanhada de um homem. O cara se adiantou e com um pouco de esforço agarrou a cintura de Adele que ainda se debatia na tentativa de acertar o meu irmão.

 

Senti meu corpo se enrijecer e ficar instantaneamente dolorido, cada parte, cada extensão. Paralisei no meio do quarto, e como expectadora assisti o homem manter Adele em um canto do quarto enquanto minha mãe auxiliava Diego a levantar.

 

Mamãe tirou Diego do quarto que parecia gritar alguma coisa enquanto mantinha o dedo em riste na direção de Adele. Nada me chegava aos ouvidos. Tudo parecia sem som e em câmera lenta. Tudo parecia muito distante de mim, e eu estava entorpecida.

 

-- Bia? Bia? Ei princesa! Fala comigo, por favor.

 

Aos poucos aquela voz que eu conhecia muito bem foi chegando aos meus ouvidos. A loira estava parada diante de mim, com os cabelos bagunçados, alguns arranhões no rosto e uma pequena quantidade de sangue no canto de sua boca.

 

-- Por favor, fala comigo.

 

Seu olhar era preocupado e suas mãos tocavam meus braços com delicadeza, parecia ter medo de me machucar. Ela me levou até a cama e me colocou sentada, ajoelhando-se diante de mim logo.

 

-- Amor? Fala comigo? - ela pedia tocando em meu rosto.

 

Só então consegui deixar meu estado de catatonia. Foi como se um botão em mim tivesse me deixado em estado automático, e agora, eu reassumia o controle de meu corpo.

 

Agarrei o pescoço de Adele e abracei apertado. Ela de joelhos e eu sentada. Comecei a chorar descontroladamente em seu ombro, molhando o tecido de sua camisa. Ela passeava com os dedos esguios em meus cabelos, sussurrando em meu ouvido palavras reconfortantes.

 

Passei um tempo assim até que fomos interrompidas por minha mãe, que me estendia um copo de água.

 

-- Beba meu amor. É água com açúcar.

 

Acatei e tentei beber o líquido rapidamente, fazendo uma careta no final. Coisa horrível!

 

-- Mãe, cadê o Diego?

 

-- O Miguel está com ele no quarto, não vai o deixar sair de lá até que eu peça.

 

-- Mãe... – sussurrei.

 

Ela sentou ao meu lado e me puxou para junto dela, me fazendo deitar a cabeça em seu ombro.

 

-- O que aconteceu meu amor?

 

-- Ele tem ódio de mim mãe! – comecei fungando - Ele não me aceita como eu sou. Me ameaçou uma vez, e disse que não queria que eu trouxesse Adele aqui, que não queria ser apontado como o irmão da sapatão. Ele disse que os amigos dele não iam gostar de nos ver juntas por aqui.

 

-- Faz um tempo que eu percebo que seu irmão está estranho, muito estranho. Gorete já havia me alertado, disse que ele estava andando com um pessoal muito estranho daqui do bairro.

 

Gorete era uma de nossas vizinhas, que fazia parte do grupo de senhoras que sabia tudo de todos.

 

-- Ele está transtornado.

 

-- Ele precisa de ajuda. – ela diz baixinho dando um longo suspiro – Não sei onde errei com o seu irmão, nunca imaginei que ele fosse capaz de algo assim.

 

-- Não é a primeira vez. – sussurrei - Ele já tinha tentado me bater outra vez.

 

-- Por que não me contou Ana Beatriz?!

 

 -- Não queria preocupar a senhora.

 

-- Está machucada? – perguntou passando a ponta dos dedos em meu rosto.

 

Balancei a cabeça em sinal negativo, e olhei para Adele, ela estava. Minha garota estava machucada.  O rosto delicado e branquinho exibia alguns pequenos hematomas.

 

-- A Adele mãe...

 

-- Eu vou cuidar dela. Sente-se aqui querida. – minha mãe disse guiando a loira para a cama.

 

Em seguida Dona Ester deixou o quarto, me deixando a sós com a inglesa. Éramos só ela, eu, e a enorme culpa que eu estava sentindo, ela gritava deixando bem claro que a culpa era minha, eu não devia ter chamado a inglesa até a minha casa depois do que meu irmão já havia dito.

 

-- Me desculpe.

 

-- Ah meu bem, não precisa pedir desculpa, eu estou bem. – ela diz passando o braço por meu ombro.

 

-- Você está machucada, e a culpa é minha.

 

-- Ele está bem mais machucado do que eu, isso eu garanto. Você não viu? Só estou com um arranhãozinho, nada que um beijinho seu não sare rapidinho.

 

Puxei o seu rosto pra mim e com cuidado dei-lhe um selinho demorado. Encostei minha testa à dela, e de olhos fechados e passei meu dedo indicador pelos traços de seu rosto. Apesar de ela tentar tratar a situação com leveza e até certo humor, eu ainda me sentia amargamente culpada. Nada disso deveria ter acontecido.

 

Meu coração acelerou ao imaginar o que poderia ter acontecido caso minha mãe não tivesse aparecido, ou ainda que tivesse aparecido, se ela não estivesse acompanhada. Acho que juntas não poderíamos fazer muita coisa.

 

Ou talvez eu fosse apensa fraca demais, medrosa demais para intervir naquela trocação de murros com uma maior eficácia. Ah Adele...

 

-- Pensando bem. – ela começou – Talvez mais alguns beijinhos consigam sarar mais rápido.

 

Sorri de lado e dessa vez a beijei de verdade, sorvendo de seus lábios que ainda que machucados, eram a minha perdição, ou talvez, minha salvação.

 

Um pigarro vindo da porta fez com que nossos lábios se abandonassem, porém, ficamos próximas, nos olhando. Aqueles azuis!

 

-- Eu trouxe a caixinha de primeiros socorros, precisamos limpar esse corte no seu lábio. – minha mãe disse se colocando entre as pernas de Adele e erguendo seu rosto.

 

A primeira careta da loira me arrancou um sorriso. Era tão valente e ao mesmo tempo tão frágil. Contraditório, não? Enquanto mamãe fazia a limpeza asséptica ela falava de coisas aleatórias com ela, acho que tentando distraí-la. Se minha mãe não tivesse abandonado a faculdade acho que ela seria uma ótima médica.

 

De repente mamãe olhou dentro dos olhos da inglesa e ficou ligeiramente séria. Seus movimentos cessaram enquanto ela encarava Adele. Pareceu engolir em seco a puxou o ar com força antes de falar.

 

-- Não me importa os motivos dele e nem mesmo o que aconteceu antes, mas me importo com o que veio a seguir. Ele é meu filho, mas de maneira nenhuma eu apoio o que ele fez. – ela tocou uma pequena mancha avermelhada bem abaixo do olho de Adele – Ele te agrediu querida, e uma agressão, é uma agressão, portanto, você precisa denunciá-lo.

 

 

-- Dona Ester...

 

 -- É o certo!

 

-- Não precisa disso, já passou. E se a senhora permitir, eu vou manter a Beatriz afastada daqui por um tempo. Quer dizer, - me encarou – se você quiser, é claro.

 

Assenti e minha mãe continuou.

 

 -- Tem certeza disso?

 

-- Tenho. Ele é só um garoto, deve estar sob coação e influência de pessoas ruins. Mas ele sendo filho da senhora, creio que é um bom rapaz. É só uma fase...

 

 -- Se mudar de ideia, não se prive, lhe apoiarei. Eu vou conversar com ele, tentarei saber o que se passa com ele e ajudá-lo. Quanto a Beatriz, acho uma ótima idéia, vai ser bom pra ela.

 

 As duas se olharam e parecem conversar dentro daquele ato. Não ouve palavras, mas certamente elas se entenderam assim, e por fim, apenas assentiram. Mamãe continuou cuidando dos machucados da loira.

 

Numa tentativa de mudar de assunto ela começou a falar de Miguel, o cara que outrora esteve em meu quarto, e que agora estava com Diego. Ela teceu inúmeros elogios, falou quase sem parar dele, ela estava empolgada, e eu comecei imaginar a que se dava isso.

 

 Em nenhum momento ela o apresentou como um amigo, um conhecido ou qualquer outra coisa. Aquele sorriso em seus lábios já me dava a resposta que ela enrolava para dar. No entanto, não interrompi. Ela falaria na hora certa, quer dizer, ela confirmaria as minhas suspeitas na hora certa.

 

 -- Prontinho! Não vai nem precisar de pontos, graças a Deus foi um corte pequeno. Cuidado para não machucar. – disse olhando diretamente pra mim, o que arrancou uma gargalhada da loira.

 

 Era só o que me faltava!

 

Antes de deixar o meu quarto portando a maletinha de primeiros socorros, mamãe deu um beijo na bochecha de Adele e pediu para que ela se cuidasse, e repetiu mais uma vez que teria seu apoio caso mudasse de ideia.

 

 Tudo estava ocorrendo tão bem! Mais uma vez meu irmão tinha que aparecer para estragar tudo! No primeiro dia, no dia em que as duas se conhecem acontece isso. Às vezes me pegava pensando que eu atraia coisas ruins.

 

 -- Você topa passar uns dias lá em casa princesa? – ela pergunta agarrando minha cintura.

 

 -- É claro que eu topo. Vou adorar! Mas isso não vai te incomodar?

 

-- Incomodar? O que me incomoda mesmo é entrar naquele apartamento e notar a sua ausência, é deitar naquela cama e não ter o teu corpo pra me aquecer, não acordar com seus beijos e não ter um café especial feito só pra mim.

 

-- Ah safada! – dei-lhe um tapinha no ombro – Tá com saudade é do café da manhã, não é?

 

Ela gargalhou e disse baixinho.

 

-- Tenho saudade é de você, meu amor!

 

Pronto! Fiquei pior do que gelatina, do que amoeba velha esquecida no potinho. Amoleci inteira ao ouvir ela me chamar de amor. Em algum momento atrás desse dia eu tive a impressão de que ela havia me chamado assim, só que agora eu ouvia com perfeição. Amor!

 

Os azuis brilhavam intensamente, e neles eu conseguia enxergar paixão, amor. Ai meu Deus, essa mulher me ama! Enlacei seu pescoço e trouxe seu rosto pra mim, buscando seus lábios com cuidado. Adele tentou intensificar o beijo, mas aquele espaço começava a me sufocar, e eu não queria dar mais nenhuma oportunidade para que meu irmão surtasse. Achei por bem parar o beijo.

 

Além disso, tinha que seguir a risca a recomendação que Dona Ester fez especialmente para mim, de não machucar aquela área.

 

Adele me ajudou a arrumar uma mala além daquela que eu levaria para a viagem. Acho que ela praticamente arrumou a mala sozinha, dispondo da melhor maneira àquilo que eu estendia a ela. Enquanto ela arrumava, nós conversávamos. Ela já fazia planos para o restante do domingo e o jantar.

 

Em uma pequena mochila eu coloquei alguns outros objetos de higiene pessoal e alguns pertences. Fui até a sala me certificar de que não toparíamos com Diego, e vendo-a vazia fui até o quarto para ajudar Adele com as malas.

 

A contragosto ela ficou dentro do carro e eu entrei novamente na casa a fim de falar com minha mãe. Encontrei-a saindo do corredor que levava ao quarto de Diego. Ela me sorriu tristemente e beijou o topo de minha cabeça. Abençoou-me, pediu desculpas, disse que me amava e me abraçou apertado.

 

Eu não queria que ela se sentisse culpada.

 

Já se passava das 16h da tarde quando entramos no apartamento da loira, lugar que seria provisoriamente meu lar. Deveria parecer estranho, afinal, nós estávamos juntas há pouco tempo, no entanto, não era. Mandei uma mensagem para Samanta avisando que estava com a inglesa, para o caso de ela aparecer de surpresa lá em casa.

 

Levamos as malas para o quarto, deixando-as em um canto para que depois arrumássemos e nos deitamos na cama.

 

-- O que quer fazer? – ela perguntou me puxando para o seu peito.

 

-- Neste momento?

 

-- Uhum.

 

-- A senhorita pode ficar quietinha ai na cama um instantinho?

 

Ela me olhou com aquele sorriso de canto.

 

-- Não é nada disso que você está pensando! Só quero dar uma checada em você, se não tem nenhum outro machucado escondido por ai.

 

-- Sou toda sua. – ela disse sorrindo.

 

Levantei e caminhei até o pé da cama. Adele estava posicionada no centro da cama, e acompanhava meus movimentos atentamente. Retirei o tênis que ela usava, puxando suavemente as meias e fazendo uma pequena massagem depois.

 

Ela suspirou de olhos fechados.

 

Abri o botão e o zíper de sua calça jeans e com seu auxílio a desci vagarosamente por suas pernas, até retirá-las totalmente. A visão de sua pele contrastando com uma calcinha caleçon de renda preta me fez prender o ar. Concentra Beatriz, concentra!

 

Adele deu um risinho, provavelmente percebendo o que a visão me causara. Como essa mulher é linda! Um pecado, uma linda tentação. Acho que nunca, jamais conseguiria resistir a ela. Comecei tudo com o intuito de procurar machucados, e agora estou aqui, quase babando na mulher seminua.

 

Pigarreei e subi na cama, sentando quase sobre o seu quadril, apoiando cada joelho ao lado de seu corpo. Espalmando as mãos em sua cintura, fui subindo e embrenhando minhas mãos debaixo da blusa. Ela fechou os olhos e suspirou. Os pelinhos de seu corpo arrepiaram. Ela não era tão imune a mim.

 

Alcancei o fecho frontal de seu sutiã e o abri, massageando os seios que estavam quentes e intumescidos. Mordi os lábios e balancei a cabeça tentando me concentrar no meu primeiro objetivo. Machucados Beatriz, machucados!

 

Talvez com medo das reações do meu próprio corpo passei a subir a sua camisa devagar. Encarei-a e ela mantinha seus olhos fechados. Porém, ela ofegava. Suas mãos seguravam o travesseiro abaixo de sua cabeça.

 

-- Tira pra mim? – pedi quando sua blusa ficou enrolada próxima ao pescoço.

 

Ela se moveu e tirou sem me olhar, aproveitando para tirar também o sutiã. Concentra! Apoiando minhas mãos em seus ombros vasculhei toda a área descoberta de seus ombros e tórax. Em suas costelas avistei uma mancha avermelhada. Senti meu peito comprimir.

 

Toquei suavemente a área e perguntei se doía, a loira respondeu “Um pouco”. Encontrei outra mancha avermelhada mais acima e fiz o mesmo. Essa também doía. Senti meus olhos se encherem de lágrimas. Era sim culpa minha.

 

Curvei meu corpo para frente e beijei suavemente os cantinhos machucados. Como resposta ela suspirou ruidosamente.

 

Ela estava impaciente abaixo de mim. Era notável que ela tentava se controlar diante de minha busca que de forma despretensiosa estava a instigando. Eu também sentia isso, eu estava excitada e a beira de ceder aos apelos de meu corpo que pediam para amá-la.

 

-- Vamos tomar um banho? – ela chamou.

 

-- Vamos.

 

Abandonei a cama e parei junto à porta do banheiro assistindo a loira caminhar na minha direção apenas de calcinha. Senti meu corpo estremecer e uma leve pressão acometer meu sex*.

 

Quando ela estava próxima o suficiente de mim ela alcançou as alças de meu vestido e as abaixou. Carinhosamente ela me despiu, deixando meu corpo coberto apenas pela calcinha vermelha, que ela logo tirou ao se ajoelhar diante de mim enquanto distribuía beijos por minhas coxas e virilha. A cada beijo um suspiro incontido.

 

Entramos no banheiro e ela se livrou da última peça que me impedia de senti-la completamente, plena. Dentro do box, com a água morna caindo sobre nossos corpos, alcancei a esponja e com uma pequena quantidade de sabonete ensaboei seu corpo com cuidado.

 

Me posicionei em suas costas e ensaboei com a esponja toda a extensão.

 

-- Usa as mãos. – ela pediu.

 

Fiz como ela pediu, no entanto, o contato de minha mão com a sua pele quente roubou os resquícios de meu autocontrole, e tudo o que eu queria agora era tê-la. Espalmei minhas mãos sobre os seus seios, os apertando e puxando levemente os biquinhos. Ela gem*u e mais uma vez senti a pressão em meu sex*.

 

Beijei e mordi suas costas. Esfreguei meu sex* contra seu bumbum sentindo meu próprio líquido escorrer por minhas pernas. Desci uma de minhas mãos, arranhando a barriga lisinha até encontrar a sua intimidade. Adele estava extremamente molhada.

 

Ela abriu um pouco mais as pernas, me dando maior liberdade e eu procurei o pequeno nervo que já esperava por mim completamente hirto. Fiz movimentos circulares em seu clit*ris sem deixar de me mover atrás dela, causando um atrito gostoso que estimulava também a mim.

 

Quando a penetrei com dois dedos o banheiro foi cortado por um pequeno grito de prazer. Fiquei havida, queria dar prazer a ela, queria sentir prazer.

 

Fiquei de frente pra ela e empurrando-a de encontro à parede, apoiando suas costas no azulejo. Com precisão passei a mover meus dedos, entrando e saindo com facilidade. Agarrei seu seio com a mão livre.

 

Os gemidos eram cada vez mais altos. Sua respiração estava cada vez mais ofegante. Seu peito subia e descia freneticamente. Meus dedos começaram a serem apertados em seu interior. Aumentei a velocidade e a pressão da minha mão em seu seio.

 

Chamando meu nome o gozo chegou, arrancando dela as forças e a deixando molinha em meus braços. Adele apoiou sua cabeça em meu ombro e passou suas mãos em volta de minha cintura. Com cuidado retirei meus dedos de dentro dela e também a abracei.

 

-- Adele?

 

--Hum?

 

-- Eu te amo! – sussurrei em seu ouvido.

 

 

 

Continua...

 

 

 

 

Fim do capítulo

Notas finais:

Olá meninas!
Tudo bem com vocês? Olha, eu tenho sentido falta de algumas meninas, estou me sentindo abandonada :(

O que acharam do capítulo? Adele está certa em não denunciar Diego? E Bia está certa em se sentir culpada? 

Beijos e até o proximo (não demoro)!


Comentar este capítulo:
[Faça o login para poder comentar]
  • Capítulo anterior
  • Próximo capítulo

Comentários para 22 - Capítulo 22:
Pacy
Pacy

Em: 01/06/2019

Estou adorando a história, ansiosa para a viagem rsrsrsrs


Resposta do autor:

Oi amore! Tudo bem?

 

Que bom que está gostando da história, fico realmente feliz com isso. 

 

Beijos e até o próximo!

Responder

[Faça o login para poder comentar]

Raisa
Raisa

Em: 26/09/2018

Boa noite, tow na área, espero que entre essas algumas meninas q sentiu falta eu esteja no meio hein...rsrs. Foi tenso esse capirulo, violência contra mulher deve ser denunciada sempre. Mas, foi um capitulo quente como so vc sab escrever..rsss. 


Resposta do autor:

Olá amore, boa noite! É claro que você está no meio! 
Foi um capítulo muito tenso mesmo, eu mesma fiquei um tanto mal quando terminei de escrever. E oh, de maneira nenhuma apoio a violência contra a mulher, tem que denunciar sim...

Ah, eu tento deixar um pouco mais caliente, pra dar uma aliviada, se é que me entende hahaha.

Obrigda pelo carinho. Beijos!

Responder

[Faça o login para poder comentar]

kxbristow
kxbristow

Em: 26/09/2018

No Review

Responder

[Faça o login para poder comentar]

Mandyletta
Mandyletta

Em: 25/09/2018

Hey autora, novata aqui rs! Me encantei com a história e com a sua escrita, comecei a ler hoje e não consegui mais parar de tão boa...

Vc está de parabéns! Ganhou mais uma admiradora! Bjs 


Resposta do autor:

Oi amore! Seja muito bem vinda, a casa é sua!

Menina o sorriso veio de orelha a orelha com cada elogio. Fico feliz em causar esse encantamento em você. Espero lhe encontrar mais vezes aqui, e não para! Continua lendo.

Obrigada! Olha lá, se ganhei, ganhei!

Beijos e até o próximo!

Responder

[Faça o login para poder comentar]

Mis
Mis

Em: 25/09/2018

Mesmo sendo um capítulo tenso as duas são fofas demais. E quentes ao mesmo tempo. A mistura ideal. Meu casal.

Adele deveria denunciar pq esse cara ainda vai dar trabalho. Se não fica a sensação de que pode fazer oq quiser e vai sair impune


Resposta do autor:

Realmente elas são muito fofas! Ai ai. Essa mistura do fofo com o quente é bom né? Eu sou suspeita pra falar, mas digo que elas também são o meu casal! São perfeitas juntas.

Diego Diego, fica na tua que a loira é braba. Tomara que ele não se aproveite do fato de não ter sido denunciado e venha dar uma de machão novamente. Mas ele vai ter uma lição, você vai ver!

Beijos e até o próximo!

Responder

[Faça o login para poder comentar]

LeticiaFed
LeticiaFed

Em: 25/09/2018

Oie! Não se sinta abandonada, ó escritora carente ;) Só não consegui comentar o último capítulo mas aqui estou.

Essa Adele não existe, vamos combinar...pelamor...hahaha Mas acho que deveria denunciar o peste,sim. Ate como medida preventiva alem da punitiva. Ta muito fácil pro valentão, tem que aprender que ameaçar e, pior, bater em mulheres tem consequências. Só valeu por deixar as duas morando juntas por um tempo, que poderia ser pra sempre, né? Quanto a se sentir culpada, claro que não tem culpa de nada mas muitas vezes a cabeça não é tao racional assim como deveria. 

Que bom que volta logo. Beijos, otima semana!


Resposta do autor:

Oi Leticia! Ah eu sou muit carente, me sinto abandonada sim [fazendo bico]. Mas que bom que você voltou!

O peste vai ter o que merece. Talvez Adele tenha errado em não denunciar ele, então vamos torcer para que a conversa que Dona Ester prometeu ter com o filho ao menos acalme os ânimos dele e o faça enxergar alguma coisa um palmo além do nariz.

Pois é, a merda que ele aprontou acabou foi unindo ainda mais as duas, juntou elas debaixo do mesmo teto. Podia ser pra sempre, né? 

É, a cabeça nem sempre ajuda, e nem sempre usa o lado racional da situação. 

Beijos e até o próximo! Uma ótima semana!

Responder

[Faça o login para poder comentar]

Thaci
Thaci

Em: 25/09/2018

Boa tarde,autora!!!

A Adele,ela fez errado em não denunciar o Diego. E a Bia tem quer ser mais forte e parar de se sentir culpada. 

Se ela fosse mais forte e decidida,a propria teria dado um basta nos comentarios que está rolando na empresa. E o Edsom vai assedia-la na viajem e vai se da mal pois a Adele vai chegar de surpresa nessa viajem. 

Aguardando cenas do próximo capítulo. Nota mil.


Resposta do autor:

Boa noite Thaci!

Dentro daquela cabecinha a Adele guarda alguns motivos que ela julgam serem importantes para não ter denunciado o Diego, e vamos já saber quais são eles. Bia tá precisando mostrar que é uma mulher forte e de fibra, concordo!

O Edson é um crápula, e vai querer colocar as garrinhas de fora sim senhora, porém, tudo tem consequências, não é mesmo?

 

Beijos e até o próximo!

Responder

[Faça o login para poder comentar]

Elizaross
Elizaross

Em: 25/09/2018

Não gostei da atitude da Adele, tinha que denuniciar SIM.... Ele, precisava de uma boa lição.

não gostei..

 


Resposta do autor:

Concordo com você Eliza, Diego precisa de uma boa lição, precisa entender que errou, e errou feio. Que tudo tem consequência e não se resolve nada desse jeito.

Mas pode deixar que ele vai ter o que merece.

Beijos

Responder

[Faça o login para poder comentar]

Silvana Januario
Silvana Januario

Em: 25/09/2018

Olá adorada autora!!

É a primeira vez que comento a história, mas acompanho todas as atualizações. Eu sabia que o capítulo seria bastante tenso, devido ao temperamento do Diego, péssimo por sinal.

Eu achonque a Adele deve denunciá-lo sim, pra ele aprender a lição. Ele ficando impune, ficará mais insuportável do que já é.

Ele é encostado e se acha o dono da casa. Eu acho que ele não nutre só ódio pela Beatriz, acho que há um amor incestual envolvido, visto os impropérios que ele falou pra ela no dia do jogo da verdade.

Ah, também agradeço pelo capítulo de presente, hj é meu aniversário e foi muito bom ler uma história favorita neste dia. Poderia ter um extra, né?

Outra coisa: tá na hora da Ana Beatriz ser mais forte, principalmente na revista. Ou então, que Jack e Adele fiquem sabendo dos burburinhos e tomem providências.

E espero que o Edson pague por seus crimes, sinto que ele assediará a Bia e se dará mal, acho que Adele aparecerá de surpresa nessa viagem.

 

Beijos!!


Resposta do autor:

Olá Silvis! Que prazer!

Olha, fico realmente muito feliz por saber que você acompanha as atualizações e hoje veio me deixar um comentário! 

Diego é realmente um cara difícil, mas Adele tem razão quando diz que talvez ele esteja sendo influenciado por pessoas ruins. Ele já é genioso, e essas pessoas estão preenchendo a cabeça vazia de coisas que não são nada boas. 

A relação dele com a irmã é realmente uma parada bem tensa! Mas ele vai ser punido sim, de uma maneira que nem espera, mas bem eficaz. E convenhamos, escostados que nem ele é algo tão comum hoje em dia, não é?

Bora Bia, força nessa peruca! Bota esse povinho no lugar deles e mostra que tu é realmente uma mulher forte e poderosa! 

Ow amore, não precisa agradecer não. Ainda em que saiu justo no dia do seu aniversário. E eu nem te digoo tamanho do meu sorriso por ler o trecho "uma história favorita". Ai ai.

Mas vamos cantar os parabéns?!
Parabéns
Parabéns
Hoje é o seu dia
Que dia mais feliz

Parabéns
Parabéns
Cante novamente que a gente pede bis ?

 

Beijos e até o próximo!

Responder

[Faça o login para poder comentar]

Informar violação das regras

Deixe seu comentário sobre a capitulo usando seu Facebook:

Logo

Lettera é um projeto de Cristiane Schwinden

E-mail: contato@projetolettera.com.br

Todas as histórias deste site e os comentários dos leitores sao de inteira responsabilidade de seus autores.

Sua conta

  • Login
  • Esqueci a senha
  • Cadastre-se
  • Logout

Navegue

  • Home
  • Recentes
  • Finalizadas
  • Ranking
  • Autores
  • Membros
  • Promoções
  • Regras
  • Ajuda
  • Quem Somos
  • Como doar
  • Loja / Livros
  • Notícias
  • Fale Conosco
© Desenvolvido por Cristiane Schwinden - Porttal Web