Marcella

Olhei para ela e vi todo universo de amor que estava contido ali e naquele instante percebi que eu era na verdade uma pessoa de muita sorte, que apesar de todos os problemas e conflitos que eu vivia, ainda assim havia encontrado novamente o amor. A minha alma antes escura estava aos poucos ganhando luz, a luz de um anjo que havia vindo me resgatar.

- Você está melhor meu amor? Mais calma? Conseguiu relaxar um pouco? – Perguntou suavemente.

- Sim, eu me sinto melhor. Tanto que adormeci e tive um sonho incrível com Marina. E foi um sonho tão real que ainda consigo sentir a presença e a paz que ela me transmitiu. Eu tenho tanta saudade dela, que poder vê-la mesmo em sonho já aliviou um pouco a minha alma. – Respondi enquanto fixava meu olhar no seu.

- Que bom Cella. Isso me deixa tão aliviada. Quando você subiu estava tão triste. Te ver sorrir é um bálsamo. E falei que um banho te faria bem, viu como eu estava certa? E o sonho, como foi me conte.

- Eu não me lembro de tudo, mas pude ver seu rosto claramente, estávamos em um lindo jardim, e ela disse-me coisas reconfortantes além de me garantir que sempre estará ao meu lado.

- Disso tenho certeza. Ela te ama e nunca abandonamos a quem amamos, seja aqui ou do outro lado. Por isso saiba que eu também nunca te deixarei sozinha. Sempre vai poder contar comigo. Entendeu? – Ela falou segurando meus rosto entre as mãos.

- Obrigada Bi. Não sei como estaria agora se não fosse a sua presença em minha vida. Você vem resgatando cada pedaço perdido de mim. Eu te amo tanto.

- Também te amo Marcella. Te amo tanto que não consigo imaginar como seria viver sem você. E se um dia eu achei que esse tipo de amor fosse pecado hoje consigo ver o quanto ele é na verdade abençoado. Agora acho melhor pararmos de conversar, você precisa sair dessa banheira, vestir alguma coisa confortável, se deitar, tomar seu chá antes que esfrie para poder dormir e descansar. – Disse carinhosamente.

Fiquei observando aquele rosto lindo, e sua boca que eu sabia ser macia e doce, e meu corpo imediatamente esquentou e ganhou vida. Meu Deus, mesmo diante de tudo o que tinha acontecido o meu desejo por ela não esmorecia.

- E você tinha mesmo razão, esse banho me fez muito bem. Estou relaxada, mais calma, minha pele está hidratada, meu corpo quente... Mas eu acho que não quero sair dessa banheira agora não. – Disse sorrindo com o canto da boca

- Não quer sair? A água está tão boa assim? – Respondeu corando, já entendendo meu sorriso

- Não que a água esteja tão boa, mas é que eu tive uma ideia bem melhor do que sair, me vestir, tomar chá e ir dormir, entende? – Retruquei olhando sacanamente para seus seios.

Ela suspirou, e passou as mãos pelos cabelos envergonhada, mas depois me perguntou com aquele seu jeitinho tímido:

- Teve uma ideia melhor? E será que você pode compartilhar comigo?

- Só uma ideinha boba, mas bem interessante. – Respondi mordendo os lábios.

- Interessante. Sei... e vai me dizer qual é? – Ela já estava com o rosto corado, o que me deixava ainda mais com vontade dela.

- Claro. Quem sabe você não aprecia a ideia? Que tal, ao invés de eu sair, você entrar na banheira? – Propus.

 - Entrar? Pra tomar banho com você? – Perguntou

- Tomar banho? Claro podemos tomar banho também, não tem problema nenhum. Mas a minha intenção é que você fique tão relaxada quanto eu. Essa banheira é mágica sabia? – Disse piscando o olho.

- Magica? A banheira? Ela que vai me deixar relaxada? Humhum... tô entendendo. - E começou a rir

- Ah vai, vem ficar aqui comigo, só um pouquinho. Se você não gostar do” banho”, você pode sair. E ai? Quer relaxar ou não? – Instiguei.

Balançando a cabeça e com um sorriso nos lábios, Bianca não respondeu mais nada, apenas se levantou, e parada na minha frente com os olhos grudados em mim começou a se despir lentamente, deixando as peças de roupa caírem nos chão, sem pressa. Minha respiração se acelerou, meus olhos devoravam cada centímetro do corpo que pouco a pouco ia se mostrando. A pele clara, a curva suave dos seios de bicos rosados, que já estavam intumescidos pela expectativa do que viria, a barriga lisa e macia, as pernas torneadas e por fim seu sex*.

Eu já estava doida de tesão, meu sex* já encharcado pelo desejo de possuir aquela mulher maravilhosa, a minha mulher. Aquela fome desvairada que vinha das minhas entranhas e me consumia num fogo que nunca havia sentido antes.  Eu queria que ela fosse minha de todas as maneiras possíveis, queria ter seu corpo, sua alma, eu precisava estar dentro dela. Mas sabia que tinha que esperar, que ir com calma, precisava me conter.

Quando ela enfim ficou completamente nua e acabou com aquela tortura que estava me causando, entrou devagar na banheira e sentou-se no meu colo de frente para mim enlaçando meu pescoço.

- Pronto dona espertinha. Se quiser pode começar a me banhar. – Falou olhando em meus olhos.

Sem perder um segundo sequer eu a abracei, e comecei a beijá-la. Primeiro apenas sentindo seus lábios macios, e depois deixando minha língua invadir aquela boca quente, se enroscar e buscar, acariciar e sorver. Beijar Bianca era um prazer indescritível! As mãos dela se perderam em meus cabelos, prendendo minha boca junto a sua enquanto correspondia aos meus beijos com a mesma fome que eu. Depois desceram até minha nuca, acariciando levemente com as unhas, ao mesmo tempo que se entregava às minhas caricias que se tornavam cada vez mais ousadas. Minha boca passeava por seu rosto, depois descia para a curva dos seus ombros, subia por seu pescoço com luxuria deixando minha língua sentir seu sabor, prendi minhas mãos em seus cabelos e puxando-os para traz expus ainda mais aquela parte delicada, que comecei a mordiscar enquanto minhas mãos passeavam por suas costas apertando ainda mais seu corpo de encontro ao meu, nossos seios se roçando provocando arrepios por nossa pele.

Bianca suspirou profundamente deixando um gemido baixo escapar.

- Marcella você me deixa louca. Seu toque me incendeia. Não consigo dizer o que eu sinto, é tão intenso. Ah, é tão bom.  – Murmurou com a voz rouca pelo desejo que a consumia.

- Você não tem ideia das coisas que faz comigo e muito menos das coisas obscenas que quero fazer com você. – Sussurrei em sua orelha antes de colocar minha língua dentro dela.

Instintivamente seu corpo curvou-se ainda mais para trás, e aproveitei para descer minha boca para seus seios expostos que já estavam duros e quentes de tesão. Enquanto meus dedos brincavam com um dos bicos eretos, minha boca sugava o outro, minha língua acariciando, antes de prendê-lo entre os dentes numa tortura premeditada que provocava gemidos languidos que escapuliam de sua garganta, o que me deixava ainda mais excitada.

Deixei minhas mãos descerem até sua bunda e a apertei forte, enquanto começava a mamar sofregamente. Suas unhas se cravaram em meus ombros, no instante em que minha mão deslizou por seus quadris e passeando por suas coxas, se perdeu entre elas onde meus dedos encontraram seu clit*ris inchado e ali começaram a brincar em movimentos circulares e contínuos. Senti a resposta imediata do seu corpo, que primeiro se inclinou para frente e depois se jogou para trás forçando seu sex* quente contra meus dedos que não paravam de toca-la cada vez mais forte e rápido. Ela começou então a rebol*r e esfregar seu corpo contra o meu cada vez mais freneticamente enquanto seu sex* se inundava.

Involuntariamente Bianca começou a arranhar minhas costas enquanto seus gritos e gemidos iam preenchendo o banheiro, deixando no ar a música dos amantes, a água morna que envolvia nossos corpos a ajudava a deslizar sobre minhas coxas, e no momento que percebi que ela estava perto do gozo, deixei a ponta de um dos meus dedos roçar a entrada de sua gruta melada, penetrando um pouquinho, o que a fez explodir em um orgasmo violento seus gritos ecoando no pequeno espaço. Com o corpo ainda tremendo pelo prazer me abraçou bem forte e deitou sua cabeça em meu ombro, senti sua respiração apressada e o bater disparado do seu coração.

Eu aninhei seu corpo, enquanto acariciava seus cabelos, e dava pequenos beijos em sua face. Apesar de já ter feito amor várias vezes na minha vida, com Bianca parecia sempre ser a primeira vez. Era um sensação que transbordava.

Assim que ela se acalmou o suficiente, segurei seu rosto entre minhas mãos e a beijei suavemente. Depois olhei em seus olhos e com a cara mais descarada do mundo perguntei:

- E ai, conseguiu relaxar durante o banho?

- Ai Cella, só você mesmo! - Respondeu rindo junto comigo.

- Acho melhor a gente sair dessa banheira agora antes que nossa pele fique enrugada como a de duas velhinhas. – Brinquei.

- Você está certa. Agora que já estamos as duas relaxadas, melhor sair mesmo. Falou se levantando.

Ela pegou a tolha e se enrolou, depois me passou o roupão que estava pendurado ao lado do chuveiro.

Então fomos para o quarto, onde eu a abracei novamente pelas costas e murmurei em seu ouvido.

-  Minha fome de você não passa sabia?

Ela se encostou suavemente no meu corpo e respondeu:

- Que bom meu amor, porque não conseguiria mais ficar sem essa fome que você sente.

Abri a toalha que cobria seu corpo e a fiz deslizar para o chão, colocando seus cabelos para o lado comecei a beijar sua nuca, enquanto minhas mãos apertavam delicadamente seus seios, deixando os polegares passearem pelos bicos, até deixá-los rígidos.

Virei seu corpo para ficar de frente para o meu e a beijei enquanto aos poucos a empurrava para que se sentasse na cama. Sem parar de beijá-la, eu fui me ajoelhando entre suas pernas. Minhas mãos começaram a passear por suas pernas, começando por seu tornozelo, subindo até a dobra na parte de trás dos seus joelhos, onde minhas unhas deslizaram suavemente, para depois apertar suas coxas com gentileza. Bianca tinha pequenos tremores pelo corpo, enquanto minha boca procurava seus seios e prendia os cumes rosados entre os lábios, para depois passar a língua vagarosamente.

Aos poucos fui descendo os lábios por sua barriga, traçando um caminho com minha boca, ela então se inclinou colocando as mãos espalmadas para trás e se abrindo para mim. Passei minha mão por seu sex* e senti o quanto ela já estava molhada com a minhas caricias. Minha boca se encheu de água só de imaginar seu gosto, mas queria provoca-la um pouco mais, por isso eu apenas comecei a masturbar aquele ponto delicado, enquanto minha boca brincava nas suas virilhas, mordendo e lambendo.

Ela foi ficando cada vez mais excitada, se contorcendo e gem*ndo baixinho. Seu clit*ris inchado contra meus dedos. Por fim quando não conseguia mais me conter de desejo, levantei suas pernas e as coloquei ao redor do meu pescoço e puxando um pouco mais seus quadris para frente, afundei meu rosto entre elas, primeiro sentindo seu cheiro de fêmea invadir minhas narinas me embriagando e depois passando a língua por toda a extensão do seu sex*, sentindo seu gosto doce.

Bianca soltou um grito forte e uma de suas mãos agarrou meus cabelos.Com a ponta dos dedos entreabri os pequenos lábios e busquei aquele ponto intumescido que comecei a ch*par devagar. Eu deixava que ele escorregasse pela minha boca, sugando para depois voltar a passar a minha língua sobre ele em movimentos circulares e lentos, depois voltava a engoli-lo.

Ela se movia cada vez mais rapidamente de encontro ao meus rosto, e isso fez com que eu também intensificasse os movimentos de minha língua avida pelo seu prazer. E quando seu gozo veio, encheu minha boca, me deixando bêbada de satisfação. Ainda fiquei um tempo ali sorvendo cada gota daquele liquido precioso.

Depois me levantei, ajeitei Bianca na cama, me deitei a seu lado, a abracei colocando sua cabeça em meu peito. Ela se aconchegou junto a mim.

- Sabe Cella, a minha vida toda eu imaginei como seria ter alguém com quem eu quisesse viver, dividir meus sonhos, compartilhar minhas ideias e ideais, mas nunca, nunca mesmo imaginei que seria tão intenso assim. Hoje não consigo pensar em uma vida onde você não esteja.

- Nem eu meu amor, e na verdade nem quero tentar imaginar isso. Minha horas são tão melhores quando você está nos meus braços. Eu nem sei como conseguia viver sem você. Apesar que acho que não tenho vivido nesses últimos anos e sim apenas sobrevivido.

- Tudo será diferente agora, amor. Temos uma a outra e assim será para sempre. – Ela disse sorrindo.

- Sim Bianca, será para sempre.

E assim, abraçadas adormecemos sonhando com dias melhores e repletos de felicidade.

Fim do capítulo